Reformatorio escrita por LiL


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OOOOI... desculpa desculpa a demora, eu sei que eu sou uma pessima autora, por toda essa demora mais hey era ferias, e eu fiquei muito tempo sem net... Desculpa e espero compensar postando mais rápido agora.
Boa leitura...



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Aquela roupa pinicava, mais naquele momento eu não estava nem ligando, eu estava tao ansiosa para ir ao campo e ver a cara de Paul, Dean parecia ter acordado de bom humor, quando passou por mim para sua mesa no café da manha, deu um sorriso tímido, como se só eu pudesse ver. Então eu meio que também estava de bom humor. Ninguém por enquanto havia reclamado por termos fugidos do castigo, mais eu sentia que o pior ainda estava por vir.

Só de lembrar, da pintura meu rosto se preenchia com um sorriso idiota, orgulhoso.

– Você esta estranha hoje! - constatou Carlos, quando seguíamos para o campo junto com a massa de alunos.

– Por que?

– Não ouvi você xingar ninguém ainda, nem Renata, quando ela te provocou. Estou chocada! - disse Carlos em sua melhor voz afeminada.

– Ela me provocou? - perguntei curiosa.

– Ai paizinho, o que o Ackarti fez com você? - ele perguntou colocando a mão na minha testa, para conferir a temperatura, babaca.

Ri.

– Relaxa Carlos! - eu disse, e os alunos começaram a formar uma roda em volta de algo e eu tinha absoluta certeza do que era.

Puxei Carlos para o meio da roda, quando ele viu minha obra soltou um gritinho, muito Carlos, colocou as mãos na boca e me olhou com olhos arregalados.

– Alex... Ah, Alex. - ele suspirou. - O que você fez? Paul não vai nem conversar, ele vai partir pra porrada, Alex, não quero te ver machucada.

– Oh Carlos, que gentil. - disse surpresa com sua preocupação.

– Você não esta entendendo! - ele disse exasperado. - Você não...

– Eu não o que, Carlos? - perguntei curiosa.

– Nada.

– Você é que esta estranho, o que há? - perguntei, mais ele apenas negou com a cabeça.

Dean ainda não havia aparecido, muito menos Paul, olhei de soslaio para Carlos e seus olhos estavam aflitos, e eu comecei a sentir peso na consciência, mais por que? O que há com Carlos? O que ele tem haver com Paul? Olhei novamente para o meu desenho e vi a camiseta colorida, Oh Deus como sou idiota. Meus dedos começaram a formigar de ódio, ódio de Dean.

– Carlos, me desculpe, eu nunca imaginei, Dean queria se vingar de Paul e sabe achei que não tinha nada demais já que ele é um brutamontes idiota, quero dizer ele não é muito simpático. - comecei a tentar me explicar. - Não quis dizer brutamontes, desculpe.

– Alex não estou preocupada comigo, é só que Paul vai ficar tao irritado, Dean e você... - ele não terminou a frase, segurou a respiração, quando Dean apareceu e me lançou um sorriso vitorioso. Eu estava prestes a dar um soco naquele nariz perfeito, quando Carlos puxou meu uniforme e grudou meu corpo ao dele.

– Não brigue com ele, aposto que não sabia que esta relacionado comigo. Alem do mais, vocês estão juntos nessa.

O que ele quis dizer com isso? Não tive tempo para perguntar.

– O que esta acontecendo? Por que todos estão parados aqui? - perguntou Babi, antes de soltar o mesmo gritinho estridente que Carlos, já estava ficando chato.

– Quem fez isso? - ela gritou, provavelmente estourando meus tímpanos, com uma voz dessa não precisa nem se esforçar pra gritar.

– Quem fez o que? - perguntou Paul, irrompendo na roda, quando ele viu o desenho, olhei pra Dean que tentava não rir. Paul soltou um som meio gutural, como um grito de guerra misturado com um urro de dor. - QUEM FEZ?

– ALEX! FOI A ALEX! - gritou algum desgraçado, desgraçado chamado Wendy.

Paul olhou pra mim com olhos assassinos, ah meu Deus, que diabos eu fui fazer? Olhei em pânico para Dean que estava vindo na minha direção, assim como Paul. Babi, depois eu mataria essa garota, me empurrou fazendo eu ficar cara a cara com Paul/assassino nas horas vagas.

– Eu não costumo bater em garotas, mais hoje é sexta-feira.

– O que isso tem haver? - perguntei, me afastando dele, mais ele acompanhava meus passos como um predador prestes a dar o bote.

– Nada. - ele disse numa voz ameaçadora, quando estava levantando a mão, Dean apareceu na minha frente como um príncipe desencantado.

– Não se bate em garotas nunca, seu idiota, mesmo se a garota for irritante, chata, teimosa...

– Ele entendeu! - disse, interrompendo a lista de adjetivos maravilhosos de Dean sobre mim, mesmo assim acho que eu nunca estive tão feliz em vê-lo.

Me escondi atras de Dean, ele segurou a minha mão. Um tremor percorreu minha espinha, mesmo eu não sabendo bem pelo que.

– Sabia que estava por trás disso, Ackarti, é bom assim tenho uma chance de pulmorizar seus ossos.

– Você quis dizer pulverizar. - corrigi, ele me fuzilou com os olhos, escutei Dean rindo.

Antes que eu pudesse sequer piscar, Dean havia soltado minha mão, gritado “corre” e já estava caído no chão por um soco de Paul, enquanto levava um chute no abdomem. Se eu sentia raiva, agora eu sentia nojo de Paul, a única coisa que preenchia minha mente era minha vontade de faze-lo sofrer, ate eu estava ficando surpresa com meu instinto assassino. Chutei aquela região de Paul com toda minha força, a “platéia” fez um OH! Puxei Dean pela gola da camiseta, e comecei a arrasta-lo com toda minha força, felizmente ele levantou e saímos correndo.

Trombei com toda minha força em Wendy, que caiu sentada no chão, olhei para trás e Paul já estava se levantando, puxei Dean com mais força e mesmo as pessoas querendo barrar nosso caminho, eu sai dando umas cotoveladas e começamos a correr pelo campo aberto sob o sol escaldante.

Dean vinha aos trôpegos atras de mim, mais eu não parei ate estarmos longe o suficiente. Cai sentada atras das arquibancadas, olhei em volta, nem sinal de Paul. Dean estava gemendo ao meu lado, sentado com a cabeça entre os joelhos. Me aproximei dele, e puxei seu rosto, o olho esquerdo estava inchado, assim como a bochecha, o pior de tudo é que ele continuava lindo. Eu realmente devia estar com algum problema psicológico.

– Você tá legal? - perguntei, e me amaldiçoei por perguntar isso, não tinha coisa mais idiota não?!

– Meio dolorido. - ele disse. - Valeu a pena, Paul é um idiota.

– Na verdade, achei muito estúpido o que agente fez, olha como você tá?! - disse irritada, com as mãos segurando seu rosto, o que meio que o forçava a olhar nos meus olhos.

– Isso foi preocupação comigo, Alex? - provocou ele, soltei seu rosto depressa e me levantei num salto arrumando as pregas do meu vestido.

– Não se sinta tao especial! - rebati, levantei os olhos, ele continuava encolhido, com a mão na barriga, o rosto inchado, a única coisa que vinha a mente era cuidar de Dean e matar Paul. Acho que eu vou desistir da minha saúde mental.

Sentei novamente ao seu lado novamente, puxei seus ombros para perto de mim, o deitei no meu colo, comecei a fazer carinho naquele ninho que ele chamava de cabelo.

– Se contar isso pra alguém, eu te mato. - disse e ele riu.

– Pode deixar, ninguém vai suspeitar que você tem coração.

– Cala a boca.

Dean ficou quieto, não reclamou enquanto eu acariciava seu cabelo.

– Obrigada, por você sabe, não deixar Paul fazer picadinho de mim. - sussurrei.

– Não ia deixar ele bater em você. - ele disse simplesmente, soltando outro gemido e se encolhendo mais.

– Ele é um idiota, agente precisa sei la, te levar pra enfermaria, não vou te deixar aqui assim!

– Alex, você sabe que quando agente voltar, vamos levar a culpa de tudo, não sabe?

– Sei, e como bônus acho que eu não vou mais ter mesa de almoço, só se Carlos quiser sentar sozinho comigo. Alias, quando você pretendia me contar que sua vingança era mostrar pra todo mundo que Paul era gay? O que você tem contra gays? E você sabia que Carlos é o namorado, parceira, sei la como eles chamam!

– Hey, relaxe, como assim Carlos é peguete de Paul? Eu não queria ofender seu amigo, eu nem sabia. E eu não tenho nada contra gays, eu tenho contra Paul, eu odeio aquele cara. Ele fala coisas que não devia...

– Ele joga bolas em você. - constatei, ele levantou os olhos surpreso.

– Você vê o jogo?

– Carlos gosta de ver.

– É ele também joga bolas em mim, e ele fica me ferrando por ai.

– Ferrando como?

– Ferrando! - e ele não ia dizer mais nada, soltei um suspiro frustado.

Ficamos em silencio, ele se esticou um pouco mais, a dor devia estar diminuindo, mais eu continuava acariciando seus cabelos revoltos.

– Fala alguma coisa. - ele pediu.

– Vou matar Babi, Wendy também e eu se eu tiver sorte Renata. - escutei sua risada fraca.

– Por que?

– Babi me irrita, a voz dela é irritante, e não me venha falar que ela é gostosa, se não eu te dou um chute igual ao do Paul.

– Belo chute alias.

– Ela me empurrou para Paul, para ele bater mais rápido em mim. A Wendy, gritou que fui eu quem pintei, a Renata eu simplesmente odeio ela, odeio todas elas. Odeio esse lugar. - disse por fim.

– Eu também. Sinceramente eu não sei mais o que eu gosto na minha vida. - disse ele num tom triste, talvez meio surpreso com a própria sinceridade de suas palavras.

– Também não sei. - disse e fechei os olhos, refletindo sobre a verdade dessas palavras.

– Parecemos dois amargurados.

Ri.

– É verdade. - o sol já subia alto no céu. - Acho que é melhor voltarmos.

– Não! Quando voltarmos, o que era ruim vai virar o inferno, nossos castigos vao piorar, sem contar que provavelmente todo mundo vai nos odiar, por que todo mundo paparica aquele otário.

– Iupi! - disse irônica.

– Então vamos aproveitar o máximo possível.


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Notas finais do capítulo

Desculpe os erros de ortografia, eu mal tive tempo de conferir...
Deixeeem revieeewws poooor favoor hahaha
bjus Lil :))))