Batalha Real - Matar ou Morrer! escrita por Stark


Capítulo 2
O começo


Notas iniciais do capítulo

O jogo tem início e vemos os primeiros alunos saírem da escola.



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O General olhou na prancheta, fez sinal para um dos soldados e no mesmo instante, outros soldados entraram na sala empurrando um grande carrinho de cargas, onde estavam empilhadas várias bolsas. O General falou:

– Esses são os seus suprimentos. A saída de vocês será por ordem de chamada, e quando eu anunciar os seus nomes, quero que se levantem, peguem uma bolsa e deixem a escola. Começando por... – O General olhou a prancheta e exclamou – Garoto nº 1, Anacleto!

Anacleto estava sentado no fundo da sala e se levantou assustado, caminhou apressado até a frente onde um soldado lhe jogou uma bolsa bruscamente, andou até a porta e deu uma breve olhada para os seus colegas. Ele correu apressadamente pelo corredor, desceu um lance de escadas e saiu o mais rápido possível da escola. A cidade estava deserta e escura, apesar dos postes estarem ligados.

Anacleto virou à esquerda, mas deu de cara com uma grande cerca que impedia sua passagem, ele abriu a bolsa e tirou o mapa, observou por alguns instantes e descobriu que aquele era o limite da arena. Ele voltou até a frente da escola e seguiu o caminho da direita, onde passou pela praça na frente da igreja e seguiu até a frente do Teatro da cidade, onde entrou em um estacionamento e se escondeu atrás de uma árvore. Planejava atacar o primeiro que cruzasse seu caminho, estava determinado a vencer, queria voltar para a sua família. Ele abriu novamente a bolsa e a revirou, tirou de lá uma faca de trincheira, admirou-a por um instante e disse consigo mesmo:

– Nada mal.

***

Na escola, a sala permanecia com uma ausência de som assustadora, todos esperando o próximo aluno ser chamado. O General então quebra o silêncio.

– Garota nº 1, Andressa!

Andressa, que estava sentada, levantou-se rapidamente, apanhou sua bolsa e saiu da sala. Caminhou pelo corredor, virou à esquerda e se dirigiu até o banheiro. “Merda... Por que eu tive que ficar com vontade de fazer xixi justo agora?” Ela pensava enquanto se sentava na privada e conferia sua bolsa. Tirou de lá uma arma de choque, ela a acionou e no mesmo instante um barulho muito alto de choque começou, ela se assustou e desligou a arma na mesma hora.

***

Na sala de aula, o General continuou a chamar:

– Garota nº 2, Amanda!

Amanda , que estava sentada a frente, se levantou, pegou uma bolsa e deixou a sala de aula. Começou a andar pelo corredor e à esquerda avistou Andressa, saindo do banheiro. Elas trocaram olhares assustados. “Será que ela esperou no banheiro todo esse tempo pra me matar? Ela vai tentar me matar, droga! E eu ainda nem saí da escola.” Pensava Amanda, e como se Andressa tivesse lido seus pensamentos, balançou a cabeça e lhe lançou um olhar de paz. As duas caminharam juntas pelo corredor, desceram as escadas e então Amanda perguntou:

– Vamos formar uma aliança?

– Não quero. – Disse Andressa rapidamente.

– Mas nós vamos ter mais chances de sobreviver assim! – Amanda tentou argumentar.

– Não vai dar certo! - Andressa disse em um tom mais alto. Amanda tentava convencê-la

– Se conseguirmos reunir um grupo grande, a gente poderia...

– Já disse que não! Me deixa em paz! – Disse Andressa quase gritando, e acelerando os passos, deixando Amanda para trás.

Amanda pensou “Vai morrer sozinha então!” e ficou olhando Andressa sair da escola, abriu a bolsa e alcançou a lanterna, ligou-a e começou a revirar a bolsa, viu o mapa, o relógio, a bússola e ao fundo uma embalagem plástica, contendo um pequeno frasco e um bilhete. Ela abriu a embalagem e tirou o frasco, onde leu “Cianeto de Potássio”, já tinha ouvido falar dessa substância, abriu o bilhete curiosa e leu “O cianeto de potássio é um composto químico altamente tóxico. Deve-se ter extremo cuidado ao manipular esse composto, pois o contato com qualquer ácido converte este ao ácido cianídrico, um composto letal.”

Amanda fechou a bolsa e saiu da escola apressada, estava ciente de que havia demorado muito e logo outro aluno sairia da escola. Ela não via sinais de que Andressa voltara, então correu até o estacionamento ao lado da escola e se escondeu atrás de um carro, onde iria aguardar seus colegas saírem e formar uma aliança. Mas em quem ela confiaria? E será que seus amigos se juntariam a ela? Era um risco que ela estava disposta a correr.

Ela continuou observando quem saía, até que avistou Bruna (garota nº 3) deixando a escola com passos apressados e carregando uma bolsa grande e comprida, de repente Bruna parou e começou a vasculhar a bolsa. Amanda pensou que ela tiraria de lá uma espingarda, porém, ao olhar percebeu que ela tirara um arco e flecha. Escutou grunhidos raivosos de Bruna e olhou mais atentamente, a garota não tinha recebido um arco e flecha como havia pensado, e sim, um berimbau! Amanda se segurou para não rir ao mesmo tempo que sentia pena da colega, que nessa hora já havia deixado o berimbau para trás e começou a subir a rua à esquerda da igreja. Eram armas realmente aleatórias, o que era irônico, já que Bruna era praticante de capoeira.

***

Andressa andava pela praça em direção ao Teatro da cidade, onde planejava virar à direita e ir até o Supermercado, onde arrumaria suprimentos suficientes para garantir sua sobrevivência por uma quantidade significativa de tempo. Ao chegar em frente ao Teatro, escutou alguém se mexendo atrás das árvores, sua coluna gelou e ela ficou parada por um instante, mas depois voltou a caminhar normalmente. É quando, em outro susto, Anacleto saiu de trás de uma árvore apontando a faca para Andressa.

– Onde você pensa que vai? – Disse Anacleto em um tom presunçoso.

– Não é da sua conta. – Disse Andressa, tentando driblar Anacleto. Suas pernas estavam moles e ela tentava não tremer a voz.

– Eu não me importo. Não vai chegar até lá mesmo... – Anacleto falava se aproximando de Andressa. Ela dava passos para trás, mas ainda tentava confrontá-lo.

– Você não vai me matar. Não tem coragem o suficiente!

– Tenho sim! O que eu mais quero nesse instante é vencer esse jogo, quero voltar pra minha família. – Anacleto falava tentando justificar seus atos.

– Você nem ao menos sabe se eles ainda estão vivos! O governo pode ter matado todos e você não sabe... Se liga! – Andressa falava, querendo distrair Anacleto, que atingiu um ponto em que a raiva parecia dominá-lo.

– MINHA FAMÍLIA... NÃO TÁ MORTA!! – Ele gritou avançando com a faca em direção a Andressa.

Andressa empunhou a arma de choque, a ligou e usou-a contra Anacleto, que após um barulho alto de choque, caiu no chão gemendo de dor, mas sem soltar a faca. Andressa correu o mais rápido que pôde, mas segundos depois percebeu que Anacleto já havia se levantado e já estava correndo atrás dela.

Anacleto corria em direção a garota que fugia desesperada, ela não conseguiria acertá-lo outro choque, o anterior havia sido um golpe de sorte. Ele a perseguiu poucos metros até conseguir alcançá-la, ele então, cravou a faca nas costas da garota com força, que soltou um grito alto. Ela caiu no chão, e ele continuou a desferir facadas e mais facadas contra ela, que depois de um tempo, estava coberta de sangue e imóvel. Estava morta.

Sobreviventes: 34 e contando...




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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem! No próximo capítulo o massacre continuará e veremos os alunos lutarem como se suas vidas dependessem disso... E dependem.



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