Você Sabia Que Eu Te Amei? (Hiatus) escrita por Vick Pimentel


Capítulo 1
Capítulo 1- A baixinha.


Notas iniciais do capítulo

Bom galera, essa é minha primeira FanFic aqui. Sei que não esta muito boa, mas pretendo melhorar. Apesar de trite, pretendo fazer uma história bonita e divertida. Espero que gostem.



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Honra. Pra isso somos treinados. Todos nós do distrito 1, 4 e no meu caso 2. Treino desde os 7 anos, quando minha mãe morreu. E desde que tinha essa idade, passo uma boa parte do tempo reparando na baixinha. A garota com as facas. Não sei o que me chama atenção nela, a habilidade com as facas, talvez. Ouvi o treinador chama-la de Clove. Ela não tinha amigos. Se quer fazia questão de ter.

Tinha 14 anos, quando, numa atividade, obviamente com facas no centro de treinamento, Clove tropeçou e caiu. Foi tudo extremamente rápido, ela acertou inúmeros bonecos, e tropeçando, foi ao chão. Eu ia ajuda-la mas o treinador foi bem mais rápido que eu, ele a levantou com cuidado e levou para a enfermaria. Era incrível o que a garota das facas podia fazer comigo por que, naquele dia, eu não treinei direito, fiquei preocupado feito um idiota. Aquela garota ferra com o meu psicológico. Pensei.

Fiquei até tarde no Centro de Treinamento, mas ninguém se importou, afinal eu sempre fazia isso; era o ultimo a ir embora. Eu ficava treinando mas naquele dia fora por um motivo diferente. Eu queria me certificar de que Clove estava bem, mas ninguém além de mim mesmo, precisava saber disso. Quando vi Clove e o treinador vindo, pelo corredor a minha direita, comecei a guardar o equipamento, fingindo não vê-los. Foi a voz do treinador que me parou.

–Cato.- Eu me virei em direção a voz firme do treinador.

–Sim treinador. -Respondo.

–Você já vai em borá. Não vai?

–Sim. Vou. –Respondi.

–Você pode acompanhar Clove para mim?

–Não precisa! Eu estou bem, treinador!- Ela respondeu antes que eu pudesse dizer que sim.

–Claro que precisa! E Cato não vai se importar de fazer isso, ou vai?- Respondeu o treinador, tão explosivo quanto ela.

–Não, não vou.- Disse, e pude ver Clove revirando os olhos. Em seguida o treinador se retirou nos deixando sozinhos enquanto eu guardava o resto do meu equipamento.

–Você faz sempre isso?- A voz dela ecoando do fundo da sala, realmente me surpreendeu, e falando assim, diretamente comigo, apesar de arrogante, sua voz era ainda mais doce, nem um pouco mortífera como parecia ser.- Quero dizer.. Ficar aqui.. Até essa hora?

–Quase todos os dias. – Respondi. Clove não disse mais nada.- Já terminei por aqui, vamos?

Com a cara amarrada, ela assentiu, balançando a cabeça. Então fui até ela e a ajudei a levantar do banco, pus uma de suas mãos no meu ombro, e a minha em sua cintura. E fomos andando, seu pé estava enfaixado e ela mancava bastante, eu sabia que ela estava fazendo o maior esforço possível para encobrir qualquer rastro de dor. A posição não era confortável, creio que para nenhum dos dois, então, quase que por um reflexo, eu a peguei no colo, fazendo com que sua cabeça ficasse encostada no meu peito. Não era nem um pouco difícil carrega-la, afinal além de 2 anos mais nova, Clove sempre fora muito menor do que eu.

–Vai adiantar? Se eu te mandar, me colocar no chão?- Pergunta ela, percebo que é a primeira vez que a vejo sorrindo.

–Você tem alguma faca ai?- Pergunto, também sorrindo.

–Infelizmente, nenhuma.

–Então, não. – Digo. Como resposta ela me da um sorriso, e volta a recostar sua cabeça em meu peito. Não demoramos a chegar até a casa dela, coloquei-a no chão, assim que chegamos a porta. Ela se apoiou em mim enquanto a abria, e pude ver que não tinha ninguém em casa.

–Esta entregue. –Digo a ela.

–Você quer água ou alguma coisa do tipo?- Oferece Clove.

–Aceito um copo d’água. Você é pequena mas...- Ela me interrompe.

–Não me chama de pequena.- Ela sibila irritada. E sou obrigado a sorrir.

Entramos e Clove me dá água, mas novamente, não vejo ninguém na casa.

–Onde estão seus pais?- Pergunto intrigado. -Ja passam das 7, eles ainda não chegaram?- Clove se senta na pequena mesa da cozinha, e baixa os olhos. Ela respira fundo, e então eu entendo, mas antes que eu possa me desculpar, ela começa:

–Quando... Bom, meus pais se apaixonaram muito cedo, e quando os dois tinham 17 anos, eu já havia nascido, tudo estava muito feliz, era a ultima chance de irem pros jogos, ultimo ano, pelo meu nascimento haviam deixado de ser carreiristas. Eles achavam que não iriam mais ser selecionados, mas o fato, é que nós nunca deixaremos de ser peças nos jogos da Capitol. Minha mãe descobriu isso tarde de mais, seu nome agora, estava no papelzinho branco, na mão da mulher. Acho que naquele ano não haviam pessoas boas o suficiente, porque ninguém se ofereceu em seu lugar. Dizem que meu pai entrou em pânico ao ver que minha mãe havia sido selecionada. E então, quando selecionaram o tributo masculino, ele se ofereceu. Ele precisava protegê-la para que ela voltasse, afinal, eles tinham a mim. Tinha 6 seis messes quando fui deixada com meus avós. Dizem que meu pai protegeu minha mãe o quanto pode, até os 7 finais. Mas foram atacados por um grupo maior, ele já estava bem ferido, e foi atingido no peito. Dizem que ao vê-lo caído, minha mãe se transformou, matou sozinha, 3 do outro grupo, deixando apenas 1 vivo. Sua dor era tanta, que ela os matava friamente. Apesar de pequena ela era rápida e sabia manusear muito bem uma faca. Só restaram ela e mais um. Foi seu único momento de fraqueza, ela chorava a morte do único homem que amou, e foi pega de surpresa... Nunca mais acreditarei num amor como o deles... Bom... Meu avô morreu a dois anos, ele era, obviamente, um Pacificador. Ele tentou defender um homem que estava sendo chicoteado em praça publica, e bom... Restou minha avó, mas não creio que ela esteja em suas faculdades mentais. Que pessoa em sã consciência deixaria uma criança de 7 anos cozinhar?

–Ainda mais sendo você.Você é um perigo com uma faca na mão...- Ela sorri quando digo isso.- Acho que ela era igual a você.

–Mas eu vou ser diferente em uma coisa, Cato.. Eu não vou fraquejar, vou sair de la invicta, sairei daquela arena da mesma maneira que entrei!

–Eu nunca duvidei disso.- Digo a ela.

Desde aquele dia, a 3 anos atrás, Clove tem sido minha melhor amiga, minha irmãzinha, pessoa mais irritante que conheço, a única pessoa em que confio, e única pessoa pela qual tenho algum tipo de sentimento, apesar de eu não ter a mínima ideia de que sentimentos tenho em relação a ela.


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Notas finais do capítulo

Galerinha, sei que o 1° capitulo não esta muito bom, mas prometo melhorar. Comentem por favor. A autora que vos fala, ficara muito feliz com isso :)