Tulipas Azuis escrita por Zora


Capítulo 10
Anis


Notas iniciais do capítulo

Estou atrasada
E... Esta história será editada.
Comentem por favor, eu vou editar logo e vai ficar melhor.
"O capítulo está uma droga" também é comentário e eu preciso recebê-los, não faço ideia se isso está ficando bom.



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Juvia acordou sentindo um calor descomunal. Se remexia para todos os lados e puxava forte o ar pela boca.
Estava suando muito.

Gray levantou rápido do sofá e correu até a cama, levantando-a devagar pela nuca, enquanto ela tentava normalizar a respiração.
"Senhor, Gray?" Ela estava confusa e ainda ofegante .
"Eu estou aqui. Eu estou aqui." Disse abraçando-a torto. "O que é que você está sentindo?"
"Respirar, respirar está difícil." Ela diz puxando agora com as narinas.
"E o que eu faço agora?! Todo mundo já foi embora. Ai, merda! Vem, vou te levar pro hospital." Disse pegado-a no colo "Como é que eles podem te deixar sozinha comigo? Eu sou um pateta!"
"Fica calmo Senhor, Gray." Ela diz sorrindo leve "Eu estou bem. Já já passa." Tenta descer dos braços dele.
"Nem pensar, sou idiota, não irresponsável." Ajeitou-a outra vez "Vamos logo."
"Não precisa mesmo, é verdade."
"Virou médica? Achei que fosse nadadora. Quando o médico disser que está tudo bem, nós voltamos." Disse com ela ainda nos braços. "Cadê a chave?" Suspendeu a jovem num impulso e se pôs a tatear a escrivaninha, as prateleiras. Quase deixou Juvia cair.
"Ai!"
"Te machuquei? Desculpa." Sentou na cama com ela ainda no colo mexendo-a de um lado pro outro procurando algo "Que isso roxo? Fui eu?"
"Não, só me assustou. Achei que eu fosse cair de cara no chão" Olhou o braço roxo e suspirou sem graça "Isso não foi você, não se preocupe"
"Não se preocupe? Humpft. Mereço" Puxou-a pra mais perto "Esquisita. Quem fez isso?" Sentiu-a tremer "Quem fez, Juvia?"
"Isso não importa." Ela se aconchegou em seu peito, inalando forte. Sentiu os músculos dele tensionarem, ela sabia que ele estava com raiva. Por ela. Mesmo que ela soubesse que não seria diferente com qualquer outro, ela se sentiu importante. E sabia que era tolice.
"Juvia?" Viu-a erguer a cabeça "Eu preciso te pedir algo, mas é algo muito difícil de se fazer. Eu podia dizer que se você não puder está tudo bem, mas..." Coçou a nuca sem jeito "Eu vou te entender, mas não vai ficar tudo bem." Ele segurava seu rosto.
"Eu acho que não estou em condições de fazer muita coisa agora. Ainda não estou cem por cento recuperada, mas eu posso tentar. O que é?" Pergunta curiosa e ainda respirando cansada.
"Eu preciso que me perdoe. Eu sei que machuquei você." Juvia salta do colo de Gray e senta na cama de olhos arregalados. "Que foi? Isso é tão inesperado assim? Gray Fullbuster não pede desculpas, não é?" Juvia ainda estava imóvel, Gray ficou mais preocupado do que já estava e acariciando o rosto da moça, colou sua testa a dela. "Eu sinto tanto." Beijou-lhe a testa.
"Está tudo bem. Não precisa chorar." Ela enxugou-lhe a face e foi só nessa hora que ele notou as próprias lágrimas.
"Não se comova com isso. Me responde logo, temos que ir logo ao hospital."
"Gray, não preciso ir ao hospital. Preciso de nebulização." Ela levantou indo até a cômoda de madeira maciça pintada e, abrindo uma porta pegou um aparelho curioso a Gray. Depois, pegou uma garrafa de soro fisiológico no frigobar estranhamente vermelho. "Tomada, tomada... Gray, me ajuda a achar uma tomada?"
"Claro" Gray notou que Juvia estava fugindo do assunto. "Ei, espera! Nós vamos ao hospital, mocinha."

Juvia parou de procurar e caminhou até ficar de frente a Gray. "Senhor, Gray, o senhor precisa entender uma coisa. Existem casos, em que precisamos ir ao hospital, exitem outros, em que podemos nos tratar em casa e ceder a vez a quem realmente precisa. Eu já disse que estou bem. Tenho o que preciso pra me cuidar aqui, não se preocupe." Ela o viu formar um bico emburrado e sorriu.
Gray parecia uma criança.

"Não quero te ver doente nunca mais. É assustador, parece que vai morrer. Você consegue ser estranha até nas doenças, Lockser."
"Estava preocupado comigo, senhor Gray?"
"É óbvio que estava" Ele a viu sorrir de cabeça baixa "Quer dizer, não. Quer dizer, quem ia competir nas interestaduais se você continuasse doente?"
"Eu não estou convencida de que seja só isso. Está estranho senhor Gray. Não reconheço o senhor."
"Por que estou menos babaca?" Ele arqueia a sobrancelha. Ela não responde.
"Alguém te obrigou a fazer isso, senhor Gray?"
"O quê? Por quê? Não! Você complica tudo"
"Eu? Desculpe, mas o senhor sempre me detestou. Não faz o menor sentido fazer isso agora. Se for algum tipo de castigo ou alguma aposta, ou sei lá o quê, peço que pare. Como já pôde ver, eu não estou bem, não preciso da sua ajuda para que tudo desande." Sacudiu a cabeça cansada, ligou o nebulizador e o posicionou no rosto. A fumaça branca que mais parecia um véu fantasmagórico, saía devagar e o barulho do motor era o único daquela enfermaria minúscula, até que Juvia tira a máscara do rosto e decide continuar. "Pare com isso antes que eu ache que realmente se importa." Queria chorar, mas não o faria.
"Acha mesmo que não faz sentido ficar assim? Logo agora? Caramba, Juvia, olha tudo o que aconteceu." Ele não sabia como continuar. Achava que não merecia aquilo, mas sabia que o outro Gray, aquele antigo, o que fez questão de deixar pra trás, merecia muito além do que o desprezo dela. "Eu sei que está confusa, que está doendo." Passou a mão pelo rosto frustrado. "Olha, eu sei que está sendo difícil, e eu também sei que não ajudei em merda nenhuma, mas eu fiquei com medo. Pronto, satisfeita?!" Gray não sabia como esclarecer as coisas. Sem sombra de dúvidas, ele não fazia o tipo príncipe. "E se você morresse?! Quem ia me irritar? Quem é que chamar um cara que acabou de fazer 22 anos de senhor? Quem é que ia bater o recorde no interestadual? Se você fosse embora também. Karma maldito!" Sussurrou a última parte achando que Juvia não tinha ouvido. "E se você acha que eu não me importo... Olha pra mim." Ele tirou a máscara do rosto da jovem e elevou seu queixo "Eu me importo muito com você e, se você acha que não, olha pra mim" Ela assim fez e se assustou ao ver os olhos de Gray marejados outra vez. "Eu não vou chorar outra vez, isso já está ficando estranho, mas imagino que você saiba que eu não faça isso com frequência. Mas você faz essas coisas. Me deixa maluco!"
"Você só me deixa mais confusa, senhor Gray." Ela embora quisesse muito, não conseguiu conter suas lágrimas, elas saíram aos montes. "Me faz ter esperanças, Gray."
"Lockser, eu não tenho uma vida estável, eu não tenho condições de lidar com relacionamentos, eu naõ sei nem mesmo ser sociável. Eu não sei. Não é não querer, ou não sentir. Mas eu não sei e, sinceramente, eu não quero tentar. Eu juro que já tentei, com todas as forças que tinha. Eu machuquei muita gente. Eu tentei ser o herói, Lockser, mas não dá."
"Você... está me dando outro fora?" Ela perguntou receosa
"Eu estou tentando dizer que me importo o bastante pra não te querer perto de mim, mas talvez meu amor não seja grande o bastante pra me fazer conseguir ficar longe de você."
"Amor?" Gaguejou "O que você quer dizer com isso?" Ele estava rubra de vergonha.
"Eu disse amor?" Arregalou os olhos "Ah, merda. O que eu quero que entenda é que eu acho que depois de tudo que você passou, você merece alguém melhor do que um suposto valentão que tem medo da própria sombra " Gray se lembrou de algo. "Juvia..." Começou receoso. "Eu vou ser bem direto, é verdade que você foi violentada?" Ele a viu tremer e, colocar a máscara de volta no rosto. Levantou a mirada e somente assentiu. "Quem foi, Juvia? Fala quem eu tenho que matar."
"Eu estou bem senhor, Gray"
"Porra nenhuma que está, devia ver seu rosto. Mas que merda, Juvia, tem noção do quão imprestável eu estou me sentindo agora?"
"Pare de xingar. Esses palavrões são feios."
"Merda nem é palavrão." Ele sorriu. "Eu quero matar uns infelizes e tudo mais, mas eu acho que esse não é um bom assunto, não é?"
"Seria bom parar." Ela responde tímida.
"Tenho uma coisa pra você" Ele se aproxima dela, e outra vez cola suas testas, vê ela fechar os olhos e quase não resiste a tentação de beijá-la. Mas sabia que não podia fazer isso.

Maldito karma!

"Independente de ser um idiota, que não merece nem mesmo que você lhe dirija a palavra, eu vou estar sempre com você, mesmo que não queira, vou ser irritante até. Você não sai do meu lado, porque é uma doida varrida que acha que não merece os outros, quando na verdade os outros, ou pelo menos eu, é quem não mereço você."

Juvia estava emocionada. Seu coração foi a mil quando sentiu um roçar leve em seus lábios, tão delicados que lhe lembravam pétalas de flores.

Na verdade, eram pétalas de flores.
Juvia abriu os olhos e encontrou um pequeno ramo de Anis encostado em seus lábios, e a testa de Gray ainda na sua.

"Gajeel disse que você conhece o significado das flores."
"Não todas"
"Sabe dessa? Por que eu sei"
"Você pesquisou?"
"Aham. E então, sabe?" Ele estava se corroendo em curiosidade
"Promessa?" Ela não sabia como Gray conseguia ser tão gentil sem esforço. E sem perceber o quão apaixonante ele estava sendo. Ela sabia que ele não tinha ideia.
"Ótimo para fechar o momento, não?" Ele coloca a máscara no rosto da jovem outra vez, metade do conteúdo foi totalmente desperdiçado de tanto que deixou fora do rosto. "Sou seu guarda-costas, é uma promessa."


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Notas finais do capítulo

RECOMENDAÇÕES E COMENTÁRIOS!!!!!



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