O Preço De Uma Escolha escrita por Agniz, Rosa


Capítulo 2
Filhos..


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeee pessoinhaaaaas! Como vão vocês? kkk

Eu e a Agniz demoramos né?! Mil desculpas amores.. Ambas estavam sem tempo e muitas vezes nos desencontrávamos devido ao horário e tals.

Agradeceeeeeemos a todos os comentários que o primeiro capitulo teve e a paciência de vocês para esperar o segundo. Agradecemos também a primeira recomendação que tivemos, que foi feita pela linda da Estrela Pyllar. Obrigada girl :))

Bom, sem mais falação.. Vou deixar vcs lerem. Beijinhos...
Desculpe os erros.



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Versão Esme


Isabella, Isabella... Essa menina é uma caixinha de surpresas. Após a Senhorita Cullen sair da minha sala não pude deixar de pensar no meu filho. Quando fiquei viúva Edward ainda era praticamente um bebê, e depois que foi crescendo ficava cada vez mais difícil explicar o que realmente tinha acontecido e o porquê do seu pai não estar presente na sua vida.

Na adolescência foi a fase mais difícil. Por alguns momentos achei que fosse ficar louca com sua rebeldia, mas foi apenas uma fase e questão dele entender o quanto isso doía tanto em mim quanto nele. Por mais que ele fosse bem questionador nesse assunto, hoje ele, pela idade, com certeza tem ideia e noção de tudo o que acontece. Se tornou um maravilhoso filho. Hoje por sorte consegui falar com Isabella no inicio do tempo, era o único motivo que eu vim até a escola. Logo segui para o hospital central.

O caminho ate lá foi tranquilo. Assim que cheguei passei pela recepção e dei Bom Dia a Tanya Denali, que sorriu abertamente para mim e me entregou alguns papéis. Em seguida fui para minha sala olhar os papeis que ela me dera a pouco. Eram meus pacientes de hoje. Não eram muitos, já que pedi para adiantar as pessoas do convenio para conseguir tempo livre para ir nas comunidades. Hoje o dia seria corrido. Sai da sala e fui até lanchonete do hospital pedir um café antes de começar as consultas.

– Doutora Masen. Se importa?

– Imagina, Doutor Swan. - Eu disse olhando o homem de cabelos louros se sentando ao meu lado.

–Muito trabalho?

–Sim, mas é como disse: O Trabalho enobrece a alma.

– E amolece o coração. - Ele disse sorrindo.

– Com toda certeza, meus casos estão complicados a cada dia, alunos que faltam a escola, pessoas magoadas no passado. Deus.

– Acho que você precisa de uma Psicóloga.- Ele disse brincando, fazendo ambos rirmos.

–É verdade, mas será que existe alguma psicóloga que ouça a outra psicóloga? Só se for louca. – Brinquei e ele gargalhou.

–Certamente deve existir. – Sorri.

–Mas coisas ditas a uma psicóloga é confidencial, ai complica. É melhor nesses casos tentar arrumar tudo sozinha.

–Ah é verdade, não tinha me lembrado desse detalhe. - Ele bebeu um pouco do seu café. Senti meu celular vibrar no bolso.

–Se me der licença doutor. - Eu disse mostrando o celular. – Filho. - Ele sorriu e assentiu.

–Almoço hoje?

– Eu adoraria. - Eu disse sorrindo e me levantando.


Afastei-me um pouco da mesa e atendi meu telefone.


–Alô.

– Mãe a senhora está ocupada?

–Não estou meu amor, pode falar. – Sorri. – Aconteceu alguma coisa?

–Não mãe, eu estou ligando para avisar que caso a senhora chegue em casa e eu não esteja, não se preocupe. Eu vou sair com o pessoal do futebol agora durante a tarde e não sei se chegarei antes de você.

–Edward... – Suspirei.

–Mãe, prometo não chegar tarde. Deixa vai, por favor... – Ele pediu. – Mãe é dia de semana, você sabe que não chego tarde quando nesses dias...

–Tudo bem Edward, pode ir... Juízo meu filho, juízo. – Ele sorriu.

–Obrigado mãe, eu te amo. Beijos, e até mais tarde. –Sorri.

–Eu também te amo, meu filho, beijos. Ate mais tarde... Juízo senhor Edward, juízo. – Falei sorrindo e desligamos.

Quando voltei a mesa o doutor Swan já tinha ido embora. Voltei a minha sala e comecei o meu dia.


Versão Edward.


Desliguei o celular e fui trocar de roupa, marquei de ir na casa do Emmett por volta desse horário. Sai de casa e andei algumas quadras, não era a toa que um não saia da casa do outro, éramos amigos desde o jardim de infância, quando ele falou que era pra ele repartir o meu lanche com ele, caso contrario ia ser pior, no final brigamos e tivemos que dividir o bem dito lanche.

– Cara estava se maquiando?- Emmett perguntou me olhando quando passei pela porta da casa dele.

– Não, esperei pra ter certeza que você ia vestir aquele seu primeiro sutiã que te dei. - Eu disse gargalhando enquanto ele me mostrava o dedo do meio.

– Para de graça. E só para te avisar hoje vai rolar o maior festão na casa da Rose! - Ele disse indo até a cozinha.

–Posso saber, mas não vou.

– Ah Vai. Cara há quanto tempo os Pais dela não vão viajar! - Ele disse enquanto pegava duas latas de refrigerante.

– Primeiro que meu carro esta em casa, e avisei a minha mãe que...

– Dona Esme é gente boa.

–Dona Esme é gente boa às vezes, tá? Ela pra você só é gente boa por que você não conhece a Dona Esme brava... – Ele gargalhou.

–Edward, sua mãe é mega legal. Lembro quando eu ia na sua casa e ela fazia bolo pra gente... Edward, sua mãe é um anjo que caiu do céu. – Eu ri. – Um anjo que caiu do céu e não sofreu nenhum dano, por que... Cara, tua mãe é muito gata.

–Ei! – Dei um tapa na sua cabeça. – Mais respeito com a minha mãe, ela não é pro seu bico.

–Calma Edzinho. – Ele falou gargalhando.

– Vou fingir que não ouvi isso.

–Espera, se eu acho isso. Imagine aqueles homens da idade dela. Cara só tenho uma coisa a dizer...

– Que você vai ficar de bico fechado! Anda, me conta sobre o que vai ser essa festa. - Eu disse fingindo não ver a cara dele quando disse aquelas frase. Esme era a minha Mãe!

Minha mãe é uma mulher bonita, apesar de eu não ver ela com ninguém, acredito que ela tenha dito alguns relacionamentos com outros homens depois que meu pai morreu. Não gosto de pensar nisso... Sou um filho ciumento às vezes, não consigo imaginar minha mãe com outro homem na sua vida que não seja eu. – Ri do meu pensamento

–Edward você esta me ouvindo? Para de viajar Edward. – Ele chamou minha atenção.

–Tô ouvindo, Emmett. – Voltei a prestar atenção nele.

– É uma festa qualquer. Bebidas, gatinhas... Muitas Gatinhas...

– Pelo que eu sei você é Rose estão enrolados.

– Só fiquei com ela uma vez, e para sua informação quem não ocupa lugar sai de fininho que a fila anda.

– Cada dia mais você está precisando de uma porradas.

–Sabe que você ia sair perdendo.

–Mas iremos manter isso em segredo!- Eu disse me jogando no sofá. Essa era a Parte boa dos Pais do Emm viverem viajando. Nós sempre tínhamos liberdade.

– Eu até posso ir, mas não vou demorar lá!

– Duvido. Podemos fazer assim, vou lá me arrumar, e quando eu descer passamos na sua casa, você pega o SEU carro.

– Mas e o seu?

–Cada um com o seu, o meu pode ser útil nessas horas.

–Cara, vai tomar banho que seus neurônios estão fedendo queimado de tanto que você está pensando hoje.

–Tô indo, ficarei lindo para as gatinhas não resistirem a esse pedaço de mal caminho. – Ele falou indo para o seu quarto.

–Emmett, Cala a boca! – Liguei a TV fiquei assistindo ate ele voltar.

Passou-se alguns minutos e o Emmett já estava de volta. Pegamos o Carro dele e fomos ate a minha casa. Ao chegarmos lá entramos, eu peguei a chave do carro para sairmos.

–Edward sua mãe tem quantos anos mesmo?

– 40, por quê? – O olhei intrigado.

–Tua mãe tem 40 anos? Impossível... Edward, ela ainda dá um caldo. – Meus olhos se arregalaram enquanto ele falou com um sorriso sacana no rosto.

–Emmett, você quer morrer? É muito bom você parar de falar da minha mãe. – Falei sério.

–Desculpa, foi com todo respeito. – Ele sorriu amarelo. – Mas aposto que sua mãe tem alguém... Ela não ficaria sozinha todos esses anos.

–É, quem sabe. – Falei pensativo. – Mas agora vamos. Não quero mais assuntos com a minha mãe no meio. – Senti ele segurando a risada e tentei ignorar.

– Me diz que você tem certeza que já esta na hora dessa tal festa.

– Não. Mas quero chegar cedo pra ficar conversando com a Rose. Fora que sempre precisam de um cara forte assim como eu. – Dei uma gargalhada irônica e entrei no meu carro, Emmett foi na frente e eu logo o segui. Meu carro estava uma bagunça, descobri isso quando achei embalagens de Taco jogando no chão. Tentei não pensar em quando minha Mãe fosse entrar aqui e abri a janela. Emmett parou o carro em frente a uma enorme casa, que já estava agitada, isso que ainda era de tarde. Mas o tempo que liguei pra minha Mãe e ate a hora que fui a casa do Emmett já passou um bom tempo. Comecei a me animar quando vi muitas garotas rindo e um bando de cara fazendo “vira vira”. Sorri e sai do carro.

– Cansei de ser certo. Hoje terei folga! - Eu disse olhando em volta. - Se a Esme perguntar direi que você foi o culpado de tudo! – Ele gargalhou e fomos para a festa.

– Muito engraçado. - Eu disse quando passamos do Hall de entrada.

– Rose?! - Emmett berrou.

– Aqui! - Ela gritou de volta aparecendo na sala e vindo até nós.

– Conseguiu sair da toca, Edward? - Alice, uma tampinha de meio metro, por ser dizer exagero, veio junto com ela.

– E você conseguiu o papel para trabalhar como Lumpa Lumpas na fabrica de chocolate? - Perguntei rindo e fazendo todos rirem.

–Nossa que engraçado, pelo menos o cabelo dela é normal. – Alguém disse atrás das meninas.

–Te conheço?

–Não, mas não fique animadinho por que não sou dessas que você tem cara de pegar.

–Quem és tu branca de neve? – Emmett perguntou sorrindo para a garota.

–Isabella Cullen. – Alice falou sorrindo.

–Mas pode me chamar de Bella. – A menina de cabelos castanhos se apresentou.

Logo que entramos não tinha quase ninguém, mas foi só o sol se por que começou a aparecer a galera, a musica alta estava animada, era engraçado ficar sóbrio e ver os outros bebados.

–Manézão, vem você tem que ver isso!- Emmett disse sorrindo, já bêbado.

– O Quê?

–Gatinhas bêbadas! - Ele berrou e jogou o copo vermelho pra cima, quando estávamos passando por uma mesa tinha um copinho e ali eu o peguei, quem esta na chuva é para se molhar. Senti a bebida descendo pela minha garganta e sacudi a cabeça. A quanto tempo eu não me sentia assim.

–Meninos! Vamos jogar verdade ou desafio! - Alice berrou da sala, eu segui Emmett até la, e apenas Rosalie, Alice, Isabella e umas outras pessoas que eu não conhecia estavam na roda.

– É o seguinte, quem aguentar até o final vai fazer vira-vira, com isso. – Ela ergueu uma garrafa de vodka e sorriu. – E quem sair antes, vai beber nossa misturinha. – Todos se entreolharam e se sentaram.

–Vamos logo Galera! – Emmett falou todo animado.

Começamos a jogar e a coisa ficava cada vez mais feia. Os desafios eram baixos (inclusive os feitos para o Emmett), algumas meninas já estavam sem blusa e muitas pessoas já tinham saído da roda por não agüentarem mais e enfrentaram a famosa ‘misturinha’ das meninas. A festa rolando loucamente, e a gente jogando aquele jogo que estava ficando cada vez mais interessante.

–Vai Edward, gira isso ai. – Emmett falou e eu girei a garrafa. Caiu Rosalie e Jasper, seu irmão gêmeo.

–Ahhh meu irmãozinho! – Rosalie fez cara de má. – Verdade ou Desafio?

–Desafio! – Jasper falou num tom desafiador.

–Que é isso hein, muleque! – Zoamos.

– Eu desafio você a beber metade da garrafa da mistura que fizemos e depois ficar com a Alice. – A tampinha arregalou os olhos para amiga e todos nos gargalhamos.

–E se eu não fizer?

–Você vai ter que se vestir de menina, se maquiar e depois tiraremos uma foto para o jornal da escola.

–Agora você ta ferrado meu amigo! – Emmett bateu no ombro do Jasper. Eu Sabia que se ele não ficasse com a tampinha ela ia ficar magoada, ele ia preferir ser humilhado a beija-la. Cara essa história ia ficar melhor se eu não enxergasse tudo em dobro.

– Espero que você não ligue para beijo sabor Vodka - Ele disse chegando perto da Alice. Antes que ela protestasse, ele a agarrou.

– Uhuuu!!! - Berramos todos juntos. Eles começaram a se beijar, e o clima ficou tenso.

– Larga! - Emmett berrou gargalhando.

– Peguem o extintor. - Eu gritei rindo, e então apareceu uma fumaça branca.

– Bella! - Gritamos juntos.

– Vocês pediram. - Ela disse rindo.

– Aonde você achou o extintor? - Rosalie perguntou rindo.

– Alguém teve ter trazido. - Ela disse se sentando de volta na roda.

– Isabella, você não deveria ter estragado a minha maquigem. - Alice disse rindo, mas com certeza ela não devia estar brincando.

–Você tava se pegando com o Jasper e ta preocupada com maquiagem? Cala a boca, tampinha – Bella se jogou no sofá.

–Gira ai, alguém! – Falei e o Emmett girou.

–Mostre o seu poder Edward. Alice pra você.

–Agora você ta ferrado, Edward! – Alice ameaçou.

–Mais eu nem fiz nada, sua tampinha. – Me defendi.

– Conheço essa sua mente. - Ela disse. – Verdade ou desafio?

– Desafio! - Eu disse sorrindo, quando vi alguém cair no chão atrás do sofá.

–Escolha errada meu querido. - Ela disse e começou a gargalhar.

– Desafio você a tascar um beijo na Isabella!

– Ei! Eu estou aqui, bêbada, mas estou.

– Aposto é Aposta. - Alice disse e então todos nos encararam.

–Ah, cara! – Reclamei.

–Por que eu tenho que beijar esse topetudo? Por favor.

–Calem a boca e se beijem logo! – Emmett gritou.

– Para de dar essa risada. - Ela disse se levantando. Ficamos um de frente para o outro, por mais que estivéssemos cheirando a álcool, quando cheguei mais perto pude sentir seu cheiro. Morangos. Ela se aproximou e fechou os olhos, segurei seu pescoço e a trouxe para mais perto e quando menos esperei estávamos nos beijando, para dois bêbados o beijo estava bem. Ficamos nos beijando e logo nossas línguas entraram em contato uma com a outra, acho que ela se tocou, e então me afastou, estávamos todos nos olhando. E Alice com um dos seus piores sorrisos, aquele de quando uma ideia que deu certo aparece.

–Pronto, cumpri a minha parte. – Voltei a me sentar e Isabella fez o mesmo. Fiquei encarando- a disfarçadamente.

Continuamos o jogo e por fim quem teve que beber tudo foi Alice e Emmett, o resto do pessoal, incluindo eu, já tinha saído do jogo. Cada um foi para o seu lado curtir a festa a sua maneira, porém eu não pude deixar de me lembrar do beijo que tive com Isabella. Vi ela começar a dançar no meio das pessoas e então fui me divertir também.


Versão Carlisle.


Enfim relaxar depois de um logo e cansativo dia de trabalho. Finalmente eu poderia relaxar... Pelo menos em parte. Bella prometera melhorar, e cada dia mais estava tudo se estabilizando.

Depois de um longo banho, me vesti e me deitei na minha cama para ler um livro. Eu tentava ao máximo me concentrar lendo o livro mas era impossível conseguir isso com uma grande lembrança em minha mente, a lembrança de um agradável e feliz almoço que eu tive com a Dra. Masen.


Flash Back On


Hoje o dia estava tranquilo no hospital, comparado aos outros dias de correria. Eu já estava na metade do meu expediente e já tinha acabado as minhas consultas naquele período, e também já tinha terminado de arrumar alguns papeis que estavam sobre a minha mesa.

Olhei o relógio e vi que já estava na hora do almoço. Bom, eu tinha um almoço marcado e eu não poderia me atrasar, não é? Por que, que impressão eu daria a Dra. Masen se me atrasasse? Bom, não será isso que eu vou fazer. Não sei aonde ela iria querer almoçar então para todo caso deixei meu jaleco na minha sala e sai em direção à sala dela.

–Alguém? – Eu perguntei batendo na porta.

– Entre. – Ouvi uma voz e abri a porta.

– Vim resgatar uma mulher igual a você para almoçar.

– Essa mulher deve ter saído, mas pode ser eu? - Ela disse sorrindo.

– Mas é claro. – Eu disse enquanto ela ia saindo e eu a acompanhei. – E como foram as coisas até agora?

– Meus Pacientes me surpreendem, meu filho não me deu a hora que ia chegar em casa, e estou com fome, e você? - Ela perguntou enquanto passamos pela porta automática, seguindo em direção ao refeitório.

– Acho que os pacientes são todos iguais, ainda mais quando resolvem sumir, quando digo algo com vacina ou qualquer coisa, e também estou com fome. - Eu disse quando entramos no refeitório.

– Acho que estamos com sorte. – Esme disse quando chegamos no balcão.

–É, acho que todos já almoçaram ou resolveram não almoçar hoje e adiantar o trabalho. – Ela riu e pedimos nossa comida.


Esme havia pedido uma salada e eu pedi a mesma coisa. Quando fomos pagar eu me ofereci para pagar o seu, mas ela não quis aceitar, então só me restou insistir.

–Carlisle, não insista por favor.

–Esme, por favor. Me sentirei mal se deixar você pagar.

–Outro dia Carlisle, outro dia. – Ela sorriu.

–Olha, nunca se sabe. Amanhã eu posso não estar mais aqui. – Falei sorrindo.

–Ora, que bobeira. Não se brinca com isso. – Ela falou séria. Aproveitei sua distração e paguei o nosso almoço.

–Pronto, vamos.

– Não acredito que você fez isso! - Ela disse me olhando com aqueles grandes olhos.

– O quê? - Me fiz de inocente.

– Você é bem insistente.

– Olha quem fala! - Eu disse erguendo as mãos em modo de rendição. – Ok. Estamos parecendo dois jovens bobos.

– A próxima vez eu pago! - Ela disse séria, eu duvidaria. Mas não resisti e disse:

– Vai ter próxima vez? – Ela corou fortemente e eu ri. – Desculpe, eu não resisti.

–Ah, tudo bem. – Ela falou sem graça. No sentamos.

–Não queria te deixar sem graça Esme, me desculpe. – Ela me olhou e deu um sorriso.

–Não se preocupe, Carlisle. – Tenho certeza que fiquei com cara de bobo olhando para ela. – E sim, poderá ter próxima vez se você aceitar, claro.

–isso é um convite?

–Pode se dizer que sim. – Ela deu de ombros e eu sorri.

– Então eu adoraria. – Eu disse, logo em seguida bebendo um gole do meu suco de Goiaba. Algo no olhar dela me dizia algo mais.

Eu não poderia negar que aquela mulher a minha frente não me despertava curiosidade, porque eu estaria mentindo para mim mesmo. Mas naquele momento algo no olhar dela me dizia mais, me despertava uma curiosidade que eu nunca tive.

–Então Esme, você é casada? – Só me toquei da pergunta que havia feito depois que ela já tinha saído da minha boca.

–Não, na verdade sou viúva. – Ela respondeu me olhando diretamente, e eu desviei o olhar, totalmente sem graça.


Flash Back Off


Depois que eu definitivamente estraguei aquele almoço, por mais que ela disse que estava tudo bem, que fazia tempo, eu pude sentir que não era a mesma coisa. Droga! Com raiva de mim mesmo, levantei e fui caminhar, eu necessitava esfriar a minha cabeça. Já estava tarde, então a rua estava vazia, tirando os carros que passavam na avenida, tinha apenas algumas pessoas caminhando na rua com os cachorros, por ser tarde era uma das melhores horas. Suspirei e olhei para o céu. Onde estaria Isabella? Por um minuto pensei se seria mais fácil para ela se tivesse uma Mãe. Por mais que eu a criei desde seus meses de vida, sempre tive uma babá e até mesmo minha mãe, que por sinal ainda não voltou de sua viajem de férias. Suspirei e olhei no relógio. Hora de voltar.

Fui caminhando devagar para casa pensando em soluções para meus problemas e no almoço que acontecera mais cedo. Ao chegar na porta de casa avistei Isabella – sim, era a minha filha – brigando com a porta. Me aproximei devagar e continuei vendo aquela cena deprimente. Depois de tanto lutar ela acabou desistindo e se deitou li no chão mesmo.

–Merda! - Ouvi ela dizer.

– Isabella! - Eu disse alto quando me aproximei. – Se levante imediatamente.

– Pai? - Ela perguntou me olhando e tentando se levantar.

– Você está bêbada? É isso mesmo? A menina que a horas a trás me prometeu que ia mudar, que ia tomar um jeito.

– Não, Pai! - Ela disse com a voz enrolada. Eu estava triste, essa cena nenhum pai ia querer para o próprio filho.

– Vamos entrar antes que alguém te veja nesse estado, a essa hora da noite.

– Ainda é cedo! - Ela disse rindo, passei a mãos pelo cabelo, nervoso.

– Cedo, Cedo. Logico, pois o dia esta quase amanhecendo! - Eu gritei. Eu não queria ter gritado, mas foi impulsivo. - Ela sorriu, eu nunca a vira naquele estado.

–Deu para gritar agora, Sr. Cullen ? – Ela falou num tom de deboche.

–Isabella, calada! – Falei alto, peguei as chaves da sua mão e abri a porta rapidamente. – Entra! – Ela riu e entrou.

–Ai pai, não foi nada tão sério. – Ela falou sorrindo.

–Vai pro seu quarto agora tomar um banho e desça aqui no minuto seguinte! – Ela gargalhou.

–Tô indo papaizinho, to indo papaizinho.

–Pare de brincadeira e vai!

– Você está bravo?

– E você acha que era para eu estar feliz?! - Gritei quando vi ela se jogar no sofá.

– Está nervoso por quê quer! Pensa-se isso antes de querer adotar uma merda de Filha! - Ela berrou. Meus olhos se exageram de lagrimas, os dela já esta escorrendo lagrimas.

– Minha filha, eu jamais pensei assim! - Eu disse me sentando no sofá de frente para ela.

– Eu... Eu... Me Desculpe. Passei dos limites. Acho que preciso de um banho.- Ela subiu e eu ainda ouvia os soluços dela. Era impossível não chorar diante daquela situação.

O que aquilo havia se tornado? Por que as coisas não poderiam ser como elas estavam predestinadas a ser? Isabella é a coisa mais importante da minha vida, ela mudou a minha vida de todas as formas e me trouxe todas as coisas boas que eu podia ter. Mas de uns anos pra cá, as coisas estavam complicadas... Bella queria cada vezes mais saber de onde veio e estava se esquecendo de quem ela realmente era.

–Ah, Deus! – Me levantei do sofá totalmente derrotado e fui ate a cozinha fazer uma café para Isabella.

Não queria que as coisas ficassem assim, quando a cafeteira terminou o café, peguei duas enormes xícaras, uns Pãezinhos e uma barra de chocolate. Subi a escada e bati na porta dela.

– Tem certeza que vai querer entrar? - Ela perguntou com a voz abafada. Balancei a cabeça e entrei.

– Soube que tem uma emergência nesse quarto. – Eu disse me sentando na cama dela.

– Pai. Me perdoe, eu não tive a intenção, tenho certeza que amanhã eu não lembrarei de nada, mas acho que você vai, mas por favor...

– Shh. Calma. Sei que não foi sua intenção. Mas sabe, acho que agora seu maior castigo vai ser quando você acordar amanhã com a das piores dores. E tenho certeza que quando você terminar de comer isso vai deitar e dormir.- Eu disse olhando-a. Ela estava com a cabeça debaixo da coberta, ouvi ela suspirar e sair de baixo das cobertas.

–Me desculpa. – Ela se recostou na cabeceira da cama.

–Esta tudo bem querida, toma seu café. – Dei a ela a xícara de café. Fiquei sentado na cama dela olhando para a minha boneca, para a minha verdadeira menina enquanto ela bebia seu café.

–Pai, ta ruim. – Ela me empurrou a xícara de café depois de beber alguns goles.

–Bebe tudo Bella, vai. – Falei, ela me olhou e voltou a beber. Depois de beber seu café todo, ela comeu alguns pãezinhos e o chocolate.

–Pai, me desculpa. – Ela veio ate mim. – Me desculpa por dizer aquilo tudo pra você, tenho certeza que você esta chateado... que minhas palavras te machucaram muito.

–Bella, não se preocupe com isso. – Ela sacudiu a cabeça negativamente.

–Não, não, não. Pai, eu amo você... acho que eu não poderia ter tido um pai melhor, mas em alguns momentos eu penso em que a sua vida poderia ter sido melhor sem mim...

–Bella... – A puxei para os meus braços abraçando-a forte. – Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Pra mim você é minha filha, minha. Não importa se você é adotada, se tem o meu sangue ou não, o que importa é que você é minha filha! Eu amei você, eu cuidei de você, estive com você todas as noites que tinha pesadelos... Não importa o que aconteça ou o que você me diga, eu sempre serei o seu pai, sempre te amarei, Isabella! – Nessa hora eu já estava chorando juntamente com ela. Os soluços de Bella, mesmo sendo abafados pela minha camisa, ainda eram altos e sofridos.

–Pai... – Ela falou entre soluços.

–Shhh, calma. – Acariciei seus cabelos. – Esta tudo bem minha princesa, tudo bem.

Quando dei por mim ela já tinha adormecido, para alguém que estava alcoolizada, ela estava coerente - vamos ver é amanhã. Me levantei pegando as coisas e colocando em cima da escrivaninha dela e logo em seguida fui cobri-la. Quando sai do quarto olhei no relógio e notei que já passava das duas da manhã, não era a toa, não consegui dormir ate ter visto ela deitada em sua cama, aquela caminhada só me fez pensar ainda mais nas coisas.


Versão Esme.


Depois de um dia tranquilo de trabalho finalmente eu estava em casa. Edward ainda não havia chego, e como eu havia permitido que ele chegasse um pouco mais tarde, fui fazer outras coisas.

Subi para o meu quarto e fui tomar um banho. Meu corpo finalmente estava relaxado, a água morna relaxava todos os meus músculos tensos e deixava minha mente vagar em um mar de lembranças, inclusive a de hoje a tarde. Carlisle realmente era um homem maravilhoso, mas foi impossível não pensar no meu ex quando ele perguntou se eu estava solteira, fazia alguns anos, mas qualquer morte é trágica. Ele foi encantador, e tenho que admitir que adorei quando ele insistiu em pagar a conta do almoço de hoje, foi uma cena um tanto engraçada. Quando sai do banho, meu sorriso foi de orelha a orelha, deitei na cama e comecei a ler um livro perdendo totalmente a hora. Quando dei por mim já era uma hora da manha. Uma hora e Edward ainda não havia chego. Resolvi esperar mais um pouco para ver ate aonde iria isso.

Uma hora. Duas Horas. Três horas! Edward nunca ficara tão tarde sem dizer exatamente onde estava. Eu vou matar esse menino!

Fui para sala e me sentei lá, para esperar ele chegar. Me sentei no sofá e liguei a Tv. “ Se esse menino não chegar em 10 minutos ele vai se ver comigo!” Pensei. Já estava impaciente para saber onde Edward estava, aonde esse menino tinha se metido. Peguei o meu celular e liguei para ele. Chamou, chamou e ninguém atendeu. Passou-se alguns minutos e eu ouvi barulhos na porta.

– Cara você é muito burro! - Ouvi uma voz conhecida, mas estava diferente, como se Emmett estivesse... Bêbado! Rapidamente me levantei e fui ate a porta, a cena era das piores, Edward e Emmett estavam apoiados um no outro.

– E ai Dona Esme? Trouxe o Edward inteiro.

– E Ai Dona Esme? - Edward disse dando joia e sorrindo. – A noite estava incrível, Emmett ate conseguiu achar um carro voador. Mas a melhor parte foi Rosalie ter que limpar o chão.

– Nem me fale, toda gatinha com aquele vestido. - Emmett disse sorrindo. Eu os olhava, não estava acreditando, se eles não fosse tão velhos e não estivessem bêbados a cena seria um tanto engraçada.

– Vocês tem três segundos para explicar essa situação!- Eu disse colocando a mão na cintura.

– Cada segundo uma palavra. TE AMO MÃE! - Edward berrou caindo na gargalhada junto com o Emmett, que de grande era apenas o tamanho, pois o pensamento é de uma criança.

–Entra os dois! Já pra dentro. – Falei séria.

–Mãe, eu amo você, tá! – Edward falou sorrindo e veio me abraçar.

–Não Edward, para. – Disse empurrando ele. – Meu filho, você está álcool puro.

–Dra. Esme, não é álcool não... É vodka mesmo. – Emmett falou gargalhando e Edward o acompanhou.

–Já passei da idade de cuidar de bebês. – Falei enquanto levava os dois pra dentro.

–Mas eu sempre serei seu Edzinhu mamai! – Meu deus, o que eu fiz para merecer isso?

– Sim amor, você é... Agora vai tomar banho vai, vai tomar banho. – Falei. – Vai os dois, você também precisa de um banho Emmett.

–Ahh mãe, eu não quero ir. – Edward falou emburrado e sentou no sofá. – Não vou.

–Tia Esme, não precisamos de banho. – Emmett falou sorrindo.

–Precisão sim, os dois. Vão... – Falei.

Eles me olharam, e sem nada a dizer subiram a escada, eu estava decidida a falar com eles amanhã, quando sóbrios. Sei que hoje não iriam ouvir nem uma palavra, nunca fui de pegar no pé, mas hoje ele passou dos limites!

Depois que eles subiram eu fechei a porta, apaguei as luzes e subi para o meu quarto. Entrei no meu quarto, apaguei a luz e fui me deitar. Nessa hora Emmett e Edward já estariam no quinto sono e eu iria começar o meu. Fechei os olhos e esperei o sono vir .Mas eu sabia que não ia vir. Como? Fácil! Quando ouvi alguém abrir a porta.

–Bom Dia Mãe!- Edward berrou.

– Dia?! Tá maluco? Ainda é de madrugada garoto! Edward! Edward, pare de pular em cima da minha cama! - Eu gritei quando ele correu e pulou e na minha cama. Quando fui puxa-lo pelo braço, ouvi o som extremamente alto.

–Conga! Não. Salsa! - Ouvi Emmett berrar e então ele entrou no meu quarto.

–Eu vou matar vocês dois! – Gritei e me levantei.

–Mamãe que roupa é essa? Ta gatinha. – Edward falou me olhando.

– Para com isso menino! – Vesti o meu robe.

–Eu falei que tua mãe era gata, falei que ela dava um caldo. – Emmett falou e os dois caíram na gargalhada.

–Eu vou matar vocês dois. – Gritei e dei uns tapas em Edward.

–Mããããeeeee paraaa! – Edward gritou feito uma criança.

–Bate maaaaaaaais, tia Esme! – Emmett gritou gargalhando.

–Emmett, seu traidor. – Edward saiu correndo atrás de Emmett pela casa.

–Ohh meu Deuss! Socorro! Eu não mereço isso.


Dois homens feito bêbados, me dando trabalho. Não mereço isso! Entrei em desespero.

– Parem os dois! – Berrei do alto da escada, os dois param, mas então o Emmett olhou para mim e berrou.

– Você é linda, mãe não é café com leite! Venha me pegar. – E quando menos esperei ele saiu correndo para rua, e Edward fez o mesmo. Não estava acreditando naquela cena.

O meu Deus, o que eu faço agora? Esses dois foram para a rua. A quem eu iria recorrer a essa hora da noite? Quem? Ai meu deus.

Fui ate a porta desesperada e vi os dois brincando no meio da rua de pijama como duas crianças. – Voltem os dois pra casa, A-G-O-R-A! – Gritei e eles riram.

–Vem pegar a gente, mamãe! – Edward falou rindo com o Emmett.

Eu vou chorar! Eu estou cansada, trabalhei o dia inteiro e quando chego em casa tenho que aturar isso. Meu deus, não aguento isso!

Voltei para casa e não sabia o que fazer. Peguei o meu celular e pensei em ligar para os pais do Emmett, mas eu não podia fazer isso. Coitadinho, ia levar uma baita bronca. Olhei a lista do meu celular e uma pessoa veio na minha mente. Ela seria a minha única salvação. Disquei o numero e liguei.

–Alô. – Aquela voz sonolenta, porém reconhecível, chegou aos meus ouvidos.

–Carlisle, me desculpa ligar essa hora. É a Esme, Esme Masen. Eu estou ligando por que eu não sei o que fazer, me ajuda! – Falei entrando em desespero.

– Calma Esme, o que aconteceu? - Ele perguntou já acordado.

– Se eu disser você não vai acreditar, na verdade eu não acredito, estou com vergonha por ter chegado nessa situação.

–Se você não me contar nunca irei saber. – Suspirei e quando ouvi o Emmett gritar que era um Gogo Boy na rua eu falei.

–Meu filho e seu amigo estão bêbados no meio da rua, quase tirando a roupa, já até dei uns tapas no Edward, mas nada adiantou. Alguma sugestão? – Ouvi ele gargalhar do outro lado da linha.- Não tem graça! - Eu disse irritada.

– Me desculpe. Me passe o endereço, meu GPS dará um jeito. – Finalmente uma ajuda. Passei meu endereço à ele.

–Logo estou ai, faça de tudo para eles ficarem de roupa, creio que tem vizinhos. – Antes que eu respondesse ele desligou, suspirei.


Que mulher e mãe era eu que não conseguia segurar nem seu próprio filho?! Tentei me acalmar e fui ver o que eles estavam aprontando.


Ao chegar na porta vi os dois no jardim brincando de lutinha. Pelo menos eles estavam brincando, eu pelo menos acho. Me sentei na porta de casa e fiquei olhando, não havia o que fazer. O que me restava era esperar o Carlisle chegar para ver se ele me ajuda.

–Mãããeee, vem brincar com a gente! – Edward gritou.

–Meu filho vem pra casa meu amor, a mamãe tá te pedindo. – Eu falei com os meus olhos lagrimejados.

–Tiaa Esme, não fica triste não. A gente ama você. Eu amo você, tá? – Emmett falou que nem uma criança e eu sorri.


Por mais que eles fossem grandes, pareciam duas crianças, eu, como psicóloga, tinha os certos princípios, mas hoje sim era um daqueles dias em que as pessoas penduram a chuteira. Por hoje eu desisti, desisti de tentar mandar neles. Emmett sempre ficou em casa, mas não sabia que depois de decidir ficar sozinho dessa vez ia resultar nisso. Eles deitaram na grama, e quando eu pensei que ia acabar tudo eles começaram a cantar. Ainda não acreditei como que os vizinhos ainda estavam quietos. Amanhã ia ser um outro dia, e pior para eles. Quando eles começaram a piorar a cantoria, dois faróis apareceram na estrada, e então carro parou em frente de casa. Quando os dois viram o carro começaram a cantar mais alto ainda. Vi um homem alto descer do carro e ouvi o carro sento travado. Finalmente.

– Ajuda. - Eu disse para mim mesma me levantando.

– Boa Noite, Esme. - Ele disse vindo até mim e me cumprimentou.

– Obrigada. – Eu disse um pouco mais alto quando os dois voltaram a berrar. Fomos até eles e paramos perto.

– Ouça os dois, quero vocês dois lá dentro imediatamente. – Eu disse com voz autoritária e encarando-os, eles me olharam e ficaram quietos e então começaram a gargalhar, suspirei.

–Mamãe esse é seu namorado? Eu não deixei isso, tá? - Edward se levantou com uma cara brava e eu fiquei super sem graça.

–Poxa, entraram na minha frente. – Emmett bufou.

–Edward Masen, você ta querendo morrer? Estou sem paciência já. – Falei aborrecida.

–Mãe! – Ele gritou. – NÃO EXISTE OUTRO HOMEM NA SUA VIDA QUE NÃO SEJA EU! – Eu estava morrendo de vergonha, eu queria que abrisse um buraco no chão para eu me enfiar e não sair nunca mais.

–Edward, eu não sou namorado da sua mãe, eu sou apenas um amigo dela. – Carlisle explicou calmo.

–Amigo? Hmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm. – Emmett falou rindo. – Eu falei Edward, com essa idade e linda assim sua mãe só podia ter alguém.

–Vocês dois estão querendo me matar! – Gritei. – Eu não aguento isso não! Eu estou cansada, esta quase amanhecendo e eu to cuidando de dois bebês. Eu não aguento mais isso! Meu corpo não aguenta! – Desabafei legal nesse momento. Eles me olharam, eu nunca tinha gritado daquele modo. Eu estava com raiva por tanto mico, por tanta desobediência. Tentei ignorar a situação e me virei indo em direção a casa de novo.

– Tia, não é certo deixar seu namorado aqui fora, por mais que eu seja contra. Ele merece um chamego seu.

– Acho que concordo. – Ouvi Edward e Emmett concordarem. Acho que se Carlisle não estivesse lá, eu entraria pegava a cinta, voltava e dava uma cintada em cada um. Não era o meu gênero, eu nunca fui de bater no meu filho, mas tudo na vida tem limite. Entrei em casa e fui para o meu escritório e fechei a porta, me deitei no sofá de parede e ali fiquei. Não ligava mais se Carlisle fosse embora e os deixasse lá. Eles já eram grandes.

Eu já tinha passado tanto aborrecimento, tanta raiva e tanta vergonha que talvez fosse melhor eles ficarem lá fora mesmo. Pelo menos eu iria ter paz. Fiquei deitada no sofá e quando vi já estava chorando, chorando de raiva. Edward nunca me fez passar tanta raiva como eu passei hoje, NUNCA. Sem contar a vergonha? O que os vizinhos pensariam de mim? O que Carlisle pensaria de mim? Que vergonha... Acho que depois de hoje ele nunca mais iria querer olhar na minha cara por eu ter tirado ele da cama a essa hora da madrugada e fazer ele passar por essa cena toda.

Estava distraída pensando em um monte de coisa quando uma leve batida na porta me tirou de meus pensamentos. Sequei minhas lágrimas e disse para que a pessoa entrasse.

–Entra. – Me sentei no sofá.

–Acho que consegui coloca-los para dentro. – Carlisle entrou sorrindo.

–Me passa a receita. – Eu disse tentado não olha-lo diretamente.

– Esme... você estava chorando? – Ele veio ate mim e se sentou do meu lado.

– Se eu dissesse não estaria mentindo, então vamos pular essa parte. – Ele ficou me olhando, e então com um polegar limpou uma lagrima que escorreu. Suspirei. – O que você disse a eles?

– Eu fiz o meu pior tom de voz, disse que tiraria o carro dos dois, e que logo depois não iriam mais brincar de lutinha. Eles parecem duas crianças. – Eu não disse nada, apenas ouvi. Depois de um tempo tomando coragem resolvi falar.

–Obrigada. Obrigada por sair da sua casa essa hora da madrugada para me ajudar, muito obrigada. – Ele sorriu. – Eu não sabia para quem ligar e você foi minha única esperança...

–Não precisa agradecer, Esme. Fico feliz em poder ajudar. – Ele falou sorrindo. – Agora, olhe pra mim... – Ele levantou meu rosto devagar. – Não chore, não precisa chorar. – Tentei sorrir.

–Obrigada. – Agradeci novamente.

–Esta tudo bem, só lhe peço que não chore. Não precisa chorar... – Ele deu um sorriso cativante. – Uma moça bonita não pode gastar suas lágrimas assim...

– Acho que a partir de hoje pode sim. – Eu disse tentando sorrir.

– Mas não deveria. Por falar nisso, parece que aqueles dois estão bem felizes.

– Amanhã eles irão ver, não quero nem pensar na reclamação na minha cabeça.

– Jovens. – Ele disse dando de ombros. – Aposto que não são os únicos que estão assim depois dessa tal festa. – Ele disse parecendo ser muito mais do que era.

– No momento vamos esquecer isso. Que tal irmos na cozinha e eu preparo um chocolate quente? São simplesmente cinco da manhã. Ainda não descobri se é cedo ou tarde. – Eu disse, mas nenhum dos dois fez menção de se levantar.

–Não precisa se incomodar Esme, você deve estar cansada e merece algumas ótimas horas de sono. – Sorri.

–Não será incomodo nenhum, Carlisle. E também é o mínimo que eu posso fazer.

–Não se incomode.

–Venha, não será incomodo nenhum. – Me levantei. – Só pedirei que espere na sala para que eu possa me trocar, por que, bom... como pode ver, eles me tiraram da cama. – Falei um pouco sem graça.

–Não se preocupe com isso . – Ele falou me olhando de cima a baixo de uma forma um pouco discreta, porém eu não deixei de reparar. Acho que eu corei um pouco, tentei disfarçar então enquanto ele ia para a sala fui para o meu quarto me trocar. Antes passei no quarto de Edward, para ver a situação. Não estava as das melhores, ele estava de bermuda, jogado em cima de um monte de coisa em cima da cama, e Emmett estava no chão mesmo. O quarto estava cheirando a álcool. Suspirei e fui para o meu quarto, troquei rapidamente de roupa e passei umas duas vezes na frente do espelho antes de voltar para sala.


–Ei... – Falei ao chegar na sala. Ele estava com uma foto na mão e se assustou quando cheguei.

–Desculpe, eu não pude deixar de reparar. – Ele falou sem graça e desviou o olhar para o chão.

–Tudo bem, Carlisle. – Sorri. – Fique a vontade.

–Sua casa é muito bonita, Esme. – Sorri.

–Obrigada, Carlisle. – Fui andando para cozinha sem deixar de olha-lo.

Ele era tão bonito e ao mesmo tempo muito mais que isso. Ele era uma pessoa maravilhosa e amiga. Ele mal me conhecia, na verdade éramos apenas colegas de trabalho, e ele me ajudou tanto hoje, foi tão simpático... Carlisle era um homem que eu admirava. Era engraçado ter a companhia de alguém a esse horário, ainda mais depois daquela situação.

– Era ele na foto? – Carlisle perguntou de repente, quando estávamos sentados no balcão esperando o leite ferver.

– Como?

– Naquela foto. – Ele disse apontando para sala.

– Sim. Há um bom tempo atrás. – Eu disse levantando e indo pegar as xicaras, ficamos um bom tempo em silencio, quando ele deu a primeira golada, me olhou e disse.

– Ele devia ser um homem de sorte. – Então ele se levantou e foi saindo. – Me desculpe mais uma vez. Obrigado, mas tenho que ir.

Então antes que eu fosse até ele ou até a sala, ele saiu, deixando apenas uma vazia sensação. Frustrada, era isso que eu tinha ficado. Nunca irei descobrir se ele foi embora pelo fato do chocolate quente talvez estar péssimo ou pelo modo que ele disse aquilo. Foi intenso, talvez até verdadeiro. Sorri comigo mesma, satisfeita.


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Notas finais do capítulo

Gostaram amoreees? Esperamos comentários, viu!

Beijinhooos, Bea Bea e Guiguizinha ! ♥