Do You Remember? escrita por Gabi Mendes


Capítulo 7
Nunca


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE SIM EU ESTOU VIVA E EU PEÇO DESCULPAS PRA TODO MUNDO PORQUE EU SUMI DO MAPA POR MILHÕES DE DIAS :C
E dessa vez eu prometo de verdade que não vou demorar tanto pra postar de novo. Juro juradinho com dedo mindinho.
Capítulo maiorzinho porque é o último deles crianças, e porque eu demorei pra caramba pra postar!
E gente, desculpa se eu estou fazendo a história muito melosa, é que eu acho mais fofo assim, sei lá slaçkjsça, mas anyway, espero que gostem.

Boa leitura!



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No dia seguinte, um domingo de sol, Blaine se levantou quando todos já estavam acordados. Foi ao banheiro e voltou ao quarto para tirar o pijama, e desceu as escadas. Enquanto descia, estranhou o silêncio incomum que estava na casa, se escutava apenas algumas vozes. Foi até a cozinha e congelou.

Seu pai estava lá.

Ele não o tinha visto desde aquela noite em que seus pais brigaram. Na verdade, nem havia chegado a vê-lo, apenas o ouviu gritar com sua mãe. E a cena que Blaine via era estranha: Seu pai estava sentado na mesa com sua mãe, e Cooper ao lado deles com uma xícara nas mãos olhando para baixo. Quando viu Blaine, olhou para ele sério e abaixou os olhos novamente.

Peter percebeu o movimento do filho mais velho, e olhou para a porta da cozinha, onde estava um Blaine muito confuso.

- Filho! Vem Blainey, se senta aqui com a gente. – O pai disse, sorrindo. Rose também estava sorrindo, e Cooper era o único que não parecia nem um pouco feliz com a situação.

Blaine não estava entendendo o que estava acontecendo, mas foi mesmo assim. Se sentou ao lado de sua mãe e na frente de Cooper. Olhou para seus pais tentando conseguir algum tipo de explicação. Rose foi a primeira a falar.

- Blaine, querido, você sabe como seu pai e eu tivemos algumas brigas, certo? – Blaine concordou com a cabeça. É claro que ele sabia. A mãe continuou – Bom, aquela foi apenas uma fase. Está tudo bem agora. Chegamos à conclusão de que foi a mudança que nos deixou irritados com tudo. A nova casa, o novo emprego, a nova cidade. É importante que você entenda isso. Está entendendo?

Blaine concordou com a cabeça mais uma vez, mas na verdade não estava entendendo. Como Lima poderia ter feito tudo aquilo com eles? Tudo na vida de Blaine havia apenas ficado melhor depois da mudança para Lima.

- Então Blaine, estivemos conversando, faz algum tempo. – Agora Peter estava falando – E decidimos que Lima não é nosso lugar. Vamos voltar para Detroit.

Blaine não acreditava no que estava ouvindo. Como assim, ‘voltar para Detroit’? Ele nunca mais queria morar lá novamente. A vida dele estava perfeita: ele tinha Santana, Quinn, Rachel e, principalmente, Kurt. Ele teria que abandonar todos eles? Ele não queria fazer isso nunca!

- Vocês estão brincando, né? – Ouviu a voz de Cooper – Vocês realmente acham que foi essa cidade que destruiu o que restava do casamento de vocês?

- Olha como fala com seus pais! – Peter disparou, irritado.

- Vocês vão destruir a vida do Blaine fazendo isso! Ele tem amigos aqui, em Detroit ele não tinha! Vocês não se importam com isso?

Blaine se lembrava de que a vida dele em Detroit não era das melhores. Não tinha muitos amigos, só uma garota que de vez em quando falava com ele. Ele não queria voltar para lá.

- Cooper. Por acaso, você é o pai dele? Não. Então você não tem o mínimo direito de falar o que devo ou não fazer com Blaine.

- Mas agora a opinião dele também não importa? – Cooper disse, e se virou para Blaine. – Blaine, você quer voltar para Detroit?

Blaine foi pego de surpresa, e não sabia o que responder. Não, não queria, mas sabia que se dissesse que não, só causaria mais problemas. Ficou olhando de Cooper para o pai, até que Rose disse:

- Chega. Ele é só uma criança. Não sabe o que é bom para ele. E você Cooper, já vai para Califórnia ano que vem, então você também não tem muito o que dizer. Agora fique quieto e deixe seu pai terminar de falar.

Cooper olhou para a mãe indignado, se perguntando o que deu havia dado nela. Até ontem mesmo ela dizia que iria se separar do pai! Mas não disse mais nada. O pai voltou a falar:

- Então, Blaine, como eu estava dizendo, nossas vidas eram melhores em Detroit. Sim, eu sei que você tem amigos aqui, mas você pode fazer novos amigos. Podem ser até melhores do que os daqui!

- Ninguém vai ser melhor que eles, pai. – Blaine disse, estranhando a situação toda.

- Bom, você ainda não os conhece. Não tem como saber. – Rose acrescentou.

- Blaine, o que estamos querendo dizer é: Vamos voltar para Detroit semana que vem. Vai ser antes das aulas voltarem, então você vai entrar em uma escola nova em Detroit. Vai dar tudo certo. – Peter disse sorrindo.

Blaine não estava sorrindo. Nem um pouco. E não iria sorrir por um bom tempo. Ele iria se separar de todos os seus amigos, da vida que se acostumou, tão de repente? Cooper sentia a mesma coisa. Não queriam simplesmente abandonar a vida que eles tanto gostavam.

Mas Blaine não disse nada. Apenas concordou com a cabeça, sem sorrir, e comeu o café da manhã sem dizer uma palavra. Depois, perguntou se poderia ir à casa de Kurt para sua mãe, e ela deixou. Foi andando até a porta de casa, e assim que a fechou foi correndo até a casa ao lado. Tocou a campanhinha e esperou alguém aparecer, até que Burt abriu a porta.

- Oi Blaine! Entre. O Kurt está no quarto, pode ir lá. – Ele disse, dando espaço para Blaine passar.

Blaine sorriu para Burt e subiu a escada indo em direção ao quarto de Kurt. A porta estava aberta, então entrou sem bater. Estavam acostumados a fazer isso.

- Oi Blaine! Tudo bem? – Kurt perguntou da sua cama, onde estava lendo um livro, mas logo percebeu que não estava tudo bem, pois Blaine tinha uma expressão terrível no rosto. Se sentou direito e deu espaço para o moreno se sentar.

Blaine foi até a cama e se sentou. Ficou olhando para baixo sem dizer nada, até que Kurt perguntou preocupado:

- Aconteceu alguma coisa?

E com isso Blaine não aguentou e se virou para abraçar Kurt. Talvez nunca mais o veria em uma semana, não aguentaria isso. Mal conseguia ficar um fim de semana sem vê-lo, como ficaria mais de um ano, ou até mais?

Sentiu Kurt o abraçar de volta e ficaram alguns segundos imóveis, Blaine tentando controlar as lágrimas. Não queria chorar. Se chorasse, não iria conseguir contar o que estava acontecendo. Após um tempo, Blaine se sentou e olhou os olhos de Kurt. Estavam cheios de preocupação e Blaine teve que desviar o olhar, pois se deu conta de que não veria esses olhos, talvez nunca mais.

- Blaine? Você ta me assustando de verdade agora, o que aconteceu? – Kurt perguntou, e Blaine decidiu que contaria agora.

- Eu... Vou me mudar semana que vem. – Ele respondeu, sem olhar para os olhos de Kurt.

- Você.. Quê? Blaine, fala sério, o que aconteceu? – Kurt perguntou rindo um pouco, pois não estava acreditando. Mas a preocupação ainda poderia ser sentida. Blaine olhou para os olhos de Kurt e não aguentou:

- É isso Kurt, meus pais resolveram voltar para Detroit semana que vem, de repente, e eu não faço ideia do porque, e eu acho que nunca mais vamos nos ver e eu não quero isso, eu prometi que sempre estaria aqui para você e eu não quero quebrar essa promessa e-

- Blaine, calma. Calma, vem aqui. – Kurt disse e puxou Blaine para abraçá-lo de novo. Como assim, ele iria se mudar? Kurt abraçou Blaine, e ouviu um soluço dele. Kurt não queria que ele chorasse, e o abraçou mais forte.

Depois de um tempo, Blaine se acalmou e com os olhos vermelhos, explicou tudo que seus pais haviam dito. Falou também sobre a discussão de Cooper com os pais, e Kurt ouviu tudo com atenção sem tirar os olhos de Blaine por um minuto. E Kurt estava arrasado por perder seu melhor amigo.

Decidiram colocar um filme para verem, talvez iriam se distrair um pouco. Kurt tinha uma TV no quarto, então não precisaram descer até a sala. Se sentaram na cama e assistiram um pouco do filme, mas nenhum dos dois estavam se acalmando.

- Preciso contar para os outros. – Blaine disse no meio do filme.

- Você conta depois. Não preocupa eles por enquanto. – Kurt respondeu olhando para ele.

- Eu sei, vou contar mais tarde. Mas uma hora eles vão ter que saber, né? – Ele disse, se arrumando na cama e colocando a cabeça no ombro de Kurt.

- A gente pensa em um jeito de contar. Agora não se preocupa com isso. Só... Tenta não pensar nisso. Pensa que eu estou aqui com você.

Blaine não disse mais nada.

--

Blaine dormiu na casa de Kurt. Sua mãe havia deixado sem o Peter saber, pois ele não gostava quando o filho dormia lá. Rose disse que o motivo disso é que ele se sente mais confortável com o filho em casa. Blaine não ligou muito.

Quando acordou, se sentou na cama e olhou para Kurt, na cama de cima, e viu que ele já estava acordado. Desceram e tomaram café, e pensaram como iriam contar para todos que Blaine ia embora. Decidiram que iriam fazer isso no penúltimo dia.

Passaram resto da semana inteira grudados, sempre juntos, sem pensar que Blaine iria embora no sábado. Sempre que Blaine não estava arrumando as malas e guardando suas coisas, estava com Kurt. Cooper também passava um tempo com eles de vez em quando, gostava muito de Kurt.

O clima de Cooper com os pais ainda estava pesado, e sempre havia alguma discussão sempre que Cooper dizia alguma coisa, o que Blaine achava injusto, pois ele não dizia nada de mais.

Os dias foram passando, até que sexta-feira chegou. Blaine e Kurt já tinham marcado de Quinn, Santana, Rachel e Brittany virem e passarem a tarde com eles, na casa de um dos dois. Quando elas chegaram, descobriram que Brittany não pôde vir, pois estava doente. Blaine ficou um pouco triste por isso, mas iria contar mesmo assim.

Conversaram, brincaram e viram TV a tarde toda na casa de Blaine, até que quando acabaram de ver um filme, Blaine se sentou direito e olhou para todos.

- Eu preciso contar uma coisa para vocês. Meus pais estão brigando muito ultimamente, mas agora eles estão bem. Mas eles decidiram uma coisa... Vamos voltar para Detroit. – Blaine disse triste.

Santana ficou olhando para Blaine por um tempo, até que foi até o lado dele e o abraçou. Ela amava Blaine, era seu melhor amigo. Não sabia se seus pais deixariam ela ir até Detroit, em outro estado, só para ver Blaine. Continuou abraçando ele, e Blaine a abraçou de volta.

Quinn olhou para Blaine, que estava abraçando Santana, e depois para Kurt. Sabia da amizade que os dois tinham, e sabia que Kurt ficaria devastado sem Blaine. Claro, ele tinha ela, Santana, Rachel, Brittany... Mas Blaine era diferente. E Quinn sabia muito bem disso. Ela estendeu o braço e colocou a mão na de Kurt. Quando Santana soltasse Blaine ela iria abraçá-lo, mas por enquanto ela ficaria com Kurt.

Rachel não sabia muito bem o que fazer. Ela gostava muito de Blaine, e ficou muito triste por isso. Ela iria abraçá-lo também, mas Santana estava tendo um “momento” com Blaine, e parecia que ela estava chorando. Não queria interromper. Olhou para Quinn e viu ela olhando para Kurt.

Rachel não era burra, ela sabia muito bem como Kurt amava Blaine e como Blaine amava Kurt não só como amigos. Talvez fosse a única que percebesse. Talvez porque estava acostumada com isso por causa de seus pais. Talvez nem eles mesmos percebessem, os dois bobos.

Santana finalmente soltou Blaine e se sentou ao seu lado, olhando para baixo, com uma mão na de Blaine e a outra nos olhos. Quinn soltou a mão de Kurt e, rindo, puxou Rachel com ela para abraçarem Blaine, o que fez Blaine quase cair. Logo todos estavam rindo da cena.

Quando se acalmaram, Blaine continuou:

- Eu quero voltar quando puder. Vou visitar vocês. Se fosse por mim, eu com certeza viria. Mas eu não sei se meus pais vão querer me levar para outro estado para ver vocês... Vocês sabem como eles são. – Ele disse e suspirou.

- Quando você vai? – Santana perguntou do lado dele.

- Amanhã.

- Sério? Por que não contou antes Blaine?

- Eu queria contar pra todos juntos, não um de cada vez, eu achei que seria melhor? – Blaine disse, fazendo sem querer com que a frase saísse como uma pergunta.

Santana pareceu meio chateada, mas assentiu como se tivesse entendido.

Passaram mais um tempo juntos e as meninas foram para casa. Antes de irem, cada uma abraçou Blaine forte e disseram que tentariam aparecer no dia seguinte.

Kurt passou o resto do dia com Blaine, até que Rose subiu no quarto de Blaine para avisar Kurt que seu pai havia o chamado para ir para casa, pois em pouco tempo a janta estaria pronta. Kurt se virou para Blaine e perguntou sorrindo:

- A gente se vê amanhã?

- Claro. Quero passar minha última tarde com você. – Blaine respondeu sorrindo de volta. Kurt sorriu mais um pouco e deu um passo para abraçar Blaine, que fez o mesmo.

Mas assim que se abraçaram, viraram a cabeça para o mesmo lado, quase encostando os lábios. No mesmo momento, os dois voltaram para trás e começaram a dizer juntos:

- Desculpa!

- Não, desculpa eu, eu não-

- Eu não vi, foi mal-

- Tudo bem, imagina-

- Não foi culpa sua, não precisa se desculpar. – E ficaram em silêncio.

Blaine estava pensando no que havia acontecido, e como, estranhamente, gostou. Mas eram só amigos, certo? Nada além disso. Kurt estava pensando a mesma coisa.

Foi só quando ouviram a voz de Rose os chamar do andar de baixo que perceberam que estavam olhando um pra boca do outro. Piscaram e desviaram o olhar, para baixo, para cima, para o lado, qualquer lugar menos o rosto um do outro. Deram uma risada fraca meio envergonhada pelo que tinha acontecido, e Kurt disse:

- Eu... Deveria ir - Ele disse apontando para trás desajeitadamente, olhando para baixo.

- Claro, claro, vou descer com você. – Blaine disse, rindo envergonhado também.

Desceram a escada e Blaine foi até a porta com Kurt. Burt estava conversando com Rose e quando viu o filho sorriu para ela e se despediu. Blaine viu Kurt ir até a casa, e fechou a porta.

Blaine jantou com seus pais e Cooper normalmente, e antes de dormir, pensou direito no que havia acontecido. Ele não gostava de Kurt assim, mas estaria mentindo se dissesse que nunca imaginou que pudesse acontecer. É claro que achava Kurt muito bonito, lindo até. Principalmente os olhos. Eram muito azuis e vivos e pareciam diamantes, pelo menos era o que Blaine achava.

Resolveu parar de pensar nisso e dormir. Amanhã teria um dia cheio.

--

No dia seguinte, enquanto seus pais corriam pela casa terminando de pegar o que precisavam, Cooper, Blaine e Kurt estavam no parquinho ao lado.

As meninas não puderam vir. A mãe de Santana não havia deixado, mesmo que fosse o melhor amigo. Quinn tinha o aniversário da avó para ir, e Rachel ia sair com os pais. Brittany continuava doente.

‘Pelo menos Kurt está aqui’, Blaine pensou.

Estavam normais um com o outro novamente, porém com um sentimento a mais. Eles apenas não sabiam disso.

Estavam conversando um pouco, vendo caixas sendo levadas para dentro do caminhão de mudança, mas na maior parte do tempo ficavam em silêncio.

- Vou sentir sua falta. Tipo, muito. Muuuuuuuito. – Kurt disse inclinando um pouco em Blaine, com um sorriso triste.

- Vou sentir o dobro disso. – Blaine respondeu olhando para Kurt, com o mesmo sorriso.

- Então vou sentir o triplo.

- Vou sentir o... Quádrito?

- Quádruplo. Fala sério, Blaine, o que ensinam na sua escola? – Cooper disse ao lado deles, rindo.

- Coisas que você esqueceu de tão velho que é – Blaine disse para Cooper, e se virou para Kurt – Vou sentir o quádruplo disso. Muito mais.

Kurt sorriu e respirou fundo. Realmente iria sentir falta de Blaine. De tudo. Dos cachos de Blaine quando ele acordava e de como ele reclamava quando Kurt brincava com esses cachos. Dos olhos cor de mel dele, que eram provavelmente uma das cores favoritas dele. De como sempre perdia para ele quando jogavam vídeo game, mas não se importava. Sentiria falta de tudo isso e muito mais. Se virou para ele e disse:

- Vou sentir exatamente o mesmo.

Blaine sorriu para ele, e ficaram em silêncio por mais um tempo.

--

Mais tarde, os pais de Blaine apareceram, dizendo que estava na hora. Rose disse que já havia se despedido de Burt, e que era para Blaine ir se despedir também.

Foi até lá e deu um abraço nele. Sempre sentiu como se Burt fosse como um segundo pai para ele, pois sempre estava lá quando precisava e sempre foi uma ótima pessoa. Burt se abaixou para ficar do tamanho de Blaine e disse:

- Kurt vai sentir sua falta. Eu também. Todos vão.

- Também vou sentir sua falta, Sr. Hummel. – Disse sorrindo.

- Me chame de Burt. Já te disse isso várias vezes.

- Claro Burt. – Blaine disse rindo. O mais velho sorriu mais uma vez, passou a mão no ombro de Blaine e disse:

- Se cuida. Você é importante pra ele. – E se levantou. Blaine sorriu e voltou para seu pai, que estava o chamando. Viu Cooper indo até Burt para se despedir também. Quando chegou até ele, viu a mãe abraçando Kurt pela ultima vez.

Chegou perto do pai e ficou olhando a mãe abraçar o melhor amigo. O melhor amigo de três anos, que assim que o viu já queria ser amigo dele. E queria continuar sendo.

Quando Rose soltou Kurt ela sorriu e olhou para Blaine.

- Vamos esperar no carro. – Ela disse e foi com Peter até o carro. Cooper estava logo atrás. Já tinha se despedido de Kurt também.

Blaine olhou para Kurt e respirou fundo. Os dois estavam segurando as lágrimas, pois sabiam que poderiam nunca mais se ver. Blaine foi o primeiro a se mexer: Jogou os braços ao redor de Kurt e o abraçou forte, e Kurt fez o mesmo.

- Eu vou sentir tanto a sua falta, Blaine. – Kurt disse e deixou uma lágrima cair e parar na blusa de Blaine.

- Eu vou sentir o mesmo, Kurt. – Blaine respondeu, também falhando em tentar não chorar. Respirou fundo mais uma vez, e continuou – Até mais do que você. Vou sentir falta de todo mundo, mas especialmente de você.

- Nunca se esqueça de mim. Eu não vou esquecer de você. – Kurt disse, o que fez Blaine rir.

- Ta brincando? Eu te amo Kurt, eu nunca vou me esquecer de você. Nunca.

- Nunca. – Kurt disse e soltou Blaine. Ficaram olhando um para o outro por um tempo, até que Blaine disse:

- Sabia que eu amo seus olhos? Eu nunca disse, mas é verdade. Eu poderia reconhecê-los a quilômetros de distância.

Kurt riu e limpou uma lágrima com a palma da mão. Blaine olhou para o carro novamente, e disse triste:

- Tenho que ir.

- Certo. Eu não vou te abraçar de novo, porque se eu abraçar eu não te solto mais, então... – Kurt disse rindo um pouco.

Blaine sorriu para ele e disse:

- Nunca vou te esquecer.

Kurt sorriu de volta e respondeu:

- Nunca.

E olhou Blaine andar até o carro e entrar no banco de trás. Ele abaixou o vidro e acenou para Kurt, e Kurt acenou de volta. Viu o carro começar a andar, e o acompanhou até virar a esquina. Olhou para baixo, e foi para sua casa.

-

Blaine entrou no carro e abaixou o vidro do carro. Acenou para Kurt até não poder mais vê-lo, e se encostou no banco, olhando para o chão do carro, ainda limpando algumas lágrimas.

- Você vai achar outro melhor amigo, Blaine. Sério. – Rose disse do banco da frente.

Blaine não disse nada, apenas assentiu. Mas sabia que não encontraria.

Encostou a cabeça em Cooper e fechou os olhos, se preparando para uma nova vida em Detroit, porém cheias de memórias de Lima: As melhores que poderia ter. E tinha certeza absoluta, de que nunca se esqueceria de Brittany, Rachel, Quinn, Santana, Burt... Não se esqueceria de ninguém.

E principalmente de Kurt.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Triste né :c muito trágico. Mas ainda tem muito capitulo por aí, para nossa alegria né o/
Me avisem se virem algum erro ou se eu escrevi alguma frase pela metade!

Comentem o capitulo, por favor, quanto mais comentários mais rápido eu posto! Continuem lendo :)

Bjbjbj :3