Sombra Do Beijo escrita por Hello Sweet


Capítulo 15
Capítulo 15 - Oh l'amore l'amore


Notas iniciais do capítulo

Hello Sweet ^^
Desculpem a demora...
Espero que gostem desse hehe '-'



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John tentou, ninguém podia negar. Tentou mesmo carregar Rose até em casa como um verdadeiro cavalheiro o faria. Mas a cada paço que dava seus pés pareciam tropeçar no ar o fazendo cambalear ao longo das ruas mal iluminadas. Não era o peso de Rose que o fazia parecer um idiota tropeçando nos próprios pés, mas o efeito do álcool no seu corpo que borrava sua visão, confundia seus pensamentos e afundavam suas pernas. O álcool afetava muito esse corpo humano. Ele sentia o leve torpor se apoderando de seus braços, olhos e pernas. Sentia o êxtase, a alegria crescente, a felicidade o fazendo apenas rir. Rir do vento, dos passos incertos, do cabelo nos olhos, de Rose em seus braços, do jeito que ela segurava firme em seu pescoço, da forma como ele desejava que ela jamais o soltasse...

Quando estava quase caindo de vez, Rose se sacudiu em seus braços, piscando os olhos abertos para ele.

— Olá estranho – disse ela sorrindo desdenhosa.

— Oilah – disse ele e sorriu do próprio comentário – eu ia dizer ‘oi’ mas mudei pra ‘olá’ no meio do caminho e saiu ‘oilah’ – sorriu de novo estupefado – ‘oilah’!

— Bem, oilah pra você também – Rose disse saindo de seus braços para se firmar em seus próprios pés de frente para ele, uma mão segurando seu braço para se apoiar.

Ambos sorriram um para o outro pelo que pareceu ser vários minutos. John baixou o olhar para seus lábios e seu rosto tornou-se sério de repente. Rose ainda sorria pra ele quando ele tocou seus lábios em um beijo casto e rápido, olhando em seus olhos novamente. Rose não sorria mais, olhava para seus olhos castanhos com muita intensidade. Ele a olhou profundamente, levantando uma mão para acariciar o rosto e se aproximou lentamente para beija-la, delicadamente, expressando todo carinho que sentia. Ele sentiu o roçar suave da língua dela contra seu lábio inferior pedindo passagem, e não hesitou. Uma vez tendo sua língua lá dentro, era como um paraíso de sabores e sensações. Ele podia sentir o gosto doce da bebida e um leve resquício do batom que ela havia usado nessa noite. Tudo junto, formava um sabor único, inconfundível e inteiramente novo.

Ele passou a outra mão ao redor da cintura dela, a puxando para mais perto com um barulho estranho na garganta que Rose pensou ter sido um gemido. Ela enterrou as mãos em seus cabelos em uma forma se senti-lo plenamente e outro som veio dele, e era definitivamente um gemido. Rose passou ou dedos levemente na nuca e John passou a acariciar a parte baixa de suas costas fazendo círculos com os dedos, aparentemente sem sentido. Ele a agarrou pelos quadris pressionando-a contra ele e o gemido audível, dessa vez foi dela. Ele riu-se um pouco com isso, afastando-se de sua boca para lhe permitir tomar um pouco de ar enquanto beijava seu pescoço.

— Devemos ir... – Rose começou, mas engasgou quando sentiu a língua de John em sua orelha, mordiscando-a levemente.

— Ir pra onde? Pra cá? – ele perguntou beijando a linha da mandíbula - ou pra cá – murmurou enquanto beijava sua clavícula um pouco à mostra.

— Humm... – Rose murmurou incerta fechando os olhos - Casa... – ela sentiu ele beijar seu pescoço – Quarto... – ele estava beijando o canto da sua boca, sugando seu lábio de uma maneira inteiramente nova, ela ainda de olhos fechados sussurrou a ultima palavra – Cama... – ela abriu os olhos, procurando os dele, e sufocou com tamanha a intensidade que ele a fitava, sem se quer piscar. Ele a beijou apressadamente e com vigor. John gemeu em frustração quando sentiu ela se afastar. Rose com muita dificuldade em manter-se em uma linha de pensamentos acrescentou - Nesse caso, devemos ir antes de ficarmos indecentes no meio da rua – John ergueu as sobrancelhas para ela, a fazendo corar conforme começava a caminhar puxando-o pela mão para a rua escura.

O caminho até a casa pareceu ter sido feito em questão de segundos. Ambos riam e se olhavam constantemente como se compartilhassem de um segredo que só eles tinham conhecimento.

Entraram na casa silenciosamente, ou tentaram. John tropeçou em uma cadeira e Rose quase deixou cair o que quer que estivesse na mesa de centro. Eles riram e John a olhou de soslaio com um ‘shii’ um pouco alto de mais.

Ele se atrapalhou com a chave da porta, tentando tranca-la por dentro. Assim que o trabalho fora feito ele sentiu as mãos de Rose o puxarem pelas costas em direção a cama.

— Lar doce lar – exclamou John vendo-a descer sobre ele, fitando seus olhos cheios de emoção.

— Definitivamente – ela sussurrou em seus lábios antes de se juntarem novamente.

John acariciou a lateral do corpo de Rose, enquanto ela mordiscava seus lábios com beijos e caricias. Seu corpo estava encostado ao dele, a sensação era de pele queimando onde tinha contato com a pele dela, suas curvas suaves pressionando-o de uma maneira deliciosamente perturbadora.

Havia sido um longo tempo desde que ele estivera tão ‘íntimo’ a alguém. E quando se refere a ele, quer dizer como o Doutor. É claro que ele, sendo um Senhor do Tempo havia feito isso em algum momento de seus 900 anos pelo tempo e espaço, todos os tipos de criaturas e aliens que ele conheceu, era de se esperar que ele já houvesse, como Capitão Jack mencionava, ‘dançado’ com alguém. Mas este era um novo corpo. Cada toque que sentia causava sensações incríveis e inexplicáveis produzidos pelo ‘efeito Tyler’ que Rose tinha sobre ele. Era algo novo, viciante e inebriante. Parecia que ele ia explodir em pura alegria só de tê-la tão perto de si.

Rose apertou os braços ao redor de John, as mãos puxando-o pelo seu cabelo mais do que o normal, beijando-o incansavelmente. Ela amava a sensação dele contra ela, amava ele beijando cada parte dela, amava o que isso fazia com ela, amava o jeito que ele parecia se derreter quando ela fazia algo com a língua em seu pescoço, amava vê-lo de uma forma tão única e distinta, que jamais havia visto, enfim, ela amava ele. E então, ela hesitou. Se afastando de leve para olha-lo nos olhos. John sentiu a resistências dos lábios de Rose e rapidamente abriu os olhos.

— Você... - Rose começou rouca e limpou a garganta – você tem certeza?

Ele não respondeu. Sabia o que ela estava perguntando e se limitou a responder de uma forma peculiar, mas útil. Ele a beijou novamente nos lábios, Rose respirou de alívio ao senti-lo se mover contra ela, aprofundando o beijo mais e mais. Rose apertou mais contra ele, com os braços em torno de seu pescoço e ele rolou na cama, pairando sobre ela, suas mãos arrastando para cima e para baixo puxando-a com força contra seu peito. Ela olhou para cima para o rosto de John acima dela, seus olhos castanhos profundos encarando-a com muita intensidade. Ele ergueu-se na cama, tirou a jaqueta e a jogou no chão, lentamente desabotoou a camisa azul claro de botões, olhando para ela durante todo percurso sem dizer uma palavra, e desceu sobre ela mais uma vez.

Sua mão deslizou lentamente por suas costas, a ponta do dedo seguindo a linha da coluna, antes dela agarrar em seu cabelo. Ele gemeu, puxando Rose ainda mais perto dele, ele não queria que isso parasse, sua necessidade dela, de senti-la, estava se tornando mais urgente.

Não foi pronunciada mais palavras entre eles, nem havia pensamentos sobre o que o outro estava pensando, ou o porquê disto estar acontecendo. Talvez tenha sido o álcool, talvez tenha sido apenas o empurrão que precisavam para ‘seguir em frente’, mas por hora, eles apenas perderam-se no momento.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem se ficou ruim ou mais ou menos ^^