Narrado Por Lucy

– Então – finalmente, depois de três dias de descanso forçado e dois discursos enormes por parte de Lilian, estamos indo em direção ao território de Seraphina, junto a nós estão Ace, Belle-san e Patricia. Só há um probleminha, bem pequenino. – Por que tem tantos dragões a nos seguir? – isso foi um conjunto de pergunta histérica com um grito e como recompensa ouvi dragões gritando “Precisava falar desse jeito menina” ou “Dá pra ter um chilique mais baixo”. Revirei os olhos e bufei. Dragões mais chatinhos são esses, não aguentam um gritinho de nada.

– O que posso te dizer, Lucy, é que o território de Seraphina é muito atrativo nesta época do ano. – responde Lilian misteriosa com se me dissesse mentalmente “Não contarei nada, descubra sozinha, honey”. Bufei. Não sei por que, mas eu já esperava por algo desse tipo. Dragões estranhos e complicados, definitivamente criaturas “maravilhosos”.

Fechei os olhos e aproveitei a brisa, meu cabelo balançava na vontade do vento. Estamos há mais de uma hora sobrevoando várias terras e neste período muitos dragões se juntaram a nós, primeiramente achei que não fosse nada de mais, porém depois de ver a quantidade que nos seguiam e posso dizer são muitos, muitos mesmos. Suspirei. Contanto que não nos ataquem, tudo está ótimo para mim. Mas afinal, o que tem de tão de especial no território de Seraphina? O território de Vicelogia é comercial e tem todo o tipo de lojas de magia, mas também há vários campos floridos e campos de treino. O território de Igneel é realmente quente, e os moradores são muito energéticas e hiperativas, não conseguiam ficar paradas, principalmente as crianças. O território de Skiadrum é quase o oposto do Igneel, todos os dragões tem aquela expressão sem emoção, porém são gente boa. Resumindo, todos os territórios são legais, mas por que este é diferente.

Vamos pensar, Lucy, qual seria o segredo do território de Seraphina. Ela é um dragão da água, então o que há de especial no seu território? O que há?

– Argh! – minha mente deu tilt. Fechei os olhos desistindo de qualquer esforço mental, hoje não é o meu dia, mas pelo menos posso apreciar a bela visão do mar que se estende no horizonte.. Esperai aí, mar, mas é isso, como eu não pude deduzir isto antes. Lucy algo está afetando seu seriamente seu raciocínio. Suspirei. E retornei a sustentar meu olhar no mar, ele era lindo em tom azul diferente do normal, mais claro e mais bonito, principalmente por que a luz do sol nascente o fazia brilhar como um diamante, de fato uma visão gloriosa de se ver.

Fechei os olhos desfrutando da brisa agradável que batia contra meu rosto, me permite sorrir. O mundo a minha volta, tirando o fato dos inúmeros dragões atrás de mim, estava em paz e tranquilidade, tudo na mais perfeita ordem, tudo no seu devido encaixe.

– Acnologia seu parvo! – o grito foi seguido de um tapa, eu acho. Até parece! Paz! Tranquilidade! Perfeita ordem! Devido encaixe! A sorte não gosta de me favorecer tanto assim. Olhei para as duas criaturas ao meu lado, será possível que nem em um cenário calmo com esse eles podem, nem por poucos segundos fingir que não estão tentando se matar. Bufei.

Voltei a olhar o mar encolhendo no meu próprio lugar, estava nas costas de Suzana, ela sobrevoou todo o percurso sem se comunicar comigo e isso foi estranho, tudo bem que ela não é tagarela e histérica como a Yuki, entretanto ela fala mais que Arieta. Respirei fundo prendendo o ar por poucos segundos, quando saímos do território de Ace era meio dia, a noite paramos por cinco horas em uma cidadezinha e depois seguimos viajem. É isso ai, eu dormi apenas cinco horas e com um Ace e um Acnologia rocando nos meus ouvidos. Contudo eu não estava cansada, estava bem animada para ser sincera, pois logo regressaríamos ao palácio de Lilian e começaríamos definitivamente meu treinamento.

O mar cintilante tinha ondas de tamanho grande na minha opinião, surfistas deveriam adorar está praia, se é que dragões surfam. Eu podia escutar o som das ondas se quebrando e o cheiro da água salgada, eu não um dragon slayer, porém ainda tenho um olfato e uma audição ótimos. Seria divertido e relaxante passar o dia na praia, pena que eu não tenho nenhum biquíni. Mas como eu conheço Yuki o suficiente para saber que ela já arrumou tudo, ela é uma tagarela, histérica de bom gosto, observei, ela conversava animadamente com um dragão. Ela não perde tempo. Rosette e Yume passaram na minha frente brincando junto a Patricia, pelo menos arrumaram uma companhia mais educada que Acnologia, nunca vi dragão de boca suja como ele.

Em meio aos meus devaneios passou um nome não tão agradável, Fairy Tail, isso me faz pensar no tempo em que sai do mundo humano, talvez semanas ou meses. Gostaria de saber, também gostaria de saber das pessoas que por mim são queridas, Levy-chan, Mira, Lisana, Wendy, o mestre, até mesmo Gajeel e Laxus – mesmo que não tenhamos trocados poucas palavras. Ter esses pensamentos fez com lágrimas geladas caíssem dos meus olhos. Encolhi-me mais no lugar onde me encontro esforçando-me o máximo que posso para não me verem. Sério, eu me esforcei mesmo, mas Suzana ainda estava lá e ainda me escutava.

– Lucy-sama – sussurrou Suzana. Impedi-me de soluçar e engoli me choro fora de hora, sequei as lágrimas e sorri para a dragonesa. – Sabe que não precisa disso, né? – ainda que aquela frase não faça sentido para mim, me reconfortou muito deixando um rastro quente em meu coração. Acenei positivamente. Ela parecia não acreditar, mas, ainda assim, me mandou um olhar compreensível.

– Né, Suze – Suzana virou a cabeça ao meu chama, não estranhado o modo diferente em que me referi a ela. Não sabia ao certo o que perguntar, travei e pensei escolhendo uma pergunta descente. Não queria ficar em um silêncio desconfortável. – Como é o clã de onde você veio? Passamos pelo território de Arles, no entanto você não falou nada sobre ele.

– O meu clã é bem legal, mas eu não sou mais considerada uma dragonesa dele. – ela respondeu com melancolia como se lembrasse de algo triste. Resolvi me calar e não continuar no assunto, no fim das contas nós mau nos conhecemos e eu não posso perguntar da sua vida pessoal, seria muito intrometimento da minha parte. – Estamos chegando! – exclamou mais animada, um animado fingindo e eu sabia daquilo por que eu já usei essa falsa animação antes.

Começamos a descer em uma velocidade quase anormal entre um devagar quase parando e um rápido quase se esborrachando contra o chão. Sorte minha que consegui me segurar a tempo. Desci das costas de Suzana, espreguiçando-me ealongando-me esperando os outros retornar a forma humana. Lilian foi a primeira reaparecer em sua forma humana, seus cabelos lilás estão presos em rabo de cavalo alto e ela vestia um short jeans branco e uma camiseta roxa e uma sapatilha. Em seguida veio Belle-san, o cabelo cor café presos em uma trança, usava um vestido comum azul contrastando com seus olhos e calçava uma rasteira cor madeira; Patricia, Rosette e Yume vieram logo após da dragonesa, a exceed usava um shortinho preto e um top e as outras duas usavam vestidos, Yume da cor preta e Patricia cor mel. Apareceu Acnologia e Ace com bermudas e camisetas e as três empregadas dragonesas estavam bem produzidas, Suzana de bermuda jeans e blusa, Arieta de short vermelho e top e Yuki uma saia branca com babados pretos e uma camisa preta. Todos bem-vestidos.

Lilian nos guiou até a praia e lugar está lotado. Muito cheio. Tivemos que pedir diversos “com licença” e em fim chegamos no castelo/palácio de Seraphina, totalmente deslumbrante, nas paredes haviam conchas como enfeite. Entramos naquele monumento e eu me maravilhei, se o lugar é lindo por fora, não queiram imaginar por dentro. As cortinas brancas balançavam levemente ao comando da brisa marítima, davam uma leveza única e os candelabros de joias brincavam no teto, havia muitos móveis com fotos, e na parede central da sala de recepção estava um quadro bem bonitinho, nele estava a versão chibi de quase todos, Lilian estava sentada em um trono usando uma coroa brilhante, sua expressão era seria e brincalhona, no seu lado esquerdo estava Igneel, o cabelo vermelho bagunçado e sorrindo inocentemente enquanto apoiava a mão no ombro da pequena Seraphina, seu rosto estava em tom vermelho, ela estava sentada de pernas cruzadas em um degrau da escada, no lado esquerdo estava Metalicana, com um sorriso debochado escorado no trono de Lilian, sentada no outro lado do degrau estava Grandine com um sorriso gentil segurava um livro de capa dura nas mãos, seu cabelo azul preso em um rabo de cavalo igual a Wendy, Ace estava em pé atrás do trono de Lilian, fazia um sinal de paz com os dedos e ao seu lado Skiadrum mantinha a expressão sem emoção e Vicelogia estava entre Grandine e Seraphina, ela tinha um sorriso arrogante nos lábios. Sorri. Eles eram muito fofos.

– Fofo, concorda? – Seraphina perguntou sorrindo com se relembrasse do dia em que foi pintado o quadro. Concordei. – Demorou horas para pintura ser completa, Igneel de cinco em cinco minutos perguntava se havia acabado, Ace gritava um “Cala boca, seu retarda” e eles logo após iniciam uma briga. Aquele tempo foi realmente divertido. – eles tinham lembranças boas da infância terna. – Bem, que tal subir e trocar de roupa. – a olhei sem entender, como assim trocar de roupa. Espera ai, cadê todo mundo? Não havia mais ninguém ali. Subi em desesperada para o segundo andar, no entanto não antes de agradecer Seraphina.

Chegando a um ponto, alguém me puxou para dentro de um quarto e eu por instinto me debati e gritei. Chutei a pessoas em questão e dei socos no nada.

– Senhorita poderia parar de se debater. – aquela era voz de Yuki.

Me acalmei. Não esperava ser puxada para dentro de um quarto por uma maníaca por moda e rapazes bonitos. Bufei. Ela não poderia simplesmente me chamar. Analisei a dragonesa doida a minha frente, ela nesta ocasião vestia um biquíni roxo com um desenho de uma flor branca e uma saia preta, o cabelo roxo preso com uma flor branca cai em cachos nos ombros. Ela sorria como uma criança sapeca. Já adivinhei o que veria a seguir.

– Está na hora do seu Dress up! – foi o que imaginei.

Ela iniciou sua “mágica”, abriu as inúmeras malas que estavam acima da cama e dizia uma vez outra “Este não é perfeito” e depois de minutos ela apareceu com biquíni “ideal”. Ela me mandou vestir ao mesmo tempo que me empurrava para dentro do banheiro. Não havia escolha. Quando estava pronta, pus meus pés para fora do banheiro. Yuki sorriu como se disse “Eu não tenho um bom gosto, né”. O biquíni é preto, com argolas pratas nas alças, sem nenhum detalhe em especial, mas sofisticado. Yuki me jogou um short jeans curto e disse para mim segui-la, mas primeiro vesti o short. Segui a energética e super-histérica dragonesa, encontramos o resto do pessoal. Lilian usava um maiô branco e preto que dava volume ao seu busto e destaque a cintura, ela quer provocar um certo aquém se é que me entenderam. Suzana e Arieta usavam um biquíni em um estilo semelhante, apenas de cores diferentes, o de Suzana é verde e o de Arieta é azul-escura. Belle-san usava um maiô rosa claro, comportado e elegante. Patricia usava um biquíni rosa choque com estrelinhas brancas. Yume usava um biquíni preto, a parte de baixo tinha babados brancos com corações pretos. Acnologia usava uma bermuda preta e Ace usa uma branca. Olhei a todos, estava faltando uma pequena exceed rosa de grandes olhos cor esmeralda.

– Lucy, quero te mostrar uma coisinha! – só foi pensar que ela aparece. Rosette vestia um biquíni verde-esmeralda que combinava com seus olhos e tinha um larcinho vermelho na calda.

– Então me mostre, oras!

Ela sorriu e seu corpo começou a brilhar cegando minha visão, a luz desaparece alguns minutos depois e no lugar da minha exceed está uma garotinha com as mesmas características que Rosette, os grandes olhos cor esmeralda. No cabelo rosa claro brincavam orelhas da mesma cor e uma calda com um lacinho vermelho balançava de um lado para o outro. Ela parecia esperar alguma palavra vinda de mim.

– Q-Quem te ensinou isso Rosette? – perguntei pasma.

– Foi a Lilian, ela disse que está mágia se chama Shape change: Humam form. Legal, né? – concordei olhando Lilian que me mandava um sorriso.

– Chega de enrolação, vamos logo para praia! – ordenou Lilian em um grito. Saímos correndo e logo demos de cara com aquela praia sem igual.