Versão Pepper Potts

Na manhã seguinte acordei com uma enorme dor de cabeça e totalmente indisposta, mas eu tinha responsabilidades e não podia deixar isso me abalar.

Levantei rapidamente e tomei uma ducha. Escolhi uma blusa branca simples, uma saia preta e um salto da mesma cor. Vesti-me, depois arrumei meus cabelos da forma habitual e por fim fui tomar meu café antes de sair.

Fui para a cozinha, preparei um café e peguei algumas torradas para comer. Depois de tomar meu café, escovei meus dentes, peguei minha bolsa e saí.

Ao chegar à porta do meu prédio eu não podia acreditar no que estava vendo. Era o Tony. Sim, era ele.

Ele estava parado na frente do meu prédio encostado no carro. Ao notar ele, voltei tentando ser despercebida, mas infelizmente não foi isso que aconteceu.

- Pep! – Ele chamou, mas não me virei. O segurança do prédio me chamou e eu voltei minha atenção a ele.

- Senhorita Potts, este rapaz está te incomodando?- Perguntou ele, se referindo ao Tony.

- Na verdade... Na verdade eu, eu não o conheço. – Falei sem pensar. Eu jamais faria isso em outra ocasião, mas ainda estava muito chateada com ele, falei sem pensar.

Tudo que eu queria era não ver ele hoje, não falar com ele. Não ter contado. Se eu pudesse evitar ele, eu iria.

- Senhor, gostaria de pedir que o senhor se retirasse. – Ouvi o segurança dizer.

- Como é? Você sabe com quem está falando?! – Tony falou alterando seu tom de voz. – Eu sou Tony Stark e estou esperando aquela mulher, que por acaso é a minha assistente.

Ignorei completamente o showzinho que o Tony estava fazendo na frente do meu prédio e voltei para o meu apartamento. Ao entrar no meu apartamento joguei minhas coisas em cima da mesa e me sentei no sofá. Bufei.

Eu não podia fazer isso. Eu tenho que ir para a empresa. Não posso deixar tudo assim por culpa do Tony. Culpa daquele idiota!

Bom, não posso ficar aqui lamentando pelo que aconteceu. A culpa foi minha. Eu acreditei e fui ate lá. Na verdade menti pra mim mesma, enxergando um homem que nunca poderia existir.

Peguei minhas coisas novamente e desci. Sabia que encontraria Tony na porta do meu prédio ainda. Bom, isso eu tinha certeza, mas preferi achar que ele não estaria mais ali e eu apenas olharia para ele na reunião e se fosse necessário.

Preferi ir de carro. Cheguei ao estacionamento, entrei no meu carro – uma BMW x6, dada pelo Tony –, e saí do prédio. Evitei olhar para a entrada principal do prédio porque eu sabia que ele estava ali, ele não ia desistir tão rápido.

Estava indo para a Stark Industries quando percebi que havia um carro parado na minha frente. Como eu não havia percebido antes? Era tão obvio.

Era Tony, parado com o carro.

Pensei em bater na traseira dele, não tinha sido eu que comprara o carro mesmo, ele teria prejuízo e eu não ligaria para isso. Porém, não sei se realmente iria querer perder o meu carro com algo tão insignificante... Ficaria vários dias andando sem carro por causa do Tony? Por favor, né? Claro que não.

Desviei o carro e ele percebeu. Jogou o carro na minha frente novamente, me fazendo frear rápido para não bater em seu carro, o que mesmo assim não resultou em nada, porque acabei batendo.

- Pepper, você é louca! – Tony saiu do carro gritando.

- Eu sou louca? – Saí do carro batendo a porta com força. – Qual é o seu problema? Andou bebendo hoje de manhã, como de costume? – Perguntei irônica e ele fechou a cara.

- Eu não bebi Pepper!

- Sério? Não parece. – Continuei irônica e peguei minha bolsa de dentro do carro. – Cuide do “meu” carro, tenho coisas a fazer na sua empresa.

- Pepper você pode esperar? Po...

- Não, não posso. – Interrompi.

- Pepper! – Ele gritou. – Virginia Potts ! – Ele gritou irritado.

- O que você quer Sr. Stark? – Perguntei com um pouco de ironia.

- Que você me ouça que me dê atenção. – Ele falou gesticulando, o que mostrava que estava irritado.

- Mais atenção do que eu já dou? Por favor, Tony, você não precisa disso.

- Eu preciso... – Ele sussurrou.

- Não, você não precisa. – Disse firme e fiz sinal para um táxi que passava na rua.

O táxi parou e eu entrei sem prensar e nem olhar para trás. E claro que não seria tão fácil, depois de bater meu carro a rua está parada, então não tinha como sair dali. Tony entrou no carro do nada e começou a falar. Não dei ouvidos, apenas pensei em um jeito de sair dali e ir embora.

Será que o mundo conspirava contra mim hoje? Havia algum problema em uma mulher querendo ir para seu trabalho? O que esta acontecendo com esse mundo hoje? Tudo conspirando contra mim, não é possível. Como eu queria ter apenas um dia normal, mas quando se trabalha com Tony Stark, nada e normal!

- Pepper, está me ouvindo?- Disse Tony, me tirando dos meus devaneios.

- Tony, cala a boca! – Gritei e ele me olhou assustado, até o motorista do táxi olhou para trás assustado.

- Pep, me desculpa. – Ele falou visivelmente arrependido. – Me ouve, por favor... Só uma coisa.

-Tony, se você fizer o caminho daqui até a empresa em silêncio, eu te ouço quando chegar lá.

- Pepper... – Ele queria protestar, mas eu fui mais rápida e o cortei.

- Não Tony, agora não. – Falei massageando as têmporas.

Minha cabeça estava fervendo. Ele falando sem parar, aquela cena de ontem na minha cabeça, a dança com Tony, a dança com o Aldrich Killian, o clima que rolou entre nós, eu batendo no carro do Tony.

- Tudo bem, Pep. – Ele falou e se se encostou ao banco.

Fomos o resto do caminho em silêncio. Ao chegar à empresa Tony foi cavalheiro pagando o táxi e depois desceu rapidamente para abrir a porta pra mim.

- Obrigada. – Disse simplesmente.

Caminhando pelos corredores ate a minha sala encontrei a minha secretária, Kate Wisley.

- Bom dia, Srta. Potts. – Ela falou sorrindo simpática. – Bom dia, Sr. Stark.

- Bom dia, Srta Wisley. – Eu e Tony falamos juntos. Olhamo-nos. Voltei minha atenção a ela, que sorria.

- A sua reunião com o Sr. Stark e os acionistas será daqui a meia hora, aqui está o plano da reunião. – Ela me entregou duas pastas, que era para mim e para o Tony.

- Obrigado Kate. – Disse e segui para minha sala.

Entrei na minha sala e me sentei na minha cadeira. Deixei minha pasta na mesa junto com a minha bolsa e encarei o Tony, que estava sentado a minha frente.

- Pep, eu posso falar agora? – Tony falou com sua típica cara de cão sem dono.

- Pode Tony, fala.

- Pep, me desculpa. Eu não fiz por mal. Aconteceu e... Eu não sabia que você ia lá à mansão. Não aconteceu nada entre eu e aquela moça... Apenas me desculpe. – Estava me dando raiva, mas respirei fundo e resolvi falar.

- E o que eu tenho a ver com isso Tony? – Perguntei ainda calma.

- C-como? – Ele me olhou incrédulo. – Pepper o que você tem a ver com isso é que eu te devo uma satisfação.

- Não Tony, você não me deve satisfação nenhuma. Fui à sua casa por que achei que precisava de mim para alguma coisa, que você estivesse passando mal ou algo assim. Não fique preocupado com o que eu vi ou deixei de ver...

- Pepper, olha... – Ele segurou minhas mãos junto as suas. – Você é uma pessoa importante pra mim, e... Eu realmente e sinceramente queria que você tivesse ido a minha casa. – O interrompi.

- Eu fui Tony... - Tirei minhas mãos de entre às dele e peguei um lápis e fiquei batendo ele na mesa levemente. – Fui preocupada e culpada. Preocupada por te deixar sair daquele jeito, embriagado, e culpada por te tratar daquela forma. Porém percebi que deveria ter sido melhor eu ter ficado no bar aproveitando o resto da minha noite ao invés de ser babá sua sem necessidade. – Ele me olhava atônito.

- Ok, Pepper, se é assim que você quer nossa relação daqui pra frente será estritamente profissional... - Ele era frio ao falar, mesmo vendo a tristeza em seus olhos.

Eu queria mais do que nunca olhar nos olhos dele e dizer que eu o amava que meu coração batia muito mais forte quando ele estava do meu lado, mas não podia, porque era um erro. Erro este, que eu não estava disposta a cometer e arcar com as consequências depois.

- Acho que você deve falar apenas da sua parte, porque da minha sempre foi assim. - Falei me apoiando na mesa. Naquele momento eu estava magoada e ao mesmo tempo com raiva. Raiva por amar a pessoa errada e me iludir completamente com alguém que nunca será quem eu espero.

- Ótimo. – Ele falou se levantou e saiu batendo a porta fortemente.

Ótimo, agora seriamos o que realmente deve ser. Assistente e Sr.Stark.

A reunião estava prestes a começar e nada de Tony Stark, está ficando preocupada em ele ter saído de armadura e ir atrás dele por sei lá aonde.

- Srta. Potts?- Chamou Srta.Wisley me tirando dos meus devaneios. - Podemos começar a reunião? Ao que parece o Sr. Stark não virá. - Mas parecia que ele estava nos ouvindo, porque assim que ela terminou de falar ele entrou na sala.

-Por que não participaria da reunião da minha própria empresa?- Ele disse em tom de sarcasmo.

Toda a preocupação se foi quando aquela frase saiu da boca dele. Pelo que parecia, ele ia realmente me tratar somente como sua secretária. Engraçado, sem perceber eu estava achando que eu era mais do que só uma assistente para ele, eu estava ficando louca mesmo. Eu não era nada mais para ele, nada de diferente do que ele já teve em toda a sua vida.

- Talvez por que você poderia estar embriagado e sem condições nenhumas de estar lá. - O alfinetei. Eu sabia o quanto aquilo o irritava e chateava, até porque ele estava mudando.

Levantei-me pegando o plano da reunião e passei pelo Tony olhando para frente me mostrando superior e que aquilo não iria me abalar. Fui seguida pela senhorita Wisley e não olhei pra trás para ver sua cara de raiva.

- Srta. Potts?- Disse Wisley. - Não participara da reunião?

- Não, Wisley. -Eu disse. – O dono está lá.

Será que Tony poderia ficar mais arrogante, orgulhoso e perfeito do que já era?

Eu sabia que aquilo ia durar, porque ambos íamos prolongar isso nos segurando em nosso ego e magoando uns aos outros.

- Quero que fique Srta. Potts! – Tony falou arrogante. – Você está aqui para trabalhar e ser minha secretária. Não a dispensei.

- Se é isso que o senhor quer... Tudo bem. – Disse debochadamente. – Irei trabalhar.

Como ele consegue ser tão... Tão... Lindo... Não Pepper ! Essa não é a palavra. Tão arrogante e prepotente. Arg.

Tony estava me tirando do sério. E se ele pretendia fazer isso eu também iria fazer! Ele não vai mexer comigo e ficar por isso mesmo, não vai mesmo.

A reunião começou e eu mal prestava atenção. Isso era ridículo, eu não ia ficar aqui, toda boba, por ele ter me pedido para ficar, estupidamente, mas pediu. Eu era uma boba, ingênua, todos me diziam isso e agora eu via que era verdade.

Levantei-me no meio da reunião e sai da sala tentando chamar menos atenção possível. Fui ate o banheiro e joguei uma água no meu rosto, fiquei um tempo me olhando no espelho e me perguntando o porquê eu ainda me submetia a essas coisas... Submetia-me a ele.

A única razão existente para isso era o amor que eu sentia. Amor este que deveria sair de mim e que nunca deveria ter existido.

- Virginia, sua burra! – Falei para mim mesma olhando meu reflexo no espelho.

Recompus-me e saí do banheiro. Entrei na sala, me sentei e evitei ao máximo não fazer contato visual com ele, não queria começar a me derreter ali, na minha área de trabalho.

Peguei os papeis que estavam a minha frente e os li, sentia alguém falar comigo mas não conseguia me virar para ver quem era.

- Srta. Potts?- Wisley chamou. -Está me ouvindo?

- Sim Wisley, acho que estou. - Respondi meio confusa.

- Está tudo bem? - Perguntou ela.

- Na verdade não me sinto muito bem. - Eu falei. - Minha cabeça dói.

-Há, que frescura. - Tony disse e foi à gota d'água. Olhei para ele fulminando-o.

- Srta. Potts, você está pálida. – Wisley falou.

- Não se preocupe Kate, estou bem. Podem continuar a reunião. – Respirei fundo e me ré encostei-me à cadeira.

A reunião prosseguiu normalmente. Minha cabeça estava pulsando de tanta dor, estava inquieta e a cada palavra dita pelos presentes na sala minha cabeça ia à lua e voltava.

Recusei-me a olhar para o Tony, o que ele me pedia eu o respondia com poucas palavras pela raiva e pela forma que eu estava. Como ele podia achar que eu estava de brincadeira? Eu realmente não estava bem. Nunca mentiria por birra ou por querer um dia livre. Nunca neguei trabalho e nem minhas obrigações, e não seria hoje que eu iria fazer isso.

Quando a reunião acabou todos os senhores deixaram a sala. Peguei minha bolsa e os papéis e voltei para minha sala. Peguei um copo de água e tomei um analgésico para ver se minha dor de cabeça passava, sentei-me no sofá e fechei os olhos durante alguns minutos. Minha cabeça ainda doía muito e eu percebi que não iria consegui trabalhar assim.

Peguei minhas coisas e desci para ir embora. Ao chegar à porta do prédio, vi Happy em pé ao lado do carro do Tony.

Eu não queria mais voltar para esse lugar, ter que olhar na cara dele de novo, nem precisava, mas tinha responsabilidades. Fui ate o estacionamento e encontrei Happy saindo, corri e o chamei.

- Happy.

- Olá, Pepper. - Respondeu ele. - Como posso te ajudar?

- Pode me levar para casa? Não estou me sentindo bem para trabalhar hoje. - Respondi.

- Mas Potts, não posso sair. O Sr. Stark me pediu para ficar aqui ate que ele precise de mim. - Pensei por um minuto e falei para mim mesmo “ Pepper, está na hora de agitar as coisas.”.

- Happy, o Tony não vai se importar. Inclusive pediu para eu te dispensar. – Falei sorrindo e ele sorriu.

- Ah, então assim não tem problema algum. – Ele falou e abriu a porta do carro pra mim.

- Obrigada.

Tony vai ficar muito irritado, com certeza. Bem feito, ficou dizendo que eu estava de brincadeira e blá blá blá. Tony odeia andar de táxi, e muito menos iria para casa em algum transporte publico. Bem feito, tomara que não tenha táxi nenhum e ele tenha que ir a pé.

Happy me deixou em casa e eu ao chegar fui descansar um pouco. Apesar de ter vindo para casa eu ainda iria trabalhar. Mas pelo menos era em casa. Tomei um banho relaxante e fui dormir. Quando acordei já era a tarde, fiz um lanche peguei meu notebook para trabalhar.

Versão Tony.

A Pepper não podia ter agido daquela maneira comigo, não mesmo. Eu estava me desculpando com ela e ela praticamente disse que não se importa. Eu me irritei, me irritei demais.

Não gosto do rumo que as coisas tomaram, mas agora será assim daqui pra frente. Não gosto de tratar a Pepper daquela forma... Ela é perfeita, mas, mas... Ela é muito cabeça dura. Ela não me entende.

Na verdade ela me entende melhor do que ninguém. Ela me conhece melhor do que ninguém, mas ela não podia me tratar da forma que me tratou. Ela me fez deitar aos seus pés para passar por cima de mim. Pode parecer um pouco dramático, mas foi exatamente assim. Eu totalmente rendido a ela, e ela dura e fria comigo.

Quando ela vai entender que eu a amo? A amo mais do que ela está vendo e eu posso demonstrar. Mas agora tudo, depois do que aconteceu hoje não seria a mesma coisa. Eu voltaria a ter a postura do homem que sempre fui, ate por que, a pessoa que eu quero que me veja e me note de uma forma diferente não esta nem ai para o que eu faço ou deixo de fazer.

Eu continuo amando-a, mas a partir de agora irei esconder definitivamente o que eu sinto. Aquela linda mulher, quer dizer, a chata da Pepper não vai saber nem tão cedo o quanto eu a amo.

No inicio da reunião eu e Pepper trocávamos poucas palavras e a maioria delas era alfinetada. Ela não perdia tempo em me alfinetar e eu fazia o mesmo, não deixaria barato. Em um momento da reunião Pepper tentou sair despercebida da sala, mas eu reparei. Ela saiu, ficou um tempo do lado de fora e voltou. Queria ir atrás dela e sabe o que estava acontecendo, o porquê ela havia saído da sala. Mas me contive e esperei para que ela voltasse. Ela voltou e se sentou. Estava meio aérea, mas ainda presente fisicamente ali.

Aquilo estava me matando, aquela situação era um tanto quando desagradável. A Pepper é tão importante pra mim. O seu sorriso é fundamental pra mim, ate minhas cantadas e brincadeiras, quando ela dizia “isso é tudo Sr. Stark?”

Pepper... Você me faz muita falta. Eu queria poder ter você só pra mim.

Ai Tony, como você fica meloso! Como você fica bobo rendido a uma mulher, apaixonado. – Minha mente dizia isso freneticamente, mas eu não poderia deixar de pensar. Eu realmente estava apaixonado.

Durante a reunião a Pepper estava um pouco estranha. Depois que ela voltou, ela se sentou e ficou lendo alguns papéis, quase não falava e quando se dirigiam a ela, a própria parecia sair de um transe para responder.

- Srta. Potts?- Wisley chamou. -Está me ouvindo?

- Sim Wisley, acho que estou. – Ela respondeu meio aturdida.

- Está tudo bem?

- Na verdade não me sinto muito bem. – Ela disse e logo pensei que aquilo fosse uma desculpa por estar no mesmo local que eu. - Minha cabeça dói.

- Há, que frescura.- Falei revirando os olhos.

- Srta. Potts, você esta pálida. – Wisley observou mais Pepper, manteve sua pose de mulher elegante e inabalável.

- Não se preocupe Kate, estou bem. Podem continuar a reunião. – Ela respirou fundo e continuamos.

A reunião foi chata e tediosa como todas as outras. Acionistas reclamando, um querendo ser melhor que outro... Coisas desse tipo. Chatices e mais chatices!

Quando a reunião acabou ela saiu rapidamente da sala e seguiu para sua. Eu realmente estava começando a ficar preocupado. E se ela realmente estivesse passando mal? E se ela precisasse de ajuda? Será que devo ir ajudá-la?

“Acho que vou lá....” – Pensei e andei ate a porta.- “ ou melhor não...?!” – voltei da porta para a sala de reuniões. Eu estava em um conflito interno.

- Senhor Stark?

- Sim Srta. Wesley ? – Me virei para a bela jovem de cabelos castanhos e olhos azuis.

-Vim avisar que a Srta.Potts já foi embora e que se o senhor estiver esperando por ela é melhor ligar para o seu celular, por que ela foi e pediu que eu desmarcasse todos os compromissos dela por hoje. – Como assim a Pepper foi embora e não me avisou? Nesse momento me levantei e fui em direção à porta. Eu ia ver o que Pepper tinha.

- Sr. Stark?- Chamou Wesley

- Sim?-Respondi.

- Devo desmarcar seus compromissos também?-Perguntou ela.

- Sim, chega por hoje. - Falei já saindo da sala.

Sai do prédio da empresa rapidamente e ao chegar do lado de fora não encontrei o Happy. Eu havia pedido para ele ficar para depois em levar em casa. Eu odeio andar de táxi... Não há nada pior do que andar de táxi. Fiquei esperando durante uns 10 minutos para ver se ele aparecia e nada.

Peguei meu celular e disquei o numero dele.

- Alô, Happy. Onde você está? – Perguntei.

- Estou a caminho de casa, patrão. – Ele falou e eu fiquei atônito.

- Como é? Eu estou te esperando aqui em frente da empresa para você me levar em casa. – Falei rapidamente. – Eu pedi para você esperar... – Eu ainda estava calmo.Ainda.

- Mas, mas a Pepper pediu para que eu a levasse em casa e depois disse que o senhor não ia precisar mais de mim. – Ele se explicou. Pepper, aquela bandida!

- Mas que bandida. -Sussurrei.

- O que?

- Nada Happy... O fato é: Como eu vou para casa agora? Você sabe o quanto eu odeio pegar um táxi. – Falei quase pirando.

- Desculpe patrão. O senhor quer que eu volte?

- Não, não. Deixa. Sem problemas.

- Eu iria sem problemas patrão. Tem certeza que não quer? – Ele insistiu. Eu queria que ele viesse. Claro que queria, mas o que ele iria pensar. Pepper, aquela bandida! Ela vai ver só.

- Tudo bem Happy. Eu pego um táxi – Fiz uma careta. – Sem problemas. Tchau.

- Tchau Patrão. Desculpe, eu realmente não sabia. Na verdade a Pepper disse que... – O interrompi.

- Irei me entender com a Pepper. Tudo bem Happy. Até amanhã. – Desliguei.

Fiquei parado na frente da empresa esperando um táxi. Ai como eu odiava pegar táxi... Arg.

Pepper mais do que ninguém sabia que eu odiava andar de táxi. Eu simplesmente ODEIO andar de táxi. E eu aposto que a Pepper fez isso de propósito, tenho mais que certeza. Ah Virginia Potts, você não perde por esperar por isso!