Chegamos até o centro da cidade de Cornualha e estacionamos em um estacionamento, o qual não estava muito cheio. Deixamos o carro ali e caminhamos por entre a cidade. Vimos lojas de roupas e calçados por todos os lados e nada das mobílias.

–Olhe, nunca vamos achar isso! – falei exausta de tanto caminhar. – Voltaremos pra casa e amanhã, procuraremos melhor!

Falei, dando meia volta na rua e Ri me impediu segurando meu braço.

–Nada disso! Aposto que daqui a pouco chegaremos lá! Caso contrário, voltaremos pra casa!

Eu encarei-o, seriamente.

–Eu prometo. – ele continuou.

–Tudo bem. Mas só iremos procuras mais um pouco, combinado¿ - ele assentiu com a cabeça. – Ótimo.

E voltamos a procuras as benditas lojas por ali, acabamos não achando, mas como Riley está totalmente animado para comprar as coisas que resolvi continuar a procura... Na verdade, um ideia veio em mente.

–É melhor perguntarmos, certo? - falei entrelaçando os dedos nos seus. – Ou ficaremos aqui o dia inteiro!

–Claro! Como não pensara nisso antes? - ele me arrastara, literalmente, para dentro de uma loja qualquer.

Sai tropeçando em minhas próprias pernas. Parecia que eu tinha dois pés esquerdos.

–Boa tarde! – uma moça bem alta e esbelta se dirigiu a nós.

–Boa tarde, poderia nos informar onde podemos encontrar uma loja de mobílias, tintas e decorações? - Riley se pronunciou.

Olhei em volta e percebi que era loja de sapatos. Sai andando pela loja e escolhendo alguns sapatos, botas, tênis...

–Melinda? - ouvi a preocupada voz de Riley. – Onde está?

–Aqui! – acenei.

Ele veio de encontro até mim e puxou-me levemente pelo braço.

–Espere! Tenho que comprar esses tênis! – falei apontando para o vidro que estava perto de mim.

–Netos primeiro, lembra? - ele repetiu o mesmo que meu pai dissera antes de sairmos de casa.

–Hm... Lembro. – falei tristonha. – Vamos.

–Depois voltaremos, amor! – ele me lembrou. – Obrigado pelas informações, senhorita. – ele agradeceu a esbelta atendente e saímos da loja.

–E então? Para onde vamos? - indaguei-o

–É a duas quadras daqui. Não muito longe!

–Ah, sério? Não quero mais andar! – e não era manha. Eu estava realmente exausta e com os pés doendo.

–Quer que eu lhe carregue?

–Não seria uma má ideia! – brinquei.

Riley levou a sério demais e me pegou no colo.

–Pronto, podemos ir agora? - ela sorria.

–Riley, não é necessário! Ponha-me no chão!

–Nada disso! Você me dissera que estava cansada, agora vai descansar até chegarmos na rua indicada.

E assim fomos. Eu com a cabeça escondida no pescoço de Riley, e ele todo alegre e orgulhoso, andando pelas ruas de Cornualha. Quando chegamos ao destino, ele me deixara no chão.

–É aqui! – ele falou olhando para mim.

Na rua, larga e bem movimentada, havia lojas de móveis nos dois lados da caçada. Caminhamos até, aproximadamente, o meio da rua e achamos uma loja que, por fora e por dentro, com uma cor bem clara, eu não sabia distingui-la.

–Gostei dessa. – disse fitando a loja.

–Entraremos, então. – ele entrou primeiro que eu.

Vi berços, armários e vários móveis lindos. Eu babava – não literalmente. – por eles. Queria comprar todos.

–Boa tarde! – um homem de estatura mediana e cabelos claros chegou até nós. – Como posso ajudá-los?

–Boa tarde. – falei antes que Riley. – Queríamos ver alguns móveis para quarto de bebês.

–Ah, claro! Venham comigo. – ele adentrou a loja e nos levou ao fundo dela.

Eu fiquei impressionada. A loja era imensa! Um móvel mais lindo que o outro.

–Menino ou menina? - o homem perguntou.

–Os dois. – Riley disse com um sorriso enorme.

O homem parecia feliz. Talvez seja porque teria uma ótima venda hoje.

–Aqui está. – ele abriu o braço esquerdo e apontando para os lindos moves às suas costas.

–Deus! Eu vou enlouquecer aqui! – fui andando em meio aos móveis.

Primeiro, decidi escolher os berços. Achei justo Riley decidir o de Josh.

–Amor, quer escolher os móveis de Josh? - falei acariciando seu braço.

–Claro! – seus olhos brilharam.

E lá foi ele, enquanto eu escolhia os de Chloe.

Achei um berço branco com detalhes em rosa. Chamei o homem que nos atendia.

–Ei! – levantei o braço e ele chegou até mim. – Desculpe, mas... não sei o seu nome.

–Ah, claro! Sou Matt, desculpe por não ter me apresentado antes! - ele estendeu a mão e cumprimentei-o.

–Sem problemas, Matt! Você poderia me falar se ainda tem um berço desse no estoque? - perguntei a ele. Sim, porque o berço era tão lindo e delicado que achei possível estar em falta.

–Acho que tem. Provavelmente, resta apenas um! - ele falou coçando a cabeça. - Vou checar se ele ainda está lá. Se estiver, eu reservo para você! - ele sorriu.

–Obrigada!

Ele saiu correndo até uma porta que havia perto dos armários. Aproveitei, e segui-o para perto dos móveis ali.

***

Enfim, tudo estava certo. Compramos todos os móveis e tintas, decorações e até o sapato que eu havia visto na primeira loja que entramos. Decidimos tomar café no Starbucks. Caminhávamos até a cafeteria, quando o meu celular tocou. Era papai.

–Oi pai!

–Oi bebezinho! – revirei os olhos (com um sorriso no rosto, admito) com o "elogio". - Como está indo as coisas por ai?

–Estão indo bem! E ai em casa? Está tudo bem? Bea já voltou de Londres?

–Está tudo bem aqui! Bea vai voltar mais tarde. Decidiu ficar mais um pouco por lá!

–Hm...

–Então, eu queria te dizer que tenho novidades! Talvez vocês gostem!

Aproximei o celular de Riley para que escutasse.

–Diga, então!

–Não, acho melhor contar aqui em casa! É melhor para falarmos mais sobre isso!

–Aconteceu algo?

–Não! É uma coisinha que eu achei que seria legal. Mas é melhor falar em casa. Estão vindo pra cá?

–Vamos comer primeiro, e já voltaremos para casa.

–Ok! Espero vocês!

–Tudo bem, papai. Até daqui a pouco.

–Até pequena do pai.

Ele desligou. Comemos e fomos para casa. Papai já estava a nossa espera.

–Chegaram! Aleluia! - papai se levantou.

–Pois é! - falei.

–E então, Will? O que queria dizer.

Nos sentamos e papai começou a falar.

–Bom, eu pensei "Acho que Josh não vai querer uma garota infernizando ele a noite e chorando na orelha dele, coitado."

Riley riu com o pensamento de papai e eu, ao contrário dele, fiquei séria. Ele parou de rir instantaneamente. Eu, verdadeiramente, não gostara nada do que ele disse. Até parece que meninas são tão insuportáveis assim.

–E... - Riley falou segurando a risada.

–Pensei que poderíamos montar um quarto pra cada um!

–É uma ótima ideia! Mas... aonde montaremos outro quarto? - perguntei confusa.

–Desmontamos o banheiro, que não serve pra tanta coisa assim, e montamos outro quarto no lugar! - papai falou animado.

–Claro! Ótima ideia! - Riley falou e fez o tal cumprimento esquisito dele com papai. Sorri com aquilo.

–Tudo bem, mas... sabe se mamãe e Beatrice estão de acordo com isso? - falei.

–Sua mãe sim, já Bea eu não sei. Terei de perguntar para ela quando voltar de Londres!

–Acho que ela concordará numa boa. - falei.

–Tomara.

3 semanas depois...

Sim, Bea concordou em desmontar o banheiro para montar o quarto de Joshua. E sim, o antigo banheiro será o quarto de Josh. Papai e Riley que optaram. Bom, agora o quarto de Chloe está pronto! Lindo!

http://www.not1.com.br/wp-content/uploads/2011/05/QUARTO-BEBE-.jpg

Mamãe ficou admirada com tudo. Desde os móveis até a pintura. Mas estava lindo mesmo! Eu adorei o quarto da minha menina. O quarto de Josh está pronto também! Eu ainda estou me perguntando, como conseguiram desmontar TODO o banheiro e montar o quarto de Josh em apenas 3 semanas? Mas enfim, o importante é que está pronto!

http://decoracao.novidadediaria.com.br/wp-content/gallery/quartos-de-bebes/quartos-de-bebes-13.jpg

O quarto é todo verde. Não sei se sabem, mas odeio verde... porem, eu deixei Riley escolher como queria o quarto do menino. Já que ele queria verde, verde será. Mas continua lindo! A decoração e os moveis são lindíssimos! Agora é só esperar a chegada dos meus dois grandes, porém pequenos, amores.

Continua...