Stay Strong escrita por Mandie Cruz


Capítulo 23
Território de Seraphina, Praia parte II


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu infelizmente retornei as aulas e não entendo porcaria nenhuma de física e matemática. É incrível como ano passado eu me gabava que era ótima em matemática e agora estou me ferrando legal em tudo que seja relativo a contas, mas por que tudo na vida tem a tendência a ficar pior do que já está, isso é uma droga. Entretanto, não é sobre isso que quero falar, apenas gostaria de avisar que eu demorarei a postar - mais do que o de costume - dependendo da minha criatividade e tempo. Então deixo a vocês um novo capítulo.
Com carinho, Mandy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372513/chapter/23

Narrado por Lucy.

Sozinhas, eu e Lilian nos banhávamos na brilhante luz solar antes de cair na água, por que afinal ter um bronzeado não seria nada mau. Nosso grupo, após tocar na areia fofa e branquinha sumiram pelos quatro cantos da praia. Correram igual a loucos, como se nunca tivessem visto um mar na vida, nesse ponto posso até entender o lado de Yume e Rosette, mas os outros e um caso totalmente diferente. Suspirei. Virei-me e observei Lilian em sua cadeira de praia, ela definitivamente parecia uma burguesa, com aqueles óculos escuros e a postura superior. Entretanto era cômico quando alguém – do sexo oposto para ser mais exata – passava e enviavam olhares com segunda intenções para ela, Lilian, a dragonesa mais orgulhosa que conheci, encolher o corpo e travar os músculos esperando que o indivíduo pare de encará-la. É seguro afirmar que ela não sabe lidar com situações constrangedoras como essas.

– Ah – suspirei puxando o ar fresco com toda as forças contidas no meu pulmão, segurei o ar e o soltei em um suspiro. Peguei o copo de vidro com o liquido avermelhado dentro, ajeitei o canudo na minha boca e puxei o suco de melancia, estava no último gole, pus o de volta na mesa. Levantei-me e espreguicei-me. – Vou nadar, gostaria de ir comigo? – Lilian permanecia naquela pose, no entanto virou-se para mim, abaixou os óculos, permitindo que visse suas ires azuis idênticas a uma noite sem estrelas, apenas o puro e belo azul-escuro. Ela negou e retornou a posição inicial.

Caminhei tranquilamente entre os dragões que passeavam ao meu redor, eu sabia muito bem para onde minhas pernas me atraiam, o motivo da minha súbita vontade de nadar. Era a simples necessidade de ir até uma certa e não tão chamativa ilha a poucos quilômetros longe da praia. Senti a água gelada entrar em contato com meus pés, tremi, mas continuei a caminhar. Quando achei a profundidade suficiente, mergulhei, assim se passaram trinta minutos de nado até chegar a ilha “misteriosa”. Parei para recuperar o folego, após meus cinco minutos necessários, reparei na vegetação, havia coqueiros, bananeiras, o tipo de vegetação tropical e típica de uma ilha no meio do mar. Andei observando tudo ao redor, os pássaros cantando, neste memento, eu imagino com um dragon slayer escutaria essa suave e doce canção com o ritmo perfeito.

– Lucy, é você? – reconheceria aquela voz rouca e aveludada de qualquer lugare se meu desejo se realizou ou não gostaria de escutar mais daquela voz. Virei-me vendo o dragão do fogo que me deu um beijo, Kai, seu rosto estava corado dando um ar muito fofo. O cabelo vermelho estava estrategicamente bagunçados, a pele bronzeada parecia reluzir no sol e vergonhosamente eu havia prestado atenção no seu – não acredito que falarei isso – magnífico porte físico. – Algum problema, Lucy?

– Não – respondi um pouco sem graça por ser pega no ato, porém ele não percebeu minha observação minuciosa sobre seu ser. Obrigada, pensei internamente. Sorri, colocando uma mecha loura atrás da orelha, ainda muito sem graça. – Err... O que você faz aqui? – olhei para todos os ângulos que poderia, menos para o próprio.

– Eu gosto de vir a está ilha quando estou no território de Seraphina. – ao ouvir sua voz não pude deixar de olhar em seus olhos. Oh, aqueles pareciam tirar meu folego que a poco recuperei. – Eu sei é estranho, ficar sozinho nesta ilha isolada, mas eu gosto.

– Eu até concordo, aquela praia está lotada. – tentei manter meu foco fora de seus músculos perfeitos e o que não adiantou muito. Mordi o lábio inferior e movi os olhos. – Então...

– Então… – ele repetiu. Sério, essa situação está dano nos nervos. – Sabe Lucy, sobre o que ocorreu no território de Igneel, eu gostaria de falar.. Que bem eu… Droga! Eu não sei por onde começar!

– Você poderia começar do começo. – o incentivei da melhor forma possível, pois eu queria saber sinceramente o que acontece entre nós, não que eu ache que somos um casal, mas espera aí, ele me beijo e dançou comigo no baile no território de Igneel e bem, isso deve ter um significado, nem que seja mínimo.

– E que eu…

– Lucy, te encontramos! – não sei quem gritou, mas vai para minha lista negra. Sério, interromper esse momento importante. Que tipo de pessoa – dragão – não repara no clima que está rolando.

Olhei fuzilando com os olhos o indivíduo que ousou atrapalhar aquele momento, e advinha, era Penny, o pior é que me olhava de uma forma maliciosa. Que vergonha! Evitei ao máximo não corar, onde estão os buracos quando precisamos de um. Do nada, Sílvia apareceu atrás de Penny, não acredito teve quase uma plateia.

– Desculpe atrapalhar. – sussurrou Sílvia. Ela estava arrependida ao contrário da Penny, que tinha os braços cruzados abaixo do busto coberto pela parte de cima do biquíni, azul-escuro, o cabelo cinza estava preso em um rabo de cavalo. – A Penny não se conteve, digamos, que quando ela quer consegue ser irritante.

– Sei – fuzilei cada vez mais Penny. – Irritante demais. – a dragonesa arrogante abriu mais o sorriso malicioso, aposto que ela sabia que eu e Kai estávamos juntos e fez isso de propósito. Ela me paga se isso for verdade.

– Não foi minha intenção atrapalhar o momento Love de vocês, apenas queria passar meu tempo com minha amiga Lucy Heartfilia, sabe, não foi por mau. – cara e pau me puxou – arrastou – para longe de Kai. Acenei em um sinal de até breve e retornei para praia contrariada.

Penny ainda puxava-me quando encontramos – coisa que eu não queria ter visto de modo algum na minha vida – Metalicana devorando (não pensem merda) Grandine. A dragonesa parecia ter uma seria falta de ar, porém aparentemente estava gostando daquele contato físico desnecessário em público. Sílvia parou no nosso lado e fez uma careta desaprovadora e enojada, mas não falou absolutamente nada. E eu, bem, fiquei sem palavras, não sabia se cavava um buraco e me escondia lá ou vomitava, pois aquilo é está realmente nojento. Penny que antes me segurava pelo pulso, soltou-me e fez uma expressão entre nojo e parecia que ia soltar um vorroto.

– Que nojo! – exclamaram Rosette e Yume aparecendo de sei lá aonde e despertando o casal “devorador”. Primeiramente os dois piscaram os olhos retornando a consciência, depois ambos coraram – mais a Grandine do que Metalicana – e Metalicana tentou sem sucesso, visto que eu o impede, bater nas minhas duas crianças.

– Vocês podiam fazer isso no quarto, sabiam? – ironizou Penny com a sobrancelha arqueada e de braços cruzados, quase a mesma pose que fez quando Kai me confessaria algo. Penny tem o dom de brincar em momentos como esse, mesmo que eu não concorde com o que esses dois estão fazendo, acho que o pequeno comentário foi desnecessário. Muito desnecessário.

– Cala boca, pirralha de Vicelogia. – falou rudemente Metalicana. Penny franziu o cenho aparentemente ofendida por não ser chamada pelo nome dando a língua discretamente.

– Bem – Grandine bateu palmas aliviando o clima e retirando a atenção sobre o acontecido. – Meninas vocês vão participar do luau de mais tarde?

– Mas é claro! Como poderia perder o evento mais divertido do território da senhorita Seraphina, afinal se eu fizesse tal coisa minha popularidade abaixaria num nível sem precedentes. – respondeu Penny arrogante como ela só e enrolando um mexa cinzenta do cabelo no dedo indicador.

Dá pra ser mais arrogante? – pensei revirando os olhos, colocando a mão no rosto e balançando em negatividade. – Mas que luau é este? – perguntei. Por que eu sou sempre a última a saber das coisas?

Penny voltou-se para mim e deu uma risadinha insinuativa desenrolando a mexa cinzenta e abriu bem os olhos. – É uma festinha comemorativa, cheia de comidas típicas, bebidas, dança e no final tem uma solta de fogos linda, oferecimento dos dragões do fogo é claro. – ela alongou o sorriso que brincava nos lábios. – Sabe, nesta festinha muitos casais ficam juntos, se é que você me entende. – é minha impressão ou ela me mandou uma indireta. – Certo dragão de fogo adoraria conversar mais a intimo com certa loira humana.

Buracos. Eu seriamente caricio de buracos, de preferência bem fundos que consigam abrigar garotas envergonhadas em publico por uma dragonesa muito convencida, egocêntrica, narcisista e com seria complexo de superioridade.

– É Penny, você está corretíssima, o luau é um ótimo lugar para namorar, porém tenho certeza que a Lucy-san não está interessada nesse tipo de coisa, afinal essa certa loira não seria ela, correto? – minha salvadora, uma dragonesa de cabelos cor fogo, Sílvia você é demais – gostaria de ter gritado – Correto Penny? – repetiu Sílvia fuzilando a cinzenta que tinha uma careta contrariada no rosto, no entanto respondeu mal-humorada.

– Correto capitã chata. – Grandine deixou escapar uma risadinha graciosa e Metalicana nem sequer mais prestava atenção na conversa bana de mulher que acontecia entre nós. Yume e Rosette brincavam na areia distraidamente.

E assim continuou, brigas, conversa fiada e muitas indiretas jogadas em minha reta até que Yuki me carregou – puxou brutalmente seria o termo utilizado – para o castelo de Seraphina para me arrumar para, como ela mencionou, “a festa onde eu vou dançar muito, paquerar muito e aproveitar tudo de bom”. Maluca. Ela não pode ter todos os parafusos na cabeça, disso eu tenho certeza e isso é umas verdades que tive de aceitar quando pus os pés nesse mundo doido que pertence aos dragões. Ainda não posso crer que exista um mundo apenas de dragões, às vezes de manhã quando acordo me dou um beliscão só para saber se estou tendo o sonho mais insano da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Trabalha como se vivesses para sempre. Ama como se fosses morrer hoje." - Sêneca.
Essa é a frase filosófica do dia pessoal.