Capítulo 12 

Ninguém, nunca soubera o quanto sofreu durante os doze anos distante da filha e da esposa. Nunca deixou transparecer oque sentia a dor da perda o corroía por dentro. O mundo havia desabado aos seus pés, se sentia culpado, não havia cumprido o dever de um marido e um pai, que deveria proteger sua família.
Nos primeiros meses fora difíceis, acordar pelas manhãs e não encontrar Hanna dormindo ao seu lado. Entrar no quarto de Sakura e não a ver dormindo no berço.
Procurou nos lugares mais remotos que podiam existir, passava horas sem dormir. Sua primeira esperança era encontrar a filha, e assim foi realizado, e agora faltava sua segunda e ultima esperança, encontrar a amada esposa.

Ao destampar o caixão, se deparou com a esposa adormecida.

_Finalmente.

Analisou Hanna, por completo, poderia ser uma armadilha.
Constatou que não havia nada suspeito na rosada, checou o delicado pulso, fracamente sentiu a pulsação.
Surpreendeu-se ao perceber que a rosada não havia envelhecido, continuava com a aparência de uma mulher de vinte anos, sendo que a mesma possuía trinta e dois. O vestido verde rasgado, sujo de sangue seco, cicatrizes espalhadas pelo corpo. Dormia serenamente.

Fugaku e os soldados permaneciam quietos, vendo o imperador sair do calabouço com a imperatriz nos braços.

_Fugaku, pegue o papel que esta ai dentro- Disse Madara se referindo a um estranho papel que estava dentro do caixão. Saiu com Hanna nos braços, a olhava ternamente.
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Estava impaciente e ansiosa, só de pensar na possibilidade de rever a mãe ficava agitada, batendo o pé freneticamente no chão.
Estava demorando um pouco, queria logo saber oque estava acontecendo. Olhou para a tia que estava calma e pensativa.

_Tia Mikoto. – Chamou.

_Sim, querida.

_Acha que vou reencontra minha mãe?

_Claro que sim, Saky. – Disse a morena confiante.

_Mal vejo a hora de revê-la! – Disse Sakura sorrindo.

Seu dia havia sido um pouco agitado, o resultado foi sentir suas pálpebras pesando. Encostou a cabeça no braço da tia, estava cansada, mas se manteria acordada assim queria.

Sasuke e Itachi adentraram o salão, o mais velho já sabia do ocorrido por meio de um soldado. Estava curioso e pronto para investigar os fatos. Sasuke estava neutro, pensou na felicidade da prima em possivelmente rever a mãe, e isso já o deixou um pouco animado.


Sakura acabou dormindo, recostada na tia.
Mikoto afagava o cabelo rosado da sobrinha, viu os filhos entrarem no salão e fez um sinal que os mesmo ficassem em silencio para não acordarem a rosada.

_Não façam barulho. –Sussurrou Mikoto.

Sasuke admirava a rosada dormindo, ficava mais bela, os rosto delicado e a expressão calma. Não conseguia bloquear seus pensamentos sobre Sakura, sempre que a via era impossível não admira-la.

_Quer um babador, Sasuke? – Disse Itachi sorrindo.

_Itachi, fica na sua. – Respondeu ficando mal humorado.

Mikoto tinha escutado oque os filhos haviam dito, não possuía nada contra o sentimento do filho em relação a rosada, mesmo que fosse muito jovens, um sentimento puro era bom de ser apreciado.


Fugaku entrou apressadamente no salão, chamando atenção da esposa e dos filhos.

_Oque houve pai? – Perguntou Itachi.

_Hanna esta de volta ao palácio.

_Céus! Que ótimo. – Exclamou a morena.

_Mikoto chame algumas servas que a auxiliem a cuidar da Hanna.

_Certo.

_Itachi venha comigo, precisamos analisar algo, juntamente com Madara.

Fugaku e Itachi saíram do salão em direção ao escritório.
 

_Sasuke, leve a Sakura para o quarto. – Disse Mikoto indo buscar as servas que a ajudariam.

Chegou perto do sofá onde a rosada dormia, com cuidado a pegou no colo, logo o aroma que a mesma possuía foi respirado por Sasuke.
Como podia ser tão perfeita, pensou o moreno.
Subiu as escadas vagarosamente e se dirigiu ao quarto da prima.
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Madara já havia deitado Hanna sobre a cama do quarto do casal, não a deixaria sozinha até que a cunhada chegasse com auxilio para cuidarem da Imperatriz. Passado alguns minutos, Mikoto bateu na porta entre aberta.

_Entrem. - Disse Madara.

Seguida por três servas, adentram o espaçoso quarto.

_Cuidem bem dela. –Disse o moreno saindo.

Estava emocionada em rever a amiga, a ajudaria com toda certeza, se esforçaria no máximo possível.

_Trouxe algumas ervas medicinais, vocês as usarão no banho que irão dar na imperatriz.  – Disse Mikoto dando as ordens.

As três servas concordaram e começaram o processo.
Com uma tesoura cortaram o vestido da rosada, a carregaram até o banheiro, a depositando em uma enorme banheira.
Como Mikoto havia mandado, banharam Hanna com as ervas mergulhadas na água morna da banheira.
Mikoto já tinha separado uma camisola de algodão, e uma pomada cicatrizante que passaria nas cicatrizes do corpo da rosada.

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Ao adentrar o quarto de Sakura, lembrou-se do beijo que havia dado na mesma, alguns meses atrás. Não devia ter cometido tal ato, mas não havia se arrependido.

Cuidadosamente a deitou na macia cama, retirou as sapatilhas que a rosada usava e a cobriu.

_Sasuke... – Ouviu a prima sussurrar enquanto dormia.

Sorriu de canto, e depositou um delicado beijo na bochecha da prima.

_Durma Bem. –Sussurrou ao sair do quarto.


Continua...