“Eu tinha previsto...” Alice murmurou baixinho.

 Edward jogou o cotovelo nas costelas dela.

“Tá” ela rosnou.  “Edward está me fazendo fazer isso. Mas eu preví que seria mais difícil se eu surpreendesse você.”

            Nós quatro estávamos caminhando para o carro depois da escola, e eu não tinha a mínima idéia do que ela estava falando, já que eu era metade humana não sabia de nada que Bella não soubesse. Tudo oque eu queria era que Jacob aparecesse em sua moto e me levasse para longe.

“ Em Inglês? “ Bella perguntou á Alice.

“Não seja um bebê sobre isso. Nada de acessos de raiva” Alice falou baixinho, com um olhar levemente ameaçador.

“Então você, quer dizer, nós, vamos ter uma festa de formatura. Não é nada grande. Nada com o que se preocupar. Mas eu ví que você ia enlouquecer se eu tentasse fazer uma festa surpresa” ela dançou fora do caminho quando Edward se aproximou pra bagunçar o cabelo dela. “E Edward disse que eu tinha que te contar. Mas não é nada. Prometo".

Bella suspirou com força. “Existe alguma necessidade de discussão?”

“Absolutamente não” Alice abriu um sorriso sabendo que já ganhara o jogo.

“ Está bem, Alice. Eu estarei lá. E eu vou odiar cada minuto dela. Prometo.”

“Esse é o espírito Bella! Aliás, eu adorei o meu presente, o seu também Liz. Não precisava.” A baixinha se virou para mim, que lancei um olhar ameaçador, era pra ser uma surpresa! Ah, quase me esqueci, não se pode fazer uma surpresa á Alice.

“ Alice, eu não dei!” Bella sibilou.

“ Oh, eu sei disso. Mas você vai.” Alice ameaçou.

“Incrível”  Edward murmurou. “Como é que alguém tão pequeno pode ser tão irritante?”. Eu concordei com ele e puxei uma mexa do cabelo de Alice.

Ela riu. “É um talento.”

“ Será que você não podia ter esperado umas semanas pra me contar sobre isso?”Bella perguntou. “Agora eu vou ficar estressada com isso por muito mais tempo”.

Alice fez uma careta para Bella.

“Bella”  Alice disse. “ Você sabe que dia é hoje?”

“ Segunda?”

Ela revirou os olhos. “Sim. É Segunda... dia quatro” . Ela puxou o cotovelo de Bella, e a virou, apontando para um grande pôster amarelo pregado na porta do ginásio.Em letras pretas, estava o dia da formatura. A exatamente uma semana de hoje.

“Dia quatro? De Junho? Você tem certeza?” Bella quase gritou.

Nenhum de nós três respondemos.

Alice apenas balançou a cabeça tristemente, fingindo estar desapontada, e as sobrancelhas de Edward se ergueram. Já eu continuei olhando pelo estacionamento inteiro, procurando por Jacob.

“Não pode ser! Como foi que isso aconteceu?” Bella quase gritou.

            Eu estava indo para minha Mercedes, agora eu insistia ir com Alice, Edward e Bella nela todos os dias, até a formatura na escola, quando uma moto estacionou bem ao lado.

            Lá estava ele, fazendo um coração disparar mais uma vez.

“Acho que você não deveria ficar estacionando na escola”falei, tentando alcamar meu coração.

Jacob revirou os  olhos fingindo falso ultraje. “Oi para você também...Então, vamos?” Jacob apontou a cabeça para sua moto.

Olhei para Bella, ela não viria conosco? “Mais...Bella...Meu carro...Err” me enrolei nas palavras, me sentindo uma completa idiota.

“Nossa, esse é o seu carro?” Jacob apontou o dedo para minha Mercedes novinha.

“É”

“Uau, mais, sobe, acho que não tem problema se um de seus sanguessugas dirigir ela hoje” .

Eu não consegui resistir .“Acho que sim”, corei e subi em sua moto. Ao passar por Bella, Edward e Alice, não pude deixar de perceber um sorriso discreto no rosto deles.

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Estávamos na praia outra vez, mais essa parte eu não conhecia.

“Então...Alice vai dar uma mega-festa de formatura, acho que Bella também vai te convidar, então...Estou me antecipando” sorri.

            Jacob me olhou com uma cara de nem morto.

“Eu já esperava isso” falei tensa. “Oque você tem contra vampiros?” perguntei, na verdade eu resolvi contar á ele oque eu era.

“Qual parte de “vampiros e lobisomens inimigos mortais” você não entendeu?” ele quase gritou, atirando as mãos para cima.

É, ele iria me odiar se eu contasse. Aquele pensamento quase me fez sair correndo  chorando.

“Ei, não chora” Jacob estava em minha frente, me impedindo de continuar andando, e enxugou minhas lágrimas. Droga, convivência com Bells dá nisso.

“Se eu te contar uma coisa, vai me odiar para sempre” sussurrei entra soluços.

“Claro que não, eu nunca te odiaria” ele me acalmou, as mãos em meu rosto.

Dei um longo suspiro e disse tudo de uma vez ,“eu sou uma hibrída, metade-humana metade-vampira, minha dieta não é só sangue, eu como comida humana também” examinei sua expressão. Choque. Raiva. Ele começou a tremer. Foi ai que percebi que meu choro era quase histérico. Sai correndo em uma velocidade sub-humana, sem verificar se alguém viu, eu sou uma idiota. Sai correndo e chorando. Que droga.

            Mas ele – eu estava tão magoada que não queria nem pensar em seu nome – Me puxou pelo braço, me fazendo olhá-lo.

“O que é?” perguntei engolindo o choro e tentando ser fria, mais só parecia que eu estava implorando.

“Eu não me importo...Por mim você pode ser até um alien” ele deu um sorriso torto e eu gemi quando ele disse “alien”. Meu coração disparava.

“Não...?” foi só oque consegui dizer. Ele só balançou a cabeça.

“Eu também tenho uma confissão....” Ele sorriu.

“O que é?” repeti, dessa vez com mais suavidade, minha voz quase falhou, agora que ele soltou meu braço e segurou minha mão. Nos sentamos em uma pedra, virados um para o outro. 

“Eu realmente não sei como dizer a você tudo isso. É muito complicado.” Jacob falou fitando o chão.

“Mais complicado do que você ser um lobisomen e eu uma hibrida?”perguntei franzindo o cenho.

 “Acredite ou não, sim. É muito mais complicado do que isso.” Disse ele, suspirando.

“Tente.” Eu desafiei ele.

“Você sabe o que significa imprinting?” Ele me perguntou muito sério.

Balancei a cabeça.“Não, oque é?”

“Bem, quando um de nós lobos sofre imprinting, isso significa que encontramos nossa outra metade.” Ele gemeu. “Cara, eu não estou explicando isso direito”.                       

“Talvez se você me der um exemplo.” Eu disse lentamente, outra vez me perguntando onde esta conversa estava indo.                                                                             

Jacob suspirou. “Eu suponho que isso pode funcionar.” Ele começou. “Você já percebeu como Quil está sempre pairando em torno de Claire?”                 

Eu tinha notado isso. Isso me fez pensar. “Sim”.

“Bem, ele sofreu imprinting sobre ela. Quando ela veio visitar Emily, sua tia e o imprinting de Sam. Na verdade Leah era a namorada de Sam, mais ele teve um impinting por Emily, oque fez as coisas ficarem muito feias”

“Então, você pode ter imprinting sobre qualquer pessoa em qualquer idade?” Eu perguntei, me sentindo ainda mais curiosa.

Jacob assentiu. “O que sofre imprinting faz tudo que o imprint dele quiser, dentro dos limites da razão. E ele está lá por ela, seja o que ela precisar. Se ela precisa de um amigo, ele pode ser esse amigo. Se ela precisa de um irmão mais velho, ele pode ser este irmão mais velho. Se ela precisa de um protetor, ele pode ser isso também. E, se ela optar, ele pode ser seu… amor. Mas somente se ela quiser desta forma. A maioria dos imprintings tem escolhido isso, porque é difícil ignorar esse tipo de compromisso e amor. Somente Claire ainda não, porque ela  ainda é muito jovem... ” Ele parou.               

“Então, por que me contar tudo isso?” Eu perguntei, ainda confusa e muito curiosa.

Ele suspirou e disse: “Porque você é o meu imprint. Eu sofri imprinting sobre você.”

Respire fundo e mergulhe de cabeça. Como Kate sempre me dizia.

Antes que eu pudesse compreender plenamente o que estava fazendo (e antes que Jacob também pudesse, pelo seu olhar), pressionei meus lábios nos dele, beijando-o.

Foi uma explosão ardente de… Não, aquilo foi… foi… Não tenho idéia de como descrever aquele beijo. Ele apenas se sentia completamente certo. Como se o mundo inteiro fosse perfeito. Como… se eu tivesse acabado de beijar a minha alma gêmea.  

Eu me afastei dele, ficando vermelha feito um pimentão. Dei algumas respirações profundas.                                                                                                   

“Você está certa de que é isto que você quer?” Perguntou Jacob, aproximando novamente o rosto dele do meu. “Eu não quero que você faça nada que você não queira. Está bem?”

“Jacob Black, eu te amo,” eu disse para ele, e eu quis dizer mesmo aquilo. Eu estava sinceramente apaixonada por ele. É claro que eu não esperava que isso fosse acontecer, quando ele veio ver Bella na escola há  semanas atrás. Eu tinha sentido uma certa atração em direção a ele, disso eu sabia. Eu só não sabia exatamente o que era na época. Eu só não admiti isso, pelo fato de que eu achei que ele me odiaria pelo oque eu sou.

Mas ele não se importava.

 Eu o amava.

Mesmo com meus medos e incertezas.                                                                                                                  

“Eu também te amo,” ele sussurrou antes de me beijar novamente.                                              

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  O tempo passou muito rápido, e antes que eu percebesse já escurecera. Jacob me levou de moto para casa.                                                                                                         

“Te vejo amanhã?” perguntei ao sair da moto.                                                  

“Claro, boa noite”, Jacob então me pegou em seus braços, fiquei na ponta dos pés e o beijei.                                                                                                                                 

Quando entrei na casa dos Cullen, Emmett uivava de rir no sofá.                   

“Qual é a graça?” perguntei séria.                                                                                       

“Há-ha”Emmett enxugava as lágrimas de tanto rir. “Agora virou protetora dos cães Elizabeth?”.                                                                                                                         Foi oque bastou. Senti minha visão ficar vermelha, e pulei em seu pescoço. É claro que por uma pena não causei dano, só o fiz rir mais ainda.                             

       “Crianças, não briguem por favor”Jasper sussurrou sarcasticamente. Eu e Emmett interrompemos nossa “luta feroz” e grunhimos para ele, que ergueu as mãos como quem se desculpava e disparou para a escada.

“Argh, isso não vai dar em nada” murmurei me levantando e arrumando meu cabelo.    

 Emmett imitou uma galinha. Eu o ingnorei e fui á cozinha, Esme estava caçando e então fiz meu jantar. Me sentia culpada por fazer ela ter tanto trabalho, mas Esme me disse que gostava de cozinhar, e só tinha essa oportunidade quando Bells á visitava, então estava adorando aquilo.                                                                                                    

Comi os resto da lasanha que Esme deixara.                                                 “Emmett, porque eu não posso ir caçar?” perguntei inocentemente.                       

        “Sei lá...Porque você tem que dormir”Ele disse com um leve tom de sarcasmo.      

  “Vem caçar comigo?”perguntei como uma criança. Emmett era perfeito quando se trata de caçar, ele te deixa em paz, querendo competir com sua presa, na maioria ursos.                                                                                                                               

“Argh, tá, mais quando você acabar volta pra casa...” ele estava animado e irritado as mesmo tempo. “Vamos, eu sou sua babá hoje”.                                                               

“Há-há” murmurei irritada e partimos.                                                        

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            A caça foi sem graça, quando voltamos Alice veio para passar a noite comigo. Não tive sonhos. Quando acordei tentei me lembrar do que eu iria comprar para ela, lembrei que era um relógio  de ouro e de  brilhante, era bem...Alice. Eu tinha encomendado á uma semana pelo computador já que aqui em forks nada era legal o bastante para se chamar de “presente”. O presente chegaria na véspera da formatura.

            Quando desci para o café da manhã, Alice já tinha ido embora, eu estava sozinha em casa. Na cozinha, havia um jornal em cima da mesa, uma manchete chamou minha atenção:

SEATTLE ATERRORIZADA POR ASSASSINATOS

Fazem menos de dez anos desde que a cidade de Seattle estava caçando o mais perigoso dos serial-killers da história dos E.U. Gary Ridgeway, o assassino de Green River, foi condenado pelo assassinato de 48 mulheres. E agora, a assediada Seattle tem que lidar com a possibilidade de estar lidando com um monstro ainda mais aterrorizante dessa vez.

A polícia não acha que a recente onda de homicídios e desaparecimentos seja trabalho de um serrial-killer. Pelo menos, ainda não. Este assassino, se, na verdade, for apenas uma pessoa, teria sido acusada por 39 homicídios qualificados e desaparecimentos apenas em menos de três meses.

Em comparação, a onda de 48 assassinatos provocada por Ridgeway foi espalhada num período de mais de 21 anos. Se essas mortes puderem ser ligadas a apenas um homem, então, esse seria o mais violento ataque de um assassino em série da história Americana.

A polícia, no entanto, está inclinada na teoria de um envolvimento com atividade de gangues. Essa teoria é apoiada pelo grande numero de vítimas, e pelo fato de que não parece haver um padrão de escolha entre as vítimas. De Jack o Estripador à Ted Bundy, os alvos de serial-killers estão geralmente conectados por similaridades em idade, gênero, raça, ou uma combinação dos três. As vítimas desse ataque de crimes têm idades entre a da estudante Amanda Reed de 15 anos, ao carteiro aposentado, Omar Janks, de 67 anos de idade. Os assassinatos qualificados incluem cerca de 18 mulheres e 21 homens. As vítimas tinham raças diversas: Caucasianos, Afro-Americanos, Hispânicos e Asiáticos.

A seleção parece ser randômica. O motivo parece não ter outra razão a não ser

simplesmente matar. Então porque considerar a idéia de um serrial-killer? Existem similaridades suficiente no modo de operação dos crimes para selecioná-los como

crimes não relacionados. Todas as vítimas descobertas foram queimadas a tal ponto que foi necessário um exame de arcada dentária para identificá-los. O uso de algum acelerante, gasolina ou álcool, parece ser um indicativo das conflagrações; nos entanto, nenhum traço de acelerantes parecem ter sido encontrado ainda. Todos os corpos foram enterrados negligentemente, sem tentativa de encobrimento.

Mais horrível ainda, a maioria dos restos parece conter sinais de violência brutal – ossos quebrados e esmagados por algum tipo de pressão tremenda - que os médicos examinadores acreditam haver ocorrido antes da hora da morte, apesar de se ser difícil ter certeza sobre essas conclusões, considerando o estado das evidências. Outra similaridade que aponta para a possibilidade de um serrial: todos os crimes estão

perfeitamente limpos de evidências, além dos restos por sí só. Nenhuma impressão digital, nenhuma marca de pneu ou um fio de cabelo é deixado pra trás.

Não houve nenhuma testemunha oculares para nenhum suspeito nos  desaparecimentos. E então temos os próprios desaparecimentos - altamente sigilosos em todos os aspectos. Nenhuma das vítimas podia ser considerada um alvo fácil. Nenhum deles era um fugitivo ou sem teto, que desaparecem tão facilmente e que dificilmente têm seus desaparecimentos reportados. Vítimas desapareceram de suas casas, de um apartamento de quatro andares, de um spa, de uma recepção de casamento. Talvez o mais impressionante: o boxeador amador de 30 anos de idade,

Robert Walsh, entrou em um cinema com sua acompanhante; depois de poucos minutos no cinema, a mulher se deu conta de que ele não estava em seu lugar. O corpo dele foi encontrado apenas três horas depois quando os bombeiros foram chamados à cena de um lixão em incêndio, a vinte quilômetros de distância.

Outro padrão presente nos assassinatos: todas as vítimas desapareceram à noite. E o padrão mais alarmante? Aceleração. Seis homicídios foram cometidos no primeiro mês, 11 no segundo. Vinte e dois ocorreram apenas nos últimos dois dias. E a polícia não está mais perto de encontrar o responsável do que estavam quando o primeiro corpo carbonizado foi encontrado. A evidência é conflitante, os pedaços são aterrorizantes. Uma nova gangue viciada ou um serial-killer selvagemente ativo? Ou alguma outra coisa que a polícia ainda não tenha levado em consideração?

Uma única conclusão é indesputável: algo horrível está perseguindo Seattle.