Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 15
Capítulo 15




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No som tocava Slipknot, havia um cartaz falando de um show para aquela noite onde seriam tocados covers de varias bandas de rock. Enquanto Sam e eu pegamos uma mesa, Dean foi buscar as bebidas.

 - Sam sobre aquele assunto, você falou conseguiu falar com ela? – perguntei.

 - Ah, sim eu deixei uma mensagem, mas até agora não tive retorno.

 - Não desista em breve ela fará contato.

 Ele assentiu algum tempo depois Dean chegou com as bebias e trouxe alguns petiscos.

 - Se importa se eu e Dean fomos jogar um pouco de sinuca? – disse Sam.

 - Não podem ir.

 - Quando um de nós perder, você entra. – disse Dean.

 - Tudo bem.

 E lá foram eles, pegando uma mesa que estava em meu campo de visão, melhor assim, desde quando chegamos percebi que uma garçonete olhava muito para Dean, caso ela tentasse algo, eu verei. Meu celular tocou, sobre a mesa, era Pet.

 - Oi Pet.

 - Oi cabeçuda. Onde está? Que barulho é esse?

 - Estou num lugar chamado Sinuca do Carlos em St. Louis. Quer vim?

 - Gostaria muito, mas infelizmente não posso. Uns tios meus vão vim jantar aqui em casa, acho que estão querendo comprar uma casa aqui perto.

 - Porque essa voz desanimada?

 - Lembra-se de Alice e Bradley Armstrong?

 - Sim você e o filho deles quase se mataram por causa de uma garota – parei de falar por um minuto – essa não!

 - É isso mesmo que está pensando cabeçuda, ele vão vim aqui hoje, com o filhinho deles e a namorada que era pra ser minha.

 - Cara tente ficar calmo, já te falei que aquela garota era interesseira não servia e ainda não serve pra você. Poupe-me, se brigarem de novo por ela, vou pessoalmente te dar uma bela surra. – um minuto de minha distração foi o suficiente para aquela garçonete ficar se oferecendo para Dean. – Pet vou ter que desligar, qualquer coisa me ligue.

 Não esperei sua resposta, já sai desligando e andando em direção à mesa de sinuca, onde a garçonete praticamente se jogava para cima dele enquanto ele recuava.

 - O que está acontecendo aqui? – perguntei.

 - Vish... – disse Sam segurando o taco e olhando para mim.

 - Eu só estava oferecendo uma bebida para ele. – disse ela com os olhos arregalados e a voz fraca.

 - Serio, parecia que estava oferecendo outra coisa para ele.

 - Nina! – disse Dean.

 - Sei muito bem o que você está querendo, é melhor dar o fora daqui se não a situação não vai ficar nada boa pra você.

 Ela assentiu e saiu com a cabeça baixa, a raiva tomava conta de mim meus punhos estavam cerrados e eu a olhava fixamente vendo-a entrar atrás do balcão e se oferecendo para outro cara, vadia queria que sufocasse.

 - E você Dean Winchester pode ficando na sua! – disse virando-me para encara-lo. – Não quero ver você de gracinha com essas piranhas.

 - Tudo bem se acalma, Sam é prova viva eu estava fugindo dela.

 - Isso é verdade Nina, ele não estava querendo nada mais ela sim. Espera ai Nina – ele se aproximou de mim. – seus olhos estão diferentes, mais escuros.

 - É verdade, estão pretos.

 Enquanto eu procurava um espelho ou algo que eu pudesse ver a cor de meus olhos, um rebuliço surgiu no balcão.

 - Chamem uma ambulância! – gritou alguém.

 - O que aconteceu? – Sam perguntou a um homem.

 - Parece que a garçonete se engasgou com algo, está sufocando.

 Pude vê-la se contorcer no chão, os olhos esbugalhados a boca aberta como se quisesse engolir o ar. Aquilo me deu arrepios, eu tinha desejado aquilo em um momento de raiva, mas não queria que acontecesse, será que eu tinha causado aquilo? Lembrei-me da noite em que matei o demônio que me atormentava, das palavras que ele me disse antes de eu apertar o gatilho: “Você tem meu sangue Nina Graham. Você não sabe o poder que tem!”.

 Se aquelas palavras que o demônio disse fossem verdade, eu tinha acabado de matar aquela garota. Ela estava ficando pálida e com os lábios roxos. Fechei os olhos e disse em um sussurro:

 - Fique bem, volte ao normal!

 Segundos depois, a garota parava de se contorcer, ainda estava pálida, porem a agonia e o desespero havia sumido de seus olhos. Fitei a garota incrédula, eu não podia acreditar que aquilo havia acontecido, um suor frio descia pelas minhas costas, minhas mãos estavam geladas.

 - Nina tudo bem? – disse Dean tirando uma mecha de meu cabelo do rosto.

 - Preciso sentar. – falei em voz baixa.

 - Suas mãos estão frias, anjo, o que foi?

 - Acho que foi aquela cena de ver a garçonete daquele jeito... me deixou assim...

 - Shh calma. – ele me apertou contra seu peito e ficamos assim por um momento.

 Eu realmente poderia ter causado aquilo? Se sim, pelo menos pude desfazer o que havia desejado, mas e se não pudesse? Tentei encontrar em minha mente algum tipo de situação parecida com essa, até que uma lembrança tomou conta de minha mente. Eu estava na sétima serie e era muito gordinha por isso algumas pessoas caçoavam de mim, certo dia Jennifer a metida da turma, me humilhou em frente à turma e todos riram de mim, tranquei-me no banheiro da escola e com muita raiva desejei que ela caísse da escada, uma semana depois ela estava com o pé enfaixado havia caído da escada de sua casa. Na época eu não havia me ligado nisso, porém agora tudo fazia sentido, um terrível sentido e de agora em diante, se tudo não passasse de mera coincidência, eu teria de tomar cuidado com o que desejava caso fosse verdade eu teria que aprender a controlar esse dom.

 As palavras do demônio latejavam em minha mente, queria falar com Dean sobre isso, tirar minhas duvidas, falar sobre meu medo, porém faltavam palavras.

 Ao chegarmos em casa, tomei um longo banho quente para tentar relaxar a única coisa que eu queria era dormir nos braços de Dean e esquecer aquela noite. Deitei-me primeiro que ele, ainda perdida em pensamentos.

 - Você está tão quieta. – observou ele.

 - É só cansaço mesmo.

 - Tem certeza?

 Eu assenti e nos beijamos. Deitei em seu peito, pude ouvir seus batimentos cardíacos um pouco acelerados, sua respiração era leve e despreocupada, seus dedos acariciavam meu rosto e meu cabelo, o perfume da loção pós-barba estava presente era extremamente delicioso, logo percebi que era Sr N. E com esse conjunto perfeito acabei por adormecer.

 Aos poucos uma nuvem cinza tomava conta de minha mente, logo vi minha imagem correndo pela casa, eu estava ofegante, gritava muito alto, mas ninguém conseguia me ouvir. Subi as escadas correndo o mais rápido que pude, porém alguém segurou meu tornozelo e acabei caindo, dei vários chutes no ar e consegui acertar um em alguém, fazendo com que a pessoa me soltasse, sai correndo mais uma vez para meu quarto e tranquei a porta.

 - Dean! Dean!

 Eu gritava desesperadamente para fora da janela esperando que ele ou alguém pudesse me ouvir. De repente ouvi um barulho muito alto vindo de trás de mim, a pessoa que pude julgar ser um homem, havia dado um chute muito forte na porta o que a fez cair no chão, ele veio andando até mim com passos pesados.

 - Está chamando por mim querida?

 Não era possível, agora eu conseguia ver seu rosto. Era Dean quem me perseguia.

 - O que? – falei com a voz baixa embarcada em lágrimas.

 Ele me pegou pelos ombros e me jogou na cama dando-me um tapa, eu me debatia e tentava lutar, mas era inútil ele era mais forte que eu e estava sobre mim, eu não conseguia me mexer direito.

 - Hoje querendo ou não você vai ser minha! – disse ele.

 Acordei quando esbarrei a mão na mesa do notebook, ela latejava e doía um pouco, eu estava sentada na cama olhando para todos os lados, ofegante e com algumas lágrimas no rosto.

 - Foi só um sonho ruim. – disse a mim mesma.

 Olhei para o lado e não vi Dean, em sua parte da cama havia um bilhete com uma pequena caixinha dizendo:

 “Linda, Sam encontrou uma pista do metamorfo e tivemos que sair mais cedo, só voltaremos quando pega-lo. Nessa caixinha tem uma coisa que espero que goste... E bom dia!”

                                                      Dean

Abri a caixinha curiosa, nela havia uma pulseira prata com um pingente de coração com nossos nomes dentro e a data em que nos conhecemos, sorri ao ver aquela pulseira era tão linda e meiga. Agradeci muito por aquele sonho ter sido um pesadelo, olhei o relógio e já passava do meio-dia, peguei o telefone e liguei para Pet.

 - Alô? – atendeu sonolento.

 - Ei bela adormecida, sou eu.

 - Eu?

 - Nina dã.

 - Ah cabeçuda e ai?

 - Isso é hora de esta dormindo cara, não vai trabalhar?

 - Hoje é meu dia de folga e você?

 - Que ótimo eu também estou de folga, que tal sairmos hoje? Dean e Sam estão em uma missão não quero ficar sozinha aqui.

 - Claro daqui à uma hora passo pra te pegar. – disse bocejando ao mesmo tempo.


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