Daughter Of Evil - A Filha Do Mal escrita por Bia Nascimento


Capítulo 7
Capítulo 7 - O final de tudo


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! E mais uma vez demoro um ano pra atualizar a fic, mas a boa notícia é que chegamos ao fim da fic ^-^
Espero que gostem desse capítulo o/



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Alguns anos se passaram, e com eles, várias coisas mudaram. O reino agora vivia em paz, sendo regido pelo filho de Meiko, já que esta se encontrava já em idade avançada. Por maior que houvesse sido o genocídio em Green Town anos antes, ele havia conseguido se reestabelecer e estava mais lindo do que nunca. Rin havia mudado completamente sua vida.

Após sua fuga do reino, foi à praia e jogou uma garrafa no mar. Dentro dessa garrafa havia uma mensagem para o Len que dizia

“ Querido Onii-Chan,

Quando pequenos, nos disseram que ao jogarmos uma carta para o mar, nossa mensagem chega a quem quisermos, seja lá onde essa pessoa esteja e é com essa esperança que lhe escrevo agora. Faz uma semana desde que você partiu e eu ainda choro, todas as noites, me sinto culpada… eu poderia ter evitado isso. Len, você era diferente de mim, você tinha um coração bom e todos te amavam, eu sempre vi isso como uma fraqueza, um defeito, mas agora percebo que foi isso que me manteve feliz durante vários anos. Quando mamãe morreu, você me confortou, mesmo que estivesse sentindo a mesma dor que eu e eu fui um tanto egoísta de não ter lhe confortado também. Fui egoísta minha vida inteira, esquecendo de seus sentimentos e apenas pensando nos meus, querendo que meus caprichos fossem atendidos. E você...você foi um idiota… como pode deixar eu arruinar sua vida?

Querido irmão, você foi o melhor idiota existente na face da terra, você deixou a vida de todos nesse reino melhor, todos são gratos a você e isso inclui a mim. Me perdoe por nunca ter demonstrado meu amor enquanto podia te abraçar, mas nesse momento, sinto tanto sua falta que daria minha vida inteira apenas por mais um dia com você. Um dia em que eu fosse sua serva e você meu príncipe, onde eu te abraçasse, beijasse e falasse o quanto te amo.

Len, peço-lhe perdão pelos meus pecados e prometo a você que a partir de agora serei uma pessoa boa. A partir de agora, vou ter um coração tão bom quanto você meu querido e te peço encarecidamente que um dia, assim que possível, me retorne essa carta para eu matar minhas saudades de você...do seu jeito…

De sua irmãzinha,

Kagamine Rin”



Ela havia jogado essa garrafa ao mar, inteiramente em prantos, até que viu uma sombra de alguém atrás dela, quando se virou, viu um garota de cabelos brancos com uma faca. Ela queria esfaquear Rin. Ao contrário da reação esperada, Rin apenas fechou os olhos aguardando pela morte, desde o começo ela achava merecer isso. Mas quando a faca estava prestes a atravessá-la, a garota de cabelos brancos parou e olhou fixamente em direção ao mar. Ela estava tendo uma alucinação, viu um garoto muito parecido com a pequena tirana que tentara matar, mas seus olhos tinham uma expressão extremamente bondosa e pediam para que ela não fizesse aquilo. A tal alucinação não falou nada, mas seus olhos diziam tudo, ele pedia para que Haku cuidasse dela e a levasse para algum abrigo e nesse momento ela se compadeceu e resolveu dar uma chance a ela.

Haku pediu desculpas a Rin e explicou que sentia uma enorme raiva dela, por ter matado sua melhor amiga, por qual nutria um grande amor, e disse também que isso passou quando ela viu algo (não disse sobre a alucinação, pois ele também pediu que não o dissesse). Depois de um tempo, conseguiu convencer Rin a ir para igreja onde morava, que ficava não muito longe dali e desde então as duas passaram a ser amigas e a garotinha de cabelos loiros se comprometeu a tornar-se uma pessoa boa.



Muito tempo se passou desde então, Rin já se tornara uma senhora de idade. Ela cuidava de um orfanato junto com Haku e não era mais a mesma. Seu cabelo agora estava comprido, as marcas da idade chegaram ao seu corpo e as rugas no rosto eram muitas. As crianças a amavam e com razão, era doce, amável e paciente, como uma mãe para todas elas. Muitas quando cresciam iam ajudar no orfanato, apenas para não terem que se separar dela.

Há alguns anos ela havia descoberto uma doença que se alastraria por seu corpo até que morresse, mas isso nunca abalou. Ela manteve sua doença em segredo por anos, até que finalmente seu corpo começou a se entregar a ela. Faziam alguns meses que passava mal cada vez mais frequentemente e ainda sim continuava cuidando de suas crianças.

Um dia, ao ajudar um garoto loiro a fazer algumas equações, Rin acabou desmaiando e permaneceu em coma por 3 dias. Seu momento final estava a chegar. Ela já estava fraca demais e não podia mais sair da cama, mas aquele mesmo garoto loiro, de nome Leandro permanecia sempre ao seu lado, junto com alguns colegas. Um dia enquanto conversavam, inocentemente, Leandro fez a seguinte pergunta:

– Obaa-chan, você não tem medo de morrer?

– Não meu querido, quando for minha hora quer dizer que eu já fiz tudo que tinha que ser feito aqui e Deus me quer com ele - a forma como ela dizia isso era reconfortante.

– Mas eu também quero ficar com você obaa-chan, não quero que se vá, quero ficar com você pra sempre!

– Ora rapaz, pra sempre é muito tempo, eu posso não estar fisicamente aqui, mas estarei sempre olhando lá de cima por vocês.

– Se eu fosse Deus, também ia querer que a senhora ficasse comigo - quem disse isso foi um menininho de 5 anos que também estava ali.

– Awn, obrigada meu querido, venha cá, deixa eu te dar um abraço. - fazendo um pouco de esforço, Rin conseguiu abraçar a criança. - Vocês não deveriam estar estudando ou brincando?

– Você sempre cuidou de nós Obaa-Chan - Leandro retomou a palavra - agora é nossa vez de cuidar da senhora.

– Vocês são muito gentis, mas não precisam se esforçar tanto por mim.

– Isso não é nem metade do que fez por nós. - Retrucou ele- Etto…Obaa-Chan, tem algo que você queria ter feito que nunca conseguiu fazer?

– Hm… tenho coisas das quais me arrependi e uma carta que até hoje espero a resposta, mas nada de importante.

– Que carta é essa?

– Uma que enviei a uma pessoa querida.

– Diga o nome dessa pessoa que vamos encontrar a carta!

Os olhos de Rin começaram a lacrimejar e já chorando disse:

– Obrigada meus amores...o nome dele era Kagamine Len, mas não acho que vão encontrar minha carta.

– Vamos sim! Em menos de uma semana estaremos aqui com a carta!

Ao dizer isso, Leandro e seus amigos saíram e foram planejar suas buscas a tal carta. Reviraram o reino inteiro, mas não acharam o tal Kagamine. Procuraram em um reino vizinho, mas nada de carta, até que encontraram um homem, de cabelos azuis,porém um pouco grisalhos, que atendia por Kaito. Ele contou toda história que ocorrera a anos, com lágrimas nos olhos. Contou o quão tirana e ruim Rin era e quanto seu irmão a amava, a ponto de morrer por ela. As crianças ouviram aquilo, um pouco assustadas, mas ainda sim amavam a senhora de longos cabelos loiros. Aquela época havia passado e ela havia cuidado tão bem deles, precisavam retribuir isso. Agradeceram ao Kaito e voltaram em direção ao orfanato.

Quando chegaram, Leandro pediu aos amigos para que a velha senhora não soubesse que haviam chego, iria ele mesmo escrever uma carta a ela, como se fosse Len.

Estranhamente, quando Kaito contou a história, ele se sentia como Len e tinha alguma noção de como Rin escreveria uma carta para seu irmão e como ele responderia a mesma, então escreveu algo mais ou menos assim:

“ Amada Rin

Recebi sua carta e minha alegria ao lê-la foi tão grande que não é possível expressar isso em palavras. Onee-Chan, sinto sua falta, sinto falta da sua risada, do seu jeito. Não consigo ser feliz sem você, mas ao pensar que você está fazendo outras pessoas felizes, me sinto reconfortado. Sei que vai se tornar uma pessoa boa e por favor, faça as pessoas tão felizes quanto você fez a mim. Também quero lhe pedir perdão, me perdoe pelas coisas que não pude fazer por você e me perdoe por você ter perdido seu amado reino...eu poderia ter impedido isso.

Porém queria irmã, posso lhe garantir uma coisa: um dia nós dois estaremos juntos, brincando novamente, um dia você me ajudará com minhas lições e eu te ajudarei em que me pedir. Eu te prometo que vou te amar tanto quanto te amo agora, prometo que seremos felizes juntos novamente!

Rin, aqui termino de escrever para você, porque meu pranto já enxarcara meu papel, mas por favor, nunca se esqueça que te amo, e sempre estarei te protegendo e atendendo a seus desejos.

Com muito amor

Seu irmão Len”


Ao terminar a carta, Len subiu rapidamente as escadas em direção ao quarto da Rin, chegado lá, as enfermeiras avisaram que seu estado havia piorado e que seu momento final estava chegando. Chegou próximo a cama e entregou a carta para Rin. Os olhos da velha senhora se mexiam, acompanhando as linhas, e em poucos segundos lágrimas caíam sem cessar de seus olhos. Ela sabia que havia sido Leandro que escreveu aquilo e entendeu que na verdade, Leandro era seu Len. Ele prometeu o que havia cumprido, Leandro era uma das crianças que ela mais gostava e ela era capaz de sentir o amor dele por ela. Os dois brincaram e se ajudaram e agora ela entendia o porque disso. Seu momento havia chego, chamou o Leandro e com suas últimas forças disse “obrigada Len”, ao terminar de pronunciar essas palavras, seus olhos começaram a pesar e sua consciência a se dissipar...seu últimos momentos foram imagens de sua juventude com Len e sua velhice com Leandro...como os amava e como eles a amavam. Pela primeira vez, sentiu-se livre de seus pecados pecados cometidos. Continuava imaginando aquelas cenas felizes, a primeira vez que viu Len, quando sua amada mãe havia morrido e o jeito que ele a consolou. A primeira vez que viu Leandro que havia perdido toda sua família em um incêndio e estava desesperado e ela o ajudou. E foi com pensamentos felizes que Rin finalmente fechou seus olhos, sua respiração parou e seu coração já não batia mais. Leandro chorava ajoelhado em seu corpo, por alguma razão sentia que já havia a perdido uma vez e não queria que isso acontecesse novamente...suas últimas palavras martelavam em sua mente...ele nunca mais a veria e isso era tão doloroso. Tudo que conseguia fazer era chorar, até que adormeceu no corpo gélido de Rin e sonhou...sonhou com ela e com todas as coisas boas que haviam vivido.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, acabou ^-^ espero que tenham gostado e muito obrigada a todos que me acompanharam até aqui ^-^



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