Confissões Entre Imortais escrita por Ell


Capítulo 10
Capítulo 10 - Inverdades e seus erros


Notas iniciais do capítulo

Gente, que lindo cheguei ao capítulo 10, quero a gradecer a todos os meus leitores, por que se não fossem vocês, Confissões entre imortais, seria só uma resenha que eu fiz em uma aula qualquer. Então esse capítulo é especial para vocês, espero que gostem, ou odeiam, vocês vão me entender.



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Cap. 10 – Inverdades

- Já vai, eu já vou atender – Perséfone se dirigia para porta penando em quem poderia ser, principalmente porque Hades ainda não tinha voltado do almoço, antes de abrir a porta ela olhou pela janela, ficou surpresa com quem era, mesmo assim abriu a porta.

- Olá Perséfone – Dionísio já ia entrando na casa. – Sabe, eu vou buscar Aridiane na estação então eu resolvi passar por aqui antes.

Perséfone deu um meio sorriso, não é ela não gostasse de Dionísio, mas algo nele a deixava incomodada, não queria recebe-lo, muito menos sem Hades em casa. – Seu tio ainda não chegou, talvez ele demore um pouco, se você quiser voltar mais tarde;

- Não se preocupe eu vou esperar aqui, ele não deve demorar – Dionísio deu um rápido sorriso e foi sentando no sofá, ajeitou uma almofada e começou a olha para Perséfone.

- Sinceramente Dionísio , eu estou sozinha em casa e não acho apropriado nós dois ficarmos aqui, estou um pouco desconfortada.

- Não se preocupe. – Dionísio se levantou e foi em direção dela, chegando assustadoramente muito perto, Perséfone ficou visivelmente assustada. – Você agora é praticamente minha tia. – Ele passou sua mão no rosto delicado da moça.

- Dionísio. – Ela bruscamente tirou a mão do seu rosto. – Por favor se afaste, você é casado e eu também, se afaste por favor.

- Porque eu deveria me afastar? Admita Perséfone, você quer.

- Não, eu não quero, saia, ou você vai se arrepender.

Ela estava com medo, sabia que se Dionísio tentasse alguma coisa ela não iria conseguir se defender.

 Ah, você quer sim. – Dionísio ela rapidamente na parede e a imprensou com seu corpo. – Você tem sede e eu vou mata-la.

- Não. – Mas Perséfone não conseguiu terminar seu grito, os lábios do homem  já tampavam sua boca, ela tentava se debater,  mas isso só a fazia se machucar mais, os segundos aterrorizantes pareciam horas de torturas, foi quando ele parou de beija-la, Dionísio tinha escutado o tio, era hora de colocar o plano em ação.

- Me largue Perséfone. – Ele gritou em plenos pulmões, enquanto colocava ela em sua frente. – Eu sou um homem casado, e amo minha esposa!

 Hades tinha acabado de colocar a chave na fechadura, sua mão estava na maçaneta quando escutou os gritos do seu sobrinho, aquilo o paralisou, seu pior medo tinha tornado verdade, Despina não era louca, Hera não estava mentindo, puxou o ar para si, e como as mãos tremulas abriu a porta.

Ele não sabia como reagir, ele já não queria acreditar no que via.

- Tio me desculpe, ela veio para cima de mim e eu não sabia como reagir, me desculpe tio, eu não esperava por isso.

- Você está mentindo. – Perséfone gritava em meio de soluços e lágrima. – Você que me atacou, eu nunca te tocaria! Hades, por favor, acredite em mim.

 - Tio eu sou sua família, você me viu crescer, eu nunca faria algo que te magoasse, tio, você é um pai para mim,

 - Só saia Dionísio. – Hades falava com uma voz áspera, e sua face estava séria.

Dionísio saiu rapidamente sem se despedir de ninguém, quando passou pela porta seu rosto mudou, se transformou em um sorriso de pura satisfação, o plano tinha saído exatamente como planejado.

 - Venha a mim a fortuna. – Ele disse quando ninguém podia escutar.

- Hades, por favor acredite em mim. –Perséfone tinha ido em direção do seu marido. – Eu não tenho culpa de nada.

- Não tente se explicar, eu sei o que eu vi, eu vi você nos braços dele! Bem que sua irmã falou, você não me ama, está comigo pelo dinheiro, até Hera tentou me avisar, mas eu fui um tolo, confiei em você, e agora isso.

 -Não! Pare de falar desse jeito, eu não sou culpada, Despina é uma louca. O que Hera te contou?

- Nada que te interessa.

- Como você é tolo Hades.

 - Não ouse se referir a mim com esse adjetivo!

Perséfone passou a mão pelo rosto tentando enxugar as lágrimas.

- Hera nunca gostou de mim, tudo isso deve ser alguma armação dela para afastar você de mim. – Perséfone procurava algo que justificasse a cena.

- Por favor, não coloque Hera no meio, ela pode ter todos os defeitos do mundo, mas ela nunca iria me fazer mal.

- Você não confia em mim. A questão sempre foi essa, você não acredita em mim, eu posso fazer de tudo para te provar o contrário, e mesmo assim você não vai acreditar. Porque Hades, você não acredita em mim?

- Perséfone, veja a circunstância.

- Ver a circunstância? Veja você Hades! Você vai me perder por causa dessa desconfiança, você vai jogar nosso amor fora por causa das opiniões dos outros.

 - Persé ... Ele não terminou a frase, ela já tinha se retirado, mas ele ainda podia ouvir os choros. Ele amava aquela mulher, mas depois do que viu, ele já não sabia no que acreditar. Nem almoçou e resolver voltar para o trabalho.

***

- Não vá não, ainda está cedo, vamos ficar aqui abraçadinhos, é bem melhor. Vá vamos, ainda está frio, eu te esquento. – Hermes falou com uma cara de criança implorando, ele sabia que Apolo não iria conseguir resistir aos seus olhos azuis.

- Hermes, você sabe que eu tenho que pegar Dafne, e já é quase 12 horas, e nem venha fazer essa carinha, eu prometi a ela que iria busca-la.

 Hermes fez uma cara feia. – Você também prometeu que deixaria  ela ficar na sua casa? Nada contra, mas pelo que eu sei vocês já namoraram e ela era muito apaixonada por você. – O moreno cobriu o rosto com o lençol, ele adorava provocar Apolo. O músico pulou do seu lado da cama, e tirou o lençol do rosto de Hermes.

- Você tá com ciúmes é? Tenha ciúmes não, eu te amo.- Apolo começou a encher o moreno de beijos.- Te amo, te amo, te amo!

- Não me ama nada. – Hermes virou e fez um biquinho.

 Apolo fitou Hermes com seus olhos verdes, ele se levantou um pouco e beijou Apolo, o músico o apertou forte, entre os beijos o moreno tentava falar.

- Só não faça nenhuma besteira , ou você vai se arrepender.

- Eu nunca faria nada para estragar a gente. – Apolo deu um beijo demorado e se afastou.

- Agora é sério, eu tenho que ir, o trem já deve está chegando, tente sobreviver sem mim.

- Vou tentar, mas saiba que você não é tão importante assim.

 Apolo riu, adorava quando Hermes lhe fazia rir. Dá porta antes de sai Apolo gritou.

- Você não tem que ir para o correio?

- Droga!

- Apolo sorriu novamente, o que seria de Hermes sem ele?

***

Dionísio estava sentado impaciente no banco dentro da estação, já era tarde e o trem de Aridiane ainda não tinha chegado. E para completar estava com medo da reação do seu tio, e se sentia mal pelo que fizera com  Perséfone, ela não merecia aquilo, mas a vida é injusta.

Dionísio olhou pro lado e viu Apolo sentado em um banco não muito distante, e ficou imaginando que ele esperava, já que pela cidade corria boatos que ele era amante de Hermes ... Dionísio pensou em ir falar com ele, em nome dos velhos tempos, mas não queria sua imagem associada a aquele tipo de homem. Lembrou-se de uma noite que todos saíram para beber e Hermes realmente passou da conta, e Apolo teve que leva-lo para a casa. Dionísio não sabia o que tinha acontecido, mas aquilo mudou os dois.

 Não precisou nem se aproximar do músico, Apolo tinha se virado e avistado seu velho amigo, ambos se levantaram e se cumprimentaram.

- Há quanto tempo eu não falo com você, teve o casamente, mas acabamos nem conversando direito. Aproposito, o que você faz aqui Apolo?

- Sim, sim Dionísio, há muito tempo nós não se falamos. Mas eu vim aqui buscar uma velha amiga, Dafne se lembra?

Dionísio riu.- Eu me lembro do barulho que ela fazia com você no quarto.

Apolo não riu, desde que começou se relacionar sério com Hermes tinha percebido que Dionísio era uma má influencia.

 - Por favor, Dionísio, o que passou já passou, e não me interessa mais, eu deixei essa vida boemia.

- Eu sei, mas nunca entendi ... Vamos Apolo o que aconteceu há mais de um ano ...

- Não. – polo ficou ríspido por um momento. – Eu só larguei essa vida, coisa que você também deveria fazer.

- Bem, vejo que já não tenho mais nada para falar. – Ambos se despediram e foi nesse exato momento que Dafne e Aridiane desceram do trem.

- Dafne, aqui! – Apolo gritou e abanou a mão tentando chamar a atenção da jovem, que o encontrou e já estava vindo em sua direção.

E esse foi o pior erro de Apolo.

***

Aridiane desceu infeliz do trem, não esperou muito e encontrou seu marido.

- Como foi a viagem querida? – Ele perguntou enquanto transferia as malas da mçao da esposa para as suas e a conduzia para o carro.

- Estou cansada, podemos falar sobre isso mais tarde? – Ela falou com desgosto e desprezo na voz.

- Mas é claro, se é assim que você prefere.

Eles entraram no carro, e sim, ela não o amava.


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Notas finais do capítulo

Oi, gostaram? O que vocês estão achando do rumo da história? Queria a opinião de todos! Ou seja, não esqueçam de comentar! Obrigada por ler!



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