LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!! PRONUNCIAMENTOS IMPORTANTES!!!!!!

“Sua mão se encaixa na minha como se fosse feita só pra mim, mas tenha em mente, isto era para ser assim. E eu estou ligando os pontos com as sardas em seu rosto, e tudo faz sentido para mim. Sei que você nunca amou as rugas em seus olhos quando você ri. Você nunca amou sua barriga ou suas coxas, as covinhas em suas costas no final da sua espinha, mas eu as amarei para sempre. Não vou deixar essas pequenas coisas saírem da minha boca, mas se deixar é você, oh, é você que elas formam. Estou apaixonado por você, e por todas essas pequenas coisas.” – One Direction, Little Things.

POV – ANGIE MCKORMICK

– De volta a Long Lake. – disse James, com um suspiro. – Será que pode haver coisa melhor?

– Eu conheço gente que acha que pode.

Voltamos a Hogwarts e encontramos tudo do mesmo jeito. As pessoas estavam apenas apressadas com a excursão. Fora isso, nada fora do normal. Dessa vez iríamos em um grande ônibus preto, levando toda Hogwarts dentro.

James franziu as sobrancelhas. Eu queria muito explicar a situação a ele, mas eu não poderia. Não era um segredo meu.

– Deixa eu adivinhar, não é um segredo seu?

– Não.

Ele não parecia completamente convencido, mas não tocou mais no assunto.

A primeira parte oficial da expedição à Long Lake significava apenas uma coisa: assassinato na certa. Simplesmente porque chegara à hora de Fred saber sobre o que ouve com a Roxanne. Sinceramente, eu tinha medo. Não por Creevey, por ele. Fred poderia ir para Azkaban, ou ganhar o beijo do dementador, ou pior.

– Você está suando. – comentou James.

– Não estou não. – neguei.

Ele passou a mão na minha testa e me mostrou uma mão molhada de suor.

Por fim, eu suspirei. James é o melhor amigo de Fred, talvez fosse o único que pudesse me ajudar.

– É a Roxanne.

James se surpreendeu, porém havia uma pontada de preocupação em seu rosto.

– A Roxanne? Por que a Roxanne estaria te preocupando? Quer dizer, vocês são só colegas!

– Não é bem a Roxanne... – fiz uma pausa, procurando palavras. – É mais... Na verdade é o Fred.

Ele tentou disfarçar, mas realmente estava preocupado.

– O que houve?

Suspirei, criando coragem para contar.

– Roxanne está grávida, James.

Choque. Mais choque. Ainda mais choque. Raiva. Preocupação. Dúvida. Tudo ao mesmo tempo no rosto de uma pessoa só.

– Naquela festa, Creevey fez o mesmo com Roxanne. Eu descobri pouco depois, e prometi guardar segredo, desde que ela contasse para Fred quando estivermos em Long Lake. Para mim, ao mesmo tempo em que foi rápido, parece que isso foi a uma eternidade.

E era realmente o que eu sentia. Naquela época Roxanne era minha melhor amiga, eu odiava James, Fred era só um colega e eu mal falava com a Lucy. Agora as coisas viraram ao avesso. E eu me sentia mais feliz assim. Para mim, falar sobre isso seria ter um encontro com o passado, algo que eu realmente não que queria que acontecesse.

Puxei James para um beijo que rapidamente fez meu coração disparar. Lágrimas brotaram dos meus olhos quando lembrei do que a cartomante disse: O destino será cruel e não vai deixar nós dois seguimos nossa vida juntos assim, tão fácil. Comecei a chorar ainda mais com o vazio que aquelas palavras causavam dentro de mim. Eu não queria me separar dele nunca, nunca. Porque eu o amava com tanta força que acho que sem esse amor, não vivo mais. Chorei, chorei e chorei até que se tornou impossível beijá-lo.

– Por que você está chorando?

Eu não contei a ele sobre a cartomante. E a verdade é que eu não queria contar. Mas não havia outra opção.

– A cartomante! Aquela cartomante disse que o destino seria cruel...

– Angie, olha – ele segurou o meu rosto entre as mãos dele. -, não dê ouvidos à essa cartomante. Não precisa acreditar em vidência e esse tipo de coisa, ta? Não existe. Nós fazemos nosso destino. E o meu será com você.

As palavras dele eram reconfortantes. O próximo beijo fora calmo, sem língua, sem nada. Sem pressa, curtindo o momento. Apenas os meus lábios colados nos dele.

E, sinceramente, esse é o tipo de beijo que mais gosto.

–X-

[Pare a música por enquanto]

POV – LUCY WEASLEY

O clima em Long Lake’s Reserve estava muito diferente. Era úmido, frio, com muita neblina no ar. Os chalés agora eram outros, bem maiores. Escolhíamos com quem queríamos ficar. A regra era um número máximo de cinco alunos por chalé. Óbvio, convidei Fred, James e Angie.

Colocamos as nossas coisas dentro. James e Angie quiseram ficar lá dentro e eu não me importei em questionar a decisão. Eu queria falar com outra pessoa.

Quando chegamos, Angie me contou sobre Roxanne. Fiquei completamente chocada e preocupada. Se Fred costumava colocar os namorados de Roxy para correr, imagine o que ele vai fazer agora! Cometer um assassinato, no mínimo!

Só que ela falara com Lucy Weasley. E eu geralmente sempre tenho uma carta na manga, e a minha era infalível.

Por isso, quando estávamos saindo, já sabia o que fazer.

– Preciso falar com você. É importante. Demais, até.

– Ih, to vendo problema... O que você aprontou dessa vez, hein? – ele tinha um sorriso maroto nos olhos. Que iria desfazer-se em poucos segundos.

– Será um tanto chocante. Tente não... Cometer um assassinato.

As sobrancelhas de Fred se encresparam. Primeiro sinal de preocupação.

– Roxanne está grávida.

Silêncio. Entendimento. Surpresa. Choque. Raiva. Ódio.

– Quem foi? – as palavras eram mortais. Fred estava muito vermelho, e as mãos estavam cerradas em punho. E ele já estava com a varinha.

Hora de atacar.

– Não vou dizer agora. Não seria bem melhor saber depois? Para descontar na frente de toda Hogwarts e causar a expulsão do cara?

Fred parecia estudar a questão.

– Seria ótimo se eu não estivesse querendo matar alguém.

Suspirei. Plano B.

– Escuta, Fred – comecei, de modo maroto e relaxado, me escorando no chalé. – larga de esquentar a cabeça com isso. Aposto que você adoraria acabar com esse cara na frente de todos. Ou será que você vai deixar as fofocas se espalharem e os boatos aumentarem, ao invés de mostrar as pessoas a verdade?

A mão se Fred relaxou, e eu sorri.

– Vou me jogar no laguinho, nos vemos por aí.

Saí sem olhar para trás, embora esteja com um pouco de remorso.

Eu sou uma corvina. E eu via o ridículo da situação desde que Angie me contara. Chegara à hora de eu conseguir a minha vingança.

Algo que eu venho cobiçando há anos.

Sentei na ponte deixando meus pés molharem na água MUITO gelada. Mas eu não me importava.

O sabor da vingança já ardia na minha boca.

POV – ANGIE MCKORMICK

[Continue a música]

O clima lá fora mudara bruscamente para mais frio, sinal mais que óbvio que o inverno estava chegando, e muito rápido. Lucy me contou que teve sucesso no plano, mas fora isso não acontecera nada de importante durante o dia, e anoitecera rapidamente.

Fred e Lucy não estavam no chalé. Fred com toda a certeza estava namorando, e Lucy talvez esteja andando por aí. Eu estava sozinha, no chalé, sentada na minha cama. Foi quando ele chegou.

– Oi. – disse ele.

– Oi. – falei.

– O que foi? – (n/Angie: você é paranormal? Como consegue descobrir quando tem algo me preocupando?) (n/James: segredos masculinos) (n/Fred: isso ficou gay) (n/Lucy: será que da pra narrar, Angie?)

– O mundo parece que vai desmoronar! – eu quase gritei.

– Eu estarei aqui para sustentá-lo para você.

(n/Fred: own, que fofo.) (n/Angie: cadê a minha varinha quando eu preciso dela?)

Abri um enorme sorriso.

– Hora da minha declaração. – ele respirou fundo, e eu dei uma risadinha. – Angie Katharine Rachel McKormick, você apareceu na minha vida como um raio. E hoje eu te amo como... Como a velocidade de um raio. – eu ri, diante de sua capacidade suprema com rimas. – Ta, chega de rimar. – ri mais ainda. – Não tem graça! Vamos lá. – ele respirou fundo. – Resumindo, eu te amo. Ta satisfeita?! – agora foi a vez dele de rir. – Cara, sou pior do que eu pensava.

– Não. Você tem o seu jeito.

Ele olhou da cama para nós dois.

– Acha que está pronta?

Acenei.

– Não sei se vai gostar do que vai ver. – avisei, enquanto ia de frente para o espelho do quarto e me despia.

POV – JAMES POTTER

– M.E.R.L.I.N. Socorro!

Angie é espetacular. A barriga, as coxas, e as covinhas no fim das costas dela.

– Eu avisei.

– Não! Você é mais que perfeita!

Ela riu.

[Reinicie a música]

Trocamos um beijo calmo e lento. Entrelacei meu dedos nos dela, e encaixaram-se perfeitamente. Ela passava as mãos pelos meus cabelos, arranhava as minhas costas e beijava meu pescoço enquanto eu acariciava as costas dela.

– Vai, me conta, qual o seu segredo? – pediu ela.

– Você vai me contar o seu?

– Talvez.

– Talvez.

Voltamos a nos beijar. Eu estava parado, abraçado a ela, que estava em cima de mim. Ficamos naquilo por mais um tempo, até que ela deitou a cabeça no meu peito e eu fiquei acariciando os cabelos dela.

De repente, ela desfez tudo e pegou minha cueca.

– Hey!

Ela riu marota.

– Volta pra cá!

Ela negou.

– Te dou qualquer coisa.

– Então eu quero o seu coração.

– Ah, não vai dar. Ele já tem dona. – eu sorri. – Uma dona muito chata e teimosa que não quer largar a minha cueca.

Ela riu e voltou. O tempo passava e eu só confirmava ainda mais que a amava com todas as minhas forças. Não deixaria que nada acontecesse com ela. E não deixaria ela se separar de mim.

–X-

A luz do dia invadia o quarto com força. Angie estava dormindo, feito um anjo no meu peito. Devia estar no quinto sono e eu não a culpo, eram seis da manhã. Só que eu não conseguia mais ficar dormindo, não agora que eu já acordei. Queria fazer algo especial.

Tirei Angie devagar do meu peito e deitei-a no travesseiro, dando um beijinho na testa dela.

Eu sabia fazer pouca coisa, mas daria um jeito de, ao menos, usar a torradeira. Não deve ser difícil. Coloquei uma fatia de pão e liguei a torradeira, que no mesmo momento começou a chiar e fazer uns barulhos estranhos, como se fosse explodir.

O cheiro de queimado invadiu a cozinha. Quando eu vi, Fred, Lucy e Angie já estavam lá. Rindo da minha cara. Ignorei os dois e me foquei nela.

– Tentei fazer alguma coisa pra você... – me senti envergonhado. Nem uma torrada eu sei fazer. – Era para ser ovos com bacon, suco de laranja e torradas...

Angie calou a minha boca da melhor forma. Podia ouvir na minha mente “From Yesterday” do 30 Seconds To Mars. Sei que a letra não tem nada a ver, mas eu estava tão feliz que podia sair por aí cantando.

O tempo muda todo mundo. O tempo me trouxera ela e fizera a melhor coisa do mundo. Pela primeira vez na vida, me importei com uma garota. Senti ódio de mim ao pensar em usá-la.

Eu não me importava com mais nada, desde que ela estivesse comigo. Só ela e mais nenhuma outra. Afinal, pelo visto, Angie é aquela garota dos contos de fadas de meninas que eu tanto era obrigado a ler para a Lily.

Só que ela era a princesa e eu o príncipe.

Talvez eu não possa dizer em palavras. Afinal, é um sentimento tão forte que eu não posso descrever. Amar é estranho, amar é diferente, amar é maravilhoso.

Queria me casar com Angie e formar uma família enorme, de quatro filhos!

From Yesterday...

Isso acabou com todo o clima, mas continuando.

Angie tinha tudo para ser a melhor princesa dos contos de fadas. Faltava apenas uma coroa e um castelo, mas esse detalhe não me faz diferença. Ela é uma princesa para mim, seja com ou sem coroa, e é isso o que importa.

Estremeci do nada. Aquilo me lembrava... O segredo.

– O que foi? – perguntou Angie, ao notar a mudança.

– Nada. – respondi. – Hey, o que acha de fazer isso de novo?

Adeus Terra, olá céu. (n/a: Goodbye Earth, hello heaven. Ta, sei que não tem nada à ver, mas não resisto.)

Um pigarro me trouxe de volta à Terra como se meu pára-quedas furasse.

– Nós existimos. – lembrou Fred.

Nós dois olhamos para eles. E depois olhamos um para o outro.

Três, dois, um.

Começa a temporada de caça.

No próximo capítulo...

“ – O que acha de darmos uma festa?”

“ – Tava demorando.”

“ – Só nossa! Uma mini-festa, com nossas regras!”

“ – Eu gostei da ideia.”

“ – Podiamos jogar verdade ou conseqüência...”

“ – Vai à merda, Lucy.”

“ – Falando sério. Ou então sem a parte da verdade. Podíamos impor desafios uns aos outros.”

“ – To dentro.”

“ – Nem pensar!”

“ – Por favor?”

“ – Merlin, por que elas sempre nos convencem?!”