Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 27
Bem vindos, sentimentos.


Notas iniciais do capítulo

Uma semana que postei e estou aqui com um capítulo curtíssimo que é muito importante. Eu espero muitoooooooooooo que vocês gostem, e que comentem *-*



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– Löhnhoff, o que você tem na cabeça? - Sophie perguntou em voz alta, visivelmente irritada. - Isso é Chanel, você faz ideia de quanto custa um vestido Chanel? - Ela continuou, olhando para o garoto.

– Não faço a menor ideia. - Ele respondeu com a voz calma, se aproximando da morena. - Desculpa? - Thomas pediu em voz baixa, segurando com as duas mãos a borda onde Sophie estava encostada, a deixando entre seus fortes braços. Ao não ouvir resposta, o rapaz tirou uma das mãos de onde estava e colocou na nuca da garota, aproximando o rosto dela do seu. - Desculpa - Ele repetiu, desta vez ao pé do ouvido da menina.

– Desculpo. - Ela murmurou, com a voz falha.

– Então me dá um abraço. - Thom pediu, colocando as duas mãos na cintura dela, a trazendo para um abraço.

Sophie enlaçou os braços no pescoço do garoto, o abraçando com força.
– Eu tenho um pouco de medo. - Ela confessou, em voz baixa, ainda nos braços do amigo.

– Medo de me abraçar? - Ele perguntou sem entender, com a cabeça afundada no ombro da morena.

– É. - Ela confirmou.

– Por quê? - Thomas perguntou, finalmente levantando a cabeça e olhando para menina, sem tirar os braços da cintura dela.

– Não sei. - Ela respondeu num sussurro.

Talvez não fosse medo, mas estar próxima demais de Thomas causava em Sophie alguma coisa parecida com nervosismo, que ela não sabia como definir. Não era nada bobo como o normal nervosismo de uma pré adolescente prestes a dar o primeiro beijo, era muito mais complexo. Complexo de entender, de explicar e de definir, mas não de sentir. Quando Thomas estava tão perto, assim como no momento, era extramamente fácil sentir o que ela estava sentindo. E a vontade que ela tinha, nessas horas, não era de definir sentimentos.

Sophie passou as duas mãos para o rosto de Thomas e, de propósito, juntou seu nariz com o dele. Fechou os olhos e ficou imóvel, esperando que ele soubesse o que ela queria que acontecesse naquele momento.

Thomas não precisava que Sophie fizesse qualquer movimento a mais. Aqueles gestos tinham sido mais do que suficentes para provar que, naquele momento, ela queria que acontecesse o que estava prestes a acontecer tanto quanto ele.
Sem pensar em qualquer consequência, Thomas fez aquilo que há tempos deveria ter feito. As mãos do rapaz, antes na cintura de Sophie, passaram para o rosto dela, e, se antes estavam próximos demais por causa da iniciativa da garota, Thomas fez questão de se aproximar ainda mais, desta vez grudando os lábios nos dela. E foi aquele o momento em que os dois, finalmente, iniciaram um beijo.

Não existia uma palavra que pudesse explicar o que os dois estavam sentindo naquele momento. As palavras ficaram perdidas, o mundo havia congelado para os dois. Só existiam eles. Thomas Löhnhoff e Sophie Montini. Boca com boca. Língua com língua.

Beijar Sophie estava fazendo com que Thomas ficasse ainda mais encantado pela menina, e a vontade que ele tinha era de não desgrudar a boca da dela nunca mais. O simples toque de lábios, no primeiro momento, já havia sido diferente, a forma como a menina o beijava, sem pressa alguma e completamente carinhosa, o fazia aproveitar mais cada segundo daquele beijo, e fazia com que ele quisesse beijá-la ainda mais. Thomas estava extasiado, e ali veio a certeza de que seria impossível existir no mundo alguma garota mais maravilhosa. E grifo, mais uma vez, que não era apenas fisicamente falando.

Sophie estava completamente entregue, era como se seu corpo não estivesse mais a obedecendo. Havia se deixado levar pelas coisas que estava sentindo, à aquele bando de sentimentos que ela não sabia como definir. Sabia que jamais se arrependeria. Era impossível se arrepender pelo simples fato de ser Thomas. Ele era perfeito, a forma como ele estava fazendo com que ela se sentisse era perfeita, a forma como ele a beijava era perfeita, e até mesmo as carícias que ele fazia no rosto da garota durante o beijo eram perfeitas. Não havia no mundo outra pessoa que ela quisesse estar naquele momento.

Não era um simples beijo, eram sentimentos. Sentimentos que, indiretamente, um apresentava ao outro. Os dois poderiam ficar para sempre ali, e era essa a vontade que sentiam, mas havia uma hora em que parar era inevitável, e que os dois precisavam pelo menos respirar. Parar foi exatamente o que Sophie fez, depois de encher o garoto de selinhos.

– Pensei que nunca fosse me beijar. - Sophie brincou, sorrindo para o garoto.

– Pensei que tivesse dito que nossa amizade estava no limite e que não tem como crescer. - Thom repetiu as palavras ditas por Sophie, debochado

– Cala a boca. - Sophie disse baixo, voltando a abraçá-lo, dessa vez mais forte. - Eu gosto muito de você, sabia? - Ela sussurrou, com a cabeça encostada no peito dele. - Se eu não gostasse teria matado você por ter me puxado pra piscina.
– Obrigado por não me matar. - Thom brincou, soltando uma risada.

Sophie se afastou um pouco do moreno e o olhou.

– É sério. - Sophie falou com a voz firme. - Eu realmente gosto muito de você.
– Eu também gosto muito de você, Sophie. - Ele falou, colocando uma mecha do cabelo molhado da garota atrás da orelha. - E vamos comemorar seu aniversário. - Informou, olhando pra ela, que automaticamente sorriu.

E outra vez os amigos se beijaram, com a inciativa de Sophie, para a surpresa de Thom.

Na grande piscina, em um dos quatro cantos, estava o casal trocando beijos. Uma típica cena de filme, onde os pombinhos tem uma cena romântica e terminam felizes para sempre. Era bonito de se ver, na maioria das vezes com aquela câmera que filma a cena de cima.

Me arriscaria a dizer que câmeras algumas vezes não são necessárias para que haja essa visão. Sarah Montini, por exemplo, conseguia ver da janela do quarto muito bem o que estava acontecendo, e sem câmera alguma.


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Notas finais do capítulo

Comentemmmmmmmmmmm!