Crônicas Do Olimpo - A Ladra De Raios escrita por Laís Bohrer


Capítulo 17
A Mensageira do Deus dos Mares


Notas iniciais do capítulo

Gente eu fiquei muito feliz com a recomendação tipo : EU RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO! kkkk parei, SUPER FOFA, da Kristy Di Ângelo, obrigada flor de lótus! Então vamos ao capitulo e obrigada também aos comentários e favoritos.



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... Cinco macaquinho pulavam na cama, um caiu de cabeça no chão, a mamãe ligou pro médico e ele disse...

O que? Ah é claro! Esqueci que estava contando uma história, onde estávamos? Ah, sim, Hotel e Lótus Cassino... Quer dizer... Cassino Lótus.

Eu não me lembro da última vez que em divertir tanto na minha vida, certo, nunca havia me divertido desse jeito, claro que eu fixei no Guitar Hero, mas realmente havia outros jogos que chamaram mais minha atenção, eu e Jake dividimos uma mesa de Hóquei, eu via Hansel indo de jogo em jogo, mas ele ficava era mais animadinho naquela coisa de caçador às avessas em que cervos atiravam em homens e Silena... Ainda deveria estar procurando o cara vestido de Panda gigante, mas eu me lembro de tê-la visto comendo mais daquela Lótus dos deuses em algum canto com o Panda.

Mas é claro que achei estranho quando Hansel pulou de bungee-jump e um de seus All Star fujões saltou para o ar indo parar na cabeça de um cara que parecia filho de algum duble do Elvis Presley, pegou o tênis e entregou educadamente para Hansel, sem falar nada no casco exposto dele... Estranho, mas eu tinha coisas mais importantes como... Controlar a mim mesma na rampa de Snowbord artificial.

Depois me lembro de me encontrar comendo mais Lótus enquanto Jake estava jogando um game que era uma paródia do que parecia a segunda guerra mundial...

Oppan Gnagnam Style!

Ah, sim... EU estava jogando isso, aqueles jogos de dança em que parecem setas na tela e você segue com o pé, era divertido, rápido demais para meu cérebro de TDAH, porém, divertido.

Mas, não me lembro de perceber quando algo estava errado.

- Joinha Bicho! Estou aqui há duas semanas e os jogos estão ficando cada vez melhores! – disse um cara do meu lado.

Só agora eu o havia percebido ao meu lado, enquanto jogávamos no jogo dos atiradores de elite virtuais. Era o Elvis Presley 2? Eu não fazia ideia, mas de qualquer modo... O Cara parecia ter cerca de quatorze anos, usava jeans boca de sino e uma camiseta vermelha com enfeites pretos, e o cabelo era cacheado e cheio de gel, como o de uma garota de New Jersey em noite de reunião de ex-alunos.

Mas esperem um segundo.

Joinha Bicho?

Que energúmeno (Eu não sei o que isso significa) fala assim hoje em dia? Petulância! (Vamos parar de zoar o Elvis Presley Dublê Filho, tá?).

Mais tarde, enquanto conversava, eu disse que alguma coisa era "irada" e ele me olhou meio surpreso, como se nunca tivesse ouvido a palavra ser usada daquele jeito antes.

Disse que seu nome era Darrin, mas assim que comecei a fazer perguntas ele se aborreceu e fez menção de voltar para a tela do computador.

Depois de um tempo, eu disse:

- Ei! Darrin. – chamei.

- O que foi? – perguntou ele.

- Em que ano estamos? – na verdade eu deveria ter perguntado “Em que ano você esta?”

Ele me olhou confuso.

- No jogo?

- Não. Na vida real. – falei.

- Ah, sei lá... Mil e Novecentos e setenta e sete. – disse ele.

Nessa hora eu me engasguei com uma Flor de Lótus, minha visão começou a dobrar, finalmente tudo voltou ao normal.

- Não... – falei, começando a ficar meio assustada. – De verdade, sem brincadeira.

- Ei! Bicho, vibrações ruins, estou no meio de um jogo. – disse ele.

Ele me ignorou completamente depois disso, senti meu coração começar a bater mais forte, precisava sair dali... Então me perguntei... “Por que preciso?” Então olhei para a Flor de Lótus mordida na minha mão, larguei aquilo e fui atrás dos meus amigos... Sim, acho que posso chamar de amigo, aquele garoto filho de... Jake!

Estava tudo confuso demais, por que eu estava ali? Por que eu tinha que sair dali? Ai eu lembrei, Eu não sei meu nome, me chamam de Megan, tenho 12 anos, sou filha de Poseidon e estou em uma missão para o mundo inferior para negociar com Hades, o deus da morte, e por que eu estou ali?... A Pérola.

Não encontrei nenhum dos três em lugar nenhum, nem a pérola, procurei mais pelos meus amigos, mas eles não estavam em lugar nenhum, quando senti alguém esbarrar em mim, era aquele garçom que nos serviu quando chegamos aqui.

Dei um passo para trás.

- Mais uma Flor de Lótus, Senhorita? – perguntou ele.

Percebi que se eu dissesse não, ele perceberia que eu estava sem o efeito da Flor de Lótus, então sorri.

- Claro. – e peguei mais duas.

Ele sorriu e se foi, no momento em que se foi , guardei uma no bolso e joguei outra dento de um vaso de plantas artificiais, eu tinha uma ideia.

Assim que encontrei Hansel, ele estava matando homens ainda... No jogo, é claro.

- Hansel! – chamei, mas ele me ignorou completamente. – Garoto-jegue! Suas pernas tão pegando fogo!

- Dane-se! EU to quase chegando ao nível vinte! – ele... Disse isso mesmo produção?

(Lay: Eu sou a produção. Eu digo, foi isso que ele disse.).

Certo, então... Agachei-me procurando imediatamente por uma tomada, assim que achei a maldita, puxei, desligando o game de Hansel.

- Por que você fez isso? – perguntou o menino Jegue. – Eu estava quase... Lá! Isso...

Ele apontou para minha mão.

- É... Flor de Lótus? – por um instante seus olhos brilharam.

- É... Você quer? – mexi na frente dele.

- Quero! – exclamou ele.

- Vai pegar! – joguei na direção da saída, mas Hansel continuou olhando para mim.

 Com uma sobrancelha erguida.

- Acha que sou um cachorro? – perguntou ele.

- Não importa, temos que achar a Maldita pérola e sair daqui. – falei o puxando, ele teimou um pouco, reclamando e me xingando por que os humanos venceram os cervos por minha causa e que eu ia arcar com as consequências e eu disse a ele que eu já estava ferrada mesmo.

Até que eu senti alguém esbarrar de novo em mim, dessa vez era Jake.

- Você percebeu? - perguntou o filho de Ares, enquanto Hansel tentava se soltar do meu aperto.

- É... Onde esta Silena? – perguntei.

- Não sei... Eu a vi tentando passar batom no Panda. – disse ele. – Ali!

Lembre-me de nunca deixar a Silena comer Flor de Lótus de novo, certo? Ela estava dançando com o cara fantasiado de Panda Gigante... Eu a vi em algum lugar sem ser com aquele Panda? Era amor animal...  Parei de zoar minha amiga, ignorei o Panda e agarrei Silena pelo pulso.

- Ai! Meg. O que foi? – perguntou ela irritada.

- Tá bom, filha do amor, chega de paquerar o Panda Bonitinho e vamos cair fora! – fui direta.

- O que... – perguntou ela.

- Há pessoas aqui de 1567. – disse Jake. – Eles dizem estar aqui apenas duas semanas ou mais ou menos, imaginem... Esse lugar deixa agente preso no tempo.

Silena segurou um grito de susto.

- Uma vez aqui dentro, você pode nunca mais sair. – disse Jake.

- Mas... Estaremos seguros aqui. – disse Hansel.

- Mas temos amigo lá fora. – falei. – Temos que achar a segunda pérola...

- Como? Não venha com aquele “Se eu fosse uma pérola...” – disse Jake imitando minha voz afinando a sua.

- Eu não falo assim! – dei um tapa no seu braço. – Mas... Bingo!

- Ótimo, as pessoas aqui já infectaram você? – perguntou Hansel.

- Se ligou menino-bode? Ali! – apontei para um jogo de bingo que tinha alguns metros de nos, lá estava... A Pérola.

- Então é só jogar e ter sorte? – perguntou Jake.

- Acha que temos tempo para isso? – perguntei.

- Qual o plano? – perguntou Silena.

Sorri.

- Quantas pessoas você pode controlar com seu “Olhar de Afrodite”? – perguntei.

- Bom... Quem olhar nos meus olhos, já estará hipnotizado. –disse ela. – Mas isso gasta muita energia.

- Pode usar isso aqui? – perguntei.

Ela me olhou hesitante.

- É... Acho que sim. – disse ela.

- Certo, tente distraí-los, assim que fizer isso, me dê um sinal e ai pegamos a pérola. – falei.

Jake me encarou.

- Jogar seria muito mais fácil.

- E dai? – perguntei. – É muito mais legal, fazer assim.

Nunca mais vou comer Flor de Lótus esta bem? Mas... Enfim, eu e Jake nos fingimos de drogados por Flor de Lótus enquanto Silena arrumava uma posição, Hansel ia chamar atenção deles para Silena, Vi a ruiva fechar os olhos azuis gelo, então ela pareceu contar os segundos, e os abriu, agora eram Azuis cintilantes, quase uma cor de prata azulada.

- Panda! – gritou ela, e o cara fantasiado de Panda olhou no mesmo instante, algumas pessoas curiosas olharam também, e não desgrudaram dos hipnotismo de Silena.

Inclusive, Jake teve de pisar no meu pé para eu parar de olhar para lá.

- Concentre-se. – disse ele.

- Ah, eu estava.  –falei.

- Ei! Eu tenho pernas de Bode! – Ah sim, esse era o plano de distração de Hansel, ele tirou as calças revelando seu traseiro de bode, ele estava voando também com seus All Star Alados.

Claro, Um menino-bode que voa, deveria chamar atenção e é claro que chamou, Hansel voava acima de Silena que estava com aqueles olhos... Não a faziam parecer ela, ela estava quase... Demoníaca, até estremeci por um momento quando sua própria voz me acordou.

- Agora!

Jake teve que me puxar, um segurança tentou nos parar, mas Jake enfiou o sabre de bronze celestial no meio da barriga do cara que este virou pó, olhei para Jake assustada.

- O que? – perguntou ele.

- Como sabia que eram monstros? – perguntei.

- Não sabia... – respondeu ele dando de ombros, vindo à minha direção.

Tive medo que ele estivesse vindo para me atacar, quando ele passou por mim acertando outro segurança-monstro.

- Qual é o poder deles? Não é cuspir fogo também, não é? – perguntei.

- Não sei, mas não to a fim de descobrir... Que pegar a pérola logo? – perguntou ele.

E eu o fiz, peguei a pérola, mas essa era diferente... Era mais fria, se bem que eu não toquei na outra pérola.

Com o canto do olho eu vi Hansel segurar Silena que Havia desmaiado, talvez por ter gastado muita energia, ajudamos ele com a filha de Afrodite e andamos o mais rápido o possível até a saída quando aquele mesmo mensageiro entrou na nossa frente:

– E então, estão prontos para os seus cartões platinum?

– Estamos indo embora – disse a ele.

– Que pena – disse ele, e tive a sensação de que ele estava sendo sincero, de que íamos despedaçar seu coração partindo. – Acabamos de anexar um novo andar cheio de jogos para portadores de cartões platinum.

Ele estendeu o cartão na nossa frente, e eu queria um, mas se eu pegasse sabia que nunca mais sairia dali.

- Não, obrigada. – falei.

Fomos andando em direção à porta, e quando fizemos isso, o cheiro de comida e os sons dos jogos pareceram ficar mais e mais convidativos. Pensei em nosso quarto lá em cima. Podíamos só passar a noite...

Então disparamos pelas portas do Cassino Lótus e saímos correndo pela calçada. A sensação era de meio de tarde, mais ou menos há mesma hora que havíamos entrado no cassino, mas algo estava errado. O tempo mudara completamente. Estava tempestuoso, com raios de calor relampejando no deserto.

O Vento causado por um ônibus que partia na nossa frente me deu calafrios, meu cabelo tampou meu rosto me impedindo um momento de enxergar, engraçado que me lembro de ter largado a mochila de Ares em algum lugar no Hotel, mas não me lembro de aonde, mas de qualquer jeito ela estava no meu ombro agora.

Mas naquele momento eu tinha outros problemas com que me preocupar.

Corri para o jornal mais próximo e li o ano primeiro. Graças aos deuses, era o mesmo ano de quando entramos. Então reparei na

- Passamos treze dias no Hotel e Cassino Lótus. – falei para eles, Silena que ainda estava meio sonolenta.

Jake tomou o jornal da minha mão.

- Vinte de Junho... O Solstício de Verão é amanha, temos pouco tempo. – disse ele.

- Não me diga? – ironizei. – Vamos...

Jogamos-nos em um Táxi qualquer – como se realmente tivéssemos algum dinheiro – e Jake disse:

- Los Angeles, Por favor. – Olhem! Acho que é hoje que o olimpo cai, um filho de Ares esta sendo educado!

O taxista mascou seu charuto e nos mediu com os olhos.

– São quatrocentos e oitenta e dois quilômetros. Para isso, vocês têm de pagar adiantado.

- Ah... – começou ele.  –É que...

– Aceita cartão de débito de cassinos? – perguntei.

- Alguns funcionam como cartões de credito. – disse ele.

- Passe este. – ergui o cartão de plástico verde do Lótus.

Ele me olhou com cara de Voce-esta-brincando Mas por fim ele passou o cartão de plástico.

O taxímetro começou a crepitar. Luzes se acenderam. Por fim, um símbolo do infinito apareceu ao lado do cifrão.

O charuto caiu da boca do motorista. Ele olhou para nós de olhos arregalados.

– Em que lugar de Los Angeles... Ahn... Sua Alteza?

Jake abriu a boca:

- O Píer de Santa Mônica, Leve-nos depressa, e pode ficar com o troco. – talvez ele não devesse ter aberto.

O velocímetro do táxi não caiu nem por um instante abaixo de cento e sessenta ao longo de todo o percurso pelo deserto de Mojave.

Silena dormiu o Percurso inteiro, eu apenas encostei o rosto na janela de vidro fria, eu estava como alguns anos atrás, uma menininha confusa e com medo... Que nada se lembra de seu passado, seus pais... Nada...

Porém tivemos tempo para conversar, contei a Jake e Hansel sobre meus pesadelos, até sobre aqueles que envolviam o garoto dos olhos verdes, e o garotinho lutando com a garotinha, Jake ficou meio estranho quando falei sobre isso, mas quando cheguei à parte do abismo... Nem compare.

- Um Abismo? Não... Isso não faz sentido, Hades costuma ficar em uma sala do trono. – disse ele.

- Tenho um palpite. – disse Jake. – Espero estar errado.

A desolação passava por nós. Passamos por uma placa que dizia DIVISA DO ESTADO DA CALIFÓRNIA, VINTE QUILÔMETROS.

Tive a sensação de que estava deixando de notar alguma informação simples e crucial. Era como quando eu olhava para uma palavra que deveria conhecer, mas ela não fazia sentido porque uma ou duas letras estavam flutuando fora do lugar. Como se estivéssemos passado tudo aquilo por nada, como se... Enfrentar o deus da morte não fosse à resposta para nossos problemas.

- Ser ou não, vamos descobrir isso. – disse Jake. – Logo.

Mas meu coração não estava nisso exatamente, o problema era que estávamos indo a quilômetros em direção a Los Angeles, apontando que Hades estaria com o raio-mestre e se chegarmos lá e descobrirmos estar errados... Não tem como voltar atrás agora. Por que eu só pensei nisso agora?

O táxi ia a toda para oeste. Cada rajada de vento no Vale da Morte parecia um espírito dos mortos. Cada vez que os freios chiavam atrás de um caminhão de dezoito rodas, aquilo me lembrava da voz reptiliana de Equidna.

Nada me acalmava.

Ao pôr do sol, o táxi nos deixou na praia de Santa Monica. Era exatamente como eu imaginava uma praia daquelas em que se veem nos filmes, mas era pior, principalmente o cheiro, Vimos carrosséis de parques de diversões espalhados ao longo do píer, Palmeiras nas calçadas, dormindo nas dunas havia sem-teto, e surfistas esperando... Como dizem?... “A Onda Perfeita.” Essa ideia me agradava um pouco, eu olhava hoje para as pessoas normais e desejava no fundo... Ser como elas.

Eu, Hansel, Jake e Silena caminhávamos a beira do mar.

- O que fazemos agora? – perguntou Silena.

Olhei para a linha que dividia o céu do mar, acredito que qualquer um que olhasse para lá sentiria que através do oceano fosse possível encontrar a paz, ou apenas aquela visão, encontrasse dentro de si, por um instante eu esqueci quem eu era, e não porque eu simplesmente não sabia, e sim porque eu esqueci o que eu estava fazendo ali e o que eu era desde que cheguei à colina meio-sangue, Entrei na arrebentação.

- Megan... – chamou Hansel. – O que você esta...

Ignorei.

Continuei andando, até a água chegar à minha cintura, depois ao peito. Ele gritou para mim:

– Tem ideia de quanto essa água está poluída?

Ai minha cabeça submergiu, ouvi-o murmurando “Essa idiota” e sorri acostumada com o “apelido”.

De Inicio estranhei estar na água novamente, mas logo acostumei, eu respirava normalmente, e a escuridão não me assustara, era estranho mesmo estar flutuando, mas era tão familiarmente comum e pacifico para mim, que nem tomei susto quando senti algo roçar na minha perna, apenas pulei ao ver um tubarão-sombreiro de um metro e meio de comprimento esfregando o nariz no meu tornozelo.

Estava nos meus calcanhares como um cachorro. Vacilante, toquei sua barbatana dorsal. Ele resistiu um pouco, como se estivesse me convidando a segurar mais forte. Agarrei a barbatana com as duas mãos. Ele partiu, me puxando. O tubarão me arrastou para o fundo, para a escuridão, e me largou à beira do oceano propriamente dito, onde o banco de areia despencava em um imenso abismo.

Desesperada, tentei voltar para a superfície quando uma voz me impediu.

Muito bem, Megan, Você chegou longe.

Era aquela mulher de novo.

- O-o que? – gaguejei em sua presença, ela riu.

Eu sou uma nereida, um espírito do mar. Não foi fácil aparecer tão longe, rio acima, mas as Náiades, minhas primas da água doce, ajudaram a sustentar minha força vital. Elas honram o Senhor Poseidon, embora não sirvam em sua corte.

- Você estava no lago de canoagem quando eu estava conversando com Benjamin...

Sim, criança...

- E... Você serve na corte de Poseidon? – ouvi minha voz ecoar na escuridão.

Muitos anos se passaram desde que nasceu uma criança do Deus do Mar. Nós o observamos com grande interesse.

- Por que teriam interesse em mim?

Não se subestime, não sabe do que é capaz? Tudo que passou para chegar até aqui?

- Eu não fiz nada sozinha. – falei.

Modesta... Porém, até os mais poderosos vilões precisão de aliados... Mesmo... Deuses.

- Se meu pai se interessa tanto por mim... – fechei os punhos. – Por que me abandonou? Por que ele não esta aqui? Por que não fala comigo?

Sabemos das suas magoas, criança, mas não julgue o senhor do mar tão duramente... Ele está prestes a lutar em uma guerra indesejada. Tem muito com que ocupar seu tempo. Além disso, está proibido de ajudá-lo diretamente. Os deuses não podem demonstrar tal favoritismo.

- Não entendo...

Ela fez um som que me pareceu um suspiro.

Mas é por isto que lhe trago uma mensagem, e um presente de seu pai.

Ela ergueu a mão transparente erguendo-a na minha direção, flutuando para mim estava um colar com um pingente de uma concha, era uma concha de bronze.

Pertenceu a sua mãe...

- Minha... – senti aquela familiar dor de cabeça.

Não quero negar respostas a você, criança, mas não me faça perguntas.

Controlei-me para obedecer.

- E a mensagem?

Vi seus olhos de água encararem os meus.

Faça o que seu coração manda, ou perderá tudo. Hades se alimenta de dúvidas e desesperança. Ele o enganará se puder, o fará desconfiar de seu próprio julgamento. Depois que estiver nos domínios dele, Hades jamais permitirá voluntariamente que você parta. Mantenha a fé. E Mais uma coisa...

Ela hesitou.

- O que? – perguntei.

Lembre-se: O que pertence ao mar, sempre retornará para o mar.

Então ela chamou seu cavalo marinho... E Desapareceu.


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Notas finais do capítulo

O.o como fui? Acho que vcs perceberam que eu uso alguns trechos do livro não é? Bom... eu ia colocar dragões que cospem gelo no Hotel, mas eu meti Jake numa enrascada das bravas que não tinha como sair. T.T enfim... Comentem e me digam o que acharam, oq melhoro, e tal...



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