iDon't Want To Marry escrita por Éwilla Nunes


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi! :)
Como prometido,tá aqui o capitulo. Tentei deixar o maior que eu pude. Ah, e obrigadíssima pela linda recomendação a Camila Cullen. Nossa flor,fiquei boba com suas palavras :3. Capitulo dedicado a você ;)
#R.I.P Cory :'(



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1 MÊS DEPOIS

Sam acordou-se cedo hoje. Escorregou com dificuldade da cama e das almofadas na qual se encontrava e ordenou a uma empregada qualquer que estava passando por ali por um banho. Ainda estava cedo. Sam encolheu-se ao tocar com os pés nus o chão frio e por um momento quis voltar para o aconchego de sua cama, mas estava sem sono. A agua quente, cheirosa e convidativa varreu os pensamentos de Sam para longe. Vestiu-se com um vestido de tecido grosseiro, originalmente desenhado para camponesas e penteou os longos cachos loiros até achar o suficiente. Já preparada, como de costume, sentiu fome. Decidiu ir até a cozinha, afinal, já estavam acostumados com os lanches extras que a princesa fazia antes e depois de toda a refeição. O castelo estava a todo vapor. O sol ainda nem tinha nascido e os preparativos estavam cada vez mais tomando forma do grande evento. Tulipas, as favoritas de Sam. Tulipas e mais tulipas violetas iam pegando espaços no grande salão, na ornamentação do castelo, nas janelas, deixando o ar com um leve e agradável aroma doce. Tudo muito bonito e com certeza seria uma cerimônia linda se não fosse o seu casamento.

Sorrateiramente, Sam esgueirou-se até a cozinha com a destreza de uma bailarina, com direito a algumas piruetas, contudo sem ser notada. Devia estar próximo às cinco horas, mas a cozinha já estava em seu pleno funcionamento. Panelas e mais panelas de prata e enormes ferviam exalando aromas de dar água na boca, massas e doces eram artisticamente enfileirados em inúmeras bandejas de prata, comidas de todas as cores sendo confeccionadas por todos os lados, ah, tudo que Sam achava encontrar-se apenas no paraíso.

Procurou por uma de suas cozinheiras favoritas, Maria.  Ela estivera com Sam desde que ainda tomava papinhas, e era o único consolo de Sam em suas horas difíceis, juntamente com a comida que preparava. Maria, uma senhora baixinha que não chegava ao ombro de Sam, com rugas que não escondiam os olhos verdes e bondosos estava quase escondida atrás de uma grande panela de camarões, entretida em algum prato que preparava.

- Sammy! – Bradou a idosa contentíssima, limpando precariamente as mãos em seu avental já sujo e abraçando-a pela cintura. Sam abraçou-a de volta- Dios mio, minha Sammy vai se casar! – Maria já estava com os olhos úmidos.

- É – Sam falou se soltando do abraço de urso. – Mas, então, tem algo pra eu comer aí?

-Claro que , Sammy. Yo tengo la cosa perfeita. Espera que yo já volto.

Era hoje.

Enquanto Maria sumia por trás das panelas que mais pareciam enormes construções, Sam começou a pensar na nova vida que iria ter.

Freddie seria sua família agora? Por Deus, como ela iria conviver com ele sabendo o que ele tinha feito?

Se bem que, se ele ao menos se desculpasse... Fingir que não conhecia Sam depois de tudo o que viveram era demais pra ela. Por que ele insistia nisto? Por que não admitir sua culpa e deixar que ela se entregasse em seus braços de novo. Apenas um “ Me perdoa”  e Sam se jogaria novamente nos braços de seu amor. Seu primeiro amor.

Mas, não.

Sam continuaria seu jogo até que Freddie desistisse desse papel ridículo de “esqueci-de-tudo-que-passamos-juntos”, seu plano seguiria conforme o que ela havia pensado. E ficaria cada vez pior. Sam foi bruscamente despertada de seus devaneios com o aparecimento repentino da cozinheira.

- Aqui está – Maria pôs nas mãos de Sam uma pequena bandeja prateada, disposta de bacon, alguns pequenos pães de queijo, e leite morno. Aspirou o cheiro da comida e sem mais convites, Sam começou a servir-se – Oh, minha Sammy vai se casar. – Maria pôs as mãos no queixo como se o casamento fosse de sua própria filha. E era quase como se fosse.

- Maria, não precisa disso tudo – Sam falou com a boca cheia, recebendo um olhar reprovador da senhora. Mastigou tudo e depois completou :– é só um casamento.

- Não Sammy, não é. – Maria sentou-se ao lado de Sam – É o começo de uma nova vida. A partir de agora você deixa sua família Sam.

- Nem me lembre – Sam falou , lambendo os dedos, e concentrando-se na senhora a sua frente. – É que, sabe- ela não conseguia mentir para aqueles olhos verdes – eu queria mais preparo. Poderia conhece-lo melhor. Estou me casando com um estranho.

- Pra quê tudo isso? Você conhece o Freddward!

- Psiu! – Sam pediu, corando violentamente – Mas ele finge que não me conhece. Somos estranhos um para o outro, mas ele nem sequer mencionou o fato de já ter gostado de mim.

- Talvez tudo que ele precise seja de um...

-Ele não precisa de nada. – Sam interrompeu-a, pondo a bandeja de lado.- Fomos um casal, Maria! Ele disse que me amava! E agora não se lembra de nada? Não, não. Ele vai aprender. Ninguém esquece Sam Puckett.

Sam levantou-se bruscamente deixando uma velha senhora pra trás meio atordoada. Estava com a mente revolta, com um turbilhão de pensamentos voando em sua cabeça confusa. Sabia pra onde iria. Pro seu lugar favorito no castelo.

Freddie não conseguira dormir.

Sua noite foi recheada de pesadelos onde ele perdia Sam em seu acidente. Ele a perdia. Seu corpo jazia sem vida em seus braços. Freddie se culpava. Ele a matara. Ele.

Acordou suando frio. E não dormiu desde então.

Por volta das cinco já estava acordado, passeando pelo castelo que se preparava as pressas para seu casório. Tulipas. Pamella disse que Sam gostava de tulipas. Por Deus, ele não conhecia quase nada de sua futura esposa! Como iria conquista-la?

Sam parecia nutrir um ódio por Freddie e ele não sabia o por quê. Todas as suas tentativas tinham sido falhas, mas Freddie ainda conseguira arrancar sorrisos verdadeiros de Sam. E era esse sorriso que o impulsionava a seguir em frente. Saiu do castelo, ainda perdido em seus pensamentos. Ao menos a manhã estava úmida. Isso era agradável.

Caminhou para o Grande Jardim, sem saber bem ao certo por quê. Era como se já conhecesse o caminho.

Num coreto, cujo branco começava a refletir os tímidos raios de sol que apareciam, avistou uma bela e farta cabeleira loira. Ele a reconheceria em qualquer lugar. Ela estava de costas, admirando o lago à frente. Aproximou-se com cuidado e pôs-se ao lado dela.

- É lindo, não é? – Sam perguntou, sem olhar para Freddie. Seus olhos pareciam incrivelmente claros naquela manhã.

- É. – Freddie afirmou receoso. Mas ela parecia tão frágil. Seu único desejo agora era segura-la em seus braços e impedir que o mundo a tocasse. Aproximou-se mais um pouco. Ela pareceu não notar.

- Ainda não acredito que vou me casar. – falou sincera, ainda sem encarar Freddie.

- Nem eu. É tudo muito novo pra mim, pra falar a verdade. Eu nunca tive uma namorada, como saberia o que é ter uma esposa? , falou sorrindo e tornando para Sam, descobriu-a com um semblante totalmente transformado.

 Aquilo fora uma facada no coração de Sam. Como ele ousa?

Sem mais palavras, Sam saiu do coreto, tropeçando em seus próprios pés em direção ao castelo, enquanto sentia as lágrimas descerem sem ser convidadas por seu rosto. Subiu ligeiramente os lances da escada, ignorando os chamados de sua mãe e de todos que se pusessem em seu caminho. Em meio a esbarrões e tropeços, conseguiu dificultosamente chegar ao seu quarto.

Chegando, deitou-se na cama e chorou copiosamente.

Após alguns minutos,com os lolhos já ardendo, Sam levantou-se e foi para o espelho. Encarou a si mesma: olhos inchados, os cabelos totalmente desalinhados. Aquela não era Sam Puckett. Uma Puckett não chora por ninguém. Freddie não merecia suas lágrimas, mas iria pagar por cada uma delas...


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Notas finais do capítulo

E ai? Ah, eu queria saber se algum de vocês já leu As Crônicas de Gelo e Fogo. Ganhei um box com os cinco livros semana passada e queria saber a opinião de vocês *u*