Natural Disaster escrita por Thaís C


Capítulo 37
Capítulo 37 - Natural Disaster


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho e que explica um pouco o nome da fic. Além dessa explicação, a fic tem esse nome por causa de uma música que eu adoro, do Plain White T's. Essa música lembra um pouco o casal, mesmo não sendo a que conta melhor a história deles. De qualquer forma, escutem s222 é muito boa! IMPORTANTE: 1. Nesses próximos capítulos vou fazer uma supresinha (é boba mas é de coração KKKK) pra uma das leitoras, fiquem ligadas!!! 2. No cap anterior eu botei o nome da mãe do Derick como Claudia (nome antigo), me perdoem!!! Vou corrigir!!! Q mico KKKKKKKK Enfim, espero que gostem desse capítulo! Boa leitura!!! BEIJÃO S2



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Era mais ou menos 2 horas da tarde e Derick estava deitado, descansando no quarto de um dos hospitais mais caros da cidade. Catherine e Lilian haviam dormido ali, cuidando do garoto durante toda a madrugada, mas precisavam passar na mansão dos Becker para pegar roupas para ele, a mãe não havia previsto que ele precisasse ficar por alguns dias internado, não sabia que havia sido tão grave, só havia trazido roupa para um dia.

Ralf e Peter as substituíram nos cuidados com o garoto durante o tempo em que iriam buscar as coisas. O irmão mais novo estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, mal conseguia encarar Derick, visto que seu rosto estava todo machucado e Peter sentia um pouco de remorso por não ter suspeitado que o irmão havia sido seqüestrado. Estavam os três ali conversando, e o pai, pela primeira vez na vida, desculpava-se com o filho por tê-lo julgado mal. De repente, ambos ouviram algumas batidas na porta.

– Pode entrar. – Disse Ralf.

Entrou então o delegado Damian Ross, o mesmo que havia detido Derick no incidente em que o garoto havia dado uma festa banhada a drogas lícitas e ilícitas no apartamento de Rui. Ele e Ralf se lembravam bem daquele homem e mal podiam acreditar que seria o mesmo que cuidaria desse caso.

– Não façam essa cara de espanto! – Falou o delegado tentando ser divertido. – Eu nem fui tão carrasco com o Derick...

– Não é isso... – Respondeu Ralf. – É que é muita coincidência.

– É que eu troquei de delegacia por motivos pessoais. – Completou o homem. – Imagina só a cara de espanto que eu fiz quando soube que seria eu que cuidaria desse caso... Derick Garrett Becker, não esqueci o seu nome, mais uma vez metido em confusão rapaz...

– Você deve estar brincando comigo... – Retrucou imediatamente. – Eu realmente fiquei em cativeiro nas mãos de um psicopata porque eu quis??? Fui atrás de confusão??? Fala sério!

– Desculpe. – Disse o delegado, percebendo que havia sido no mínimo inconveniente. – O que eu vim dizer é rápido e infelizmente nada agradável. – Ao perceber que Derick estava irritado, tentou não enrolar muito. – Não conseguimos pegar Ernesto Bellini.

– O que!? – Falou Derick indignado erguendo seu corpo na cama do hospital. – Qual era a dificuldade em pegar aquele cara!? Porra, eu deixei ele preso, todo quebrado, como vocês não conseguiram pegar o Ernesto? TODOS os capangas dele estavam amarrados, sem armas. – O garoto se levantou, sentando-se na beira da cama e encarando o delegado com raiva. – Sabe o que tinha na bebida de todos eles? GHB, Ketamina, Flunitrazepam e Clorofórmio. – Citou uma fazendo sinais com o dedo, como se estivesse contando. – Você, como um delegado experiente, sabe que o nome popular para a combinação desses quatro remedinhos se chama boa noite cinderela. – Ele estava sério e notavelmente revoltado, deixando todos ali constrangidos. – Me deixa refrescar a sua memória, Delegado Ross, se você põe 2 g de GHB, os efeitos duram aproximadamente de 2 a 5 horas. Se você põe 5 g como foi o caso, dá tempo o suficiente de vocês irem e voltarem até aquela porcaria de casebre umas 300 vezes!

– Pare com isso Derick, também não pode falar assim com o delegado! – Reclamou Ralf. – Ele é uma autoridade e por mais revoltado que você esteja, deve respeitá-lo! – Derick nada respondeu, apenas bufou.

– Deixe-o falar o que quiser... Entendo perfeitamente o que ele está sentindo. – Disse Damian. – Eu só quero que ele entenda que as coisas não são tão fáceis como parecem! Ele fugiu com o carro, porque quando chegamos já não havia veículo nenhum lá, e carregou todos os seus capangas. – Tentou se explicar. - Se vocês ao menos tivessem saído de lá com o carro...

– Como você queria que eu tivesse fugido com o carro!? Eu sou menor de idade, se lembra!? Não posso dirigir, além de que no estado que eu me encontrava, nem conseguiria! – O garoto estava cada vez menos paciente. – E os dois caras que estavam comigo mal sabiam escrever o próprio nome, não sabiam nem como ligar um carro.

– Enfim, não adianta discutirmos, temos que encontrá-lo. – Disse Ross, sentindo-se realmente incompetente. – Enquanto isso, fique tranquilo que tanto sua namorada quanto a mãe dela e os dois rapazes estão sob proteção policial.

– Eu queria saber qual é a real função de vocês! Se é prender verdadeiros criminosos ou se é ficar atrás de adolescente que dá um dois! – Resmungou. – Já estou me arrependendo por não ter acabado com a raça daquele desgraçado, porque se depender dessa polícia de merda...

– Cala a boca mano! – Gritou Peter, dando um tapa no braço do irmão para que ele parasse e Ralf olhou para o filho mais velho com seriedade.

– Mais respeito rapaz! – O delegado engrossou a voz. – Também não vou permitir que desrespeite toda a instituição por conta da sua revolta! Já chega!

– Ok. – Ele disse mal criado. – Se era só isso que tinha para me dizer, peço por favor que vá agora, estou precisando descansar... Recomendações médicas...
– Tudo bem. – O homem então despediu-se e caminhou em direção a porta.

Quatro horas depois

Emma Wiggers estava de pé ao lado da cama de Derick tentando acordá-lo. A garota entrou do quarto ao ver que Catherine estava descendo para a lanchonete e enfermeira havia acabado de sair. Lilian e Ralf descansavam em outro cômodo, parecido com uma sala de estar, parte integrante do que chamavam de um quarto de luxo naquele hospital. Tinha dúvidas sobre Catherine ter contado para alguém ou para a polícia sobre ela ter atendido o celular de Derick, e não sabia como seria recebida pela família Becker e pelo próprio garoto.

– Derick... – Gemeu enquanto o sacudia. – Será que te deram algum remédio? – Ela lamentava.

– Oi... Não foi nenhum sonífero, só estou com fraqueza... – Ele disse arrastando as palavras, um tanto quanto zonzo. – O que está fazendo aqui Emma? - Perguntou um pouco surpreso. – Não sabia que se preocupava comigo a ponto de vir com tanta urgência me visitar. – O garoto abriu um sorriso.

– As notícias correm rápido... – A garota disse enquanto deixava uma lágrima escorrer pelo seu rosto. – E eu me importo muito com você, e lamento mais do que pensa pelo que aconteceu contigo... – Derick a ouvia pacientemente e ela abaixou seu corpo sobre o dele, abraçando-o. – Vim correndo porque eu gosto muito, muito mesmo de você. - Notavelmente ele não sabia de nada e isso a deixou mais a vontade.

– Eu também gosto muito de você, mas para de chorar! Estou bem melhor agora! – O garoto afirmou, tentando animá-la e ela então se desgrudou dele. – Me dá um sorriso, vai!

– Você assustou todo mundo, seu besta! – Emma disse enquanto abria o sorriso, como solicitado.

Os dois ficaram alguns minutos conversando e se divertindo, para Derick, ela era uma dentre aqueles seus amigos de longa data, os quais ele achava que tivessem perdido o carinho por ele quando começou a namorar Cath. O garoto encarava aquela visita como se Emma estivesse mostrando que apesar deles não serem mais tão unidos, ainda havia alguma consideração.

No entanto, a conversa foi desviada para um lado diferente, muito além da amizade. Ela dizia coisas as quais ele nunca havia pensado que ela fosse capaz de sentir, visto que sua postura e tudo que haviam vivido até ali nunca haviam o mostrado nenhum indício para isso.

– Derick, eu nunca pensei que sentiria isso... Demorou anos até que eu pudesse me dar conta... – A garota estava muito emocionada e o acariciava no rosto mais do que o normal, deixando-o sem graça muito surpreso. – Você é incrível, e é mais do que um cara com quem eu dormia pra passar o tempo... Sempre foi um príncipe comigo e eu antes não conseguia perceber o motivo pelo qual eu sempre dei prioridade a estar contigo do que com qualquer outro... – Ela o olhava nos olhos de uma forma que nunca havia o olhado, e ele sentiu que ela estava sendo sincera, o que o deixou tocado apesar do choque inicial.

– Eu fico lisonjeado por você sentir isso, e estou um pouco chocado pra falar a verdade. E eu também gosto muito de você... Não vou dizer que não gostava de ficar contigo, mas você sabe – Derick disse sendo sincero, mas tentando amenizar um pouco a situação para não magoá-la. - Eu e a Cath... – A garota o interrompeu colocando sua mão na boca dele e fechando o sorriso que havia acabado de abrir ao ouvir aquele “Eu também gosto muito de você”.

– Eu também não achava que sentia isso, mas estivemos tanto tempo junto, Derick... Anos de convivência... E você e a Catherine... – Ela insistiu erguendo uma das sobrancelhas. – 6 meses mais ou menos... Esse amor que surgiu tão rápido pode desaparecer rápido também... Pode ser fogo de palha...

– Sabe esses desastres naturais? O amor que eu sinto por ela é assim... Algo que aconteceu de repente sem a gente poder controlar, e quando vimos, em minutos o mundo que conhecíamos e achávamos ser tão forte... tão sólido...estava em ruínas... – Respirou fundo, enquanto vinham em sua cabeça momentos do início de tudo, as primeiras vezes em que ele e Cath haviam se encontrado. - Rápido, porém intenso, mudou minha vida pra sempre... E por mais que eu quisesse chorar no começo e me livrar daquele sentimento, a mesma coisa que me derrubou, me fez querer levantar e construir tudo de novo... – O olho dele parecia brilhar ao falar de seus sentimentos pela noiva. - Quero construir minha vida com ela...

– Vamos descobrir então, se isso é uma catástrofe mesmo, ou se é só uma chuva de verão... – Emma disse aproximando seu rosto do dele lentamente para beijá-lo.

– Para com isso. – O garoto disse sério, tentando afastar o rosto.

Catherine então bateu a porta do quarto com força, atravessando o cômodo com raiva e interrompendo aquela situação.

– Larga. O Derick. Agora. – Ela disse encarando a morena, que a peitou.

– Preciso falar com ele. – Emma respondeu.

– Não acha que já falou o bastante? – Catherine estava irreconhecível, totalmente irritada com aquela situação. – Eu ouvi sua conversa mole, já falou o bastante, saia daqui agora!

– Catherine, eu não vou sair agora! Realmente preciso terminar de falar com ele! – A morena manteve sua postura e os olhares das duas pareciam se fuzilar.

– Então eu vou ter que te arrastar pelos cabelos pra você largar do MEU noivo? - Disse com um tom alto de voz, visivelmente alterada.

– Calma ai vocês duas... – O garoto tentou conter os ânimos de ambas, o que foi inútil e só deixou Cath ainda mais incomodada com a situação, ainda mais sabendo tudo que Emma havia aprontado.

Catherine então se virou e saiu do quarto em passos rápidos e furiosos, de novo batendo a porta com força. Outra porta estava se abrindo, e era a da saleta em que Ralf e Lilian dormiam. O casal saiu um tanto quanto confuso, querendo saber o porquê daquela confusão toda. Derick então se levantou da cama correndo, arrancando a agulha que o conectava ao soro e foi atrás de Cath.

– Volta pra cama agora, filho! – A mãe tentou impedi-lo, mas obviamente não obteve sucesso, ninguém o seguraria ali.


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Notas finais do capítulo

Maldição do dia: QUEM NÃO COMENTAR É VACILÃO PRA C@R41H0 !!!!

Benção do dia: Só pedir!!!! *o* Já amo vcs "mermo", até os sem consideração D': Mas amo mais quem comenta, muito mais tá u.u FALO MESMO. HUSAIDHAUIHDUIA'