Sweet Mistake escrita por esa


Capítulo 1
Lexi Malfoy


Notas iniciais do capítulo

olá gente linda que ta lendo isso sdfjhgdsjsgdjdhsjfd
bem, eu desejo as boas vindas à minha história e já agradeço por estarem lendo aqui ok?
sobre o capitulo: ignorem o titulo, tá bem idiota, mas eu nao pensei em nada melhor, afinal é mais uma apresentaçao da lexi mesmo
anyway espero que gostem



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–- Pare já com isso, Potter. - pude ouvir a garota protestando, por mais que sua voz entregasse o enorme desejo reprimido.

Me abaixei, espremendo-me contra a cama velha e poeirenta que estava ali. Eu não dormia nela, obviamente. Aliás, eu quase nunca dormia. Mas a ideia de uma faxina naquele lugar me alegrou um pouco, era alguma motivação para mim, pelo menos.

–- Potte... - a garota deu um gemido baixo e revirei os olhos. Ouvi os passos subindo as escadas apressados. As risadas do garoto eram altas, enquanto ela ria contidamente.

Ergui a varinha com cuidado e fiz um movimento rápido. As escadas rangeram bem mais alto que o habitual, e pude ouvir o grito esganiçado da garota, e logo em seguida seus passos rápidos se afastando. Os do garoto, mais pesados, iam atrás, enquanto ele murmurava um 'merda' bem audível.

Abafei um riso. 'A Casa dos Gritos' pensei irônica, quem diria que aquele lugar me serviria de lar? Era uma ajuda mútua, eu mantinha a fama de mal-assombrada da Casa, por mais que ninguém mais acreditasse era como se a história estivesse voltando, e ela me mantinha escondida de todos os bruxos perfeitos e amados da tão querida Hogwarts.

Ninguém poderia me encontrar ali, e eu não poderia encontrar ninguém, e mesmo assim aquele lugar me providenciava ensinamentos. Nos armários corroídos e precários havia livros e mais livros, com feitiços e poções de todos os tipos. Para uma bruxa de 16 anos, eu devia humildemente assumir que era bem inteligente – não que eu fosse humilde. Não havia um único livro ali que eu já não tivesse lido por inteiro no mínimo duas vezes.

–- Penny, não se esconda de mim, é hora de arrumar o lugar. - gritei inutilmente, na esperança de que a gata aparecesse, mas era cedo, e a felina devia estar à solta em Hogwarts, caçando ratos.

Alguns meses atrás eu havia lido um livro sobre conjurações, então não foi nada difícil materializar uma vassoura e uma pá. O lugar estava realmente sujo. Comecei pelo andar de baixo, e quando finalmente terminei já estava suando e esgotada.

–- Nada de corpo mole, Lexi. O andar de cima está bem pior. - não que falar sozinha seja um bom habito, mas era uma maneira boba de me incentivar. Coloquei-me de pé e varri os degraus.

Realmente, o andar de cima estava bem pior. Comecei batendo com a pá já vazia no colchão, e ele quase se desintegrou com as pancadas surdas. A poeira que subiu me deu tontura, e caí no chão imundo no mesmo segundo. Por que eu mantinha aqueles móveis mesmo?

–- Talvez esteja na hora de uma reforma um pouco mais radical. - falando sozinha de novo, as coisas estavam ficando preocupantes. Balancei a cabeça para afastar o pensamento e comecei meus planos de decoração.


Hm, nada mal. A cama agora não era mais a mesma, assim como os armários e todo o resto. A poeira havia deixado o ambiente e as paredes haviam tomado cor. Quem olhasse de fora não notaria nenhuma diferença - graças a um feitiço que eu lera em algum dos livros. Belo trabalho.


Troquei minhas roupas e penteei os cabelos louros. Me joguei no colchão novo e macio e só então notei o quão cansada estava. Minha cabeça rodava e doía. Tentei não dormir, mas meu corpo gritava por um descanso, então soltei a cabeça no travesseiro e apaguei por completo.


–- Bom dia. - argumentei com um sorriso no rosto ao sentir a língua morna de Penny me acordando. Ela era uma espécie de despertador. Assim que o sol despontava, lá estava ela pronta para me acordar.


Era tedioso, eu devo confessar, acordar todos os dias cedo, acariciar os pelos castanhos de Penny enquanto ela ronronava, olhar pela janela e ver o feliz povoado de Hogsmeade, fingir não existir.

Todos os dias, a mesma rotina. Despejei um pouco de ração no pote gasto e Penny logo lançou-se sobre ele. Abri a pequena dispensa e preparei meu café da manha. Era ruim não ter uma geladeira, mas eu achava as mudanças já feitas muita coisa. Não queria mudar mais nada no lugar, tinha medo de levantar suspeitas.

Mordisquei sem vontade alguma aquelas malditas torradas trouxas, o gosto conhecido e enjoativo, a textura pastosa e seca de engolir. De má vontade, abri uma das cinco garrafinhas de água e dei um gole. Odiava ter de beber o pouco que tinha.

Você deve estar se perguntando como eu conseguia viver já que vivia isolada e ninguém sabia da minha existência. Bem, não me orgulha muito, mas é o que faço para me manter viva: eu roubo. Nada muito caro, é claro, e nem em muita quantidade, só o suficiente para um mês.

Eu geralmente racionava a água e a comida, e nunca nenhum dono das lojas dera falta dos produtos. Penny havia terminado sua refeição e me encarava com olhos pidões.

–- Tudo bem, tudo bem. - revirei os olhos e enchi uma tampinha com a água, depositando-a no chão. A gata pareceu saber que não teria mais, e não apressou-se em terminar com o conteúdo da tampa. - Boa garota.

Acariciei seu pelo, penteando-o com os dedos, desembaraçando nós. Ela ronronou sob meus dedos, e eu dei um sorriso bobo. Era estranho ficar ali, sentada naquele chão agora limpo, não fazendo nada. Mas eu não podia ir para Hogwarts por um simples fato: eu não existia.

Ou ao menos era isto que meus pais esperavam de mim, que eu estivesse morta. Uma carta, é tudo que eu tenho da minha mãe. Uma carta na qual ela explica porquê me abandonou. Uma merda de uma carta! Como se isso amenizasse a minha dor, não, mamãe?

"Alexandra, eu não espero que algum dia você me perdoe, mas é isto que eu desejo. Meu nome é Hermione Granger, e eu sou sua mãe. Seu pai, no entanto, não é meu marido, Ronald Weasley, mas sim Draco Malfoy. E ele desconhece a sua existência.

Eu realmente desejaria poder mantê-la, criá-la, tê-la ao meu lado, Alexandra, mas eu não posso. Eu amo Ronald, e ele jamais me perdoaria se descobrisse sobre você. Se descobrisse sobre aquela noite na qual me deitei com Draco, imprudente e sem pensar nas possíveis consequências. Não é sua culpa, e por isso lamento ter de abandoná-la, fazê-la sofrer. É egoísta de minha parte, mas é o que devo fazer. É o que sinto que devo fazer. Sinto muito."

Essas eram as palavras na carta. Como ela podia pedir desculpas? Esperar o meu perdão? Inconsequente, era isto que ela era. Que tipo de mãe abandona uma filha? Desde então me criei sozinha, e nada nunca impediu que eu me tornasse quem sou hoje. Chame-me de fria, mas após está linda demonstração de amor mãe-filha eu apenas não me afeiçôo à sentimentos.

Lexi Malfoy, bruxa mestiça de 16 anos, incrivelmente inteligente, de uma beleza suave e boa arvore genealógica. Pais ricos. Como esta garota poderia ter algum problema na vida? Ah, sim, ela simplesmente não existia.

–- ARGH! - urrei passando as mãos pelo rosto e em seguida pelos cabelos. Me odiava por pensar daquela forma, me odiava por ser condenada a viver 'daquela forma'.

Merda, tudo era tão complicado para mim.

–- Ah meu Merlin. - a voz aguda e esganiçada da garota me fez virar. Ela me encarava perplexa. Era delicada e tinha cabelos cor de fogo.

BOSTA! Muito bom Lexi, muito bom, agora sabiam da sua existência. Puxei a varinha, hesitante. Eu podia muito bem enfeitiçá-la, mandá-la de volta para Hogwarts, fingir que nada tivesse acontecido. Mas ela também puxou a sua.

–- EXPELLIARMUS. - berrou antes que eu pudesse ao menos piscar. Minha varinha atravessou o espaço entre nós e eu ergui os braços em forma de rendição. Ela caminhou mais cautelosamente até mim, e com um movimento rápido golpeei seu rosto.

A ruiva cambaleou para trás atordoada, e caiu inerte em minha cama, o corpo produzindo um barulho abafado contra os cobertores grossos e ainda desarrumados.

–- Sinto muito. - falei irrelevante para o corpo, o emaranhado de cabelos vermelhos escondendo o rosto da garota, mas não o sangue que escorria devagar de seu nariz.

Tudo bem, talvez eu devesse ter controlado um pouco mais a minha força. Eu realmente não queria ter quebrado o nariz da garota. Me apressei a colocá-la em uma cadeira. A amarrei com força, cordas prendiam seus ombros, seus pulsos, seus pés e suas coxas, que alias estavam mais a mostra do que deveriam naquele uniforme relativamente pequeno de Hogwarts.

–- Belas coxas. - comentei irônica e acida assim que a garota abriu os olhos, ainda um pouco atordoada. - Não se preocupe, eu já consertei o seu nariz, e espero que não se importe de eu ter prendido os seus cabelos.

Ela revirou os olhos e eu soltei uma gargalhada. Ela não estava nem um pouco confortável ali sentada e amarrada.

–- Mas e então ruiva, diga-me seu nome, sua idade, sua Casa é a Grifinória, presumo eu, levando em consideração seu projeto de vestes.

–- Rose. Weasley. - ela falou cada palavra com um ar de autoridade, como se aquilo fosse alguma coisa incrível. Demorou algum tempo para que eu fizesse a ligação.

Eu estava bem diante de uma de minhas parentes asquerosas de sangue Weasley. Estreitei os olhos com arrogância, indicando com a cabeça para que ela prosseguisse.

–- Tenho 15 anos, e sim, eu sou da Grifinória. Agora seria pedir demais que me soltasse, sua maluca!? - ela argumentou e eu ri novamente. - Você não me é conhecida. Quem é você?

–- É claro e obvio que você não me conhece. Ninguém me conhece. - um sorriso malicioso tingiu meus lábios. - Ainda.

Como eu nunca havia pensado naquilo antes? Como aquilo nunca tivera passado por minha cabeça? Era exatamente isso que minha querida mamãe Hermione não queria que acontecesse certo? Que eu existisse, que soubessem de minha existência. Ela não merecia sair vitoriosa. Estava na hora de fazer uma visitinha à Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

por favor, por favor, eu mereço comentários, não? fhjdgsfdshjgfsjhfgsd obrigada por lerem e até o próximo



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