Os minutos seguintes dentro da casa da cena do crime haviam sido monótonos. Jeniffer já tinha tudo o que queria e então se despediu dos Winchester. Precisa continuar com o plano, apesar de nunca concordar com o mesmo.

Para ser sincera, ela ainda tinha suas dúvidas, pois ela sabia que queria acabar com eles, mas sempre prezou a calma e paciência antes de agir impulsivamente, enquanto Crowley parecia que queria que tudo fosse resolvido logo.

– Jeniffer – A voz disse logo atrás dela e que a própria reconheceu logo de cara

– Castiel – Respondeu – O que faz aqui?

– Venho te observando

– Preciso estabelecer um limite – Retrucou

– Está em estado de duvida – A voz do anjo soou como se estive preocupado com ela – Sei pelo o que tenho visto

– Não estou – Respondeu – Sei o que preciso fazer

– Sabe mesmo? – Retrucou e despareceu do quarto no mesmo momento deixando a caçadora mais confusa

– Não sei – Disse tirando o casaco e indo tomar banho

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– Tem algo errado – O Winchester mais velho começou

– Como? – Sam perguntou encarando o irmão

– Não sei – Respondeu – Apenas sei que tem algo errado e não faço idéia do que seja – Levantou da cama e sentou-se ao lado do moreno que pesquisa algo no computador – Achou alguma coisa?

– Não – Respondeu – São casos aleatórios, ele quer brincar com a gente

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A noite havia caído e aparentemente tudo estava calmo quando a ligação da delegacia acordou a caçadora

– Quem fala? – Perguntou quando ouviu o nome do lugar – Sim, sou eu... Estou indo – E desligou o telefone. Rapidamente pegou as suas coisas e olhou para o relógio, ela realmente queria estar dormindo naquela hora

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Ela chegou ao local e viu as viaturas e gritos de desespero. O local havia sido cercado e tinha alguns repórteres...

– Policial – Outra policial a chamou – Venha aqui dentro – As duas seguiram para dentro da casa. Tudo lá dentro parecia um filme de terror que nunca ia ter fim

– O que exatamente aconteceu aqui? – Perguntou

– A família inteira foi assassinada – Deu uma pausa aterrorizada com aquilo tudo – Terrível

– Algum suspeito? – Tentava ser o mais frio possível, porque na verdade, ela sabia muito bem que havia o havia feito

– Talvez o mesmo que causou as outras mortes – Respondeu – Preciso checar outra coisa – Jeniffer assentiu com a cabeça. Tudo ali havia saído do controle. Extremamente irritada, ligou para a única pessoa que poderia explicar o que está acontecendo – Crowley

– Sim –

– Poderia me explicar isso?

– O que?

– Deixe de ser cínico – Respondeu – Matar uma família inteira? Isso não estava nos planos

– Isto é uma guerra, e às vezes temos que perder algumas peças

– Uma família inteira? – Quando se virou viu os Winchester se aproximando – Quer saber? Isso não vai ficar assim – E desligou o telefone. Estava irrita. Muito irritada

– Tudo bem? – Sam perguntou para a morena quando viu o seu olhar ao desligar o telefone

– Sim, são apenas alguns pequenos problemas – Respondeu – Como sabiam daqui?

– Estamos no mesmo caso – O loiro disse – Esqueceu?

– Ah! Que cabeça a minha – Tentava parecer relaxada, mesmo quando tudo parecia errado

– O que aconteceu? – Sam perguntou

– Uma família inteira foi morta – Respondeu – E parece que foi o metamorfo

– O que ele quer? – Dean dizia irritado - Estamos aqui e ele sabe quem somos

– Vamos olhar a casa? – Sam perguntou quando a caçadora negou com a cabeça, já havia visto tudo lá dentro e não agüentaria ver tudo de novo e Dean preferiu não ir também, estava com a cabeça quente para poder encarar algo como aquilo – Parece que alguém tem que ceder – Disse e seguiu para a casa...

– Não tem estomago? – Perguntou olhando para a caçadora

– Na verdade eu tenho, mas já fui lá dentro e definitivamente não é uma cena que queria ver de novo – Respondeu quando um policial um pouco distante a encarou e ela não pode deixar de não notar.

– Sério? – Dean perguntou quando viram os dois se encarando – Numa cena de crime? Pensei que estivesse chateada

– E estou – Respondeu

– FBI? – O policial havia perguntado

– Sim – Jeniffer respondeu – Jeniffer e você?

– Chase – Respondeu – Está há muito tempo no caso?

– Fui chamada logo após o primeiro caso...

– Com licença – Dean chamou a atenção para si – Desculpe interromper, mas...

– Ah sim... Tenho que ir agora, mas poderia me dar o seu telefone para podermos discutir o caso melhor?

– Claro – Jeniffer anotou seu número num pequeno pedaço de papel que havia lhe dado – Adeus

– Adeus! – Respondeu indo em direção aposta ao da deles

– Enfim... – Dean ia dizer quando Jeniffer o ignorou – Acho que devíamos ver resolver logo isso

– Claro – Jeniffer respondeu ainda encarando

– Acho que o Sam deve estar acabando...

– Deve sim – Ainda estava encarando o policial andando

– Devemos matar todas as criancinhas da cidade, o que você acha?

– Claro que devemos – Respondeu quando se deu em si – O que?

– Quer um lenço para limpar a baba? – A caçadora levantou as sobrancelhas

– Estou mentindo? – Perguntou quando Sam apareceu entre eles – Conseguiu algo?

– Nada – Respondeu – Nada diferente dos outros

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Jeniffer sentia-se estranha. Algo dentro de si apontava que tudo estava errado, não era assim que ela queria que as coisas tivessem ido. Só de pensar naquela família, duas crianças mortas, dava um aperto no seu coração. Sabia que não devia ter concordado com aquele plano, mas agora precisava segui-lo.

Nunca pensou que chegaria a este ponto, muita gente tinha morrido, pessoas que não tinham nada haver com a situação.

– Jen – Assustou-se com a voz que surgiu atrás dela – Ainda se assusta?

– O que você quer aqui?

– Para que esta hostilidade?

– Duas crianças mortas – Respondeu – E isso tudo para você é como se fosse uma guerra

– Você não quer ganhar?

– Quero, mas se vamos continuar com esse jogo eu me viro sozinha

– Não aja como uma criança mimada

– Saia – Sua voz tomou um tom autoritário

– Como?

– Entendeu bem. Saia ou desisto disso tudo e me viro sozinha – Crowley a encarou provavelmente irritado e sumiu da sala – Idiota... - Disse quando seu celular tocou – Alo?

– Jeniffer? – A voz do outro lado da linha chamou a sua atenção – Aqui é o Chase

– Ah sim. Está tudo bem?

– Sim – Respondeu – Estive pensando se você quer sair hoje à noite. O que acha?

– Hoje? Está perfeito – Concordou – Nós vemos mais tarde?

– Quer que eu passe para te buscar?

– Não precisa. Encontramos-nos naquele restaurante na principal?

– Claro... Te vejo a noite

– Certo... Adeus!

– Adeus

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A noite havia caído na cidade, a morena estava pronta para o encontro. Encarou-se no espelho e respirou fundo três vezes, sem saber o porquê, mas sentia um aperto terrível no coração, como se algo estivesse tentando avisar a ela para não dar o próximo passo.

Poucas vezes na vida havia sentindo esse aperto, uma delas foi quando matou Keith e agora esse sentimento estava retornando, mais forte do que nunca.

– Tem certeza? – A voz do anjo ecoou no pequeno quarto

– Do que? – Perguntou encarando o espelho

– Sei o que você vai fazer... – Aproximou-se da morena e a encarou

– Porque não me impede?

– Deveria, mas não quero – Respondeu

– Vai ficar nessa? – O anjo a encarou como se não estivesse entendendo – Se vai fazer alguma coisa faça agora e termine logo com isso

– Nos veremos em breve – Disse quando sumiu da sala

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O Winchester mais novo via televisão quando o telefone tocou. O moreno checou o número e notou que era da policia...

– Boa noite...

– Boa noite agente – A voz do outro lado da linha – Temos um outro caso e precisamos que você venha aqui

– Estaremos ai em 30 minutos – Respondeu quando desligou o telefone e chamou o loiro para segui-lo...

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– Não acha que devíamos chamar a Jeniffer? - Sam perguntou

– Ela está num encontro com um tal de Chase - O loiro respondeu quando a legista estava chegando - Ei...

– Obrigada por virem – A legista agradecia aos irmãos quando enquanto os encaminhava para a sala onde estaria o corpo

– Quem foi morto? – O loiro perguntou

– Um policial – Respondeu quando levantou a capa que o cobria – Policial Chase

– Não... – Murmurou quando o mais novo o encarou e pediu licença para a legista

– O que foi? – Perguntou

– Esse é o cara que a Jeniffer vai sair – Respondeu

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– Atenda... Atenda... Atenda – O moreno dizia enquanto o loiro dirigia

– Conseguiu? – Perguntou

– Nada... – Respondeu desligando – Vou tentar novamente... - Sam discou o número da caçadora quando finalmente alguém atendeu – Jen?

– Sim...

– Escute, esse Chase é o metamorfo

– Não acha um pouco tarde para avisar isso? – Respondeu quando Sam entendeu que já era tarde...

– O que voce quer?

– Acho que ambos sabemos o que cada um quer, então vamos pular essa parte... Quer salvar a sua amiguinha?

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Os irmãos chegaram ao galpão, tudo estava escuro e sujo, típico lugar de um filme de terror. Os dois estavam com as armas apontadas e atentos a qualquer sinal da caçadora e da criatura. O barulho de algo caindo no chão chamou a atenção dos dois que quando se viraram, encontraram Jeniffer presa em um dos postes que sustentavam o local.

– Aqui! – Dean chamou o mais novo que correu para ajudá-la – Está bem?

– Estive melhor – Respondeu

– Como isso aconteceu?

– Longa história – Limitou-se quando o metamorfo apareceu por trás e deu uma paulada na cabeça do mais novo que caiu no chão inconsciente

– Ei! – Dean irou para encarar o monstro quando Crowley apareceu por detrás das sombras – Sabia que estava pro trás disso e apontou a arma para o rei do inferno

– Se eu fosse você abaixaria essa arma – Jeniffer disse quando apontou a pequena faca que levava consigo para o pescoço do mais novo – Abaixa! Agora!

– O que? – Dean perguntou confuso, havia caído no plano...

Agora senhoras, isso te faz chorar?
Agora amigos, vocês deve dizer adeus
Por que Mona Lisa tem que voar
Todos, podemos ter um momento de silêncio?
Aqui.
Deus...

Ela é inesquecível
Ela era uma lenda, embora
Tenha sido meio lamentável
Que ela se foi
É meio incrível
Ela é tão imprevisível
É hora de deixá-la ir, ohh
Porque ela se foi, porque ela se foi, porque ela se foi...