Vampire escrita por Emma Patterson


Capítulo 2
Capítulo 2 - B.


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse capítulo é menor que o primeiro, mas isso não importa, consegui colocar o que tinha de ser colocado. Infelizmente apenas um leitor esta acompanho, e muito obrigado ou obrigada :)
Eu mudei a capa, sei que não é muito coisa, e não ficou do jeito que eu imagina, mas com o decorrer da Fic eu vou mudar a capa :)
Então, Boa Leitura! (P.S.: Se encontrarem algum erro de português, por favor mandem comentários falando quais são, eu não tive tempo para corrigir. Obrigada)



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Capítulo 2 – B.

New York. A grande cidade. Perfeita para vampiros, com ótimos índices de criminalidade, vagabundos espalhados em becos e claro: jovens se divertindo pela madrugada. Claro, a maioria dos jovens de hoje em dia eram todos sujos, álcool e drogas correndo em suas veias. Era decadente. Antigamente as condições de saúde podiam ser precárias, mas o sangue pelo menos era limpo.

Há essa hora a vidente Cullen já devia ter nos visto aqui em NY, provavelmente procurando pelas decisões de Aro como uma louca. Anne estava ao meu lado em cima de um prédio velho e com as janelas cobertas de tabuas pregadas. Fechei os olhos tentando rastrear o cheiro dos recém-criados, não era uma boa rastreadora, mas dava conta. Josh estava a cinco metros de nós duas esperando alguma ordem. Tayra, nossa rastreadora, estava em um beco próximo. Disse que era o último lugar que os vampiros estiveram antes de mudar daquele território. Tayra era uma rastreadora de nível médio, podia sentir o cheiro de sua presa e definir sua trajetória. Seu único ponto fraco era que se fossem muitos cheiros de pessoas ou vampiros no lugar isso a fazia ficar confusa, já que eram muitas ideias de trajetórias juntas e como não tinha desenvolvido seus poderes a muito tempo, ela não o tinha refinado, o que a deixava na guarda provisória dos Volturi. E sinceramente, não acho que Aro a colocaria na guarda permanente, não com um rastreador como Demetri.

_ Estão indo para o Central Park, provavelmente já estão lá. Encaminharam-se quando anoiteceu. – disse com firmeza. Tayra nunca foi valorizada, nem em vida humana pelo que eu percebia em seu jeito de se provar necessária com tanta avidez. Fazer essa missão, por mais simples que fosse ou parecesse não mudava o fato de que queria expandir seus talentos e se mostrar util.

_ Então vamos ao Central Park. – sorri ao sentir a adrenalina fluir por meu corpo imutável. Eu ia lutar, e adorava isso. Fazia muito tempo que não massacrava ninguém e fazia luta corpo a corpo.

_ Josh e Tayra vão à frente, eu no meio e Anne e Eileen no final. – comandou Logan me olhando. Assenti.

Tayra e Josh dispararam na frente, não antes de Josh mandar um olhar de alerta para Anne. Mesmo sabendo que venceríamos um bando medíocre de recém-criados, Josh e Anne se preocupavam muito um com outro, o que era perigoso em uma batalha, não importa sua proporção. Por isso agradecia por não ter encontrado um parceiro ainda.

Depois que sumiram de vista, Logan os seguiu, cinco segundos depois Anne e eu fomos, lado a lado. Em menos de quinze minutos estávamos no Central Park. Em uma formação que se desenhava um V. Logan na ponta, Tyra a sua esquerda e Josh a direita, como se fosse os mais fortes e Anne terminando a formação. Um vento zombeteiro passou por nós carregando o cheiro do bando. Eles estavam a um quilometro. Não pareciam perceber nossa presença. Concentrei minha audição na direção do cheiro deles e pude ouvir que eram seis, todos brigando por um mendigo que possivelmente já jazia morto no chão. Corremos silenciosamente na direção deles nos separando e cercando a área onde estavam.

Era uma pequena clareira com uma fonte no centro, um banco quebrado onde possivelmente o mendigo dormia antes de morrer e que agora estava coberto de sangue. Desperdício. Avistei o humano jogado a três metros do banco, as pernas e o pescoço quebrado. Os seis recém-criados rosnavam uns para os outros, alheios a nossa presença. Eram quatro vampiras e três vampiros. Todos na faixa de dezessete a vinte anos. Então, antes que outra rajada de vento aparecesse e mostrasse nossa presença fiz um sinal quase imperceptível, mas que estávamos aptos a perceber. Descemos das arvores e cercamos os recém-criados.

_ Com uma dadiva como essa e vocês agindo como selvagens. Tcs, tcs, tcs. Desperdício. – disse Tayra com falso desapontamento.

O bando rosnou e nos atacaria se não os tivéssemos os pego de surpresa. Uma das garotas pareceu recobrar a um pouco de consciência parando de rosnar e ficando em posição de defesa, mas ainda tinha um olhar meio desvairado.

_ Quem são vocês? O que querem? É nosso território de caça agora! – gritou um dos vampiros dando um passo a frente e encarando Josh que era o maior de nós. Pelo jeito ele imaginava derrubar o grandão primeiro.

_ Bem, vocês merecem explicações. – falei suavemente os surpreendendo com o tom aveludado e amigável da minha voz, diferente de Tayra. – Fazemos parte da realeza do nosso mundo, controlamos nossa espécie para que não sejamos expostos aos humanos e assim vivermos em paz. Eu entendo que vocês foram largados por seu criador ou sua criadora e não sabem como se comportar, que precisam apenas de treinamento para se controlar, se adaptar.

_ Não fomos abandonados. – rosnou uma garota. Ela era morena, cabelos curtos e um corpo esguio. Seus dedos compridos pareciam garras prontas para dilacerar. Tinha certeza de que meus olhos faiscaram ansiosos com a ideia de um vampiro recém-criado talentoso presente.

_ Onde esta o criador então? – perguntou Logan. A vampira pareceu perceber que falou de mais. Esse era o problema com recém-criados, eles agiam por impulso.

Com isso o vampiro que encarava Josh e que parecia ter dezoito anos avançou nele. Completamente precipitado e inútil. Recém-criados tem o instinto de simplesmente avançar, atacar, não sabem arquitetar um plano coerente de ataque, então, em menos de um segundo sua cabeça rolava debilmente no gramado e o corpo tombado e inerte, pronto para ser queimado. Tayra era rápida. Os cinco vampiros restantes estavam entorpecidos e surpresos, não imaginavam que aquela vampira reagiria. Os restos de recém-criados atacariam se não estivessem temendo o mesmo fim que tomariam como seu antigo membro.

_ Então, onde esta? – perguntou Tayra com uma voz de anjo, a deixando mais perigosa e assustadora, para os novatos.

Uma vampira da minha altura que usava uma toca preta saltou na esperança de fugir, o que foi novamente inútil. Anne que estava atrás dela a puxou pela perna e a jogou a dois metros pra fora do circulo, causando um estrondo e abrindo uma cratera média no gramado que antes era verde e bem aparado.  Em um segundo segurava a cabeça da vampira, pronta para arrancá-la, podia se escutar o barulho do pescoço trincando, fazendo um barulho de metal e mármore juntos sendo triturados. O resto dos vampiros se abaixou saindo da posição de ataque ou defesa, em sinal de rendição. A vampira presa por Anne estava ajoelhada e tinha seus rosto deformado em agonia e desespero. Os recém-criados não esperavam que uma vampira pequena e de aparência frágil como Anne fosse tão ágil e forte assim. Ela era talentosa apesar do nível em que estava colocada nos Volturi, ela era um ótimo pião de batalha.

_ Ultima vez, onde o criador de vocês esta? – repetiu Tayra sorrindo sadicamente, em sinal de que se demorassem mais alguém perderia a cabeça junto com a vampira presa por Anne.

_ Não sabemos. Ela nos disse pra caçarmos aqui nessa cidade há uma semana. Ela apenas nos ligava todo dia ao amanhecer do único celular que deixou conosco. Éramos dez, mas acabamos brigando e nos destruindo. Ela não ficou satisfeita, mas não disse mais nada. Ela ia vir nos buscar daqui dois dias e nos levar para outra cidade. Sabíamos que estávamos chamando atenção de mais. Sabemos da regra sobre manter segredo sobre nossa espécie. – disse rapidamente outra vampira de cabelos escuros e curtos. Ela alternava seu olhar entre o vampiro já decapitado e a vampira mantida por Anne. O medo da morte transbordava de seus olhos e face.

Então era uma vampira. Claro, provavelmente ela não estaria agindo sozinha. Se ela tinha explicado sobre a regra e mesmo assim permitindo que eles chamassem a atenção, ela sabia que logo nós Volturi viríamos intervir. Olhei para Logan e ele assentiu entendendo o recado. Rapidamente tirou um isqueiro prateado e com um dragão talhado e pintado em azul escuro. Em um segundo o vampiro decapitado estava em chamas soltando fumaça lilás e com um cheiro incrivelmente doce e enjoativo, se eu fosse humana estaria vomitando. Os outros recém-criados rosnaram em desespero sentindo seu fim se aproximando.

_ Não, por favor. Não me mate, eu falei o que queriam saber! Prometo seguir as regras dessa vez... Por favor! – disse a vampira de cabelos curtos. Ela olhava diretamente pra mim, vendo que eu não era tão amável como aparentei inicialmente.

Sorri calmamente.

_ Sei que não pediram por isso, mas infringiram as regras e para piorar a situação de vocês, digo, a pena de vocês, ainda assumiram que sabiam das regras e mesmo assim se permitiram quebra-las novamente. – a vampira arregalou os olhos arrependida de ter abrido a boca. Levantou-se e correu, mas não muito porque Tayra a pegou pelo pescoço e a estendeu no ar, apertando tão forte seu pescoço que ele começou a rachar e a emitir um som de metal sendo retorcido.

_ Tem que aprender a assumir suas responsabilidades, querida. – e em segundo a garota estava decapitada e a em chamas junto com seu antigo companheiro de bando.

Suspirei. Não teria luta dessa vez, e mais uma vez sairia desapontada dessa missão. Resolvi terminar logo de uma vez a busca por informações para acabarmos com essas crianças e partirmos. Olhei para a vampira morena que foi a primeira há voltar um pouco a si. Ela se encolheu mais ainda.

_ Sabe o nome da criadora de vocês? Como ela se parece? E por favor, não enrole porque esconder ela não vai valer a pena, se ela se importasse com vocês não teria os deixados à mercê. – falei ainda com a expressão suave, mas a voz e o olhar duro.

_ Você esta certa. – disse a garota se levantando e dando um passo lento e sem hesitação. – Ela é loira com os cabelos abaixo do ombro, alta e magra. Não sei seu nome, ela nunca o mencionou, mas seu parceiro a chamava de B. Um apelido eu suponho.

Ela olhou para todos nós Volturi e se virou para seus companheiros que a olhavam aturdidos e raivoso, prontos para ataca-la.

_ Íamos morrer de qualquer jeito mesmo. – esticou o braço direito – O celular. – um vampiro loiro tirou prontamente um aparelho celular preto do bolso da calça e jogou para a vampira com má vontade e a fuzilando com o olhar, ela pegou o celular no ar e deu de ombros e olhou para mim. – Façam logo o trabalho de vocês. – jogou o telefone pra mim e cruzou os abraços esperando ser decapitada e queimada.

Logan olhou pra mim, esperava que eu atacasse a garota para assim fazer o mesmo com os outros com a ajuda de Josh. Neguei com a cabeça. Desbloqueei a tela do celular e busquei n caixa de mensagens e lista de contatos e telefonemas recebidos ou discados. Nenhuma mensagem, apenas ligações de origem restrita. A criadora pensou em tudo. Ela armava um plano e esses recém-criados eram apenas uma parte desse plano e provavelmente contra os Volturi. Desliguei o celular e olhei para Logan.

_ Concorda em acabar com os outros primeiro e deixar a garota por ultimo? – perguntei já sabendo a resposta. Ele assentiu e assim em dois segundos os recém-criados que estavam amontoados juntos foram decapitados e queimados, Anne ainda segurava a outra vampira. Olhei para a vampira em minha frente que entregou o celular. – Não temos informações suficientes, você ainda é útil.

Dei um passo pra trás em sinal de que não falaria ou faria mais nada. Logan tomou todo o controle.

_ Josh, segure-a – indicou a vampira na minha frente e depois olhou para Anne que não tinha nenhuma expressão no rosto -, termine.

Não existia mais um bando de recém-criados, todos tinham virado pó. Limpamos o lugar, arrumamos a cratera em segundos e jogamos o corpo do mendigo no esgoto mais próximo. Quando terminamos Logan olhou pra mim.

_ O que esta pensado? – e indicou a recém-criada que não tinha mais nenhuma expressão no rosto, se deixava levar por Josh e não dava sinal de que lutaria para viver. Parecia conformada.

_ Não temos como entrar na mente dela e ver quem é sua criadora e com toda certeza a criadora não vai voltar, ela sabia que viríamos, sempre vamos controlar a situação. Eles foram apenas uma isca. Ela esta planejando alguma coisa contra nós então vamos levar a recém-criada para Volterra, lá Aro poderá entrar na mente dessa daí e descobrir quem é essa B.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo :) !



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