Zombie Attack escrita por Like a Boss


Capítulo 17
I - Traição?


Notas iniciais do capítulo

As vezes as aparências enganam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372673/chapter/17

— O que pode ter acontecido a ela? (Eu)

— Abdução alienígena, presa por agredir um guarda ou por dirigir sem os documentos do carro, dentre outras coisas. (Lucas)

— Claro, tudo isso pode ter ocorrido, pois todas essas coisas acontecem frequentemente por aqui. (Eu)

— O mundo está infestado por mortos-vivos canibais e você me diz que nada disso pode acontecer? (Lucas)

— Por um lado você está certo, já que o mundo está virando de cabeça para baixo qualquer coisa pode acontecer. (Eu)

— Fique aqui cuidando do carro enquanto eu vou com o outro avisar o resto do grupo, para que todos possamos agir juntos. (Eu)

— Certo! Mas acho que deixar outra pessoa sozinha não seria a melhor ideia. (Lucas)

— Tenho que te deixar, pois ela pode voltar para o carro e você tem que ficar cuidando dele também, vai que outro grupo passa e acha o carro, com combustível e alimentos. (Eu)

— Vai que outro grupo passa e me acha, mas beleza, eu cuido do carro, você pode ir que eu estarei aqui te esperando e esperando por ela. (Lucas)

— Conto com você. (Eu)

Caminhamos novamente em direção aos carros, Lucas sentou no banco da frente do Range Rover e eu entrei no meu novo veiculo. Acenei com a mão direita e ele respondeu abaixando e levantando lentamente a cabeça. Acelerei em direção a nossa base sem olhar para trás, desviando de alguns zombies e retomando a rota anterior.

Enquanto isso em direção de nossa base, em seu carro os inimigos mantêm Lara aprisionada, Lara meio tonta abre lentamente suas pálpebras e visualiza em sua frente os inimigos, com armas em punho. Nota que está com suas mãos amarradas e um pano em sua boca, impossibilitando-a de falar.

— A nossa refém finalmente acordou! (Vitor)

Na tentativa de falar, Lara faz sons indecifráveis, mas ela sabe que esta xingando mentalmente os irmãos.

— Ela quer dizer algo, mas não pode, que dó. (Vitor)

— A prefiro assim, sem pronunciar nada e bem quietinha. (Camila)

— Estamos chegando já na sua “base” espero que todos os seus amiguinhos de grupo estejam nos esperando prontos para se renderem. (Vitor)

— Caso o contrario não teremos nenhuma pena em mata-los. (Camila)

— E quando dizemos amiguinhos, nos referimos apenas ao policial e ao bobinho. Você entenderá mais tarde o por que. (Camila)

Lara sem nada poder fazer dentro daquela van somente abaixou a cabeça e esperou a chegada à base enquanto pensava no porque daquelas palavras.

Voltando á base Cleber traz um botijão de gás vazio que ele encontrou jogado em um deposito ao lado do prédio, Elsom trazendo duas tábuas encontradas na marcenaria que ficava uma rua atrás do prédio e Fabiano com um segundo botijão achado no mesmo lugar do primeiro.

— Aqui está! (Cleber)

— Vamos tentar fazer o peso levantar a porta então. (Elsom)

Elsom encaixou as tábuas em cima de uma pilha de tijolos enquanto Fabiano e Cleber colocavam os botijões vazios do outro lado. A porta levantou-se lentamente cerca de trinta centímetros do chão.

— Acho que poderemos passar se nos arrastarmos pelo chão. (Elsom)

Fabiano deitou-se no chão e começou a mover-se pra frente.

— Vamos ter que virar minhocas? (Cleber)

— Mais ou menos isso. (Elsom)

— Eu não posso ficar me arrastando pelo chão, pois levei um tiro á algum tempo e posso acabar me machucando mais ainda. (Cleber)

— Pare de reclamar, você é um homem ou um rato? (Elsom)

— Lembra-se de ontem quando eu retirei a minha AK-47 e você atirou jogando-a pra longe? (Elsom)

— Sim, E...? (Cleber)

— Alguns estilhaços da sua bala acertaram meus braços e pernas, muito pequenos para causar algum dano grave, mas mesmo assim acabaram me machucando um pouco e eu não estou reclamando, então deixe de choro e vamos passar logo. (Elsom)

Os dois olharam para baixo e não viram mais Fabiano, agacharam e depois deitaram no chão e olharam para dentro do prédio onde o viram se levantar.

Após se levantar ele viu um tipo de corrente que ia até a parte superior da porta, agarrou com as duas mãos e puxou em um dos lados fazendo a porta se levantar alguns centímetros a mais.

— Olha ai, não precisamos mais passar rastejando. (Elsom)

Elsom e Cleber levantaram-se e retiraram os botijões, colocando-os do lado do prédio e jogaram a tábua no chão, agacharam perto da porta e passaram, depois puxaram a corrente do outro lado fazendo com que a porta se fechasse completamente.

— Bom, estamos dentro, agora vamos vasculhar em silencio para procurar por itens e verificar se não há nenhum zombie aqui dentro. (Cleber)

Separaram-se e subiram lentamente as três escadas rolantes existentes no saguão, que não estavam funcionando, até chegarem ao primeiro andar. Fazendo gestos com as mãos todos se informavam sobre a situação e como deveriam prosseguir. Cada espaço é vasculhado lentamente para não alertarem nada que estivesse ou não ali dentro. Enquanto vasculhavam o prédio conseguiram rapidamente subir de andar em andar sabendo tudo o que tinha em cada um deles, no primeiro andar ficavam as roupas, no segundo andar os calçados, terceiro e quarto andares os acessórios de acampamento, quinto e sexto andares equipamentos de pesca, subiram até chegar ao último andar sem encontrar nenhum zombie ali dentro.

Por uma escada onde se dizia ser “escada de emergência” subiram até o terraço e confirmaram que estavam sozinhos ali. Voltaram para os andares abaixo e começaram a procurar o comunicador que precisavam para a execução do plano.

Entre barracas e sinalizadores Cleber achou o último rádio comunicador ainda na embalagem com seis pilhas ainda embaladas, retirou-o rasgando a embalagem e o abriu colocando as pilhas em seus respectivos lugares.

— Fabiano, Elsom venham aqui. (Cleber)

— Fala. (Elsom)

— Achei o comunicador muito facilmente, com seis pilhas embaladas juntamente com ele. (Cleber)

— Agora vamos voltar a nossa base e esperar os outros para começarmos com o plano. (Cleber)

— Faz o seguinte, vamos testar se esses rádios comunicadores estão funcionando, vocês vão e esperam eles enquanto eu fico aqui para quando vocês vierem ser mais fácil a entrada. (Fabiano)

— Tudo bem, então fique ai e vamos testar os comunicadores. (Elsom)

Desceram as escadas e chegaram ao saguão no mesmo momento em que alguns carros pararam em frente do prédio com uma van preta no meio. Algumas pessoas saíram de dentro dos carros e a van abriu as portas traseiras.

Os três ficaram na janela abaixados e observando o que estava acontecendo, de trás da van saíram os gêmeos levando Lara, sendo empurrada em direção à parte inferior do prédio.

— Pegaram a Lara, meu deus e agora? (Elsom)

— O plano foi por agua abaixo, temos que pensar em outro urgentemente. (Cleber)

Alguém do grupo deles trouxe para Vitor um megafone que começou a falar:

— RLC, antigos FEL, estamos aqui para a luta que vocês queriam e estamos com uma refém, portanto desçam e morram rapidamente ou nós iremos subir e a coisa ficará feia para o lado de vocês. (Vitor)

— A Lara está com eles, mas estava junto com o Rafael e o Lucas, o que será que aconteceu com eles dois? Será que estão bem? (Fabiano)

Por causa da barulheira que eles fizeram do lado de fora, alguns zombies da região ao ouvirem começaram a caminhar em direção à eles, grunhindo e rangendo os dentes.

Cada ser humano do grupo deles puxou uma pistola e mirou em uma direção, apertaram o gatilho de suas armas ao mesmo tempo. Cada tiro acertou um zombie e o derrubou no mesmo instante.

— Como vamos ganhar de pessoas assim? (Elsom)

— Ainda mais agora que a nossa líder foi capturada. (Fabiano)

— Ela é esperta, não se deixaria ser capturada tão facilmente, deve ter algum plano. (Cleber)

— Se você diz. (Elsom)

— Mas, e o Rafael e o Lucas? (Fabiano)

— Vamos ter que esperar para ficarmos sabendo da situação. (Cleber)

Do lado de fora.

— Esse é o último aviso para vocês, desçam agora e morram rapidamente, ou esperem por uma morte bem dolorosa. (Vitor)

Lara tentou falar algo, mas com a boca tampada não teve muita atenção.

— Vamos logo subir? (Camila)

— Esperem o meu comando, mais alguns minutos e veremos suas escolhas. (Vitor)

— Certo. (Camila)

Dentro do prédio em frente.

— O que nós faremos? (Elsom)

— Vamos nos render, não temos chance contra tantas pessoas. (Fabiano)

— Como assim se render? Já está desistindo tão fácil? Sem ao menos tentarem lutar. (Cleber)

— Mas quem disse que precisamos lutar. Nos já ganhamos. (Elsom)

— Como assim? (Cleber)

— Você achou mesmo que o nome do grupo era a letra inicial de cada um de nós? (Fabiano)

— Na verdade o nome do nosso grupo é Força e Liderança. (Elsom)

— No caso era né? Por que agora o grupo de vocês é o RLC. (Cleber)

— Errado, o nome continua sendo o mesmo e os líderes também. (Fabiano)

Fabiano puxa uma faca e a coloca na garganta de Cleber enquanto Elsom o segura.

— Os gêmeos sempre serão nossos líderes e vocês estão no caminho deles. (Elsom)

Fabiano entrega a faca para Elsom que enquanto segura Cleber com uma mão coloca a faca em sua garganta com a outra.

Fabiano saca sua pistola e atira duas vezes na vidraça da frente, fazendo com que o vidro se estilhasse e quebre, com o barulho todos os integrantes que estavam na rua se voltam para o prédio em frente.
— Muito bem, soldados de meu exercito, agora a verdade foi revelada, temos dois a menos, agora falta um. (Vitor)

— O Lucas está cuidando dele. Possivelmente não precisaremos nos preocupar com eles. (Elsom)

— Tivemos somente uma baixa, que pensamos serem eles mesmos os assassinos. Então com suas mortes nós teremos a nossa vingança. (Fabiano)

— Certo, tragam-me esse policialzinho aqui e vamos coloca-lo juntamente com a... (Vitor)
Nesse momento um barulho de motor se aproxima e todos se voltam em direção à rua.

Rapidamente um carro começa a aparecer no horizonte e todos me veem dentro dele.

Chegando com o veiculo perto o suficiente para ver aquela multidão de pessoas, freio o carro e percebo que começam a atirar em minha direção enquanto Lara está rendida e Cleber sendo segurado por dois “aliados”.
Volto de ré e entro na primeira rua que encontro, troco a marcha e volto pela mesma rua por onde havia vindo. Alguns começaram a entrar nos carros e liga-los, mas pude ver pelo espelho retrovisor que os mesmos gêmeos de antes estavam ali parados e disseram algo, fazendo com que saíssem dos carros.

Mas o que está acontecendo? Achei que fossem nossos aliados, mas parece que eu estava enganado, pegaram a Lara e o Cleber e agora só sobrei eu. Se voltar para onde está o Lucas ele pode me aprisionar e me levar para a execução. Tenho que pensar urgentemente em como iremos lidar com essa situação antes que acabemos todos mortos, e não por zombies, mas por outros seres humanos. (Eu)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Zombie Attack" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.