Lie escrita por amanda c


Capítulo 13
Rosas vermelhas


Notas iniciais do capítulo

Tá pequeno, eu sei, peço perdão, mas foi o que eu consegui fazer :(
Enfim boa leitura u_u



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O coração de Sam parou, a sua respiração ficou minima e seus músculos se congelaram.

- Eu... - ela começou a falar, mas nada saia da sua garganta. Seus olhos estavam fixos em um pontos desconhecido pelo seu próprio cérebro que tentava conectar as palavras que o rapaz havia dito a pouco tempo - Eu preciso de um tempo pra pensar - ela conseguiu falar engolindo o nó de saliva entalado na garganta.

Ouviu-se o suspiro de Harold do outro lado da linha e um grande peso se instalou nos ombros de Samanta que se encolheu na cama enquanto apertava o tecido do pijama contra o próprio corpo.

- Tudo bem, me liga quando... - sua voz estava tremula - Quando tiver tido seu tempo.

- Tchau, Harold - ela disse mordendo os lábios e desligando o celular antes mesmo de ouvir a resposta do rapaz.

Samanta abraçou os próprios joelhos, se encolheu o corpo fechando os olhos e colocando o queixo entre os joelhos.

Ela ficou daquele modo durante toda a noite, não dormiu nem ao menos conseguiu parar de pensar naquelas malditas palavras que saíram da boca que ela mais desejava.

Sam viu a lua desaparecer do céu e o sol brilhar em seu lugar. Ela viu as estrelas aos poucos sumirem deixando o céu totalmente azul, que depois foi coberto pelas nuvens cinzentas de Londres.

- Querida? - a voz da mãe dela fez-se presente atrás da porta do quarto, que se abriu deixando a imagem da mulher aparecer.

Samanta apenas levantou os olhos, que estavam vermelhos por não dormir e também por chora.

- Está tudo bem, Sam? - perguntou a senhora Maia entrando de vez no quarto da filha e fechando a porta atrás de si.

Samanta novamente não moveu os lábios e continuou olhar a mãe, que notou as grossas olheiras roxeadas abaixo dos lindos olhos da menina.

- Por que está seminua, Samanta? - a mulher arregalou os olhos ao ver o pijama rosa no colo da menina e o restante do corpo da menina desprotegido.

Samanta ficou olhando a mãe como se ela fosse algo banal, como se todos os dias a mulher entrasse em seu quarto e perguntasse o por quê dela estar apenas de roupa intima.

- Samanta Maia, me responda! - senhora Maia estava com os olhos arregalados encarando a filha que olhava a mulher sem expressão alguma no rosto.

Ela saiu do quarto batendo os pés no chão e gritando a procura de Louis, que na altura daquele horário deveria estar terminando de se trocar.

Samanta viu a mãe sair do quarto, se levantou da cama e se arrastou até o banheiro, onde tomou um banho tão longo que não iria se surpreender em ficar resfriada ao sair de lá.

Os músculos da menina já estavam tão relaxados quanto gelatinas, os olhos dela estavam fechados sem vontade alguma de se abrirem e os joelhos dela estavam tocando o chão sem nem ao menos com forças para levantar. A água quente caia em suas costas respingando pelo resto do corpo, as lágrimas não eram mais vistas, pois estavam se camuflando entre as gotas do chuveiro. 

A cabeça de Samanta trabalhava sem parar, ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Até dias atrás tinha certeza de que o garoto que gostava amava outra, mas agora não sabia mais de nada.

- Samanta? - A voz de Louis ecoou atrás da porta do banheiro. Sam levantou o rosto e percorreu os olhos embaçados até enxergar a porta do banheiro, que continuava fechada - Tem uma entrega para você, filha.

Depois daquilo a voz de Louis se afastou e Samanta teve certeza de que o pai não estava mais ali. 

Ela desligou o chuveiro e se levantou do chão achando forças de onde nem ela sabia de onde vinham. Nem ao menos enrolou o corpo na toalha e saiu do banheiro, ainda molhada, até o quarto.

A primeira roupa que ela encontrou no armário foi um conjunto qualquer que não chamaria a atenção se não estivesse no corpo de Samanta.

Seus cabelos estavam presos em um nó mal feito, seu rosto estava sem maquiagem e com imensas olheiras, suas unhas estavam quebradas e sem esmalte.

Desceu até o andar inferior onde seus pais estavam conversando em tom baixo sobre o que havia acontecido na noite anterior. Ela percorreu os olhos pela sala de estar a procura da entrega e estacionou as orbes nos pais, que a olhavam dos pés a cabeça como se ela fosse um extra terrestre.

- Então? Cadê? - perguntou respirando fundo e abraçando o próprio corpo.

- Está na bancada da cozinha, filha - Louis disse olhando para a esposa que abaixou os ombros cansada.

Samanta apenas direcionou os passos para a cozinha. 

Lá, sobre a bancada de mármore, estava um enorme boque de rosas tão vermelhas como sangue. Os olhos dela brilharam de um modo incomum e as pontas de seus dedos formigaram.

Seus pés, por vontade própria, se aproximaram da bancada de mármore e suas mãos se levantaram até o boque. O perfume das flores impregnavam as narinas da morena fazendo-a fechar os olhos para apreciar ainda mais aquele aroma.

As pétalas sedosas roçaram nos dedos de Samanta e a mesma abriu os olhos voltando à Terra. Ela segurou o boque contra o peito e olhou para os botões abertos das flores reparando que entre elas havia um pequeno e branco bilhete escondido.

Sem ao menos respirar direito pegou o bilhete com a mão livre e continuou a apertar o boque contra o peito. Abriu o bilhete e encontrou ali duas palavras que fez suas pernas tremerem. 

Te amo

                                                H.


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Notas finais do capítulo

Quem acho fofo e quer me matar? kkkk
look da Sam: http://1.bp.blogspot.com/-RagIzaF_ikU/UYvv4YasjbI/AAAAAAAAHGg/tRxob1G82xg/s640/2.jpg