Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 43
Presente


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo, que 2015 traga tudo de bom pra vocês e muita inspiração pra mim!!! Eu estou de férias e vou postar rápido o próximo capítulo! Preparem-se! Espero que vocês gostem do primeiro capítulo do ano! Não deixem de comentar, porque isso com certeza me motiva demais kkkkkk BEIJOS!!



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9 de maio de 2014.

Hoje era o último dia de Sophie com vinte anos de idade. Hoje também havia sido o dia em que os pais da garota haviam embarcado num avião rumo a Califórnia, precisavam descansar pelo menos por um final de semana. Sophie bufou. Por que precisavam viajar necessariamente no final de semana em que era seu aniversário?

Ela estava sozinha naquela grande mansão, comemorando da forma que podia as suas últimas horas com vinte anos. Ah, comemorando! Bebericar uma taça de Martini com os pés mergulhados na piscina agora era comemorar. E sozinha.

— Droga, estou devendo 20 pratas para o Baker!

Sophie virou para trás já sabendo exatamente de quem era a voz atrás de si. Sem evitar, sorriu de orelha a orelha ao constatar que não estava alucinando. Vai saber, e se a bebida já estivesse começando a fazer efeito?

Era ele, Thomas Löhnhoff. E havia aparecido exatamente na hora que precisava aparecer.

— Thom, eu não estou entendendo nada. Como... - A morena estava prestes a fazer uma pergunta, mas não terminou. Não sabia se perguntava de que aposta estava falando ou como ele havia entrado ali.

O garoto sorriu e sentou com as pernas cruzadas ao lado dela, sem acompanha-la com os pés na água.

— Eu ia te chamar pra dar uma volta, e Baker me disse que você estava aqui enchendo a cara. Apostei 20 pratas com ele que era mentira, tive que vir aqui pra verificar e agora me arrependi. Você pode mentir pra ele que isso é água? - Thomas perguntou a encarando.

— Baker disse que estou enchendo a cara? - Sophie perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Disse.

— Olha. - Sophie ergueu a taça de Martini até os olhos de Thomas. — Está praticamente intacta. - Ela disse. — Você pode arrancar 20 pratas do Baker, não estou enchendo a cara.

— Acho que teremos que anular a aposta. - Ele falou. — Eu posso? - Ele perguntou, olhando para taça e ensaiando pegá-la.

Sophie lançou um olhar desafiador ao garoto.

— Por acaso você é maior de idade? - Ela brincou.

— Muito mais que você, garota bonita. - Ele disse, pegando a taça da mão da morena.

— Muito mais que você, garota bonita. - Sophie repetiu com ironia, imitando a voz de Thomas. — Você tem vinte e dois, vinte e três no máximo.

— Certo, vinte e dois. - Ele falou. — Vinte e três só em janeiro. — Ele falou, dando um gole na bebida.

— Isso faz de você um papa anjo. - Sophie brincou.

— Papa anjo por quê?

— Porque sua namorada tem vinte anos. Você tem vinte e dois, quase vinte e três.

— Uau, é tanta diferença de idade que tenho medo de sofrer denúncia por pedofilia. Duas vezes, aliás. - Ele falou, com um sorriso debochado no rosto.

Sophie ergueu uma das sobrancelhas, sem entender.

— Você tem vinte também, garota bonita. Não se esqueça. Eu já te dei uns beijos, não?

— Cala a boca, Thomas! - Sophie reclamou. — A gente se beijou duas vezes e meia, e eu vou fazer 21, então não é mais pedofilia.

— Nos beijamos duas vezes e meia? O que seria um meio beijo? Me mostra? - Ele brincou. Segurou o rosto de Sophie com as duas mãos, sorrindo brincalhão.

— Para, idiota. Pede pra sua namorada mostrar! - Ela brigou com o garoto, dando um tapa em cada mão do rapaz.

Thomas gargalhou.

— Eu acho bonitinho esse ciúminho que você tem dela. - Ele falou, apertando a bochecha da garota.

— Você é muito metido, pelo amor de Deus! - Thomas sorriu para Sophie e deu um beijo no rosto da garota.

— Parabéns, Alle. - Ele falou. — Já são meia noite e meia, nem notamos. - Ele falou, e continuou, sem permitir que Sophie se pronunciasse. — Hoje tem que ser um dia mais do que especial pra você. - Ele falou, abrançando-a de lado.

— Meus pais viajaram essa noite, isso já torna... - Sophie começou.

— Ei, não. - Ele a interrompeu. — Hoje esse assunto fica proibido, ok? - Ele falou, a encarando nos olhos. — Naquele dia que a gente ficou eu te disse que comemoraríamos seu aniversário, lembra? - Ele perguntou, e Sophie assentiu. — Eu não menti, eu e Dan já preparamos tudo. Vai ser hoje à noite, aqui na sua casa. Já falei com o Baker e tudo já está no esquema, ele contratou todos os serviços que tinha que contratar. Dan chamou gente o suficiente pra encher essa casa.

— Thom, eu...

— Você é a segunda mulher mais importante da minha vida, Sophie. Eu sei, não deveria estar dizendo isso, mas que se dane. Tudo que eu poderia fazer era proporcionar pra você um aniversário perfeito, pra que chegue pelo menos perto do que você proporciona pra mim cada vez que estamos assim, perto um do outro.

Sophie sorriu e o abraçou forte. A blusa do garoto estava encharcada. Sophie estava chorando por alguma razão. Assim que o soltou, a morena o encarou com os olhos inundados.

— Você não precisava fazer nada disso, Thom. Esse aniversário fica perfeito a partir do momento que você está comigo, como agora. É incrível, você sempre aparece nas horas em que eu mais preciso.

— E vai ser assim sempre. - Ele falou. — Sempre, sempre, sempre. — Repetiu. — Aguente firme sempre, porque nunca vou deixar de estar aqui pra manter você em pé se quiser cair.

Poderia parecer um mero clichê o que Thomas acabara de falar. O famoso "eu estarei sempre com você", mas aquelas palavras significavam muito para Sophie, cabiam perfeitamente na vida dela.

Flashback

– Eu sinto tanto a falta dela. - Confessou, ainda chorando, só que de um jeito mais controlado. - Com ela tudo era mais fácil. A gente sentava no meu quarto e conversávamos sobre o nosso dia. Ela me contava tudo, eu contava tudo pra ela. Fazíamos tudo juntas, porque minha mãe e meu pai nunca foram muito presentes. Eu me sinto tão sozinha, sei lá. Às vezes parece que não posso continuar no mundo se ela não estiver aqui comigo.

Flashback

Ela sabia que não estava gorda, sabia que não precisava emagrecer, sabia bem o que aquilo poderia causar em sua vida. E se morresse... Tanto faz, talvez pudesse encontrar no céu a única pessoa que realmente se importava com ela.

Sophie não se importava em morrer.

Flashback

— E daí? Eu não ligo! Morrer só me traria benefícios. Eu não tenho motivos pra viver, a única pessoa que se importava comigo morreu!

Flashback

— Do que adianta, Thomas? Você me deixa mal, ficar perto de você me deixa mal. Eu te odeio, e me odeio também. Odeio essa droga de vida que eu levo, odeio existir! - Ela falou entre pausas, devido ao choro que agora já a consumia.

Flashback

O garoto, ainda abraçado nela, começou a cantarolar baixinho.

— "You're never gonna be alone, from this moment on, if you ever feel like letting go, I won't let you fall, you're never gonna be alone, I'll hold you 'till the hurt is gone." (Você nunca vai estar sozinha, de agora em diante, mesmo que você pense em desistir, eu não vou deixá-la cair, você nunca vai estar sozinha, vou te segurar até a dor passar).

–-------

O presente de aniversário que Sophie precisava não era nada caro, nada que o dinheiro dela pudesse comprar. Thomas Löhnhoff havia sido o melhor presente que ela poderia sonhar em ganhar. Löhnhoff estava segurando Montini, era por causa dele que a garota ainda não havia caído, toda sua força vinha apenas dele.


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Notas finais do capítulo

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