I Would Bring You The Stars To See You Smile escrita por Lithium


Capítulo 36
35. A Sombria Volta À Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

ME PERDOEM! POSSO EXPLICAR TUDO:

Primeiro essa maldita manutenção do Nyah!. Bem, enquanto ele estava em manutenção, eu estava sem PC e sem net. Éh. Depois ele voltou e minha criatividade acabou. Tive breves surtos enquanto ouvia Starlight mas nada grande demais. Porém agora estou de volta, babys!

Fiquei chocada com o número de reviews do cap anterior. DEZ?! AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! Esse vai para todas que comentaram.

Sem mais enrolações aqui, agora 'bora ler.

Enjoy



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No capítulo anterior...

“Não me dei o luxo de chorar. Sabia de onde viam todas aquelas emoções que eu nunca sentira na vida: eu estava sofrendo por amor. E logo eu soube que não havia nada pior. A dor foi me consumindo, e me consumindo, até que desejei acabar com tudo aquilo. A única forma era me matar, mas isso eu não faria. Eu daria um jeito de viver a minha vida, isso era o que o meu lado otimista insistia em dizer, mas eu sabia que não havia nada a se fazer.”

“E este é o fim. Tudo acaba aqui.”




POV – LUCY WEASLEY

Achei que fosse morrer, de tanta ressaca. Fred me contou que eu cantei para TODOS, e foi então que eu morri do coração. Eu cantei, tipo, cantei. Vou ali me jogar de um prédio.

O pior (ou não...) é que nos ferramos com a festa! Todos decidiram chegar em algum momento que não me lembro, e quem teve que limpar tudo? Fred e eu! Por quê? Porque o casal estava desaparecido! (n/Lucy, falando em casal, Angie, meu nome se escreve com Y no final, okay?) Trabalhamos tanto que no fim do dia, nos jogamos no tapete e de repente éramos apenas duas exaustas figuras brancas deitadas no tapete da sala. (n/Lucy: o ator que a sonsa da autora escolheu não tem nada a ver com o Fred. Podem imaginá-lo completamente diferente.)

Vale pausar a narração para filosofar sobre o sentido da vida. Porque o sentido de viver é enfrentar todos os caminhos que a vida coloca na nossa frente. A vida coloca rosas e espinhos. E, não importa que idade você tenha, é melhor que saiba que um dia, as coisas ficarão tão horríveis que você achará que não tem saída, e que a partir daí nada te resta a não ser confiar em Deus e no tempo. Agora pense nisso. Tente imaginar esse momento agora. Estranho, não? Isso resume o que eu senti naquele momento. Tenho certeza absoluta que Fred não estava pensando sobre o sentindo da vida, e eu muito menos. Só que a porta da frente se abriu, revelando uma Angie chorosa e furiosa.

Angie correu para o seu quarto e Fred e eu a seguimos gritando pelo nome dela, mas ela não parou. E já ia destruindo o nariz de Fred, porém uma sábia garota chamada Lucy uma vez disse que não se deve competir força com um batedor.

– Angie McKormick! O que aconteceu, garota?! – perguntei.

– Seus traidores! – aí eu soube que a porra (como vou mencionar várias vezes daqui para frente) estava séria, principalmente porque ela estava fazendo as malas.

– O que nós fizemos? – perguntou Fred, extremamente confuso.

– James me usou esse tempo inteiro! E vocês sabiam disso!

Fred e eu trocamos um olhar simples que queria dizer: “Explica você ou explico eu?”.

– Angie, James não te usou. – comecei com cautela, mais com medo de que Angie tacasse alguma coisa na minha cabeça. – Apesar de nós dois termos ficado com ciúmes no começo, James te ama, você o ama, foram feitos um para o...

– NÃO! NÓS NÃO FOMOS! VOCÊS SÃO MESMO MUITO IDIOTAS PARA CONFIAR NELE!

Você é quem está sendo idiota! – exclamou Fred. – Deixa eu adivinhar, foi Lysander quem te contou isso? – Fred riu sarcasticamente. – Lysander vem fazendo merda desde que James terminou com a tal da Spencer, que nem em Hogwarts estuda mais! Angie, de tantas as coisas para você se preocupar, você vem logo se preocupar com a Lysander?

Angie olhou profundamente para Fred, cruzando os braços.

– Você também tem muito com o que se preocupar, Fred, inclusive sobre ela! Você se lembra dela, Fred? Ah, sim, ela, Jessica Farrell!

Silêncio.

Ninguém jamais falava de Jessica. Apesar de ninguém nunca ter avisado verbalmente, Jessica era um assunto proibido, que jamais foi mencionado em dois anos a não ser naquele dia em Vegas. Nunca passara em minha cabeça – na verdade na cabeça de ninguém – ver alguém falando daquela forma indescritível de Jessica. E, apesar de Angie ser super minha amiga, eu não podia ficar do lado dela. Ela estava furiosa conosco achando que James tinha usado-a, certo, e daí?! James está morto, como Jessica por acaso?! Não!

– Não ouse falar sobre ela!

– Como foi mesmo que ela morreu? – ela estava me ignorando.

– Angie!

– Ah, sim! Suicídio! Mas aposto que ninguém sabe qual a razão do suicídio!

Eu não sou do tipo de garota barraqueira... Eu não consigo me imaginar em uma briga. Mas sabe quando dá aquela vontade de esfaquear alguém até a morte? Vocês devem me entender.

– O que está acontecendo aqui? – dessa vez foi Rose quem apareceu, com um olhar de confusão no rosto.

– Lysander me contou sobre o que James fez. – ela olhava especificamente para Fred. – O que você me diz, Fred: Seu primo/melhor amigo ficou com sua ex pouco antes dela morrer, destruiu o coração dela e a garota se suicidou. História complicada, não?

Pisquei. Espera... Ah, não.

Eu acredito. E sabem por quê? Porque é bem típico de James quebrar o coração das garotas. Se foi o plano dele com Angie no início, para que perder tempo duvidando?

Poucos silenciosos segundos depois, James apareceu na soleira da porta. Parecia exausto, assustado, amedrontado, triste. Emoções que ninguém jamais imaginou que algum dia passariam pelo rosto de James Potter. Nós o fitamos sem expressão no rosto, a não ser por Angie, que tinha várias: tristeza, ódio, realização, vingança.

– Eu não sei o que dizer. – falou por fim.

– Não há o que dizer. – disse Fred, saindo do quarto.

[][][]

Angie foi embora da mansão Potter naquele mesmo dia, assim como toda a família que não morava ali. A temperatura do inverno parecia ter caído uns vinte graus, apesar de o termômetro dizer que não. Rapidamente chegara à hora de voltar para Hogwarts.

Eu não sabia como me sentir em relação a James e Angie. Sinceramente, eu tenho estado confusa com tudo e todos. Me sentia em uma guerra contra a mim mesma, como se eu fosse obrigada a ficar do lado em um dos dois e ao mesmo tempo ficar do lado de Fred.

No fim, permaneci calada. Não dei nenhuma opinião. Mas Fred era um caso mais... Delicado. Apesar de ser um tremendo galinha, Fred amou de verdade e ele com toda a certeza estava pior que todos. Eu me sentia a ponto de enlouquecer. Até mesmo um manicômio seria mais relaxante que aquela situação. Eu estava irritada por James ter feito aquilo com Fred. Eu estava irritada por Angie ter feito aquilo com James e Fred. Eu estava irritada por Lysander ter feito aquilo com todos. E acima de tudo eu estava irritada por ser uma inútil. Nada eu poderia fazer.

James, Angie, Fred e eu não trocamos nenhuma palavra desde aquele dia. E quando entramos no expresso de Hogwarts e encontrei todos os três, percebi que estávamos mudando fisicamente. Angie era fria. Nada além disso. James estava acabado. Fred estava sem emoções. Nunca descobri meu estado e nem pretendo descobrir.

Apesar de eu ter tentado, não pude deixar de ir falar com James, da mesma forma que ele não pode deixar de ir falar comigo. Nos encontramos no meio do corredor entre as cabines.

– Cara, você ‘tá acabado. – comentei casualmente.

– Eu sei. Mas eu estou aqui.

Eu sabia aonde ele queria chegar.

– Não acredito na mentira deslavada da Lysander. Esse crédito você ainda tem comigo.

Ele sorriu.

– Mas eu não disse que não estou com raiva de você.

O sorriso dele murchou.

– Por que...?

– Precisava dar bola para a Jessica? Pelo amor de Merlin, James. Tudo tem um limite. – dei-lhe as costas. A cena ficara muito... Coisa daqueles filmes, mas ok.

Procurei Fred pelas cabines vazias e rapidamente encontrei-o. Ele estava sentado no canto, olhando para a paisagem lá fora. Era extremamente sem graça: morros altos e verdes com casas de fazendas marrons e algumas vacas pastando aqui e ali.

Deixei o malão e a bolsa em um canto sem nem ao menos me dar o trabalho de erguê-los e colocá-los no bagageiro e me sentei ao lado dele.

– Oi. – com tanta coisa inteligente para dizer, eu vou dizer “Oi.” Me julguem.

– Oi.

Diga alguma coisa, Lucy. Diga algo inteligente.

Ta legal.

Anda logo merda!

Ô consciência, ajuda aí!

Meu trabalho é te dar conselhos, bitch please.

Inútil.

– Eu sou uma tonta! Porra, o que eu digo?!

Palmas para essa célebre criatura.

Fred olhou para mim com uma sombra daquele ar de divertimento do olhar dele.

– Só você para vir aqui e me dizer uma coisa dessas, hein?

– É por isso que eu sou diva.

Fred voltou a olhar a paisagem pacata, e eu tive a confirmação que eu precisava de que ele estava mal. Primeiro porque não há graça em vacas pastando. Segundo porque ele é Fred Weasley e está concentrado em vacas pastando!! (!) (desculpe o excesso de exclamações, é necessário.)

– Fred...

– Que droga, Lucy, por que existe o amor?!

Dei de ombros e de repente achei as vacas pastando muito interessantes.

– Para isso nem eu tenho resposta, Fred.

[][][]

Chegamos em Hogwarts naquela mesma noite. Nada estava diferente, ao menos, fisicamente. Hogwarts de repente parecia um lugar hostil.

O amor está acabando comigo. Sempre fui do tipo que gosta de se escorar nos cantos e ouvir “Ours”. Mas há determinados momentos em que o amor verdadeiro é necessitado para si, e, se você não o tem, bem é que você não vai ficar.

E fora eu ser a Ms. Encalhada, meus amigos que se amavam agora estão assim e meu melhor amigo está sofrendo por amor...

Stress. Muito stress.

Tanto que meu apetite sumiu.

O stress é tanto que só naquele jantar que eu lembrei que o aniversário de dezoito de Fred seria em uma semana.

E, como a vida me ama, ainda há os N.I.E.Ms.

Estou enlouquecendo.

– Caros alunos, gostaria de informá-los que, a partir de hoje, estão abertos os grupos de estudo para os N.I.E.Ms e N.O.Ms.

Quis jogar uma avada em Neville. Se bem que não seria tão horrível assim, considerando que já fiz coisa pior. Mas decidi ficar quieta. Não queria ir para Azkaban.

Assim que ele nos liberou, fui para a biblioteca torrar meus neurônios restantes com estudo e Fred me seguiu. Não era estranho ele ir estudar para os N.I.E.Ms, e sim ele fazer isso agora. Fred e James são do tipo que estudam para os N.I.E.Ms uma semana antes.

Abrimos nossos livros e começamos a ler em silêncio, mas minha cabeça não absorvia a informação. O que foi ótimo, pois eu tinha A Filosofia da vez.

– Acho que se olharmos a partir de todas as nossas experiências amorosas e das experiências das pessoas ao nosso redor, podemos reparar que o amor é como ir para o paraíso ou para o inferno: você vai sofrer como todos sofremos antes de morrer, mas no fim terá flores e a paz eterna ou você pode sofrer tanto a chegar a um ponto em que viver perde seu valor.

– Então nós nos suicidamos. – completou ele.

– Sim.

– E aí vamos para o inferno.

– Sim.

– Ela está no inferno agora?

Não respondi. Eu não tinha a resposta.

– Sempre soube que James escondia alguma coisa. Todos escondemos. Mas algo assim não passava pela minha cabeça. Se bem que o segredo dele... É horrível, mas... Talvez não.

Ele olhou para mim pela primeira vez desde que entramos na biblioteca.

– O que você esconde, Lucy?

– Depois. Agora não. Mas e você, o que você esconde?

Fred suspirou como se estivesse se preparando psicologicamente para tal.

– Para quê adiar isso, afinal?


No próximo capítulo...

“ – Nossa.”

“ – E é isso.”

“ – Não estou chocada.”

“ – Não?!”

“ – Não. Você se arrepende?”

“ – Claro.”

“ – Eu não. O seu segredo é horrível, mas não tanto quanto o meu.”

Fred’s Secret.


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Notas finais do capítulo

FRED'S SECRET IS COMING!

Kisses,

Mel.