She Lost Control escrita por Dani Schirmer


Capítulo 1
Sentimentos.




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Quantas vezes pensamos em um amor para vida toda como aqueles de contos de fadas ou quantas vezes nos sentimos uma princesa somente esperando o nosso príncipe encantado, mas no fundo apenas alimentamos a vontade de achar um cara que nos faça feliz de verdade. Eu nunca me apaixonei por alguém de verdade, eu nunca disse um “eu te amo” para um cara, sim eu sou um pouco estranha, mas ao longo de anos percebi que ser diferente é legal, aos dezessete anos não tenho mais meus pais comigo, mas tenho uma tia maravilhosa que sempre cuidou de mim e me ensinou tudo o que sei, e esse momento enquanto minhas amigas pensam no que vão usar no baile de formatura, eu fico pensando somente no que eu vou comer e então vou ate a cozinha e vejo minha tia com uma cara de quem iria me dar uma bronca.
– Oi Tia – Abri um pequeno sorriso.

– Lexi quantas vezes eu já te disse para não trazer namorados aqui para casa. – Ela me olhava como se quisesse me esganar.

– Mas tia o Louis é só um amigo. – Reviro os olhos tentando disfarçar a raiva que eu estava sentindo por ela querer fazer o papel de minha mãe.

– Eu percebi que ele é só um amigo, agora vai lá e arrume aquela bagunça. – Ela soltou um pequeno sorriso, mas logo sumiu.

– Esta bem “mãe” – Comecei a rir sem hesitar, mas quando olhei para ela percebi que ela estava furiosa.

– Vai logo Lexi. – Ela tenta esconder o riso, mas não consegue.

Saio da cozinha e vou ate o meu quarto, mas chegando lá percebo que Louis ainda estava dormindo e então eu vejo um travesseiro caído no chão e taco nele gentilmente. Ele acorda assustado, mas abre um sorriso quando me vê.

– Nossa Lexi você me assustou. Precisava me acordar assim? – Ele sorria me encarando.

– Levanta logo dai a minha tia esta furiosa comigo por sua causa. – Solto um pequeno sorriso para ele, mas logo volto a ficar brava.

Ele levanta da cama e eu começo a pegar as roupas jogadas no chão depois de uma noite que para mim não significou nada. Entrego as roupas para ele e o empurro ate o banheiro. Ele fecha a porta e eu começo a arrumar a cama rapidamente e dar uma rápida geral no quarto para poder para de escutar reclamação da minha tia.
Pego meu celular na beirada da mesa de cabeceira e mando uma mensagem para Alice contando sobre a noite, mas então deixo o celular de lado e fico esperando Louis aparecer para expulsar ele do meu quarto. Não demora muito a porta abre e então Louis sai do banheiro e para bem na minha frente e me da um beijo na testa e vai embora sem eu precisar dizer nada.
Deito na cama e fico olhando para o nada pensando por que eu tinha quer tão diferente assim, por que eu não podia ser uma menina normal e me apaixonar por alguém e sentir as alegrias e tristezas do amor, por que eu tinha que só curtir e não sentir nada. Tantos pensamentos, tantas perguntas e poucas respostas, mas então escuto o barulho do toque do meu celular e pego para ver o que era. As respostas de Alice sempre eram boas e então deixo o celular de lado e levanto da cama. Pego uma roupa qual quer no armário e me troco rapidamente e então vou ate o banheiro, mas tomo um susto ao ver meu espelho todo sujo de batom e eu sabia quem tinha feito aquilo e eu o mataria por isso. Saio do banheiro furiosa e pego meu celular na cama e então antes que eu saísse olho para uma velha foto minha com a minha mãe e então a raiva volta a me consumir e saio sem pensar duas vezes.
Passo por minha tia furiosa e então pego a chaves da minha moto perto da porta e saio sem dizer nada para ela.
Fico parada perto da moto e guardo o celular no bolso da calça e então subo na moto e ligo o motor, mas antes de sair fico olhando para trás como se eu não fosse mais voltar.

Ao chegar perto do centro da cidade diminuo a velocidade para não levar uma multa de novo e então vejo o carro de Alice parado perto da cafeteria. Paro a moto do lado do carro dela e fico parada esperando ela sair e me ver. Fico ali parada quase dez minutos quando ela finalmente aparece e então corre e me abraça com força, mas quando nos afastamos percebo que ela estava feliz de mais.

– O que houve? – Deixo um leve sorriso escapar.

– Lembra-se daquela casa abandonada? – Ela não conseguia parar de sorrir e de rir.

– Sim por quê? – Fico um pouco surpresa ao ouvir falar da casa.

– Então parece que um cara super gato esta se mudando para lá. – Ela estava eufórica e não parava de sorrir.

– Nossa que legal. – Respondi com Indiferença.

– Para de ser chata Lexi. – Seu sorriso logo sumiu, e ela voltou a ficar irritada.

– Eu tenho que ir. – Abro um pequeno sorriso para disfarçar o ódio que estava sentindo por ela ser tão cabeça dura.

– Te vejo amanha na aula? – Ela volta a sorrir.
Como sempre Alice era a menina perfeita, a que sempre estava em seu mundo de conto de fadas e que não entendia por que eu era assim, mas que sempre tentava me fazer sentir algo por alguém mais como sempre ela falhou.

– Sim...Bom Ate Amanha. – A abraço e logo me afasto e deixo um pequeno sorriso escapar.

Ela entra no carro me deixando sozinha ali com meus pensamentos e minhas ideias loucas. Fico ali parada a vendo ir embora e então sinto uma vontade de ir falar com Louis que além de uma boa curtição era um grande amigo que me escutava nas horas que eu precisava. Subo na moto e ligo o motor, mas antes de ir embora dou uma olhada para ver se ele não estava por ali. Vou dirigindo calmamente ate que algo me chama a atenção. Vejo um cara parado na casa abandonada me olhando mais então volto a prestar atenção na rua e vejo a casa de Louis. Paro a moto perto da porta e desligo o motor, mas quando olho para trás vejo o cara ainda me olhando e então acabo ficando vermelha igual a um pimentão. Salto da moto e vou ate a porta e toco a campainha e quando a porta se abre eu fico espantada.

– Oi Lexi. – Ele deixa um pequeno sorriso sair e me abraça com força, mas logo se afasta.

– Oi Harry. – Abro um pequeno sorriso tentando disfarçar a vergonha que eu estava sentindo.

– Você veio atrás do Louis? – Ele ficou um pouco vermelho, mas logo sorriu.

– Sim, Ele esta? – Tento disfarçar a minha vontade de rir e então somente sorrio.

– Não, mas pode entrar se quiser. – Antes que eu pudesse falar algo ele me puxa para dentro de casa e fecha a porta.
Sento no sofá e fico esperando Louis aparecer e então Harry se senta ao meu lado e fica me olhando.

– Como vai à vida Harry? – Abro um sorriso e fico olhando para ele.

– Corrida e a sua? – Harry sempre foi o irmão perfeito, o que sempre cuidou de Louis mais acima de tudo o que foi o primeiro na minha vida, mas, como sempre eu nunca senti nada por ele, e nem por ninguém.

– Vai indo. – Olho para os lados tentando disfarçar a indiferença que eu estava sentindo.

– E você e Louis estão tendo algo serio? – Ele solta um pequeno riso e então volta a olhar serio para mim.

– Não. – Deixo escapar um riso sarcástico, mas então volto a olhar para ele seriamente.

– Por que você nunca tem nada serio com alguém? – Ele me olha seriamente e eu só tinha vontade de rir da cara dele.

– Por que eu nunca senti nada por alguém, e não pretendendo sentir nunca. – Tento controlar o riso, mas parecia impossível.

– Por que você esta fazendo isso? Por que você esta assim? – Ele ficava cada vez mais inquieto e parecia estar ficando bravo.

– O que foi? Só por que troquei a sua cama pela do seu irmão não quer dizer nada. – Não consigo controlar e começo a rir sem hesitar.

– Você não passa de uma menina louca que não sabe nada sobre a vida, mas você é tão perfeita, tão amável, tão doce mais ao mesmo tempo e uma louca que acha que só por que não se apaixona pode sair curtindo por ai. – Ele me olhava furiosamente e eu estava começando a sentir um pouco de medo dele.

– Bom eu vou embora. – Reviro os olhos para esconder a raiva e levanto do sofá.

Quando chego à porta olho para trás e vejo-o ali parado me olhando como da ultima vez que nos vimos, mais da ultima vez a minha partida foi dolorosa para ele, a minha partida mostrou quem eu era de verdade e não a doce menina que ele achava que eu era.

– Lexi não vai embora.... – Percebo que ele queria dizer mais alguma coisa mais parecia estar travado.

– Você já me deixou ir uma vez e não disse nada. Quando eu mais precisava de um amigo do meu lado você me deixou sozinha e então seu irmão me ajudou e mesmo não sentindo nada por você, mesmo não sentindo nada por ele, eu sei que se eu sentisse algo, mesmo que fosse muito pouco nesse exato momento eu estaria sendo feliz ao lado dele e não aqui perdendo meu tempo falando com você. – Deixo uma pequena lagrima cair pela raiva que eu sentia dele mais ainda pela raiva de tudo que ele já tinha me dito na vida.

– Eu fui tão ruim assim na sua vida? – Ele me olhava como se o que eu tivesse falando fosse um crime, como se ele quisesse concertar tudo.

– Eu não amei você, eu não amo seu irmão, eu não amo ninguém. Agora me deixe embora, não estrague minha vida mais do que você já estragou. – Tento controlar o choro e a raiva mais as lembranças tomavam conta da minha cabeça. Todas as vezes que ele me disse que meus pais morreram por minha culpa, todas as vezes que ele brigava comigo por que eu não dizia que o amava, todas as vezes que ele me fazia me sentir um nada.

– Lexi.... – Ele deixa uma lagrima cair, mas a essa altura já era tarde de mais.

Saio da casa me sentindo a pior pessoa do mundo, eu não conseguia tirar da cabeça tantas vezes que passei a noite ao lado dele pensando por que eu estava fazendo isso, por que eu tinha que usar as pessoas para me divertir e por que eu não conseguia gostar de alguém. Tantas as vezes que eu não passei de um objeto para ele, do mesmo jeito que ele era um objeto para mim. Subo na moto e limpo as poucas lagrimas que ali restavam e então quando ligo o motor volto a olhar para a casa abandonada mais o cara que tanto me olhava não estava mais lá.
Quando chego em casa vejo o carro de Louis parado na porta e eu sabia que agora ele podia me ajudar a esquecer dessa briga idiota com o irmão dele. Paro a moto na garagem e desligo o motor, mas quando salto eu vejo a porta se abrir e então ele aparece. Ele parecia saber que eu precisava de um abraço e de alguém para desabafar mais mesmo não sentindo nada por ele e nem por ninguém ele era um grande amigo.
Ele vem ate mim e me abraça com força sem eu precisar dizer nada a ele, mas quando ele se afasta percebo que ele parecia estar um pouco chateado também.
– O que foi? – Fico um pouco espantada ao ver ele assim.

– Nada e você? O que houve com você? - Ele tenta disfarçar que estava chateado, mas não consegue.

– Eu briguei com seu irmão de novo, e aquela sensação voltou. – Tento controlar a dor mais parecia ser impossível.

– Quer que eu fique essa noite aqui? – Ele me olhava como se eu fosse uma criança pequena precisando de ajuda.

– Estou com medo que os pesadelos voltem, estou com medo de continuar sendo estranha assim, eu queria tanto sentir algo por alguém, queria tanto aprender a amar. – Eu tentava me controlar mais a única coisa que eu queria era chorar.

– Lexi vou ficar com ao seu lado não importa quando e nem a onde. – Ele sorri e me abraça mais logo se afasta.

– Posso te pedir uma coisa? – Abro um pequeno sorriso.

– Pode. – Ele estava um pouco espantado mais ainda sorria.

– Louis me ensina a amar? – Abro um sorriso e percebo que ele ficou meio sem reação.

– Nossa Lexi não sei o que te responder. – Ele estava travado e eu fico um pouco vermelha com medo do que ele podia dizer.

– Eu estou falando serio. – Reviro os olhos tentando disfarçar a vergonha que eu estava sentindo.

– É claro que eu posso te ensinar isso, então podemos começar lá em cima. – Ele deixa escapar um sorriso sarcástico.

– Para de ser tarado. – Começo a rir sem hesitar.

– Agora você é minha, somente minha. – Ele começa a rir e me da um beijo na testa.

– Eu pedi para você me ensinar a amar. – Dou um leve tapa nele e corro para dentro de casa.
Vou direto para o meu quarto e sento na cama e fico esperando ele aparecer e então começo a lembrar da primeira vez que eu vi ele. Eu não passava de uma criança estranha que ficava no recreio sozinha e ele era o tipo popular da sala e então ele veio falar comigo um dia e nunca mais nos separamos. Quando olho para o lado o vejo me olhando e deixo um pequeno sorriso escapar.

– O que foi? Por que você esta me olhando assim? – Começo a rir sem hesitar.

– Sabe quanto tempo eu esperei para ouvir você dizer isso? Sabe quanto tempo eu quis te amar de verdade? - Ele sorri e começa a andar na minha direção.

– Você me ama de verdade? – Fico um pouco surpresa mais então sorrio.

– Eu me apaixonei por você há sete anos e desde então eu venho tentando te mostrar a verdade. – Ele chega perto de mim e me beija e então quando ele se afasta sinto meu coração acelerar.

– Eu queria tanto dizer que eu te amo. – Volto a ter uma vontade de chorar mais deixo escapar um sorriso ao ver que ele estava sorrindo.

– Você vai dizer na hora certa. – Ele senta ao meu lado e me abraça.

– Obrigada por ter paciência comigo. – Dou um beijo nele e logo me afasto para deixar ele com vontade de quero mais.

Ficamos o resto da tarde deitado na cama sem fazer nada, somente escutando musica e relaxando, mas então começo a sentir um cheiro de comida e uma fome me bate. Levanto da cama e o deixo sozinho no quarto. Vou ate a cozinha e vejo um prato com macarrão e molho de tomate mais antes que eu pegasse corro e abraço a minha tia com força.

– Obrigada pela comida. – Deixo um sorriso escapar.

– De nada Lexi. – Ela sorri de volta.

Volto ate a cozinha e pego o prato e coloco na mesa. Quando termino de comer levo o prato ate a cozinha e fico pensando o que Louis devia estar fazendo e me bate uma vontade de ir lá. Vou andando calmamente ate quarto mais quando chego lá ele tinha sumido, e então vejo um bilhete na cama. Ali ele dizia que voltaria a noite com uma surpresa, mas não entendo como eu não o vi sair e então vejo a janela aberta e lembro que ele adorava sair e entrar por ali. Deixo o bilhete de lado e fico ali quieta ate que....


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