As semanas se passaram tão rápidas que muitos alunos não acreditaram que já era março.

Foi na primeira semana em que Harry recebeu muitas cartas e uma revista. Catherine concluiu que a entrevista que ele havia dado finalmente havia sido publicada.

A morena saiu do salão a passos rápidos. Na mesa da Grifinória, Harry, Fred, Hermione e Luna liam as cartas.

“Esse cara aqui está dividido” disse Fred “Diz que você não passa a impressão de ser maluco, mas que ele realmente não acredita que Você-Sabe-Quem tenha retornado, então, agora não sabe o que pensar. Caracas que desperdício de pergaminho”.

“Tem um aqui que você convenceu Harry!” Hermione falou excitada “– tendo lido a sua versão da história, sou forçado a concluir que o Profeta Diário tem sido injusto com você... Por menos que eu queira pensar que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou, sou forçado a aceitar que você está falando a verdade... – Ah, isso é maravilhoso!”

“Outra acha que você está só ladrando” disse Rony atirando a carta que amassara por cima do ombro “... Mas essa outra diz que você a converteu e ela agora acha que você é um verdadeiro herói: e manda junto uma foto, uau!”.

“Que é que está acontecendo aqui?” perguntou uma voz falsamente meiga e infantil.

Todos olharam para a Professora Umbridge “Por que recebeu todas essas cartas, Sr. Potter?” perguntou por fim.

“Isso agora é crime?” exclamou Fred em voz alta “receber cartas?”.

“Cuidado Sr. Weasley, ou será que terei de lhe dar uma detenção?” Umbridge ameaçou “então, Sr. Potter?”.

Antes que Harry pudesse abria a boca para responder foram interrompidos por alguém que chamava a professora.

“Professora Umbridge!” Catherine berrou correndo até eles “professora a senhora não vai acreditar” começou parando na frente da mulher com as mãos nos joelhos e ofegando.

“O que foi Senhorita Bibble?” a professora lançou um olhar irritado para a garota.

“O armário de Troféus alguém o explodiu” Cath parou para respirar e olhou a professora de frente, por estar curvada.

“E QUEM FOI?” Umbridge berrou irritada deixando de lado qualquer traço da sua voz meiga e infantil.

“Não sei, quando fui lá conferir o barulho, o culpado já havia fugido, vim correndo lhe avisar para que a senhora tomasse as medidas necessárias”.

“Potter, resolveremos isso depois” ela se virou para Harry e depois saiu do salão.

“Você está me devendo uma Potter” Catherine comentou tirando a mão dos joelhos e parando de ofegar.

“O que você vai fazer quando ela ver que o armário de troféus está intacto?” Hermione indagou percebendo que a morena fez isso para distrair Umbridge.

“E quem disse que ele ta intacto?” dizendo isso a morena deu meia volta e foi para a mesa da sonserina.

“Assustador” Rony murmurou depois que Catherine saiu.

“Assustador mesmo, porque ela nos ajudou?” Hermione se perguntava com o indicador nos lábios.

“Acho que deve ser provavelmente algo haver com: numa guerra os soldados devem se ajudar, ou qualquer metáfora assim” Fred comentou dando de ombros “mas o que eu quero saber é o que exatamente ela fez” ele se levantou e saiu do salão.


Na hora do almoço, Umbridge foi tirar satisfações com Harry, que novamente a desafiou e ganhou mais uma semana de detenção.

No final daquela tarde Catherine estava lendo entretido um livro, quando batidas incessantes chamaram-lhe a atenção.

“Professora Umbridge? O que a senhora deseja?” ela indagou abrindo a porta o suficiente para enxergar a professora.

A professora nada respondeu apenas empurrou a porta par a abri-la mais e entrou sem ser convidada “Me ajude a colocar esses avisos em cada canto da escola” ela colocou uma pilha de papéis em cima da mesa da garota.

Catherine foi até a mesa e leu o conteúdo dos papéis:

POR ORDEM DA ALTA INQUISIDORA DE HOGWARTS

O estudante que for encontrado de posse da revista
O Pasquim será expulso.
A ordem acima está de acordo com o
Decreto Educacional Número Vinte e Sete.
Assinado: Dolores Joana Umbridge,
Alta Inquisidora

“Não irei lhe ajudar” Catherine informou calma devolvendo os papéis para a mulher.

“Como não? É uma ordem senhorita Bible!” a mulher berrou.

“Não irei acatar a ordem de uma idiota” a garota retrucou olhando superiora para a mulher.

“IDIOTA? COMO OUSA!” Umbridge berrou com a paciência claramente esgotada.

“Sim você é uma idiota, você vai simplesmente PEDIR para todos os alunos lerem essa revista se publicar esse decreto. Você é simplesmente uma idiota, que quando as coisas saem do seu controle toma atitudes imbecis” Catherine mantinha um tom calmo e superior, enquanto Umbridge ficava cada vez mais vermelha de raiva.

“Detenção! Amanhã às oito na minha sala!” a professora ordenou lançando a garota um olhar fulminante.

“Como eu acabei de dizer, toma atitudes imbecis quando a situação sai do controle. Mas não podia esperar menos de uma cachorrinha do Fudge”.

“Vejo que até mesmo a senhorita está contra mim” a mulher falou com o nariz empinado e se dirigiu para a porta.

“Senhora, eu não estou do lado de ninguém, só vou dizer uma coisa, amanhã mesmo não haverá um aluno de Hogwarts que não terá lido essa revista depois que você colocar esses avisos”.

Umbridge bufou e saiu, batendo a porta com força atrás de si, Catherine não fez nada além de rir, sua risada de escárnio e deboche. Sentia-se muito bem, afinal desejava falar isso para Umbridge há um bom tempo. E depois de dizer, parecia que cumprir uma detenção era um preço justo.


No dia seguinte às oito horas da noite em ponto Catherine entrou na sala de Umbridge. Ela estava sentada em sua mesa corrigindo alguns trabalhos, numa mesa ao lado dela Harry estava a olhando abismado.

“Veio na hora senhorita Bibble, impressionante” Umbridge tentou a provocar, mas Cath mantinha uma feição impassível “sente-se na mesa ao lado do Senhor Potter”.

Catherine se dirigiu até a mesa e se sentou, apoiou um cotovelo na mesa e colocou a cabeça numa das mão olhando inexpressiva para Umbridge.

Umbridge pegou um papel e uma caneta o pos na mesa de Cath “escreva ‘Devo respeitar os superiores’ quantas vezes forem necessárias para a frase se fixar” ela deu um sorriso muito cruel ao dizer o fixar, mas não pareceu abalar em nada Catherine, que simplesmente pegou a caneta e começou a escrever.

     Catherine sentiu uma ardência na mão assim que terminou de escrever a primeira frase, mas era algo fraco, e ela simplesmente ignorou. Conhecia muito bem aquela caneta que usava e sabia que a tinta vermelha era seu sangue, e a ardência nas costas da suas mãos era a frase sendo formada na pele.

     O sorriso de Umbridge diminuiu ao ver que as feições de Catherine não haviam mudado em nada, ela permanecia indiferente, como se estivesse escrevendo com uma caneta normal.

     “Você deve estar se perguntando porque eu não fiquei fazendo caras e bocas como o Potter” Cath comentou, parando um segundo de escrever para a encarar.

     “Eu sei que você está agonizando por dentro” a mulher retrucou arrogante.

     “Eu treinei vários anos artes marcias, e em um desses estilos de luta se aprende a suportar a dor” ela comentou “sua tentativa de tortura é tão patética que não merece nem a menor expressão de dor possível”.

     Ao lado dela, Catherine viu Harry se segurando para não rir, enquanto escrevia a sua frase demoradamente.

     “Senhorita Bibble se continuar com isso irá ficar aqui o resto da semana junto com o senhor Potter” Umbridge a ameaçou.

     “E você acha que isso irá me afetar?” Cath indagou fria e voltou a escrever, mantendo sempre a mesma expressão vazia.

     Umbridge bufou e se afundou atrás dos papéis, Catherine esboçou um sorriso vitorioso nos lábios e continuou a escrever, e Potter apenas sorriu para a garota enquanto também escrevia.

     Ao passar de uma hora Umbridge achou que já devia voltar a se pronunciar, levantou de sua cadeira e parou na frente da mesa de Potter.

     “Vejo que já está bem fixo, acho que por hoje é só, senhor Potter” ela comentou depois de analisar as costas da mão do garoto.

     Harry pegou suas coisas “Boa noite, Catherine” se despediu e saiu da sala.

     “Agora vejamos você” Umbridge pegou a mão de Catherine em que a frase estava marcada e propositalmente apertou com os dedos. Catherine manteve o olhar vazio e a expressão indiferente. “Para uma primeira detenção está bom, vamos deixar assim, espero que não precisemos reforçar a mensagem”.

     Cath lançou-lhe um sorriso cínico e saiu da sala sem dizer nada. Assim que ela fechou a porta, percebeu que Harry estava a esperando apoiado na parede.

     “Hey Cath, levei um susto quando te vi entrar na sala” ele comentou andando do lado dela.

     “Potter, o que lhe faz pensar que você pode vir falar comigo como se fossemos amigos?”

     “Er... Eu só pensei” ele começou hesitante “ eu só pensei em te falar que essência de murtisco é bom para a dor”.

“Potter, eu sei disso” Catherine virou de costas e seguiu o caminho para seu quarto.