Confissões Entre Imortais escrita por Ell


Capítulo 9
Capítulo 9 - O passado sempre volta


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por ler, espero que esse capítulo esteja bom, o que vocês estão achando da história.



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A porta estava trancada, mais ainda dava para ouvir um barulho abafado, Hefesto sabia que quem tava no quarto era Afrodite, mas quem era que acompanhava a mesma? Já ia entrando para tirar satisfações quando escutou:

- Eu o amo!

Aquilo fez o ferreiro parar, sabia que Afrodite nunca iria proferir essas palavras enquanto se referia a ele mesmo, foi quando Hefesto escutou a voz de Atena, por um lado isso o tranquilizou, não era um homem. Mas elas deviam está falando de algo muito importante para estarem de porta trancada.

Afrodite não precisava pedir segredo, seu marido já tinha escutado tudo. Ares não iria cumprir sua promessa e Afrodite deixou bem claro que nunca iria amar seu marido. O ferreiro já não tinha o que fazer, passou anos tentando ser o melhor marido que uma mulher poderia ter, mas ele não sabia se iria conseguir aguentar tudo de novo, perdoou da primeira vez, mas iria perdoar agora? Seus amigos falam que ele não deveria se importar, pois que iria ficar com a reputação manchada seri sua esposa e não ele, mas mesmo assim ele amava aquela mulher, mas ele também não poderia ser bobo para sempre, algo irá acontecer.


- Passar bem Afrodite!

Hefesto rapidamente se afastou da porta e foi em direção ao corredor, elas não precisavam saber que ele tinha escutado, pelo menos agora não.

***


- Bom dia!

Artémis levantou sua cabeça, apesar de só te-lo visto uma vez, ela se lembrava daquela voz e do dono da mesma.

- Olá! - E voltou a ler seu livro.

- Você gosta de caçar?- O bombeiro perguntou sentando do seu lado.

- Sim, eu sempre caço ou com meu pai ou com meu irmão - Artémis virou sua cabeça na direção de Órion, já sabia que aquela seria uma longa conversa.

- Você não acha que caçar é coisa de homem?

- Você não acha que está sendo muito intrometido, você mal me conhece e fica dando palpite sobre minha vida!

- Sabia que você parece metida.

- Sabia que não é da sua conta!

Órion estava adorando isso, desde do primeiro dia que conheceu Artémis sabia que ela era diferente, difícil, orgulhosa, e isso o deixava louco, de um jeito que ele adorava.

- E sua mãe deixa a senhorita fazer essas coisa?

- Seu insensível, ela está morta!

- Me desculpe, eu não tive a intenção.

A expressão de sorriso no rosto do jovem endureceu, talvez ele tinha encontrado o porque da aspereza daquela caçadora.

Apolo mal tinha chegado na praça quando viu aquela cena, ele não acreditava, como a coincidência podia ser engraçada, engraçada de um jeito má. De todos seu desafetos, Órion era o que ele menos queria encontrar, e para piorar, o mesmo falava com Artémis.

Ele iria tirar satisfação, já não bastava Poseidon e Atena, e agora aquele boçal arrastava para sua irmã, ele conhecia o bombeiro, ele sabia qual tipo de homem o mesmo era, e não ia deixar nada de mal acontecer com Artémis.


- Posso me sentar aqui? - O bombeiro falava enquanto tentava quebrar o silêncio que já durava alguns segundos da conversa.

- Se eu falar que não, você vai se sentar do mesmo jeito, apesar que eu não quero sua companhia.

Artémis não teve nem tempo de acabar sua frase, o jovem já tinha se sentado do seu lado, com um enorme sorriso no rosto. Ele iria começar a falar algo, mas foi bruscamente interrompido.

- Saia do lado da minha irmã! Gritou Apolo. Artémis não conseguia compreender nada, odiava quando seu tentava defende-la, muitos homens sempre a cortejavam, mas nem ela nem Apolo davam importância a esses sujeitos, que acabavam logo desistindo.

- Apolo, não se preocupe, não está acontecendo nada aqui, não precisa fazer esse escândalo, eu sei me virar sozinha. - Artémis agora fitava o irmão mais velho com um olhar de desaprovação.

- Artémis não se meta, eu sei o que estou fazendo.

- Não você não sabe, está sendo grosso e mal educado como sempre!

- Ela têm razão, você não pode falar com esse tom só porque ela é sua irmã mais nova. - Órion já tinha se levantado para defender Artémis, que nessa hora já deveria está bufando de raiva devido aquele dois que insistiam em tomar conta da sua vida.

- Eu tenho todo o direito de proteger minha irmã de um crápula como você!

- Eu não sou o vilão dessa história, se eu me lembro bem eu tenho tanta culpa como você!

- Vocês dois parem de gritar, isso já está me deixando com raiva! - Artémis tinha colocado seu pequeno corpo entre os dois, em uma tentativa de acalmar os ânimos. - Apolo, você já conhece Órion?

- Sim. Conheço ele mas já faz muito tempo que eu não o vejo, ele não é dessas bandas, aproposito Órion, o que você está fazendo aqui?


- Eu só queria um recomeço, esquecer todo o passado, mas pelo que eu percebo, vai ser difícil.

- Digo o mesmo para você, agora por favor, pode deixar minha irmã em paz. - A voz de Apolo já se mostrava alterada, mas Artémis esperava que ele não perdesse o controle em uma praça movimentada.

- Calma Apolo, eu não quero brigar, Artémis é uma boa moça, pena que tem o irmão que tem,

- Órion - Artémis gritou - Eu não sei qual é o seu problema com meu irmão, mas eu não voou deixar que você fala assim dele.

- Você defende ele, porque não conhece seu irmão...

Órion não teve nem tempo de completar a frase, Apolo tinha lhe dado um soco que o fizera cair no chão. O bombeiro já ia retribuir o gesto, mas novamente a moça se pois ente os dois.

- Já chega, parem, Apolo, você é louco? Você deu um soco nele, deu um soco no meio de uma praça, já pensou se um policial tivesse visto, você quer ir preso? Saia logo antes que um guarda perceba.

Apolo estava tomado pela raiva, tinha que esfriar a cabeça antes que cometesse alguma loucura, iria conversar com alguém, e ele sabia quem, foi em direção aos correios.

- Você está bem? - Artémis com um lenço na mão enxugou o sangue que corria pelo rosto do bombeiro.

- Sim, não se preocupe, eu já estou acostumado em apanhar do seu irmão. - Ele sorriu.

- Me desculpe por isso, ele não devia ter te socado.

- Não se preocupe, aproposito e mudando completamente de assunto, sabia que eu adoro caçar?

Ela deu um breve sorriso, o que era muito para Órion.

***


- Ele tinha que se apaixonar por aquela desgraçada! Ele tinha que se casar com a burguesinha.

- Calma mãe, se acalme, você ficar assim nervosa não vai adiantar nada, quer alguma coisa para beber - Dionísio ofereceu uma taça de vinho para Hera.

- Você é igual ao seu pai! Você deveria ser menos sarcástico e ajudar a sua mãe a resolver esse problema!

- Não me compare ao meu pai, você o odiava!

- Eu não odiava seu pai, ele que era muito inconveniente, sempre bebendo com várias mulheres, esse era o defeito dele, mulheres.

- E por causa disso a senhora o matou.

Hera se virou bruscamente para seu filho, mas ela não iria perder a cabeça, ela sabia que ele adorava provocar.

- Eu não matei seu pai - Ela falou mais calmamente. - Ele morreu do coração. - Acabando e falar se virou e foi em direção da cozinha.

- Claro mãe - Dionísio bebeu mais um gole do vinho. -Sim, ele morreu do coração, depois que a senhora colocou algo na bebida do velho. Hera se virou fitou o filho e foi se aproximando:

- Acidentes acontecem meu querido, pessoas morrem, é assim o ciclo da vida, seu pai só teve o que mereceu, então vamos mudar de assunto para evitar mais brigas, seja um bom menino, mamãe te ama.

Dionísio se levantou e ficou próximo da sua progenitora. 

- Eu te conheço mãe - bebeu o resto do vinho - Você deve está planejando algo para Hades e a nova esposa dele, vamos fale logo.

Hera sorriu e se sentou na potrona mais próxima, calmamente encostou sua cabeça para se acomodar melhor. - Sim filho, eu estou planejando algo, e eu vou precisar da sua ajuda.

- E eu estou totalmente disposto a te ajudar, agora me fale mais que eu estou ficando interessado.


- Hades começou a desconfiar da esposa, claro que eu ajudei um pouco.

- Como você é má! O filho explodiu de risos quando entendeu o que sua mãe queria que ele fizesse.


Mas antes que eles terminassem a conversa Poseidon entrou rapidamente pela sala, estava nervoso, foi logo em direção do velho armário de bebidas, de lá tirou o conhaque, não pegou nem um copo, e foi colocando-o na boca e bebendo.

- Calma tio. - Dionísio falava enquanto tirava a garrafa da mão de Poseidon.

- Bebendo algo tão pesado e tão cedo, algo grave deve ter acontecido. - Complementou Hera.

- Ela vai me enlouquecer, mas antes eu enlouqueço ela. - E assim com entrou Poseidon saiu rapidamente em direção ao seu quarto, enquanto saia deixa seu terno pelo corredor.

- O amor deixa o home assim.

- Por falar em amor, quando é que sua esposa chega da casa dos pais dela?

- Amanhã de manhã eu vou pega-la na estação de trem.

- Espero que eu ganhe logo um neto.

- Se depender de mim ... - Dionísio falou se retirando da sala, ele sabia que no fundo Aridiane ainda amava Teseu.







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Notas finais do capítulo

Gente,olha, Artémis e Órion ... é admito que ele mandou mal perguntando sobre a caçada, mas mesmo assim, vocês acham que eles devem ficar juntos?
Hera é muito má! O que será que ela e Dionísio vão fazer?
Vocês estão gostando? Querem dá sugestões ou tirarem dúvidas? Ou qualquer outra coisa mesmo, é só mandar um comentário! :)



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