iDon't Want To Marry escrita por Éwilla Nunes
Notas iniciais do capítulo
De boas aê galerinha que eu tanto amo? Bem, capitulo pequenininho por quê bem, eu não soube desenvolver muito bem e tals, mas ao menos eu postei na horinha né? Só pra explicar, a primeira parte é narrada por Sam e o flash back é narrado em terceira pessoa. Só pra explicar algumas pendências dos ultimos capitulos. :)
* Ah, quanto a aparição do bacon no séc XVII, eu pesquisei e está historicamente correto ;)
Ele veio se aproximando e quando estava a centímetros de meus lábios e nossas respirações já estavam fundidas,fechei meus olhos e, bem, fiz o que todos imaginavam:
- Quer mais bacon, milorde? – Ofereci o vasilhame, retirando rapidamente minha mão de seu rosto. Freddie, que já tinha um biquinho preparado, afastou-se abruptamente de mim e aceitou meio constrangido. Nossa, respirei aliviada, foi por pouco né? Por mais que eu quisesse a minha parte magoada falava mais alto. Freddie iria pagar.
Depois do passeio, nós não falamos muito e principalmente não tocamos no assunto quase beijo. A onda de constrangimento que minha rejeição causara era quase palpável no ar. Mesmo assim Freddie insistiu em manter-se de mãos dadas comigo o que de certa forma dificultava e muito o processo de rejeição. E pra piorar ainda fazia alguns círculos com o polegar, deixando um rastro de fogo em minha pele. Idiota. Mil vezes idiota.
Certo, certo, a pergunta é: por que a insistência em renunciar a algo tão atraente quanto Freddie?
Eu lhes respondo, meus ouvintes imaginários: eu já tive o Freddie.
(n/a: Solta o flashback aê!)
“ Inglaterra,1675
Mais uma daquelas reuniões entediantes de John Puckett. Agora ao invés de brincar com crianças mimadas, Sam era obrigada a escutar filhas de duquesas e lordes falando sobre príncipes, vestidos, e blah blah blah, quando tudo que ela desejava era estar pintando. Era isso. Sam recordou-se que no pequeno coreto do Grande Jardim, John tinha montado um pequeno cavalete com a tela e tintas dispostas para ela a hora que quisesse, já que a pintura era a atividade menos perigosa que Sam executava, John decidiu incentivá-la. Se ao menos ela conseguisse chegar lá...
Rapidamente, Sam esgueirou-se pela parede , fugindo de toda aquela conversa chata e correu em direção a porta, quando bateu em algo sólido e foi ao chão. Atordoada, Sam percebeu o que a queda tinha lhe custado: um tornozelo torcido.
- Você não enxerga não? – perguntou aceitando a mão que lhe era estendida sem nem ao menos perceber que lhe ajudava.
-Perdão, milady. Eu perdi meus óculos e estava procurando pelos extras que meu pai traz consigo.- Um menino de pequenos olhos castanhos que aparentava ter a idade Sam justificou. Tinha vestes caras. Devia ser filho de algum nobre, Sam pensou.
-Ótimo! – Sam bufou analisando seu pé que já começava a inchar. – Além de não poder andar vou ser ajudada por um cego! - falou esfregando a parte dolorida.
- Me desculpe milady, mas eu não sou cego. Eu apenas preciso dos óculos para...
-Pouco me importa o que você deixa ou não de fazer com seus óculos– Sam cortou o rapaz, voltando a sua postura normal e pondo as mãos na cintura fina – Vamos fazer um trato. Se você me levar ao quarto das empregadas eu te guio até seu pai. Feito?
-Feito. - Ele apertou suas mãos. Uma onda desconhecida percorreu a espinha de Sam. Estranho.
-Espera, você é o tal de Freddweird Benison, da Espanha, né? – Sam indagou ainda de mãos dadas.
-A pronuncia correta, milady, é FreddWARD BENson – corrigiu Freddie pacientemente - E a milady deve ser a princesa...
-Meu nome é Samantha Puckett, não milady. Milady é a senhora minha mãe. Vamos logo que isto já está começando a doer e está me incomodando.
Tentaram mil posições para andar até achar uma que fosse confortável para ambos: Freddie segurava desajeitadamente à cintura de Sam, enquanto esta mancava apoiando se nos ombros de Freddie. Freddie tinha quase o tamanho de Sam, o que facilitava e muito. Era perceptível o constrangimento, então Freddie tentou tornar as coisas mais leves.
-Ahn, então, milady, o que gosta de fazer?
-Se me chamar de milady de novo, eu farei questão de achar os seus óculos e enterrar eles na sua cara – Sam falou cerrando os dentes.
- Desculpe-me. Então, Samantha...
-Pode me chamar apenas de Sam? – perguntou olhando diretamente em seus olhos. Castanhos. Bonitos. Desviou, envergonhada.
-Cla-claro. – Freddie pareceu notar o pequeno constrangimento. Ele ficara constrangido. - Sam, você ainda não me respondeu.
- Não sei. Dormir. Dormir. Comer. Bater em meus irmãos. Dormir. Acho que comer também. Essas coisas que as princesas geralmente fazem. – Sam falou indiferente. Freddie sorriu. De longe, Sam era a menina mais agressiva e engraçada que ele já conhecera. E bonita também.
-Me refiro aos seus hobbies mila... Sam.
-Ah, bem, eu gosto de pintar. Sobre tudo. Inclusive a natureza. Num dia claro, adoro desenhar as nuvens e seus formatos estranhos. Ficam engraçados na tela. Uma vez eu desenhei uma nuvem que parecia alguém cutucando o nariz, segundo Luca. – riu consigo mesma.
- Sério? Bem, eu particularmente nunca tive o dom, por isto, prefiro apenas apreciar. Bem, não sei se é verdade, mas, ao que parece, tudo se encaminha para que eu fique aqui no castelo por mais alguns dias. – Sam alegrou-se com a ideia, mas não demonstrou. Freddie a atraíra de uma forma nova e desconhecida e isso parecia bom. –Creio que ainda poderei apreciar suas pinturas, se assim permitir, Sam.
- Tanto faz. Chegamos.- Sam indicou com a cabeça o quarto.- Quanto ao seu pai, ele está na terceira porta a esquerda no terceiro piso do castelo.
-Obrigada,princesa Puckett.
Antes que Sam pudesse falar algo, Freddie tomou a sua mão e beijou-a delicadamente, como o mais lindo dos cavalheiros faria. Sam nada disse, mas sentiu as bochechas esquentarem e suas pernas adquirirem uma consistência gelatinosa, começando a tremer levemente.
- Até breve, Sam. – Freddie disse,encarando-a diretamente nos olhos e saiu.
-Assim espero – Sam sussurrou para si. O que estava errado com ela?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aê?Prometo me esforçar pra fazer capitulos grandes da proxima. Até semana que vem.