Zombie Attack escrita por Like a Boss


Capítulo 21
I - A luta final!


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, parece que enfim tudo vai se resolver.



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— Calma cara! (Piloto)

— Não faça nada do que você vá se arrepender depois. (Copiloto)

— Não mate ele! (Jessica)

Todos tentando intervir e me fazer mudar de ideia, mas eu estava determinado a fazer aquilo desde que descobri todo o plano deles.

— Vocês não entenderam, ele faz parte do grupo inimigo que nos enganou e que estão com os nossos amigos como reféns. (Eu)

Lucas soltou uma breve gargalhada, sinistra e malvada.

— Isso mesmo, ele faz parte do segundo grupo a ser enganado por nós o “FEL”, que não sei se você sabia, é o nome do grupo todo comandado pelos gêmeos, e todos vocês vão pagar por isso, mas se me ajudarem agora, vocês três ai atrás, eu converso com os gêmeos e peço para eles liberarem vocês, melhor peço pra que deixe vocês se juntarem ao grupo, alegando que estavam obedecendo esse aqui com a arma, pois estavam com medo dele fazer algo contra vocês... (Lucas)

O piloto acertou com a coronha da arma em sua cabeça, o derrubando. Jessica mudou sua expressão, ficando assustada, abrindo a boca e levando as mãos até ela, cobrindo-a e ficando paralisada em seu lugar.

— O que faremos? (Piloto)

— Eu estava pensando em uma troca de reféns, isso se eles aceitarem dois por um. (Eu)

— Então você tem apenas um e quer trocar por dois? (Copiloto)

— Só se eles forem malucos... (Piloto)

— É o que vamos descobrir. (Eu)

Ouvimos passos nas escadas subindo rapidamente.

— Estão ouvindo? Eles já sabem que estamos aqui, assumam uma posição tática, escondidos até a hora certa. (Eu)

— Não temos muito tempo para formular um plano, então haja na hora em que sentirem que estão prontos. (Eu)

Todos se esconderam, embaixo da mesa, atrás da porta de emergência que levava ao telhado e na “esquina” da porta que levava a escada que leva ao andar abaixo. Apenas eu após amarrar Lucas fiquei com a arma apontada para ele, logo na entrada da porta da sala, enquanto o tinha ajoelhado e inconsciente em minha frente.

Vitor subiu e chegou chutando a porta da sala de armas, apontando uma arma em minha direção e logo atrás, seus aliados também pararam apontando suas armas pra mim.

— Então você voltou quem diria. E voltou com muito estilo, em um helicóptero. (Vitor)

— Chega de conversa, eu quero propor uma troca. (Eu)

— Vejo que não mata pessoas com muita frequência, esta tremendo. (Vitor)

— Sempre há um começo para tudo... (Eu)

— Mas como eu disse não quero machuca-los, apenas trocar meus amigos pelo seu “peão”. (Eu)

— E o que o faz pensar que eu trocaria dois por um? Mesmo que ele seja um dos meus melhores soldados... (Vitor)

— Exatamente o motivo de ser um dos seus melhores soldados, sendo do trio que supostamente atua junto em território inimigo, sendo essencial em seu plano. Não seria uma pena perder isso? (Eu)

— Entendi... Foi um bom plano, tentar me persuadir a pensar que ele deve ser trocado por seus dois amigos, mas pelo que vejo você está sozinho e dessa maneira três ganham de um, você não vai conseguir nada comigo. (Vitor)

Então ele abaixou a arma lentamente e mandou seus capangas atirarem.

— Mostrem a ele quem é que manda. Eu não quero mais me divertir, essa caçada já ficou chata. (Vitor)

Tiros foram ouvidos e ele sorrindo ficou me olhando e esperando sair sangue e eu cair, mas ao seu lado seus aliados caíram sangrando.

— Esse foi o seu único erro. Pensar que eu voltaria aqui sozinho! (Eu)

O piloto e o copiloto estavam apenas com o cano da arma pra fora de seus esconderijos, então começaram a sair deles e apontaram todas as armas para ele.

Jessica resolveu também sair do local que havia sido indicado para que ela ficasse e Vitor se rendeu, abaixando-se e levando sua arma com ele, no intuito de jogar a arma no chão, mas logo em seguida atirando e acertando Jessica, logo após efetuou um rolamento de lado e se escondeu atrás da parede. No mesmo momento Lucas estava retomando seus sentidos e viu Jessica cair sangrando no chão, se arrastou ainda de joelhos até ela e começou a chorar.

— Você... Você a matou... VITOR!!! (Lucas)

— Sim eu matei, ela é do grupo deles, estava os ajudando. (Vitor)

O cano da arma apareceu no canto da parede e tiros começaram a ser disparados, pulamos no chão para nos proteger, mas os tiros cessaram e ouvimos ele correndo pelas escadas abaixo.

— Vocês estão bem? (Eu)

— Sim, estou. (Piloto)

— Estou. (Copiloto)

— Não... Muito... (Jessica)

— Ah meu Deus, Jessica você tomou muitos tiros, está sangrando muito. Não deveria ter saído do seu local seguro. (Eu)

— Eu estava curiosa... Não pensei que ele... Tenho um pedido a fazer... só peço que me deixem aqui e peguem aquele desgraçado. (Jessica)

— Nós não podemos. (Piloto)

— Você vai morrer, se te deixarmos. (Eu)

— Mas ele vai fugir e pode acabar matando os seus amigos ainda. Vão logo, eu ficarei bem. (Jessica)

— Tudo bem, já que você decidiu, nós o pegaremos, por você. (Copiloto)

— Vamos. (Piloto)

Levantei-me lentamente com sangue em mãos, pensando um segundo antes de caminhar com eles.

— Mas e esse cara chorando aqui? (Piloto)

— Deixe-o ai com ela, pensando no que o seu “aliado” a fez. (Copiloto)

Descemos correndo atrás de Vitor, então escutamos tiros e gritos no prédio, todos dizendo a mesma coisa.

— Zombies invadiram, estão mordendo todo mundo!!! (Inimigos)

Na “arena”.

Todos correram para fora da sala deixando Camila sentada e com uma arma, ao seu lado Cleber amarrado e no centro da “arena” Lara e os três zombies. Camila a observava ansiosa para o primeiro erro de Lara ser seu último, ela estava tão entretida que quando Cleber percebeu rolou e caiu no chão, se arrastou até chegar à porta e viu suas vítimas do caco de vidro como zombies matando outros que também viravam. Junto deles havia alguns mortos desconhecidos que devem ter vindo da rua. Todos subindo e matando quem encontrassem pelo caminho. Cleber chutou a porta e chamou a atenção de alguns deles, assim que Camila ouviu o barulho ela se virou e mirou a arma nele.

— O que pensa que está fazendo? (Camila)

— Você já vai ver! (Cleber)

— Volta ja aqui que você não vai conseguir fugir. (Camila)

Cleber rolou novamente na direção de Camila enquanto ela mirava nele, chegou ate a ponta da arena e caiu nela sobre um dos zombies, Lara chutou a face do outro e empurrou o ultimo para longe. Camila enfureceu-se ao ver aquilo e atirou na direção de Lara que levantou um dos corpos e se protegeu com ele, a bala atravessou o corpo e passou de raspão em seu braço esquerdo. O corpo morto se desfez e o sangue ainda restante foi jogado em Lara, a deixando toda coberta com ele. Camila ouviu outro barulho na porta e se virou, ao ver os zombies entrando respirou fundo e acertou a cabeça de um, mas a munição acabou, pois havia apenas duas balas para dois reféns, ela entrou em pânico, escorregou do banco e caiu no chão, os zombies não paravam de entrar na sala, foram em sua direção e ela tentando se arrastar, não conseguiu ir muito longe, os zombies começaram a morde-la e arrancar sua carne. Lara desatou os nós e libertou Cleber, ao verem os zombies em quantidade invadindo o local, eles pegaram os corpos dos zombies que eles abateram e se cobriram com eles enquanto ouviam os gritos, choro e o final trágico de Camila.

Eu ainda descendo as escadas fui surpreendido em um momento com Vitor pulando em mim assim que virei a “esquina” das escadas. Jogando longe minha arma e acertando um soco em minha face. Em cima de mim ele tentava me acertar novamente enquanto eu apenas me defendia como eu podia. O piloto o empurrou para o lado e apontou a arma pra ele e o copiloto me ajudou a levantar, peguei minha arma e o piloto chutou sua perna o fazendo ajoelhar-se.

— O que faremos com ele? (Eu)

— As prisões não servem mais, ele seria um perigo para todos no navio e não podemos deixa-lo escapar e fazer tudo de novo. (Piloto)

— Faça, mate-o! (Copiloto)

— Tudo bem então, só estava esperando você mandar. (Piloto)

O piloto mirou a arma na cabeça de Vitor e então eu o interrompi.

— Espere, eu quero fazer isso! (Eu)

— Você tem certeza? Não esta pronto pra ter sangue nas mãos ainda... (Piloto)

— Sim eu tenho certeza. (Eu)

— Foi curta e muito boa essa nossa aventura Doutor Rafael. Desde a casa onde fugimos com suas coisas até o momento em que você me mata, mas acho que você ainda não esta pronto pra isso. (Vitor)

Lucas apareceu trombando nas paredes com os ombros, enquanto saiam lagrimas de seus olhos ele disse.

— Felizmente vocês ainda não o mataram. Eu quero vê-lo sangrar e pagar pelo que fez. (Lucas)

Coloquei a arma sobre a testa de Vitor.

— Algum ultimo desejo? (Eu)

— Segure firme a arma e não deixe que o recuo te faça errar, acerte no primeiro tiro, pare de tremer e me dê uma morte rápida doutor! (Vitor)

Então ele fechou os olhos.

— Eu fiz isso pela sobrevivência do meu grupo. As crianças e pessoas que não podiam lutar estão no supermercado "Cantareisa" mais próximo. (Vitor)

— Você não devia ganhar uma morte rápida. (Lucas)

— Mas eu não sou tão cruel quanto você e realizarei seu ultimo desejo. (Eu) 

Respirei fundo e senti a arma em minhas mãos pesar, alem é claro de não conseguir parar de tremer, ela aos poucos fora ultrapassando minha capacidade, tentei apertar o gatilho, mas o mesmo não se movia, nesse instante diversas pessoas apareceram pra mim, professores, amigos, colegas de classe, comecei a suar frio, eu não conseguiria fazer aquilo, não era pra eu fazer isso, então  quando eu recuei lentamente a arma pra longe dele um buraco de bala surgiu em sua testa e ele caiu para tras morto no chão. O som ensurdecedor surgiu logo em seguida, bem próximo a mim.

Olhei com espanto para o lado e o piloto apontava sua arma para Vitor.

— Você não ia conseguir. (Piloto)

— É normal... Nem todos devem ter sangue em mãos doutor. (Copiloto)

Guardei novamente minha arma, e limpei o suor de minha testa que escorria, minha mão ficou vermelha com o sangue que havia espirrado em minha face, enquanto um zunido ainda apitava em meus ouvidos.

— Levem o Lucas ao helicóptero, ainda vamos pensar sobre o que faremos com ele. (Eu)

— Okay. (Piloto)

Então o piloto levou Lucas pra cima e o copiloto o acompanhou, enquanto eu comecei a descer procurando por meus amigos, assim que cheguei ao andar abaixo já pude ver vários zombies no local e nas escadas, sem poder passar fiquei ali parado pensando em como faria.

Então é por isso que o Vitor não continuou descendo. (Eu)

Dentro da “arena”.

Cleber e Lara tiraram os corpos de cima deles e estavam sujos com o sangue, após segurarem a ânsia aproveitaram e arrancaram órgãos dos corpos mortos, colocando-os ao redor dos pescoços. Ajudaram-se e saíram daquele lugar, como ficaram com o cheiro dos zombies e começaram a andar lentamente como eles pela sala não alarmaram nenhum dos demais, passaram pelas portas e viram que havia muitos mortos na escada e corredores, então teriam muita dificuldade em descer, mas como ouviram um helicóptero anteriormente decidiram arriscar-se a subir o prédio. Alguns andares acima me avistaram parado na escada e andaram até mim, assim que eu os vi me alegrei e os chamei pra subirmos.

O piloto e o Copiloto estavam chegando ao telhado quando os “aliados” de Vitor apareceram como zombies e derrubaram Lucas, Jessica morta voltou a vida como zombie e atacou Lucas, mordendo-o e arrancando pedaços de sua carne. Logo em seguida o piloto e o copiloto atiraram nos três zombies.

— Me matem! Por favor, não estou mais aguentando de dor. (Lucas)

Então o piloto levantou a arma e deu um tiro em sua cabeça sem nem se precipitar.

Enquanto subíamos as escadas ouvimos os tiros e logo abaixo de nós os zombies também ouviram, começaram a subir e ranger os dentes, fazendo sons estranhos. Começamos a subir mais depressa e mal deu tempo de pegar nenhum suprimento e nem nada, subimos no helicóptero e vimos Lara parando logo atrás de nós.

— Vem Lara, vamos embora daqui, temos um lugar seguro pra ficar. (Eu)

— Eu não posso. (Lara)

— Como não? Vamos à base marinha do exercito para sobrevivermos lá. (Eu)

— Me desculpe eu estou toda arranhada e um tiro feriu meu braço, logo após eu recebi um banho de sangue de um dos zombies, e acho que pode ter me contaminado também, então não posso ir com vocês, me desculpem. (Lara)

Lara se virou e voltou para o prédio caminhando em direção a ele. Tentei descer do helicóptero, mas Cleber me segurou. Os zombies começavam a aparecer nas portas e vir em nossa direção.

— Você vai se matar se for pra lá, ela fez a escolha dela e mesmo que eu também não concorde, vou respeita-la e deixa-la ir. (Cleber)

Nós dois continuamos olhando para ela, que se virou e disse uma ultima coisa antes de correr pra dentro do prédio.

— Vocês tem que partir. Obrigada por voltar por nós Rafa! E não se esqueçam de mim! (Lara)

Com lágrimas a escorrer por meu rosto o helicóptero levantou voo e os zombies começaram a aparecer, todos passaram por ela, esbarrando e vieram em direção ao helicóptero, mas caíam do prédio, pois já estávamos a uma certa altura em que não nos alcançavam.

— Nunca te esqueceremos!!! (Ambos)

O helicóptero se virou no ar e partiu em direção ao mar.

— Vocês vão avisar alguém e buscar o antigo grupo deles que esta no supermercado? (Eu)

— Sim, vamos avisar o nosso comandante que temos mais sobreviventes lá e logo depois mandaremos helicópteros busca-los. (Copiloto)

Pouco tempo depois enquanto enxugava minhas lagrimas, notei que Cleber mantinha-se firme para não demonstrar suas emoções, e então visualizamos um grande navio.

— Então ali é o nosso próximo “abrigo”? (Eu)


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