iDon't Want To Marry escrita por Éwilla Nunes


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

De boas, aê?
Sei, sei, muito tempo e tals, mas eu fiz um capitulo maiorzinho só pra vocês me perdoarem. E agradeçam a Luciana Medeiros, que ficou me lembrando que ainda tenho uma obrigação. Enfim, preparem-se, por que dram eu o que não falta...



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Freddie subitamente largou o cinto, e pôs as mãos suspensas ao lado de seu corpo em sinal de rendimento.

- Me desculpe eu... – começou, temendo até encará-la. Tinha um leve pressentimento que Sam pendia mais para agressiva do que pra amorosa.

- Você estava...- Sam sentou-se em um posição mais confortável, cruzando as pernas e não olhando para Freddie e sentiu as bochechas esquentarem . Ergueu o queixo e olhou para Freddie.- Quero dizer,... bem... é que depois do casamento...

- Ah, não, não, - Freddie respondera rapidamente, sentindo seu rosto corar – Eu só estava desatando o cinto. Dios mio, não, quero dizer – retomou a postura, torcendo para que as palavras não falhassem – Não agora. Faremos isso, quer queira, quer não – Sam olhou confusa para Freddie -Quero dizer, eu não vou te forçar a nada, mas,... Ora, você entendeu o que eu quis dizer.

Sam ficou muda mas decidiu seguir com o fluxo.

Só quando ela quisesse” , pensou. Sim, o amava, mas ele ainda não mencionara o porquê de tê-la abandonado ou simplesmente explicara o porquê de não retornar suas cartas, e não ter mandado noticias desde então, mesmo depois de jurar que a amaria eternamente. Uma ponta de magoa remanescente fazia com que o lado cruel de Sam tendesse a se libertar mais e mais. Enquanto isso, sua única diversão seria torturar Freddie um pouquinho...

Mas o pensamento não durara muito. Freddie desatou o cinto e lentamente tirou a camisa, desabotoando com agilidade cada um dos botões, enquanto Sam permanecia na mesma posição assistindo. Um, dois, três botões desatados que iam revelando cada vez mais o abdômen definido de Freddie. Ao que parece Freddie não tinha noção do quão provocante estava sendo, por que quando terminou de jogar sua camisa em um apoio qualquer, virou-se para uma Sam atônita.

- O que foi? – perguntou com um meio sorriso.

- Eu...- Sam pigarreou um pouco, tentando esquecer o fato de que Freddie despertara sensações até então desconhecidas por ela – Eu...

- Você... – o sorriso de Freddie aumentava cada vez mais. Ele descobrira agora o motivo da reação de Sam. Descobrira que era ele e que ele exercia sim algum poder sobre ela. Fizera questão de postar-se de frente à ela.

- Eu... Eu preciso de ajuda com... Com... – Amaldiçoou sua língua por trai-la daquele jeito. Olhou rapidamente para suas pernas cobertas pelo tecido de cor de âmbar e conseguiu formar as palavras de sua resposta. – Com o vestido.

- Como assim?

-Botões. Muitos . Nas costas – cuspiu ligeiramente.

-Está certo. Eu ajudo-a então.

Sam levantou-se vagarosamente e caminhou até Freddie. Encarou-o por um momento e virou-se, com o coração ao pulos, de costas para seu marido, afastando as longas madeixas louras das costas, providenciando uma melhor visão de seus botões. Era a primeira vez que ela permitia que Freddie a tocasse e ambos estavam cientes disso. Freddie desabotoou um a um, deixando cada vez mais a mostra a pele nua de Sam. Isso a arrepiava, fazendo eriçar lhe até os cabelos da nuca. Freddie chegara ao fim dos botões, que se encontravam no fim da espinha de Sam, deixando o vestido totalmente aberto na parte de trás e repousou suas mão quentes contras as costas de Sam.

Era mais do que ela podia suportar.

Sam virou-se para Freddie, segurando o vestido pelo busto. Freddie estava com as pupilas tão dilatadas que mal se viam as belas íris castanhas. Foi então que Sam se entregou.

Tudo começou com um beijo apaixonado. Sam deixara-se embebedar pela paixão que renascia ardentemente como em quando tinha 15 anos. Sentia-se nova, amada e desejada enquanto as mãos de Freddie exploravam avidamente cada pedaço de seu corpo, de uma maneira que a fazia enlouquecer. Poucos minutos depois, os dois envolvidos mais do que nunca consumaram o casamento e dormiram um nos braços do outro.

3 MESES DEPOIS

-Carly!!- Sam gritou exasperada do banheiro. Poucos minutos depois uma Carly ofegante aparece a porta.

- O que foi? – Carly perguntou com dificuldade. Carly largara tudo o que estava fazendo, correra mais de três lances de escada e tivera que empurrar sozinha a grande porta do quarto para atender ao chamado de Sam.

-Toalha, por favor- Sam pediu em voz quase inaudível, sem seu sarcasmo natural.

Carly estranhara, mas entregou a toalha a Sam, sem pestanejar. Sam levantara-se lentamente da banheira, enquanto Carly ajudava-a a pôr o roupão. Acompanho-a até a cama e deitou-se ao seu lado, acariciando lhe os cabelos com carinho quase maternal, enquanto Sam fechava os olhos, esperando o mal estar passar. Não estava se sentindo bem, embora tudo em sua vida corresse quase perfeitamente.

“Carly chegara uma semana depois de sua lua-de-mel, fazendo a loira quase enfartar de felicidade. Na mesma noite em que chegara, Carly e Sam colocaram todo o assunto e dia e Sam quase que obrigada a detalhar sua noite de núpcias.

-Então, você desistiu de maltratar o Freddie?- Carly questionou, enquanto penteava os cabelos de Sam, com uma ponta de esperança na voz. Sam gargalhou, mas parou quase imediatamente quando, pelo espelho, observara a expressão da amiga.

-Você não está brincando? – Carly meneou negativamente a cabeça ainda séria e Sam prosseguiu – Não, eu não parei por que o Freddie continua estranho. Adoravelmente fofo, porém estranho. Sem mencionar o fato de que ele continua a pretender que nada existiu entre nós. É como se nunca o nós tivesse existido. Eu acho que é para desculpar o sumiço repentino da minha vida. Então sim, fazer o Freddie sofrer um pouco é a minha única diversão. É até engraçado.

-Então você não desistiu?

-Não.

-Mesmo com aquilo? – Carly apontou com a escova para o lindo filhote branquinho com um grande laço roxo envolvendo o pescoço, que jazia adormecido na cama de veludo- Ou com aquele ali? – apontou com o queixo para o buquê de tulipas na janela – Ou até mesmo com isto? - Direcionou o olhar para a almofada em formada de coração com o mesmo veludo tão vermelho quanto sangue no colo de Sam. Sam abraço institivamente e protetoramente seu novo bichinho de pelúcia.

-Continuo a não saber o motivo pelo qual você insiste nisto Samantha – a morena resmungara, voltando a pentear os cachos, enrolando cada onda com cuidado.

-Ainda dói, Carly- Sam falou em forma de sussurro, mas ainda sim audível, pondo um ponto final na conversa, voltando a acariciar a almofada.

Nem ela mesma sabia. Estava ficando cada vez mais confuso e difícil. Amava Freddie mais do que a si mesma, contudo, a voz da magoa e da rejeição ecoavam estrondosamente em seu coração. Sabia que deveria perdoá-lo.

Só não sabia como.

Ou quando.”

E agora, 3 meses depois da conversa com Carly, Sam, que encontrava-se sozinha em sua cama, ainda morna com o perfume de sua amiga que lhe acalentara em seu momento de fraqueza, estava deitada com as mão cruzadas sobre o pequeno volume que se formava sobre sua barriga, estava perdida em seus pensamentos. De repente, como se algo se acendesse em sua cabeça, Sam percebera o quão tola fora todo este tempo. Ao tornar a vida de Freddie miserável, Sam pagava também. Quando o machucava, estava machucando a si mesma. Eram um só, pelos motivos que fossem. Precisava dele mais do que pensava.

Estava na hora de mudar de uma vez por todas esta situação.

Correra quase metade do castelo com um sorriso no rosto, por vezes com o risco de tropeçar no próprio vestido, como se não houvesse amanhã. Parara em frente a porta da sala de reuniões de Freddie, respirou fundo e com o coração ao pulos empurrou a porta.

-Freddie, eu... – as palavras se perderam em sua garganta.

Freddie. Agarrando. Carly.

Freddie estava com a cabeça enfiada nos cabelos de Carly, como se estivesse beijando o seu pescoço, enquanto a segurava fortemente a cintura da morena. Sam saiu correndo antes que ele erguesse a cabeça.

Aquilo era pior.

Pior do que esquecer de tudo que passaram juntos.

Muito pior.

Seu marido com sua melhor amiga. Sua quase irmã com o seu amor.

E tudo isto era sua culpa. Estava cega pelo ódio que tinha de si e pelas lágrimas.

Ela que deixara aquilo acontecer. Afinal, antes de tudo, Freddie era um homem e tinha suas necessidades, as quais ela negava diariamente.

Correra para fora do palácio. Chovia grossamente a ponto de não permitir que algo que ficasse visível a metros de distância. Dirigira-se ao estábulo, sentindo cada vez mais os pés encherem-se de lama. Com raiva tirou um a um os sapatos e jogou-os longe, adentrando no estábulo e selando de imediato sua égua, que também fora um presente de Freddie e cavalgou para longe.

Longe de Freddie.

Longe da traição.

Longe de si.

Adentrara a floresta pela primeira vez em seus 3 meses de estadia no castelo, e continuou a seguir em frente. Podia sentir os respingos de lama sujar seu rosto, mas pouco importava.

Sam nada conseguia enxergar, quando o ouviu chamar seu nome.

Não teve tempo de olhar pra trás;

Uma dor lacerante, que se iniciou na parte superior da cabeça e percorreu lhe toda a espinha, deixando os membros dormentes, atingiu-lhe na parte superior da cabeça de imediato e nesse instante, tudo o que Sam pode fazer foi fechar os olhos e mergulhar na escuridão da inconsciência, enquanto sentia pouco a pouco os sentidos se esvaírem.

Se ao menos ela tivesse parado um pouco ou esperasse Freddie se explicar, veria os olhos inchados e vermelhos de Freddie erguerem-se dos ombros de Carly e perceberia que tudo não se passou de um terrível engano.


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Notas finais do capítulo

Perdoem os erros, mas é que eu meio que estou esquecendo como se escreve em português. Deu MOPA no meu cerebro e ele está começando a ficar analfabeto. Enfim, reviews?