Mal Feito, Feito! escrita por Anne Lestrange


Capítulo 6
Tentativas (d)o am(or)


Notas iniciais do capítulo

"A pessoa que não sente prazer com um bom romance, seja cavalheiro ou dama, só pode ser intoleravelmente estúpida. (Jane Austen)

Mais um capitulo para vocês minhas leitoras lindas. *-*



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A ala hospitalar ficou totalmente em silêncio enquanto todos esperavam pela resposta de Alyx.

– Eu fico muito lisonjeada com seu convite Senhor Black, mas ter de passar uma noite inteira ao seu lado... – Alyx deu um sorriso de uma típica sonserina, arrogante e superior. – Seria uma tortura da qual não estou disposta a suportar. – A jovem sorriu e saiu da ala hospitalar o mais rápido possível.

– Idiota! – James resmungou. – Você consegue coisa muito melhor, ela vai se arrepender de não ter aceitado seu pedido.

– Ei, olha como fala da minha amiga! – Anne olhou feio para James.

– Cuidado, não deixe a Anne brava, ela é um perigo. – Sirius sorriu tentando disfarçar a decepção do ocorrido anterior.

– O que foi? Vai arrancar as minhas sobrancelhas Lestrange? – James provocou.

– Ah, Pontas não provoque a Anne, já foi bem difícil concertar as sobrancelhas do Sirius. – Exclamou Lupin.

– Tá dizendo que não sou boa em feitiços é? – Anne se dirigiu a Lupin com uma expressão revoltada.

– Longe de mim falar algo assim. – Ele disse ironicamente, mas logo beijou a testa de Anne como um sinal de paz. - Só estou dizendo que o James já é feio o suficiente com sobrancelhas imagina sem elas.

Todos os cinco jovens riram e continuaram por um tempo fazendo piadas uns sobre os outros. Anne não admitira, mas gostava da companhia dos quatro garotos, às vezes ela até considerava chama-los de amigos, mas sentia como se fosse errado nomea-los assim, eles eram grifinorios e não eram o tipo de pessoas que os Lestrange consideravam como boas amizades, mas por momento ela resolveu apenas aproveitar e entrar na brincadeira.

– A visita acabou crianças, é melhor irem para a aula! – Madamme Pomfrey adentrou a sala que estava inundada pelas risadas dos jovens. James resmungou alguma coisa sobre “aula chata”, Sirius tentou convencer Madame Pomfrey de que não tinha problema perderem a próxima aula, mas ao fim, os protestos acabaram e os três jovens, Sirius, James e Peter se despediram e partiram para a aula.

– Vocês dois, é melhor se deitarem nas suas camas. – Madame Pomfrey disse autoritariamente para Anne e Lupin. Cada um foi se deitar em sua cama, enquanto Madame Pomfrey andava para um lado e para o outro carregando poções e cobertores, após um tempo ela se retirou da sala e o silêncio tomou conta do lugar. Lupin se aconchegou na sua cama tentando dormir um pouco e Anne fez o mesmo, mas após alguns minutos se revirando na cama ela chamou:

– Lupin! – Ele resmungou algo em resposta e ela continuou aceitando isso como um incentivo. – Por que você desapareceu ontem? – Anne esperou por uma resposta, mas ela não veio, ela perguntou novamente, mas sem sucesso. – Se você não quer me contar... tudo bem, mas sabe... eu enlouqueci sem você. – A frase foi perdendo força à medida que foi sendo dita. Novamente sem resposta, Anne se virou paro o lado e tentou afastar da sua cabeça o turbilhão de pensamentos que a atormentavam desde a noite passada.

–-

– Você já pode ir querida! Já está bem melhor e você também Lupin, pode ir também. – Anne se levantou depressa, as ultimas horas na ala hospitalar foram silenciosas, ela ouvira Lupin se revirando na cama, sabia que ele não havia dormido. Agora ela escutava os movimentos dele se levantando na cama ao lado, Anne se apressou e saiu o mais rápido possível da ala hospitalar.

– Ei, espera! – Lupin começou a andar atrás dela. – Por favor, me espera Anne! - Ela parou instintivamente ao ouvi-lo gritando seu nome, ela amava o jeito como ele falava seu nome, mesmo que esse fosse pronunciado aos berros correndo atrás dela.

Lupin alcançou Anne e a segurou pela mão.

– Você gosta de mim? – Ele perguntou tentando soar o mais calmo possível.

– É claro. – Anne respondeu mais rápido do que queria.

– Então, é melhor só esquecer o que aconteceu ontem à noite ok? - Lupin suspirou e continuou. - Eu não quero te perder. – Ele olhou nos olhos castanhos da jovem, que imediatamente sorriu.

– Você não vai me perder seu bobo! – Ela deu um selinho nele. – Só que eu fiquei muito preocupada e eu odeio ficar sem respostas. – Anne passou a mão pelo arranhão que ele tinha na bochecha. – Milhões de coisas passaram pela minha cabeça. Prometa que isso não vai mais acontecer? – Mais uma pergunta sem resposta. Lupin simplesmente olhou Anne por um tempo, sem saber como respondê-la sem fazer promessas que não poderia cumprir.

– Monstrenga, que bom te ver de pé! Eu estava indo te ver agora mesmo. – Rodolphus apareceu repentinamente e puxou Anne para um abraço de urso. – Eu fiquei tão preocupado com você. – Ele a soltou e percebeu a presença de Lupin. - O que você está falando com esse garoto? – Ele torceu o nariz como se estivesse sentindo um cheiro ruim.

– Eeeerr... Ah, nada não. – Anne respondeu o mais rápido possível enquanto Rodolphus encarava Lupin com uma expressão de desafio. – Eu só esbarrei nele no corredor. Só isso. Que tal a gente ir jantar? – Ela começou a puxar o irmão, tentando o tirar de perto de Lupin. – Eu estou morrendo de fome. Que tal se hoje você se sentar do meu lado em vez de sentar do lado da sua caveirinha? – Anne fez biquinho e continuou a tagarelar enquanto arrastava o irmão para o salão principal.

O salão principal estava bem barulhento, as quatro mesas já estavam lotadas de alunos agitados conversando sobre o dia que tiveram. Anne e Rodolphus se dirigiram para a mesa da sonserina, a jovem deu uma rápida olhada na mesa procurando por Alyx, mas sem resultado. Os dois se sentaram em um dos poucos lugares vazios que restavam. Logo que se sentaram o jovem Regulus Black veio se juntar a eles.

– Você está bem Anne? A Alyx me contou que você não estava se sentindo bem hoje. Oi Rodolphus! – Ele deu um tapinha nas costas do colega e se sentou ao lado de Anne.

– Awn, Reg, você sempre um fofo né? – A garota esmagou as bochechas de Regulos. – Eu já estou bem melhor. – Ela abriu um sorriso enorme mostrando como se sentia bem.

– Bem, se precisar, sabe que pode contar comigo não é?

– É claro. Então, contra quem vai ser nosso primeiro jogo esse ano? – Ela perguntou para os jovens.

– Contra os nossos amiguinhos da grifinória. – Respondeu Rodolphus empolgado. – Vamos acabar com eles. Não sei porque o Lucius se preocupa tanto.

– Minha caveirinha! – A voz de bebê interrompeu a conversa. Anne imediatamente fez uma careta de desgosto. Bella começou a se meter e empurrar Anne e Rodolphus para se sentar entre os dois.

– Oi Bella! – Anne disse num tom irritado.

– Ah, oi! – Ela disse enquanto pegava um prato na mesa e começava a se servir. – Está melhor? Você quase matou a minha caveirinha de tanta preocupação hoje. – Bella deu um beijo na bochecha de Rodolphus.

– Eu to... – Anne foi responder como a educação pedia, mas Bella já não estava mais prestando atenção em Anne, ela já estava aos cochichos com Rodolphus. Anne revirou os olhos de frustração, pegou um prato e começou a se servir. Aquela era um guerra a muito tempo perdida. Ela já estava se acostumando com a ideia de viver sem os mimos do irmão, porém isso não significava que tinha de tornar a vida de Bella mais fácil. Anne passou o resto do jantar em devaneios de como infernizar a vida de Bellatrix Black e por vezes conversando com Regulus sobre o primeiro jogo de quadribol.

– Vou indo. – Anne falou o mais alto possível, tentando fazer com que o irmão prestasse atenção nela, mas sem sucesso. Ela se levantou e Regulus se levantou como um reflexo dela.

– Eu te acompanho Anne. – Ele disse sorrindo.

– Ok, então vamos indo. Boa noite monstrengo!– Anne se intrometeu na conversa de Rodolphus e Bella e deu um beijo na bochecha do irmão antes de sair do salão principal seguida por Regulus. Ela sabia o quanto Bella odiava ser interrompida, e a raiva de Bella fazia a sua felicidade naquele momento.

– Anne eu estava pensando. Você é uma das garotas mais legais que eu conheço... você gosta de quadribol, são poucas garotas com a qual eu posso conversar sobre qualquer coisa e nunca ficar entediado, você esta sempre sorrindo por ai, mesmo quando está triste. Eu queria saber... – Ele engoliu em seco antes de continuar. – Se você não gostaria de ir ao baile comigo? – Agora o jovem Regulus andava ao lado de Anne muito concentrado em seus próprios pés, era possível ver as suas bochechas vermelhas.

Anne ficou em silêncio por algum tempo, tentando encontrar uma maneira de dispensar o jovem sem ferir seus sentimentos, ao fim, optou por dizer a verdade.

– É que alguém já me convidou Reg. – Ela respondeu baixinho, embaraçada com a situação. – Mas tenho certeza que tem muitas garotas que iam adorar ir ao baile com você. – Anne terminou tentando mostrar empolgação com a sua ideia.

– É, é. – Ele respondeu com uma voz chateada e começou a andar rapidamente deixando Anne para trás.

– Ai que ódio de mim! – Anne resmungou quando Regulus já estava longe suficiente para não poder ouvi-la. Ela chegou à sala comunal da sonserina depois de alguns minutos. Procurou por Alyx em todos os lugares, olhou na sala, nos dormitórios e não a encontrou, então resolveu sair a procura da amiga. Depois de algum tempo Anne encontrou a amiga andando desanimada perto do banheiro da murta que geme.

– RÁÁÁÁ! – Anne pulou na frente de Alyx, que deu um pulo para trás assustada. – Sentiu minha falta? – A jovem morena perguntou com um sorriso enorme. – Eu te procurei por todo lugar, por onde você andava? – Anne perguntou feliz por ter encontrado a amiga.

– Eu só estava andando e pensando na vida. – Ela sorriu, mas os olhos inchados e vermelhos denunciavam as horas de choro.

– Não me diga que estava chorando por mim? Relaxa, você ainda vai ter que me aturar por muitos anos. – Anne brincou tentando fazer a amiga sorrir.

– Você acha que eu devia ter aceito? – Alyx perguntou cabisbaixa. A princípio, ela havia ficado muito feliz com sua decisão de recusar o convite de Sirius, mas nas aulas seguintes viu o jovem se engraçando com Marlene e seu coração ficou apertado e cada vez que os via juntos era como uma facada no peito.

– Sinceridade? – Anne perguntou antes de dizer o que realmente pensava.

– Sinceridade. – Alyx respondeu.

– Eu acho que vocês são dois idiotas apaixonados, por que não deixar acontecer? As vezes o amor acaba com a gente, tudo bem, quase sempre, mas as vezes pode dar certo, mas pra isso acontecer é preciso tentar.

– Eu tenho sido meio cruel com ele, não é? – Alyx perguntou e Anne concordou com a cabeça. – Ai, sou uma idiota mesmo. – Alyx bateu com a mão na cabeça.

– Todo mundo é meio idiota quando se apaixona. – A morena profetizou.

– Eu vou procurar o Sirius, quem sabe ele aceita as minhas desculpas e eu consigo acertar as coisas não é? Nunca é tarde demais pra tentar se acertar. – Ela disse esfregando os olhos e estufando o peito. – Eu te vejo mais tarde na sala comunal. – Alyx saiu apressada pelos corredores, feliz com a expectativa de uma nova oportunidade.

– Oi Lupin você viu o Sirius por ai? – Alyx perguntou ao encontra-lo perto da torre da grifinória. Lupin tinha um broche de monitor nas vestes, ele devia estar fazendo a patrulha e verificando se todos os alunos já estavam em seus dormitórios.

– Eu vi ele não faz muito tempo, ele estava indo lá para cima. Mas ele esta... – Ele continuou falando alguma coisa, mas Alyx estava tão agitada que saiu em disparada pelo corredor e nem esperou Lupin terminar a frase.

– O que me diz? Você vai comigo? – Ela ouviu a voz de Sirius e congelou no mesmo instante que se deparou com ele e Marlene Mckinnon de mãos dadas.

– Ah, não acredito que você está me convidando. Vai ser perfeito. – Ela se jogou nos braços de Sirius para um abraço. Os dois não perceberam a chegada da jovem loira. As lágrimas nos olhos de Alyx ameaçavam transbordar novamente e ela correu o mais rápido possível antes que o casal a visse.


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Notas finais do capítulo

O que acham de Sirius e Alyx? Alyx merece uma chance pra concertar as coisas? Ou a Alyx merece coisa melhor? Me digam o que acharam! Amo reviews! Escrevi esse capitulo meio rápido e ainda não tive tempo para revisar, mas foi escrito com muito carinho pra vocês, desculpa qualquer erro ou delírio. kkk Espero que gostem! :)