Os Winchester estavam na estrada tinha dois dias, haviam marcado de encontrar com Keith num bar no meio de New Jersey, onde iriam passar a missão para o complicado homem.

- O que o Keith está fazendo lá? – Sam perguntou olhando o mapa – Lá é literalmente o meio do nada

- Vai me perguntar? – Respondeu – Deve estar se escondendo de alguém ou a Jeniffer o largou ali. Nunca se sabe

- Será que ele pode nos ajudar?

- Talvez sim talvez não. Mas ele disse que entendia do assunto e que podia nos ajudar com qualquer coisa, então vale apenas arriscar

  O Winchester mais velho acelerou o carro, queria chegar lá o mais rápido possível

XOX

  Jeniffer estava estudando um caso, quando seu telefone tocou. A caçadora pegou o celular e quando viu quem ligava pensou em ignorar, mas era a vigésima vez que ligava. Ou atendia ou continuaria a ser importunada

 - Johnny, que surpresa nada agradável

- Tão doce... Precisamos conversar

- Não temos mais nada – Respondeu grosseiramente e ameaçou desligar o telefone quando Jhoony retrucou

- Agora que não sou mais útil você me joga fora? Depois falam de nós...

- Não fale como se importasse – Respondeu – Foi tudo uma troca de favores, agora que tenho o que eu quero não preciso mais de você

- Podemos fazer um acordo, última ajuda?

- Você deve estar bem encrencado para implorar por ajuda. Patético. Qual o problema?

- Os Winchester, eu sei que você os conhece...

- Como?

- Eu estava farreando em uma cidade e eles foram para lá. E bem, eu dei uma surra neles, mas conheço a fama deles. Não vai demorar muito para virem atrás de mim

- O que eu te falei sobre ficar na sua? Não entendeu? Agora eu vou ter que limpar a sua bagunça novamente

- Isso pode ser benéfico para nós dois: você com a sua vingança e eu com a minha salvação. Podemos trabalhar juntos

- Vamos nos encontrar em algum lugar para conversar. O que acha?

- Sim...

XOX

  Os irmãos chegaram a uma lanchonete, um lugar bem temático: Dois andares, discos presos nas paredes, o cardápio era em formato de capa de CD, até os pratos tinham a forma de disco.

  Os irmãos deram uma olhada no local, não puderam deixar de dar uma leve risada ao ver a lanchonete. Mas não estavam ali para tirar férias, e sim para encontrar com Keith, o que não levou muito tempo.

- Keith – Dean chamou o homem que olhava o cardápio musical

- Dean... Sam – Disse quando fez sinal para que os dois sentassem

- Porque aqui? – Sam perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas. Podia-se ver um garçom vestido de Elvis

- Bem legal, né?! – Respondeu

- Gostei do estilo – Dean disse olhando para a garçonete vestida de Madonna em Like a Virgin

- Isso também... Então, qual o problema?

- Queremos que rastreie um demônio para a gente – Sam sussurrou

- Fácil – Keith respondeu – Quem é?

- Um tal de Johnny – Dean tomou a frente e Keith fez uma cara pensativa – Sabe quem é?

- Não sei, mas tenho a impressão de que já vi esse nome em algum lugar – Respondeu enquanto tentava pensar onde poderia ter visto esse nome – Esqueçam. Tem alguma coisa com o que eu possa trabalhar?

- Bem, ele foi responsável por uma onda de assassinatos na cidade de Bowling Green. O problema é que ele assumiu vários corpos...

- Eu vou ver o que posso fazer... Enquanto isso, aproveitem a cidade

- O que ela está vestindo? – Dean perguntou ao olhar para uma garçonete com um top, quase biquíni e uma calça. Tudo na cor nude com diversos pontos brilhantes espalhados

- Ah! Isso ai é Britney em ( I Can’t Get) No Satisfaction\\ Oops!..I Did It Again no VMA de 2000, histórico -  Keith respondeu

- Como sabe? – Sam perguntou

- Quando era adolescente, eu tinha um pôster dessa performance no quarto...

XOX

     Jeniffer estacionou o carro em frente a uma antiga casa. Era onde Johnny ficava onde queria se esconder de algum caçador.

      Ela desceu do carro e deparou-se com Johnny, que estava encostado na varando com um sorriso desesperado no rosto. Passou por ele, seus olhos se encontraram. Enquanto os olhos do Johnny eram esperançosos os da Jeniffer era de reprovação. Mos no fundo os dois sabiam que aquilo poderia ser uma ótima ocasião para os dois

  Os dois entraram.

- Jeniffer... – Disse enquanto pegava uma cerveja – Sabia que não ia me negar ajuda

- Você sabe o porquê eu vim – Dizia enquanto sentava-se à mesa

- Eu sei. Nada vindo de você sai de graça

- Mas me diga, como se meteu nessa furada?

XOX

  Keith andava para todo o lado do quarto onde conseguiu se instalar. Não era nada de extraordinário, mas conseguiu convencer o dono do local a lhe dar esse quarto em troca de trabalho pequenos para o hotel. Não era muita coisa, mas dava para sobreviver.

   Tentou fazer uma ligação entre os padrões da cidade de Bowling Green para ver se achava algum parecido em outras cidades e nunca dava em nada. Ligou para outros amigos, que entendiam do assunto, mas não dera sorte.

   Ligou para um último contato no seu celular, na esperança de achar alguma coisa. Se bem, encontrou algo, mas não bem o que queria...

- Julius... Quanto tempo

- Keith, como está?

- Estou ótimo, pode me responder uma coisa?

- Sempre...

- Já ouviu falar num demônio chamado Johnny?

- Muito pouco. Ouvi a história de alguns caçadores que morreram ao tentar rastreá-lo. O mais interessante é que dizem que eles não foram mortos por Johnny...

- Como assim? Tá dizendo que pode ter sido um caçador?

- Talvez... Mas conhece os caçadores, muitas vezes para disfarçar o fracasso dizem que foi um caçador ou algo bem mais forte. Enfim, são histórias...

- Cara, obrigado. Prometo que não vou sumir de novo.

- Adeus Keith... Tenha cuidado.

XOX

 - Johnny, eu mandei você ficar na sua! – Jeniffer levantou do sofá visivelmente irritada – Tem noção do que fez?

- Eu sou um demônio, não tenho que ficar te obedecendo. Você devia temer a mim

- Temer a você? Piada.

- Eu posso te matar agora – Disse com um sorriso, vangloriando-se.

- Me mate e terá os Winchester na sua cola, por talvez, sei lá, a sua eternidade – Respondeu quando o sorriso que havia no rosto do demônio sumiu – Nós temos quase o mesmo interesse, eu quero vingança e você quer tira-los da sua cola. Quer ajuda ou não?

- Vamos ao plano...

 XOX

  - Sabe se o Keith conseguiu algo? – Sam perguntou ao mais velho

 - Acho que nada – Respondeu – Se não teria nos falado... – Foi interrompido quando o celular tocou, era Jeniffer

- Dean! Estão vivos?

- Bom, se eu atendi ao telefone devo estar morto – Respondeu – O que foi?

- É que eu ouvi histórias sobre vocês terem encontrado com o Johnny, um demônio. Certo?

- Bem, é sim... Porque?

-  Também quero Johnny, ele estava desaparecido por um tempo,achei até que estivesse morto, mas recentemente atacou em uma cidade e vi que vocês foram lá

- Tá sabendo muito...

- Ta insinuando algo?

- Não... Mas ainda não entendi o que você quer

- Me diga onde você está....

XOX

Logo depois de ter conversado com Julius, Keith estava mais integrado ainda, o nome Johnny não saia da sua cabeça. Tinha certeza que já tinha visto em algum lugar...

“Johnny, Johnny, Johnny... onde eu vi esse nome?” Perguntava a si mesmo, quando encarou seu celular em cima da bancada, próximo ao seu computador e como um estalo, reconheceu de onde vinha este nome.

 - O celular da Jeniffer – Disse para si – Esse nome apareceu quando o telefone tocou – Andava de um lado para o outro – Isso é impossível, porque ele a ligaria? Qual é a relação entre os dois? – Ligou o seu notebook e começou a pesquisar, tinha algo errado.

XOX

   Dean preparava para descansar quando resolveu ligar para Keith, desde do encontro na lanchonete não o vira e nem falara mais com ele. Queria saber como estava

- Keith, achou alguma coisa?

- Talvez eu tenha achado – Sua voz estava um pouco assustada no telefone

- Porque está falando assim?

- Cada vez que eu procuro mais sobre esse cara, mais coisas eu acho. 

-Olha, relaxa. A Jeniffer disse vai vir aqui, ela também tem coisas para acertar com o Johnny

- Tenho que desligar Dean, mais tarde nos falamos – Parece que tomou um susto quando soube que Jeniffer estava vindo para a cidade

- Doido...

XOX

   Quando soube que Jeniffer estava vindo para a cidade, tudo na sua frente começou a clarear. Era como se um raio tivesse o acertado e ele via tudo com mais clareza: O telefonema de Johnny, Jeniffer ter recusado a atender na sua frente, as mortes dos outros caçadores e o fato de Jeniffer estar vindo para a cidade, justamente quando eles procuravam por Johnny. Mas algo ainda não faia sentido, porque ela se juntaria com um demônio? O que ele tinha que ela queria? Tudo estava muito confuso.Então resolveu tomar uma atitude arriscada.

  Pegou o celular de discou o número, a voz feminina do outro lado atendeu, e ele foi direto ao ponto, não tinha tempo para enrolar, a verdade precisava ser dita, os Winchester precisavam saber, mas primeiro ele precisava ouvir a verdade da boca dela. Não poderia acusá-la sem ter cem por cento de certeza.

- Precisamos conversar.