Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 12
Capítulo 12




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Sam, Dean e eu ficamos na casa de Petter até que ele melhorasse, ou até que os pais dele chegassem, deixei um walk tok no quarto de Pet e um comigo para que se houvesse alguma emergência ou estivesse precisando de algo, ele me chamasse pelo rádio. Foi uma noite longa para mim, toda vez que cochilava nos braços de Dean no sofá, o walk tok apitava com a voz de Pet muito fraca, sempre pedindo algo. Nenhum de nós conseguiu dormir direito, ficamos esparramados na sala vendo tv até que os Watson chegassem.

 Por volta das cinco da manhã, Pet começava a melhorar, a febre abaixava e não havia mais sinal de ânsia de vômito, coitado, o que havia visto tinha mexido tanto com ele que acabou ficando doente por conta disso, mas pensando pelo lado bom, eu poderia rir da cara dele pelo resto da vida, ele que se achava o fortão e todo poderoso, mostrou-se fraco ao ver um homem caído cheio de furos de balas.

 Duas horas se passaram e nada dos Watson, já estávamos ficando impacientes, queríamos relaxar da noite de ontem e depois comemorar em algum lugar a minha libertação. Levei o café da manha para Pet, torradas e suco de laranja natural, ao cruzar o corredor para descer as escadas, vejo Dean saindo de toalha do banheiro, fiquei parada ali observando ele, não tinha como evitar que minha mente pensasse algumas besteiras, mas logo fui interrompida quando me fitou e disse:

 - Gostou? – e soltou uma gargalhada.

 - Muito engraçadinho você.

 - Qual é alguém tem que se divertir aqui, passamos a noite toda sem dormir direito, assistindo a filmes sobre o Holocausto e Dora a Aventureira, depois disso só um banho quente mesmo. Ficou triste porque não te chamei?

 Fui me aproximando dele bem lentamente, fitando-o, quando cheguei bem perto passei as mãos em seus músculos molhados e dei uma mordida de leve em sua orelha, sua respiração um pouco ofegante, ele não esperava por aquilo, até que falei:

 - Não! – e sai andando dando risada.

 - Porque você fez isso comigo? Eu estava gostando desse contato, você é malvada.

 - Eu sei. – gritei já na sala.

 Sam estava na cozinha comendo cereais, aproveitei para fazer companhia a ele, quando vimos o trinco da porta girar e por ela passaram Caroline e Conrad Watson, pais de Pet. Os dois olharam incrédulos para eu e Sam.

 - Nina? – disse Caroline.

 - Sim, sou. – ela nunca gostou de mim, dizia que eu era má influencia para Pet, só porque quando adolescentes, fizemos algumas besteiras, como pegar o carro de Conrad e dirigir até uma casa de shows.

 - E quem é esse? – levantei-me para explicar melhor.

 - Esse é Sam Winchester, todos somos amigos de Pet, ele passou mal ontem e pediu nossa ajuda, tentamos ligar, mas o celular estava desligado.

 - É a bateria acabou. – disse sem jeito, tentando esconder, tarde de mais, o roxo em seu que obviamente Sam e eu já havíamos visto.

 - Ei, as roupas dele serviram direitinho em mim! – disse Dean descendo as escadas.

 - Quem é você? – perguntou Carol.

 - Dean amigo do seu filho. – disse estendendo a mão para ela, porém ela o ignorou.

 - Fala que é fina e elegante e ignora um aperto de mão. – disse eu alfinetando-a.

 - Garota, só quero saber como está meu filho.

 - No quarto dele se recuperando o pior já passou.

 - E o que ele teve?

 - Uma indisposição, talvez tenha comido algo que não lhe fez bem, ardeu em febre e quase vomitou o estômago, mas agora está bem. Como sei que minha presença não lhe agrada, vou me despedir de Pet e vou embora mais tarde ligo para falar com ele.

 Nós três subimos as escadas e entramos no quarto de Pet, ele estava acordado.

 - Pet, já vamos.

 - Obrigado Nina por ter cuidado de mim.

 - Não a de que. Nunca te deixaria na mão.

 - Você é maravilhosa não sei como minha mãe não gosta de você.

 - Tenho que admitir que aprontamos quando éramos adolescentes, até entendo essa desconfiança e se fosse com o meu filho, também me comportaria assim.

 - Sei muito bem que está mentindo, o máximo que faria seria conversar e só está falando isso para tentar amenizar as atitudes de mamãe.

 Ele tinha razão, não foi tão grave assim tudo o que já aprontamos para ela me tratar com indiferença.

 - É você tem razão.

 Nós dois rimos, nos despedimos dele e saímos de lá, era impressionante nenhum obrigado Carol nos deu por ter cuidado de Pet, já Conrad era apaziguador, gostava bastante de mim e sempre ficava sem graça com as coisas que a mulher dizia para mim, e agradeceu a nós três por termos cuidado de seu filho.

 Lembro-me de quando éramos crianças assim que Pet e eu nos conhecemos, em uma bela tarde ensolarada, fui brincar na casa deles, Pet e eu brincávamos na sala de pega pega, quando esbarrei em um vazo, que se encontrava em uma mesinha, ele acabou caindo no chão e quebrando. Fiquei extremamente nervosa, contudo os dois me acalmaram, mas quando Carol chegou e deu conta de seu vazo predileto, a historia foi outra, além de brigar comigo, levantou a mão para me bater, Pet entrou em minha frente e Conrad segurou sua mão. Eu estava muito assustada e chorava sem parar, sai correndo de lá e Pet foi atrás de mim, contra a vontade da mãe, ele ficou comigo a tarde toda tentando me acalmar, e naquele dia eu tinha certeza que Pet era um amigo de verdade.


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