Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 21
Amigo Gay


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem!



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O final da quarta feira passou, a quinta feira passou e hoje era uma tarde quente de sexta feira. Ah, finalmente o final de semana se aproximava. No dia anterior, Thomas havia dado conta de dar seu número de celular para todos os seus amigos, e tratou também de pagar o que devia a Sophie, que mesmo insistindo não conseguiu fazê-lo desistir disso.

Os dois estavam trocando mensagens com bastante frequência, a única hora em que paravam quietos era na hora da aula, e às vezes nem isso.

Já era hora do almoço, Thom estava sentado com Daniel comendo no restaurante da faculdade, a opção mais barata que tinha, afinal, era fim de mês, ninguém tinha muito para gastar.

- Vou ter que ir para sua casa hoje, precisamos sair, esse celular te deixou ainda mais sem vida social. - Dan falou, balançando a cabeça negativamente ao observar o amigo jogando palavras cruzadas no novo aparelho.

- Cala a boca, idiota! - Thomas respondeu automaticamente, sem deixar de olhar para o jogo.

O celular vibrou, e apareceu, no meio do jogo, uma notificação. Era uma mensagem de Sophie. Na notificação, ao lado da mensagem, aparecia a foto da garota. E Daniel, do lado do amigo, assobiou.

"Vá pra minha casa quando chegar da faculdade, vamos ao shopping resolver o problema da roupa de sábado. Beijos, e boa aula!"

- Opa, quem é? - Dan perguntou, com animação na voz.

- Desculpa, tenho planos para o final de semana. - Falou Thomas, ignorando a pergunta do amigo.

- Parabéns irmão, eu me enganei. Você tem vida social. - Comentou, dando um tapa forte nas costas do garoto. - E que vida social, hein. - Ele gargalhou.

- Ei cara, tenha respeito! Ela é minha amiga.

- Amiga? - Dan fez uma careta, e Thomas afirmou com a cabeça. - E vão ao shopping comprar roupas? - Ele perguntou com as mãos no queixo, parecendo pensativo.

- É, tipo isso. - O moreno respondeu, erguendo as sobrancelhas.

- Preste atenção, Thomas. Acho que essa garota está te fazendo de amigo gay. E você não seja burro!

- Amigo gay, Daniel? Não fale besteiras! - Thomas quase berrou, e revirou os olhos.

- É sério, é só parar para pensar. Ela te chamou para comprar roupas com ela, quem faz isso com meninas lindas como ela são os amigos gays. Aqueles que dão opiniões, que gostam de ficar horas em uma mesma loja, que não tem outras intenções...

- Daniel, quando você vai começar a falar coisas que prestem? - Thom interrompeu o amigo. - Para começar, eu não vou ajudar ninguém a comprar roupa nenhuma, ela que quer me ajudar a escolher uma roupa para um jantar na casa dela com os pais, só isso.

- Um jantar na casa dela com os pais, só isso. - Daniel repetiu o que o garoto disse, em tom de deboche. - Parabéns, meu amigo. Já conquistou a garota e agora já está partindo para os pais. Que orgulho, são em momentos como estes que sinto que nossa amizade não existe em vão.

Thomas bufou e outra vez revirou os olhos.

- Não conquistei ninguém, Daniel. Já disse que só somos amigos.

- Então essa é a hora que eu duvido da sua sexualidade mais uma vez. Nenhum homem pode ser só amigo dessa garota sem segundas intenções.

- Nunca disse que não tenho segundas intenções. - Ele falou, com um sorriso no rosto.

- Estou realmente percebendo suas segundas intenções, indo para o shopping comprar roupas com a amiguinha. Nossa, que garanhão! - Debochou.

- Cara, estou achando que você está com ciúmes. - Thom disse, rindo.

- Na verdade estou preocupado. É muio intrigante que um cara da sua idade não saiba conquistar uma garota. - Dan falou, balançando a cabeça negativamente. Olhou para frente, e assim como Thomas, notou que Olivia Le Blanc se aproximava da mesa dos dois. - Bem, eu vou sair daqui aí você já vai treinando. - O amigo falou, deixando sozinho o outro. Havia sido de prpósito, e Thom tinha entendido aquilo muito bem.

A garota, ao chegar bem perto da mesa, se sentou em frente a ele.

- Oi. - Ela sussurrou, parando os olhos verdes no garoto.

- E aí? - Ele respondeu, sem olhar para menina e fingindo não dar a mínima.

- Eu andei pensando no que fiz. - A garota murmurou.

- O que fez? - Thomas perguntou pensativo, ainda sem olhar para ela.

- Ah, você sabe, na terça, quando peguei seu celular e...

- Ah claro, e o que tem isso? - Ele perguntou, interrompendo-a.

- Queria te dizer que foi só uma brincadeira, que eu sou assim mesmo, faço as coisas sem pensar nas consequências. - Disse, insistindo em olhar para o moreno. - Eu preciso parar com isso. E se eu te prejudiquei de alguma forma eu posso te ajudar.

Thomas finalmente a olhou.

- Como? - Ele perguntou, curioso.

- Bom, eu posso mandar uma mensagem para sua namorada dizendo que inventei tudo, que foi uma brincadeira.

Thom, sem pensar duas vezes, sorriu e entregou o celular aberto nas mensagens de Sophie para Olivia, quem respirou fundo e começou a escrever.

"Oi, meu nome é Olivia, tenho 20 anos, sou colega de turma do Thomas. Queria deixar claro que na terça eu fiz uma brincadeira dizendo que sou namorada dele, mas foi só para provocá-lo. Então deculpa, e felicidades!"

O garoto, depois de ler a mensagem enviada sorriu, e sem que Olivia esperasse a surpreendeu com um beijo no rosto.

- Ela não é minha namorada, Olivia. - Ele disse - Pode ser que um dia seja, mas por enquanto é só uma amiga. E ela não tinha acreditado em uma palavra do que você mandou naquele dia. - Falou, franzindo a testa. - E está desculpada, apesar de não ter me pedido com essas palavras.

Olivia levantou as sobrancelhas e deu o celular do garoto para ele.

- Por que me fez mandar isso se ela não acreditou? - Ela perguntou.

- Porque queria checar minha moral.

A menina revirou os olhos e sorriu.

- Mas e essa menina, quem é? - Olivia finalmente perguntou, curiosa.

- Já disse, é uma amiga.

- Futura namorada. - Ela completou. Thomas sorriu torto.

- Talvez.

- Por que talvez?

- Porque eu ainda não prevejo o futuro. - Ele debochou.

- Você gosta dela? - A menina fez a segunda pergunta, olhando para o garoto e ignorando completamente a resposta grosseira da primeira.

- Talvez. - Ele repetiu.

- Por que talvez? - A ruiva também repetiu, séria.

- Porque talvez é talvez. - Respondeu. - Agora me dê licença, Olivia. Tenho que ir para aula.

E foi o que o moreno fez, deixando Olivia Le Blanc pensativa e sozinha na mesa.


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Notas finais do capítulo

De volta a Olivia Le Blanc hehehe Comentemmmm *-*



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