The Best Of Both Worlds escrita por Carol Howard Stark, Liran Rabbit


Capítulo 3
Providência




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Carmen

 

Desde pequena eu tinha receio de errar. Como se algo ruim já de inicio fosse acontecer e eu sofreria as consequências de meus atos. Não erra apenas receio do perigo e sim de não ser boa para minha irmã mais nova e não ser o exemplo ideal para a mesma.

Quando a vi pela primeira vez com aquele rosto em formato de joelho e bochehcas vermelhas, eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, não era aprontar ou diverti-la para vê-la rir como os outros bebês e sim protegê-la.

— O que aconteceu com o tio James? - a voz de preocupação era evidente e não a culpava por isso, acontece que se eu estivesse no lugar dela faria a mesma pergunta.

Os meus cursos da faculdade mantinham-me ocupada boa parte do tempo e com isso, o máximo que eu fazia para retribuir a nossos tios era cuidar das máquinas malucas que nosso tio James tem no sotão. Irmão de nossa mãe, parece que ambos tinham sido trocados na maternidade, pois não parecia que aquele homem de cabelos grisalhos era considerado o cara que sustentava aquela casa.

— Explico quando chegar na droga do apartamento Elena! - respondi concentrando-me no trânsito, o temporal começara a cair e a fina chuva atrapalhava até o retrovisor, sendo que no momento não conseguia nem ver algum carro preto atrás de nós.

O caminho para o centro era curto, mas com um pouco de pressa conseguir chegar em frente ao pequeno prédio residêncial verde e estacionando a lataria chamade de carro em uma das vagas dentro do local.

Quando saimos do carro e vendo-me correr as escadas, Elena pareceu acompanhar o ritmo e já estava atrás de mim quando abri a porta para entrar no nosso antigo apartamento.

— Pensei que você o tinha vendido - falou, parecia se distrair e se afastava para a sala - Tia Alana!

Sorri de canto e vi o alivio afetar as duas, parecia que Alana tinha herdado a habilidade de ser mãe, coisa que eu não tinha desde nossos pais foram embora.

— Alguma noticia de James? - perguntei, mantinha a voz calma e sem preocupações como a de Elena.

— Seu telefone não tem sinal... - tia Alana falou, cruzando os braços como se aquilo fosse para repreender-me - Alias, parece ao meu ver que esse apartamento está mais do que abandonado, parece um daqueles de filmes de terror - falou com drama, sempre tem que ter um drama no meio.

— Eu falei para ela que deveriamos ter vendido... Mas não...! - Elena falou.

— Não poderia apagar uma memória de nossos pais Elena... Não podia... - em um tom baixo, minha voz quase que saiu falha e atraiu um olhar de ambas sobre mim e eu conhecia bem esse olhar, era pena.

— Desculpe se acabei não sendo sensível - acabou por falar e sentar no sofá, levantando uma camada de poeira do mesmo - Mas que droga...! Carmen!

— Seu quarto está no mesmo estado querida irmã, se quiser dormir ao invés de saber o porque não estarmos na casa de tia Alana e James, fique quieta e sem reclamar... - falei séria, atraindo um olhar de surpresa da mesma - Vamos começar do zero, como foi na escola?

— Normal - deu de ombros e olhei desconfiada para ela - Sabe o garoto estrela que apareceu na televisão sendo procurado pela aquela agência de segurança dos E.V.O.S? Nome de cachorro o dele...

— ...Rex? - completei.

— Esse mesmo! Ele era o aluno que eu servi de guia, até que não é tão chato... - Falou, deitando no sofá e deixando de dar atenção ao pó que se erguia com seus movimentos.

— Nome de cachorro? - indaguei, rindo - E desde quando um aluno que é considerado um perigo em potêncial vai estudar em sua escola? O diretor tem um parafuso a menos?

— Acho que sim... - respondeu, atraindo uma risada de nossa tia - Mas Carmen, até que ele é legal.

— Legal não significa ser do bem, ele é uma ameaça em potencial e você nem pense em chegar perto dele depois do que aconteceu hoje na minha faculdade... - calma, sentei-me no braço do sofá que Elena estava deitada, vendo-a sentar e olhar-me confusa e parecendo pedir uma explicação.

— O que aconteceu na sua faculdade querida? Tem em relação para você exigir que eu viesse para cá e acaba-se levando nossas coisa para ficarmos aqui? - Tia Alana perguntou, o tom de preocupação dela não reconfortava e era pior do que isso era o olhar de julgamento que a mesma lançava.

— Tem em relação a organização do novo amigo da Elena - olhei para minha irmã, vendo-a indagar para mim o que isso tinha em relação ao "nome de cachorro" - E em relação ao tio, eu sou apenas uma peça que ele pediu para se afastar do tabuleiro.

— Está assustando... - Elena sorriu sem graça - Pode partir direto para o assunto que esta estampado no seu olhar?

— A organização do seu querido novo amigo teve alguns soldados na entrada da faculdade, metade deles armados e com ordens de fazer algumas perguntas para um grupo seleto de alunos, eu estava entre eles e acabei que sendo resgatada pelo meu tio assim que mandei uma chamada do que estava acontecendo, mas claro, antes de ter sido chamado por aqueles caras uniformizados.

— E eles podem fazer isso? - indaga tia Alana, nervosa no sentido de "quase explodir"

— Eles estão armados, quem vai reclamar? - Elena pergunta, soando zombeteira e recebendo um olhar discriminativo de nosso tia - Desculpe, mas a verdade doí - deu de ombros.

— Sendo um amor como sempre não é? - sorri irônica.

— Elena, fique quieta e por favor Carmen, continue - tia Alana pediu, já perdendo a paciência.

— Quando tinha terminado as perguntas, parecia ser coisa da minha cabeça, mas um deles ainda olhava para mim quando sai da sala da qual estavam - continuei, receosa.

— E o tio trabalhava para a essa agência de segurança não é? - Elena pergunta.

— Providência... Não bastava o tio de vocês ter que sair daquela confusão, eles voltaram atrás dele... - Tia Alana reclamou - E ainda parecem arrastar você Carmen, mas o que diabos você aprontou? - Cruzava os braços, contendo sua indignação.

Se eu mesma soube-se o porque daquela palhaçada na faculdade, já teria explicado antes mesmo de tia Alana perguntar, porque aquilo não foi muito legal para uma "agência de segurança" e ainda mais com o ex-garoto propaganda deles.

— Já chega não é? Vamos descansar e eu estou com sono... - Espreguiçando-se, Elena levantou no sofá e deu-me um breve abraço e saindo em direção ao seu antigo quarto.

— Ainda é de manhã, volte aqui Elena! - E com isso meu dia realmente estava se iniciando.


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