Eu olhava para o horizonte distante e infinito do oceano. Collin arrumava as coisas, eu me ofereci para ajuda-lo mas ele não deixou. Ele estava dedicado arrumando as coisas em cima da toalha xadrez. Quando havia terminado, destampou o prato de comida e eu me surpreendi ao ver que era macarrão.

–Macarrão? - perguntei olhando para ele.

–Ei! Não reclama! Foi a única coisa que deu tempo de arrumar, Polly me ligou muito em cima da hora.

–Não estou reclamando. - levantei as mãos em rendimento - Na verdade eu amo macarrão.

–Ótimo. - ele sorriu - Então, sinta-se a vontade e sirva-se.

Nós comemos e conversamos. Ele me contou coisas sobre mim que eu nem mesmo lembrava.

–Uau, você me conhece muito bem mesmo. - falei enquanto dava um gole no suco de limão.

–Sei coisas sobre você que nem mesmo Polly sabe. - pensei que ele estava brincando então eu ri mas logo vi que que ele falava sério.

–Eu tenho até medo de perguntar o que você sabe. - falei.

Ele estava olhando para a lua pensativo. Ficou um tempo em silêncio apenas observando tudo e então se virou e disse finalmente:

–Você prefere a companhia da lua do que a minha?

–Não. - respondi depois de pensar um pouco - Antes eu até achava. Mas agora não acho mais.

Ele olhou para mim e sorriu, seu sorriso era um dos mais belos que eu já havia visto. Seus olhos eram pretos, tinham um tom profundo e penetravam nos meus. Parecia estar lendo minha alma e meus pensamentos.

–E você, - ele disse - no que está pensando?

Eu suspirei e olhei para o céu. Fechei os olhos e senti a brisa do mar bater em meu rosto.

–Que já é tarde demais.- falei.

–Como assim? -Collin riu.

–Tarde demais para voltar atrás e não gostar de você.

Ele me olhou nos olhos, era a segunda vez que fazia isso. Seu olhar negro brilhava e ele tinha um sorriso tão sincero quanto seus olhos. Antes que eu percebesse ou pudesse reagir, Collin me envolveu em um beijo. Seu beijo era quente, envolvente, macio e surpreendente.

–Collin, - falei me afastando mas ainda com as mãos no seu rosto - eu estou com medo.

–De quê? - ele estava com as olhos fechados e passava os dedos pela minha trança.

–De você me iludir. - falei.

–Eu te entendo, eu também teria medo se estivesse saindo comigo. - ele riu e abriu os olhos - Mas me da uma chance de provar que eu posso ser diferente, na verdade sempre foi diferente com você.

As palavras em si, foram uma prova de que ele estava sendo sincero, mas eu não podia me render totalmente por ele. Era tentador, realmente, mas esse era Collin Wayves, todo cuidado é extremamente pouco.

Nós nos deitamos e ficamos observando o céu. Collin disse que tinha outra surpresa para mim e se levantou. De dentro da cesta ele tirou duas taças e uma garrafa de vinho.

–Espero que goste de vinho. - falou enchendo minha taça.

–Eu gosto sim, obrigada.

–Sabe, quando eu vinha à praia com o meu pai, eu gostava de ficar neste píer, molhando meus pés na água e pensando sobre tudo.

Essas palavras, me fizeram lembrar da minha cabana que ficava à apenas alguns metros do píer.

–Collin, - coloquei minha taça de lado e me levantei ajeitando meu vestido - vem comigo, quero mostrar uma coisa.

Ele se levantou e andou atrás de mim. Quando quase chegávamos no rochedo, ele segurou minha mão. Se estivesse de dia, ele veria que eu havia corado.

Chegamos nas rochas que escondiam meu cantinho. Atravessei as pedras com dificuldade por causa do vestido. Senti as mãos de Collin em volta da minha cintura me ajudando a passar pelas rochas.

–Obrigada. - falei e ele sorriu para mim - Chegamos.

Me posicionei em frente a porta de madeira corroída. Puxei o arame velho que destrancava o lugar.

–Bem vindo. - me virei para Collin.

–Incrível, estava apenas a alguns metros do meu lugar e eu nunca vi. Se escondeu direitinho.

Ele alisava as fotos que cobriam as paredes.

–Você fez todas as fotos? - ele perguntou ainda olhando as fotos.

–Sim. - respondi me colocando ao lado dele e observando a foto de um casal escorado em uma ponte.

–São lindas. - ele falou desta vez olhando para mim.

–Obrigada. - sorri.

Seus olhos percorriam meu rosto me deixando sem graça. Olhei para o chão tentando disfarçar mas ele subiu meu rosto pelo queixo, fazendo-me olhar nos olhos dele. Novamente me beijou mas dessa vez, com tamanha intensidade que me fez levar as mãos em seus cabelos. Tudo parecia ficar quente, nada mais importava apenas nós dois.

Ele apertava minha cintura a medida que beijava minha boca, lentamente desceu para o meu pescoço, eu me arrepiava por inteiro. Eu precisava parar aquilo mas não conseguia porque na verdade queria, e Collin sabia disso.

Ele me escorou na parede e tirou a camiseta, depois tirou meu cinto, posteriormente meu vestido e lentamente fomos nos envolvendo mais.