Sweet Revenge escrita por Gabi


Capítulo 12
Capítulo 12 - Trust


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, eu fiz um mega capitulo(grande) para me compensar com o outro. Espero que gostem. Peguei algumas partes do episodio da terceira temporada de Supernatural: Long Distance Call, mas não tudo. Apenas algumas partes

Espero que gostem



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-Isso não é o quarto de hotel? – Jeniffer perguntou-se ao olha ao redor de onde estava, sabia onde havia ido parar – Como vim para aqui?

  A caçadora andava pelo local, pelas ruas em que passava, pelas lojas que via, reconhecia o lugar. Estava na Carolina do Norte, mais precisamente em Wilmington, cidade onde viveu com a sua tia e planejava viver com seu noivo.

  Não sabia como tinha ido para ali, mas como por impulso ou até mesmo pela saudade do lugar, ela seguiu até sua antiga casa com Nathan.

  Andava pelas ruas e o que sentia dentro de si era algo que há muito tempo não sentia, era a dor no peito, a saudade que apertava seu coração. Cada centímetro que dava com os pés, uma lembrança voltava para sua cabeça. Lembranças que tentava esquecer.

   Andou mais um pouco e parou quando chegou a frente de sua ex-casa, não havia mudado nada desde que saiu dali, a mesma grama verde, a mesma árvore que dava para a janela do quarto dos dois, nada estava diferente, nada.

  Respirou fundo e tocou a campainha, queria falar com a nova dona da casa, rever suas memórias, mas assustou-se quando a sua mão não teve efeito nenhum na campainha. Tentou novamente, mas não obteve nenhuma resposta

- Que? – Foi a única coisa que conseguiu dizer, estava assustada e não tinha noção do que fazer – Será que estou morta?

- Não – Respondeu a voz atrás dela – Você não está morta

- Quem é você? E o que eu faço aqui? – Perguntou incrédula – As pessoas não podem nos ver? Sou um fantasma? É isso?

- Uma pergunta de cada vez – Respondeu calmamente e aproximou-se da caçadora - Meu nome é Castiel e eu sou um anjo

- Anjo? – interrompeu – Inacreditável

- Por quê? – Perguntou confuso

- Não gosto muito de anjos – Respondeu quando viu a cara confusa que a figura na sua frente fazia – Já ouvi falar de vocês e o apocalipse. Queriam que tivesse acontecido

- Não todos...

- Mais meus problemas com vocês vão além disso – Deu uma leve pausa e continuou – Que não vou comentar com você – Continuou – O que está acontecendo aqui?

- Você não está morta, apenas te levei ao seu passado – Respondeu e notou a cara de duvida que se  formava no rosto da caçadora – Apenas quero que você de uma olhada no seu passado...

- Eu já sei o que aconteceu

- Mas você não vai participar, apenas vai olhar... – Respondeu encarando a caçadora – Vamos! – Disse e segurou Jeniffer pelo braço e a trouxe para dentro da casa, mais especificamente para a sala onde havia o jovem casal discutindo sobre alguns assuntos da faculdade – Olhe você ali e o...

- Nathan – Jeniffer respondeu rapidamente – Nós estávamos falando sobre a festa que ia ter na republica próxima a faculdade. Eu queria ir e ele não, como sempre.

- Sim - O anjo respondeu – Olhe para o seu rosto, vê como está feliz?! Onde essa mulher foi parar? - Jeniffer permanecia estática a esta situação, as dores da saudade e da culpa assumiram o seu corpo – Responda-me, onde está moça foi parar?

  Jeniffer acordou assustada, o suposto “sonho” foi muito real, os sentimentos ainda estavam dentro de si, apareciam de uma vez ou outra, mas dessa fez, ver o Nathan e como eram felizes juntos, foi pior que levar um tiro, bem pior.

 Levou um susto quando ouviu o celular tocar, correu para atendê-lo. Era Keith, ligando-a naquela hora:

- Keith? – Perguntou um pouco sonolenta – Como conseguiu meu número?

- Também estou feliz de te ver Jeniffer

- Isso são horas? – Perguntou do outro lado da linha – Esquece... Você está bem? O que aconteceu?

- Sim, é que eu tenho um caso para você... Quer pegar? É em Denver

- Talvez – Respondeu quando olhou as horas, não iria pensar se pegaria ou não naquela hora – Porque me ligou essa hora?

- Porque a terceira morte aconteceu há algumas horas atrás

- Ok – respondeu sonolenta – Estou um pouco longe, veja se tem outra pessoa disponível

- Sim, desculpe te acordar. Boa noite. Espere um pouco, posso te perguntar uma coisa?

- Sim

- Tá com saudade de mim?

- Não enche – Jeniffer respondeu e desligou o telefone, aquilo não era hora para ficar discutindo.

XOX

 A policia local já havia chegado ao local. O corpo da mulher estava estirado no chão, todo ensaguentado, e o motorista do carro estava nervoso tentando explicar para o policia o que tinha acontecido, afinal, havia tirado um vida, ou melhor, a moça tirou a própria vida e o usou para isso.

 - Somos do FBI – Dizia o homem disfarçado na sua frente –Sou o agente Jimmy e este é o agente Robert– Dean os apresentou com seus respectivos nomes, falsos, claro.

- FBI? – Estranhou o policial a sua frente – Para um simples acidente?

- Bom... isso já aconteceu em outra cidade – Respondeu – E já que estávamos a caminho, não custa nada investigar

- Ah sim – Concordou um pouco desconfiado – Bom, o senhor ali nos disse que a mulher simplesmente atravessou a rua no instante em que ele passava com o caminhão. Ela se apenas se jogou

- Como? Suicídio? – Perguntou Jimmy enquanto apontou para Sam ir falar com o motorista do caminhão

- Bom, quando as pessoas se matam chamamos isso de suicídio – Respondeu – Tenho que terminar de verificar a cena do crime se me der licença

- Certo – Respondeu um pouco sem-graça

XOX

- Então, Sr Richard? – Perguntou Sam – Sou o agente Robert e queria te fazer umas perguntas – O homem talvez tenha estranhado um pouco o nome, mas concordou – O que aconteceu aqui?

- Eu já expliquei – resmungou um pouco – O meu caminhão estava vindo e ela simplesmente se jogou

- Você conhece a vitima?

- Não, nunca a via na minha vida.

- Olhe, toma aqui o meu cartão e se você estiver com algum problema ou queira me contar algo, é só ligar – Disse entregando o cartão – Obrigado

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- Teve sorte? – Sam perguntou para o irmão quando estavam afastados da cena do crime – Acha que é um dos nossos?

- Talvez – Respondeu saboreando o almoço – Parece ser um suicídio “normal”, mas tem várias criaturas que podem causar isso

- Podemos falar com as famílias e tentar ver algo – Respondeu – Suicídios não são normais

- Você entendeu – Respondeu – sem nada por trás – disse quando o irmão mais novo revirou os olhos – Isso está bonzão

- Que bom – Respondeu tentando ser simpático a atitude do irmão – Bom, recebi uma ligação do Keith

- Qual problema ele se meteu agora?

- Na verdade nenhum – Respondeu sorrindo – Ele veio me falar do caso, só que avisei que já estávamos nele.  Ai ele decidiu vir para ver e nos rever também

- Oh Deus! Você negou né? Eu gosto do cara mais ele é idiota

- Claro que não. Ele pode ser idiota, mas estamos precisando de ajuda... – Respondeu com um sorriso – Ele é um cara legal

- O que seja – Respondeu – Vou te dizer o que é legal... – Disse quando encheu a boca com a comida – A torta que já está logo chegando!

XOX

  Os dois homens de palito se aproximaram da casa do Sr Burns, marido da vitima. Mas não puderam de deixar de notar o local: a casa não parecia um lugar ruim, tinha gramas verdes e um belo jardim com algumas flores, a casa tinha um tom de branco com azul, tudo parecia calmo e na perfeita sintonia. Muito diferente do que esperavam. Aproximaram-se da campainha e a tocaram

- Quem é? – Perguntou o homem do outro lado da porta

- Agente Jimmy e Robert – Respondeu o loiro – FBI

- Jimmy e Robert? – Perguntou o homem ao abri a porta e olhar os credenciais – Sério?  Led Zeppelin?

- É...  O senhor é fã? – Perguntou um pouco desconcertado – Coincidências da vida

- Enfim – Continuou Sam – Viemos saber sobre o suicídio da sua esposa, podemos entrar? – Perguntou quando o homem abriu passagem para passarem – Obrigado!

- Como era o relacionamento com a sua mulher? – Perguntou o agente Robert – Tinham algum problema?

- Não – Respondeu o homem visivelmente triste – Tínhamos um ótimo relacionamento.

- Tem certeza? – Perguntou o agente Jimmy – Sabia se ela tinha algum inimigo?

- Está perguntando se ela tinha problemas com alguém?

- Talvez – Respondeu Robert – Ela tinha algum problema no escritório, algum vizinho que não gostava dela, ou talvez... um amante?

- Está insinuando que ela tinha algum amante? – Perguntou assustado

- São perguntas de rotina, me desculpe

- Claro que não – Respondeu – Éramos muito felizes. Íamos viajar mês que vem

- Senhor, se incomodaria se meu parceiro desse uma checada na casa? – Perguntou Robert que assentiu com a cabeça demonstrando que não iria se incomodar quando Dean levantou-se e foi verificar a casa – Você já chegou a sentir um cheiro ruim? Tipo enxofre pela casa?

- Não

- Ela agia de forma estranha? Como se tivesse com raiva de alguma coisa?

- Não. E que tipo de perguntas são essas?

- Rotina – Respondeu – Tem certeza?

- Sim... quer dizer, ela estava um pouco estranha – Deu uma pequena pausa e continuou – Ela estava um pouco triste, por isso íamos viajar, mas éramos felizes

- Sabe o motivo?

- Ela perdeu a prima, Louise, tem uns dois anos. Elas eram quase irmãs, faziam tudo juntas. Quando Louise morreu, ela quase entrou em depressão, mas conseguiu recuperar-se – Respondeu –E há duas semanas ela me disse que a ouviu no telefone...

- E?

- Você me ouviu? Eu disse que ela morreu. Como ela pode ter falado com a prima dela pelo telefone? – Sam o encarou um pouco sem-graça e fez sinal com as mãos par que continuar – E depois desse dia os telefonemas não paravam, e eu ia levá-la para viajar para esquecer tudo isso... – Dizia com certa tristeza na voz – E ela se matou. Por quê? Éramos felizes, não sei o que faço da vida agora

- Onde Louise está enterrada?

- Ela não foi enterrada – Respondeu – Mandamos cremá-la –

- O senhor se incomodaria se eu checasse o seu telefone? – O homem a sua frente assentiu com a cabeça. Sam foi até o telefone procurar por chamadas antigas, e estranhou quando se deparou com um número antigo, para evitar qualquer suspeita, apenas gravou o número na sua mente e colocou o aparelho no lugar

- Algum problema?

- Não senhor – Respondeu

- Por favor – Implorou – Descubram o que aconteceu com ela. Não acho que ela cometeria suicídio – Uma lágrima rolou do seu rosto – Não sei o que vou fazer sem ela

- Vamos descobrir tudo Sr Burns – Tentava consolar o homem na sua frente que chorava – Sua mulher deve estar bem agora – Dean descia as escadas da casa, já havia verificado tudo – Precisamos ir. Obrigado pela sua cooperação, e o senhor vai conseguir passar dessa. Apenas recomece – O homem agradeceu com um sorriso triste no rosto e os guiou até a porta – Adeus! – E o os dois irmãos seguiram para a direção do carro enquanto a porta atrás deles se fechou

- Achou alguma coisa, Dean?

- Nada, verifiquei tudo – Respondeu – Teve sorte com algo?

- Esse número de telefone – Pegou o papel e a caneta o anotou - Esse

- Nunca vi um número assim – Respondeu

- Por que esse número tem mais de cem anos, de quando os telefones tinham manivela – Respondeu – Deveríamos tentar rastreá-lo

XOX

- De novo vocês?  - Perguntou o homem no palito, o gerente da empresa que os levava para o andar de baixo do local para ajudar a rastrear

- Já teve alguém aqui? – Perguntou Jimmy

- Sim – Respondeu – Uma agente do FBI também. Disse que teve outro caso na cidade e que encontrou esse mesmo número

 - Ah sim – Disse Robert um pouco sem-graça – As vezes eles nos mandam para o mesmo caso e dá um pouco de confusão – Respondeu e o homem pareceu acreditar

- Quanta mosca – Disse Jimmy

- Desculpem. A limpeza dessa área não é a das melhores – Disse quando entraram na sala a frente – Aqui, ele pode ajudar – Disse tentando ignorar o fato do lugar está imundo – Stewie! – O homem sentado na cara levou um susto e levantou-se da cara - Quantas vezes já falei para deixar o lugar limpo? – O homem gaguejou ao tentar responder – Esquece! Esses aqui são os agentes Jimmy e Robert, do FBI. Ajude-os com o que precisar

- Sim senhor – Respondeu enquanto o homem retirava-se da sala – Desculpe, mas o FBI já esteve aqui, uma agente linda por sinal com um homem bem estranho

- Mulher? – Dean perguntou – Cabelos castanhos, olhos claros, com um sinal bem pequeno no rosto e muito bonita? E o homem era loiro, olhos claro e idiota

- Sim, esses mesmos – Respondeu com um sorriso no rosto – Tão linda com um parceiro burro

- Amigo, foco! – Sam foi quem falou dessa vez – Pode rastrear esse número? – Sam entregou o numero ao homem que fez uma cara um tanto surpresa

- Onde conseguiu isto?

- Na bina – Sam respondeu

- Impossível – Disse o homem um tanto surpreso – Esse número é pré-histórico. Acredite, ninguém usa mais ele

- O senhor pode verificar mesmo assim?

- Claro, como também posso convencer a Beyoncé para sair comigo – Disse irônico – Claro que não! Já fiz o mesmo para a outra agente, peguem com ela.

- Então Stewie – Disse Dean quando aproximou a cadeira do cara e o encarou bem nos olhos – Só de entrar aqui eu já devo ter encontrado umas 10 violações e sinto que se for procurar um pouco mais, só um pouquinho, eu devo encontrar bem mais. Então vamos fazer o seguinte: Você nos ajuda e eu fecho os meus olhos para tudo isso. Hein? O que acha?

- Tá certo, me dá isso aqui – Disse pegando o número e o digitou no computador - Estão vendo aqui? – Dizia apontando para a tela do computador - Essas casas receberam o mesmo telefonema a duas semanas – Levantou-se e pegou o papel já pronto na impressora e os entregou para os oficiais – Então, terminamos?

- Obrigado! – Sam respondeu e os dois retiraram-se da sala

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 Sam dirigiu até a casa dos Morisson, havia combinado com o Dean que iriam se separar para falar com as famílias que tinham recebido a ligação. Aproximou-se da casa e tocou a campainha, um homem de aparentemente 35 anos abriu a porta, com um certo estranhamento no olhar

- Boa Tarde – Dizia pegando o crachá – Sou Tom, da companhia telefônica

- É...deve ter algum problema -  O homem disse – Já estou falando com alguém agora mesmo

- Quem? – Perguntou nervoso quando a mulher surgiu atrás do Sr Morisson. Era Jeniffer

- Não acredito que aconteceu de novo – Disse Jeniffer  encarando os dois

- De novo o que? – Perguntou o Sr Morisson

- Segunda vez que a companhia telefônica manda duas pessoas atender a mesma casa – Disse quando o puxou o Sam para fora da casa – É Tom certo? O cara novo?

- Sim – Respondeu concordando com a situação constrangedora

- Já verifiquei tudo. Te conto no caminho – Fazia o máximo para tentar contornar a situação – Sr Morisson, desculpa por tudo e obrigada

- Eu que agradeço – Disse fechando a porta – Loucos

- Sam, o que está fazendo aqui? – Jeniffer perguntou encarando o mais novo

- Aparentemente a mesma coisa que você – Respondeu – Como veio para cá?

- Keith me passou o caso – Respondeu indo em direção ao carro – Ele veio comigo e resolvemos nos dividir – Disse quando a filha mais velha do Sr Morisson se aproximou

- Vocês não são da companhia telefônica – Disse – O terno dele é barato e o carro é alugado. E você fez perguntas muito estranhas para ser da telefonia – Os dois se encararam por um instante, sabiam que tinham sido pegos

- Bom você nos pegou – Respondeu Jeniffer – Mas acho que não somos os únicos guardando segredos – A menina se recolheu um pouco – Você tem recebido as ligações, certo?

- Talvez – Respondeu – Devo estar louca

- Você não está louca – Sam respondeu – Porque eu já passei pela mesma situação que você, escutando coisas, vendo coisas. Então você não está louca – A menina encarou os dois – Pode nos contar o que aconteceu?

- Eu recebi uma ligação da minha mãe...

- Bem, isso não é muito estranho

- Ela morreu – Respondeu com um tom de tristeza – Tem 3 anos – Ela deu uma pausa e recuperou a forca da voz – Ela tem me ligado algumas vezes. Achei que estivesse ficando louca

- Você não está louca – Jeniffer tomou a frente – Preste bem atenção: Se ela falar com você de novo, me ligue na mesma hora. – A menina concordou com a cabeça e se despediu dos dois, deixando-os a sós

- Tem idéia do que seria? – Sam perguntou

- Não – A caçadora respondeu – Mas eu recebi uma mensagem do Keith me dizendo que a cidade toda tem recebido essas ligações, e que ele sabe o que é

XOX

  Os quarto caçadores reuniram-se no quarto do Keith, no hotel da cidade, ele havia mandado mensagem para todos. Sabia que os irmãos Winchester estavam na cidade, então era só reuni-los

- Parece o quarteto fantástico – Dean disse tentando tornar a situação um pouco engraçada – O que é Keith?

- Bom, estamos lidando com uma Croccota

- Uma o que? – Jeniffer perguntou

- Crocotta – Ele pausou e continuou - O crocotta se apresenta como um ser humano com dentes afiados.  Ele se alimenta de almas humanas.

- O que o telefone tem haver com isso? – Sam perguntou – Porque as pessoas estão recebendo o telefonema de pessoas que já morreram?

- O crocotta desenvolveu essa habilidade para poder se alimentar. Ele manipula a comunicação moderna (telefones, celulares, programas de envio de mensagens no computador, etc), se passando por entes queridos e pessoas próximas de suas vítimas que se morreram, a fim de para convencer as pessoas em uma pequena cidade a se matarem, devorando suas almas logo que elas morrem.

- Como matamos essa coisa? – Dean perguntou quando o celular do Sam tocou: Era a filha do Sr Morisson

- Algum problema? – Sam perguntou – O que? ... Fique ai que estamos indo – Disse e desligou o telefone – Jeniffer, vamos lá ver a filha do Sr Morisson e Dean e Keith, descubram quem é – Todos no quarto concordaram com a cabeça. Era hora de entrar em ação.

XOX

  Sam e Jeniffer chegaram na casa do Sr Morisson, o dono da casa havia saído para trabalhar, deixando a mais velha com o irmão em casa.

- Ei! – Disse Jeniffer ao ver a menina – O que aconteceu?

- É a minha mãe – Dizia desesperada – Ela falou comigo de novo

- O que ela queria? – Sam perguntou tentando entender a situação

- Ela me disse que queria me ver – Deu uma pequena pausa e continuou – Eu disse que iria cemitério e ela disse que não era assim... – Os olhos se encheram de lagrimas – Entao começou a me pedir coisas estranhas

- Tipo?

- Coisas ruins – Respondeu – Ela pediu para eu tomar os remédios do meu pai, me pediu para eu me matar e que só assim eu iria vê-la. Ela pedia sem parar para eu ir vê-la, que íamos ficar juntas para sempre – Lágrimas desciam do seu rosto – Quem faria um negocio desses?

- Me escute – Jeniffer começou – Se ela vir falar com você, não faça nada. Não cai nessa, é mentira – Disse com um tom de voz firme – Desligue qualquer aparelho eletrônico, qualquer coisa que ela poderia usar para se comunicar com você e com o seu irmão. Entendeu? – A menina apenas assentiu com a cabeça – Onde está o seu irmão?

- Lá em cima – Disse quando encarou para a janela e viu o irmão sair escondido pela casa – Olha ali – Apontou para o menino que atravessava que iria atravessar a rua sem ao menos se importar se estava vindo carro ou não – Socorro!

  Sam saiu correndo da casa, de longe já se via o ônibus escolar aproximando-se do menino. Ele ignorou a visão do ônibus e atravessou. Sam jogou-se para frente e agarrou o menino, evitando assim uma tragédia maior .

- Você está bem? – perguntou ao menino  que concordou com a cabeça, caindo em si – Recebeu uma ligação da sua mãe? – Perguntou e novamente o menino concordou. Precisavam parar aquilo.

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 - Pode falar Dean – Jeniffer disse ao telefone – Tem certeza? Ok, estamos indo para lá – Jeniffer aproximou-se do Sam

- Sam, seu irmão ligou – Disse – As crocottas vivem na sujeira. Adivinha aonde vamos?

- Para a companhia telefônica – Sam completou – Nos encontraremos lá?

- Sim – A caçadora concordou com a cabeça - Porque você perguntou se nos encontraremos lá? Tem medo de caçar comigo?

- Não é nada disso, é que...

- Você não confia em mim – Dizia – Acha que eu posso passar a perna em você e no seu irmão a qualquer momento

- Você não tem a melhor reputação – Retrucou

- Você não conhece nada sobre mim – Disse – Continue acreditando em caçadores, por que eles são super confiáveis

- Mas todo caçador fala a mesma coisa sobre você

- A historia está toda distorcida. E além do mais, se eu quisesse matá-los poderia ter feito há muito tempo – Disse – Quer saber? Esqueça, vamos terminar logo isso

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 Os dois caçadores entraram escondido na companhia telefônica, mas precisamente na parte onde descobriram para onde os números ligaram. Andavam com um certo cuidado, talvez  a crocotta já sabiam quem eram e o que fazia, então ela podia estar por toda a parte

 Esperaram escondidos por quem fosse sair naquela sala. Ficaram surpresos quando Stewie passou por ali em direção a sala. Bingo.

- Quem diria... – Jeniffer disse – Sempre temos que desconfiar dos idiotas

  Os dois se aproximaram do homem, que levou um susto

- Os agentes do FBI – Disse com um suspiro aliviado – Pensei que fosse outra coisa

- Pode parando ai  - Sam agarrou o homem e Jeniffer se aproximou com uma faca quando foram surpreendidos pelo suposto gerente que deu uma paulada na cabeça da caçadora, que caiu desacordada

- Mas o que? – Sam soltou o homem e partiu para a briga, mas de nada adiantou, caiu desacordado também

- Ah! Obrigado – Agradeceu Stewie quando o homem a sua frente ergueu novamente a madeira – O que você vai fazer?

- Nada – Disse quando acertou Stewie pela cabeça – Três coelhos com uma cajada só

XOX

 Os três acordaram na sala do Stewie amarrados e com um terrível dor de cabeça. Encararam-se por um instante, Clark, a crocotta, os encarava

- Parece que irei jantar bem hoje – Disse

- Clark, desculpe se eu te fiz alguma coisa – Stewie dizia nervoso – Não me mate, por favor! – Implorava para o homem que apenas o ignorava – Não, não...

- Olhe, não precisa fazer isso – Jeniffer disse – Ele não tem nada haver

- Olha, eu até poderia solta-lo, mais eu estou com uma fome – Disse quando cravou a faca no coração do Stewie – Ah! Jantar – Abriu a boca e seus dentes afiados apareceram, sugando a alma do pobre Stewie

- Era você no telefone? – Agora as peças encaixavam na sua cabeça – Não era Dean, era você

- Às vezes eu faço uma ligação, às vezes eu recebo – Respondeu – Mas consegui enganar vocês

- Porque fez isso? – Sam perguntou

- Sabe...- continuou – No meu tempo era muito mais difícil, as pessoas eram mais próximas. Se eu conseguisse uma ou duas almas por ano, era lucro. Mas com a atualidade, consigo o bastante. Sabe o que é irônico?

- O que? – Jeniffer perguntou

- Vocês têm toda essa tecnologia que supostamente aproxima vocês, mas na verdade estão muito solitários, sozinhos e desprotegidos – Disse e retirou a faca do corpo do homem morto e o empurrou para longe – Quando voces chegaram, eu tinha certeza que eram caçadores. Então foi fácil, peguei todos os telefones, e-mails e pronto! Sabia tudo sobre vocês - Dizia aproximando-se do Jeniffer – Sabia que deu uma sorte grande?

- Por quê?

- Você era a próxima. Ia me passar por Nathan, lembra?

- Não ouse! – Disse quando Sam deixou cair o fio que o ajudava a se soltar Jeniffer o encarou e concordou com a cabeça. Era a hora.

- Olha quem estava tentando fugir – Disse quando se voltou para Sam – Vai morrer primeiro

- Acho que não – Jeniffer disse levantou da cadeira – Eu estava tentando fugir – Terminou quando acertou o homem com uma madeira, que caiu no chão dando tempo suficiente para soltar Sam – Anda!

  O homem levantou e jogou a caçadora nos aparelhos, fazendo assim que sua cabeça batesse na tela do computador e ela caísse desmaiada. Sam correu para Clark e começaram a trocar socos, cada vez mais forte. Mas Clark tinha um  plano B: deixou Sam o derrubar no chão, para o mais próximo da faca. E quando caiu a pegou, e cravou na perna do caçador que gritou de dor. Ele levantou e estava pronto para encravar a faca no caçador quando Dean e Keith chegaram

- Keith, olhe os dois – Disse Dean encarando a crocotta – Agora somos eu e você

  O caçador mais velho aproximou-se da criatura, encararam-se por alguns instantes quando Dean avançou, e novamente trocaram mais socos, o sangue escorrida da boca dos dois. Mas Clark deu um soco certeiro em Dean que caiu no chão, ele se aproximou do loiro e o agarrou pela gola do casaco, pronto para matá-lo quando Keith se aproximou discretamente e puxou uma pequena faca que levava consigo. Chegou perto da criatura que não notou sua presença e enfiou a faca no pescoço da crocotta. Dando um fim aquilo tudo

XOX

  - Obrigado Keith – Dean agradeceu ao homem a sua frente

 - É, obrigado também – Sam também fez o mesmo –

 - De nada – Keith dizia orgulhoso, sabia que um dia seria útil – Falta você Jeniffer

- Falta o que? – A caçadora perguntou

- Me agradecer – Dizia com certo tom de orgulho – Eu salvei o dia. Se não fosse por mim estariam mortos

- Fez mais que a sua obrigação. Eu te dei carona até aqui, aturei todas as piadas sem te matar – Disse – Você que deveria me agradecer

- Mas...

- Ok – Respondeu revirando os olhos – Obrigada!

- Agora sim... – Disse – Vocês vão para onde agora?

- Não sei – Dean dizia – Para onde o vento nos levar, ou o próximo caso

- E você Jeniffer?

- NovaYorkansascaliforniadakotadosul e norte – Dizia tentando evitar que Keith fosse para o mesmo caminho

- Legal, eu vou com você – Disse

- Bom, gente temos que ir – Dizia Jeniffer despedindo-se deles – Boa viagem e cuidado

- Ei Jeniffer – Sam a chamou – Obrigado!

- De nada – A caçadora concordou com a cabeça, tinha entendido o tom desse obrigada – Vamos Keith, e preste bem atenção: qualquer piada, ou melhor palavra diferente de “é aqui que eu vou desce”eu não me responsabilizo pelos meu atos, entendeu?

- Sim – Disse seguindo a caçadora pelo o carro – Adoro as mandonas – Disse quando os dois irmãos abriram um sorriso – Adeus gente

- O Keith é um cara legal – Dean disse pegando as roupas que sobraram – Tadinha da Jeniffer, segui com ele – Deu uma leve risada

- Sabe Dean, eu estava errado sobre ela – Sam disse – Acho que podemos confiar nela – Respondeu quando Dean deu um sorriso simpático. Os dois fecharam o quarto e seguiram para a próxima viagem...

XOX

  Dentro do carro da Jeniffer, Keith olhada a paisagem quando o celular da caçadora tocou, ele de uma olhada no nome, estava escrito “Jhonny”.

- O telefone está tocando, não vai atender? – Keith perguntou

- Não é importante – Respondeu

- Como sabe?

- Eu apenas sei – Disse disfarçando, ela sabia quem era, mas não podia atender agora. Keith achou um pouco estranho mas resolveu mudar o assunto, não era importante, pelo menos para ele – Vamos ver os CD’s que você tem...- Ele deu uma olhada pelos cd’s da caçadora – Voce é impressionate

- Porque?

- Seu carro tem AC\\DC, Guns n’ Roses dividindo espaço com Beyoncé e Britney Spears, interessante

- O que? Problemas? Eu gosto

- Nada não – Respondeu pegando um dos cd’s – posso?

- Pode

  Keith não era tão ruim assim, era até legal. Jeniffer estava começando a gostar de te-lo como companhia , quando não estava fazendo papel de idiota. E a partir a viagem seria longa. E ninguém esperava o que iria acontecer dali para frente.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram??
Beijos



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