Destino Ou Acaso escrita por StellaBTaylor


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente estou imensamente feliz c a respostas de vcs, eu realmente nao sabia q tanta gente ainda queria q eu continuasse c a fic, entao sentei e comecei a escrever esse cap. q eu espero agrade a todas, tenho q confessar acho q demorei mais tempo respondendo as reviews q escrevendo o cap. e acreditem eu amei isso lol. Respondi cada uma c um enorme sorriso no rosto, espero q esse cap. seja merecedor da atençao e carinho de vcs.
Eu dedico esse cap. a Juh pela linda recomendaçao q ela fez dessa fic. muito obrigada minha linda.
bjs p todas e boa leitura.



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Fico ali olhando para Stella seminua na minha frente e sinto minha garganta seca e por um momento cogito a ideia de ainda estar na minha cama dormindo e isso ser um dos meus sonhos, mas logo percebo que é realidade porque por mais que eu tentasse, por mais fantásticos que os meus sonhos possam ser, no real ela ainda consegue ser mais incrível, ela é simplesmente “perfeita” eu nem percebo que falo isso em voz alta até que ela se torna consciente do seu estado de quase nudez e finalmente abaixa a arma e puxa o robe mais perto do corpo e o fecha, mas é desnecessário porque a imagem do seu corpo esculpido está queimado para sempre na minha mente e eu sei que irá alimentar as minhas fantasias por muitas noites, tudo que eu mais quero é segurar o seu corpo quente contra o meu novamente e provar dos seus lábios mais uma vez antes de descer minha boca pelo seu corpo, saborear sua pele cor de oliva, inalar o seu cheiro, passar a minha língua pelo seu pescoço e conhecer o seu gosto antes de continuar a minha investida pelo seu corpo, enquanto a levanto e ela enrosca as suas pernas em mim e posso acariciar a sua coxa enquanto enterro o meu rosto no seu colo antes de pressioná-la contra a parede e torná-la minha, algo que eu tenho vontade de fazer desde a primeira vez que a vi saindo daquele táxi. Ela limpa a garganta e me tira da minha fantasia erótica e cheia de luxúria, eu sei que tenho que dizer algo para ela, mas a minha mente simplesmente me abandonou e eu digo as únicas palavras que pareço conhecer no momento “Eu fiz café.” E vejo ela levantar uma sobrancelha para mim.

“Pelo menos você começa pelo que realmente importa.” Ela diz um pouco rabugenta antes de caminhar até a pia e pegar a xícara que eu já havia preparado para mim, ela fecha os olhos enquanto inala o cheiro do líquido e leva até os lábios e depois de tomar um longo gole ainda de olhos fechados ela solta um gemido enquanto passa a língua sobre os lábios e isso vai direto para uma certa parte da minha anatomia e eu me vejo soltando um baixo gemido também quando a imagino fazendo esse som em uma outra situação onde definitivamente não estaríamos com tantas roupas entre nós e as imagens que inundaram a minha mente a pouco volta com força total. Tento manter o controle enquanto ela toma outro gole parecendo totalmente perdida em mundo particular dela e do café e eu fico um pouco com ciúmes da forma tão possessiva que ela segura a caneca e ela solta outro gemido que definitivamente é tão sexy e obsesso que deveria ser proibido dela fazer a menos que estivesse em uma situação apropriada para isso.

“Eu queria...” Eu começo apenas para ela levantar um dedo me fazendo calar novamente, e é totalmente enervante o seu poder sobre mim.

“Deus, esse café está exatamente como eu gosto, na verdade está ainda melhor, tem algo que eu não consigo identificar, mas que fez todo o truque aqui, o que é?” Ela me pergunta como uma expressão que diz – essa resposta salvará a minha vida.

“Desculpe eu não compartilho meu segredo.” Eu digo sorrindo para ela.

“Você invadiu a minha casa, acho que isso me dá o direito de saber o seu segredo.”

“Não mesmo, isso te dá apenas o direito de provar o meu café. Se eu te contar o meu segredo, você não irá mais precisar de mim para fazê-lo para você.” Eu digo um pouco presunçoso.

“O que te dá a ideia que isso irá acontecer mais vezes?” Ela diz levantando a sobrancelha e olhando para mim teimosamente.

“Ok, se você não gosta eu vou apenas me livrar do que fiz.” Digo e caminho em direção a cafeteira e ela começa a jogar panos, luvas e alguns objetos de plástico em mim e eu agradeço que isso era tudo que estava por perto dela no momento. “O que foi? Você não quer isso eu vou apenas beber o que resta e ir embora e você pode fingir que eu nunca estive aqui.” E quando finalmente passei por ela e estava quase pegando o pequeno bule ela dá uma forte pisada no meu pé. “Ai, Stella isso doeu.” Digo pegando o meu pé.

“Não se atreva a chegar perto dessa cafeteira a menos que seja para fazer mais café.” Ela diz antes de passar por mim e encher novamente a sua caneca e sentar no banco voltando a sorver o líquido como se não tivesse feito nada e eu apenas tenho que sorrir para a cena na minha frente. “Então essa é mais uma informação sobre mim que você leu no seu dossiê? O meu vicio por café?”

“O que? Não, não Stella eu juro, isso não tem nada haver com o dossiê, eu apenas achei que seria uma boa forma de pedir desculpas se eu fizesse um ótimo café da manhã para você, e como eu realmente não sei o que você gosta então eu fiz ovos, panquecas, torradas e trouxe iogurtes e geleias também.” Eu digo meio nervoso e ela olha para mim como se estivesse me estudando.

“Então...deixa ver se eu entendi isso direito... você invadiu a minha casa, enquanto eu ainda estava dormindo, para me pedir desculpas por ter invadido a minha privacidade ontem, é isso?” Ela pergunta com uma expressão de quem está tentando entender toda a situação.

“Quando você coloca dessa forma, parece uma ideia idiota, mas eu juro que ontem a noite ela parecia ser uma ideia muito boa.” Eu digo percebendo que eu apenas terminei de bater o último prego no meu caixão com essa ideia que agora eu percebo foi estúpida.

“Você tem sorte de fazer o melhor café que eu já bebi em toda a minha vida Taylor.” Ela diz e vejo um muito leve sorriso se formando no canto de seus lábios e eu sinto um pouco de alívio com isso.

“Eu não viria aqui se eu não tivesse um grande trunfo nas mãos detetive.” Eu digo sorrindo para ela e recebendo um em troca. “Mas sério Stella eu quero me desculpar sobre tudo que aconteceu ontem.”

“Você lamenta tudo que aconteceu ontem?” Ela me pergunta e eu vejo em seus olhos que ela está me perguntando sobre o beijo.

“Não tudo, apenas os momentos que eu estraguei as coisas, como sobre o dossiê, eu preciso que você entenda que não foi nada pessoal e que...”

“Você apenas não me conhecia e precisava ter certeza que poderia confiar em mim, sobre algo que aparentemente é maior do que parece.” Ela diz e eu não vejo raiva ou magoa em seus olhos, mas compreensão. “Não precisa pedir desculpas por isso Mac, claro que não gostei e não me sinto bem sabendo que minha vida está sendo investigada ou monitorada, mas se estivesse em seu lugar teria feito a mesma coisa, eu exagerei ontem, tanta coisa havia acontecido e bom eu sinto muito também, mas se você não se importa eu tenho algumas perguntas para fazer enquanto tomamos café, afinal você cozinhou para um batalhão inteiro.” Ela diz e eu sinto um enorme peso saindo dos meus ombros, ela me entende, isso é tudo que eu realmente precisava ouvir, então eu sento em frente a ela no balcão da cozinha e olho em seus olhos, antes de começarmos a comer o que eu havia preparado para ela.

“Vá em frente e pergunte tudo que quiser e eu tentarei responder o máximo possível, e apenas para sua informação, ninguém além de mim leu o dossiê e não há nenhum monitoramento sobre você.”

“Obrigada por isso, mas bem vamos começar com as mais fáceis, como você sabia onde eu morava e principalmente como você entrou aqui?”

“Bom seu endereço eu peguei no dossiê, mas em minha defesa seria necessário apenas um telefonema para o laboratório e eu teria conseguido isso, apenas achei que você gostaria do fato do seu time não saber sobre isso.”

“Oh Deus sim, ou eu nunca iria ouvir o fim disso.” Ela diz sorrindo.

“Quanto a forma como entrei aqui, desculpe, mas isso é um segredo Stell.”

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Ele fala o meu apelido tão naturalmente e sinto um arrepio percorrer o meu corpo e tenho certeza que ele nem mesmo percebeu que me chamou assim o que torna a situação ainda mais encantadora, olho para a porta e vejo que a fechadura está intacta. “A fechadura não está forçada e na verdade a chave parece estar na mesma posição que eu deixei ontem, então...” Digo olhando-o com uma expressa questionadora.

“Vamos lá Stella eu sou um major da marinha me dê um pouco de crédito aqui, você realmente acha que uma simples fechadura iria me deter?” Ele me diz sorrindo e levanto uma sobrancelha desafiando-o a me contar. “Bom vamos fazer um acordo, ou eu te conto como entrei ou eu continuo a te fazer café, você escolhe o que vai ser.” Ele diz com uma expressão vitoriosa.

“Isso não é justo Mac, você está usando minha pequena obsessão por cafeína contra mim, isso é apenas cruel.”

“Eu sei.” Ele diz sorrindo ainda mais.

“Tire esse sorriso presunçoso do seu rosto major, vou deixar isso para lá...por agora.” Digo e sorrimos um para o outro. “Falando de coisas sérias agora, o que realmente há com esse caso? E qual o seu problema com Ivanov?” Pergunto ficando séria novamente e vejo ele se contorcer no banco, mas não vou recuar, eu quero saber o que é tudo isso.

“Os fuzileiros mortos faziam parte do meu time, um time escolhido meticulosamente e que trabalha diretamente com a casa branca, respondendo diretamente ao presidente, investigamos grupos terroristas, principalmente os que tem informantes ou a cadeia de comando aqui no país. Quanto ao Ivanov eu não confio nele.” Ele diz e eu olho para ele surpresa sobre o que acabou de me contar e sendo a brilhante detetive que sou não demorou muito para fazer as conexões.

“Você acha que Ivanov faz parte de um grupo terrorista?” Pergunto ainda mais surpresa, “Mas eu pensava que a empresa dele era uma das que vendia armas para o governo.”

“E é, mas digamos que não somos os únicos a usufruir de sua tecnologia. E por falar nele qual a sua ligação com ele?” Ele pergunta, mas eu não sinto um tom ameaçador ou acusatório.

“Não há ligação entre nós Mac, eu te disse isso ontem, ele é amigo de Sinclair e sempre que aparece no lab. ele vai na minha sala, é educado e gentil, mas é apenas isso, você não precisa se preocupar comigo dizendo algo a ele, isso não irá acontecer.”

“Não é com isso que me preocupo Stella.”

“Então o que é q... você está com ciúmes major, é isso?” Pergunto agora ostentando o sorriso presunçoso que estava no seu rosto a momentos atrás.

“Não é hora de piadas Stella, eu com ciúmes? Por que eu estaria com ciúmes?” Ele tenta, ficando nervoso.

“Oh sim, você está com ciúmes.” Eu digo com o sorriso ainda maior, então me levanto e coloco a caneca e o prato na pia e os lavo rapidamente antes de caminhar para o meu quarto. “Não se preocupe Mac, loiros não são o meu tipo... prefiro os morenos.” Eu digo sorrindo antes de sumir no meu quarto e fechando a porta atrás de mim ainda sorrindo.

“Definitivamente você está louca Stella, você deveria estar furiosa com ele, não flertando com ele mais uma vez.” Eu digo para mim mesma enquanto abro meu guarda roupa a procura de algo para vestir. – Mas foi uma atitude tão doce dele, em fazer café da manhã para você como um pedido de desculpas de algo que você mesma já admitiu que ele não tem culpa e o olhar lascivo e cheio de luxúria e desejo dele quando te viu praticamente nua na frente dele, definitivamente não tem preço. – Minha mente fala e eu tenho que sorrir para essa lembrança. Eu decido usar uma calça preta, uma blusa verde de alças com um decote que valoriza meu busto e botas, nada que esteja fora do profissionalismo, mas que também irá manter a atenção dele. – Como se você precisasse disso depois dessa manhã. Tomo um banho rápido, me arrumo e faço uma maquiagem leve e perfume antes de retornar a minha cozinha e paro na porta vendo ele guardando tudo que ele utilizou e limpando o que sujou, ele se move tão naturalmente em torno da minha casa, como se pertencesse aqui. – Talvez pertença, minha mente diz e então eu lembro na conversa que tive com Jess ontem, talvez seja o momento de deixar alguém entrar.

“Não precisa arrumar nada Mac, afinal você fez o café da manhã.” Eu digo fazendo ele virar e mais uma vez me devorar com os olhos, mas de uma forma diferente dos outros homens, a forma como ele me olha não me incomoda, pelo contrário, me sinto lisonjeada.

“É o mínimo que posso fazer depois de invadir a sua casa e te acordar tão cedo.” Ele diz sorrindo e meio tímido, o que faz o meu corpo gritar por ele.

“Eu perdoou você se você me contar como entrou.” Digo tentando descobrir o seu segredo.

“Eu prefiro pagar essa minha dívida limpando a sua cozinha.” Ele diz rindo e se virando para terminar o que estava fazendo.

“Você é um mistério Mac Taylor, como pode ser tão doce e gentil fora do quartel e ainda calculista e arrogante no campo profissional?” Digo tentando estudá-lo e vejo quando ele se vira e começa a abrir a boca para dizer algo, mas eu digo antes o calando mais uma vez. “Mas você tem sorte que eu adoro desvendar mistérios.” Digo e me aproximo dele e nossos corpos ficam praticamente colados quando me estico um pouco para colocar na pia atrás dele alguns talheres que foram esquecidos e enquanto faço isso meus lábios tocam na sua orelha enquanto eu inalo o seu cheiro tão particular. “E eu sou muito boa nisso major.” Digo e um sorriso se forma em meus lábios quando escuto ele soltar um gemido baixo e então eu me afasto como se nada tivesse acontecido. “Bem como ainda está cedo e você arruinou toda a minha intenção de dormir até um pouco mais tarde, me acompanha em um passeio aqui perto antes de irmos para o laboratório?” Digo e espero a sua resposta, mas ele está apenas olhando para mim de uma forma que eu tenho certeza que ele não ouviu uma palavra do que acabei de dizer. “Mac?”

XXXXXXXXXX

Definitivamente eu acordei em uma realidade paralela na qual aparentemente faço as coisas corretamente, essa é a única explicação que eu tenho para justificar o que está acontecendo agora, porque eu vim de um dia catastrófico onde eu estraguei tudo com ela para um que poderia ter sido mesmo pior por ter invadido sua casa, mas em vez disso eu tenho a oportunidade de ver o seu lindo corpo vestindo apenas lingerie e ela me dizendo que não está chateada e que entende o que eu fiz, o que pareceu para mim, como a sua forma de aceitar a minha bandeira branca hasteada e quando eu pensei que não poderia ficar melhor ela apenas flertou comigo e não foi mesmo sutil e agora eu tenho seu corpo colado ao meu e posso sentir a sua respiração no meu pescoço enquanto ela sussurra para mim e eu tenho que fechar as minhas mãos para me impedir de apenas agarrá-la aqui mesmo e mantê-la minha refém até que eu esteja totalmente satisfeito, o que seria nunca.

“Mac?” A escuto me chamar e quando saio do meu transe ela está na minha frente com aquele sorriso que é capaz de iluminar uma cidade inteira, “Você ouviu uma palavra do que eu disse?” Ela pergunta e eu olho para ela como se ela fosse louca, ela realmente esperava que eu ouvisse qualquer coisa que ela disse quando seu corpo estava tão perto do meu?

“Desculpe, estava perdido em pensamentos.”

“Eu pude ver isso.” Ela disse sorrindo para mim e eu apenas posso retribuir, “Será que você pode me dizer que pensamentos eram esses.” Ela diz passando a mão pela minha camisa como se estivesse tirando alguma sujeira que eu sei que não está lá.

“Tenho certeza que você sabe exatamente quais eram meus pensamentos.” Digo meio tímido e sei que meu rosto está um pouco corado com isso.

“Sim, eu tenho alguma ideia, mas vamos logo antes que você entre em problemas major.” Ela diz sorrindo e segura a minha mão antes de me puxar em direção a porta.

“Ainda é muito cedo para irmos ao laboratório.” Eu digo e ela vira para mim e rir.

“Você realmente não ouviu uma única palavra do que eu disse não foi?”

“Desculpe.” Eu digo simplesmente na falta de algo melhor para dizer.

“Eu queria que você fosse comigo ao parque aqui perto antes de irmos para o lab., para continuarmos a nossa conversa.” Ela diz suavemente e eu balanço a cabeça, mas antes de passamos pela porta eu puxo a minha mão livre da dela e ela me olha com espanto e eu apenas aponto um dedo para ela pedindo-a para esperar apenas um segundo, antes de eu voltar até a cozinha e pegar duas canecas para viagem cheias com café que eu preparei enquanto ela estava se arrumando, eu retorno e entrego uma a ela antes de tomar a sua mão novamente na minha e ela abre um enorme sorriso como se apenas tivesse ganhado o seu presente de natal.

“Eu tenho que dizer, você sabe como chegar no coração de um a garota major.” Ela diz inalando o perfume de sua bebida, antes de tomar um gole.

“Um cara faz o que pode.” Eu digo sorrindo e ela retorna, então eu aperto o botão do elevador e nossas mãos só se separam quando outros moradores entram alguns andares abaixo. Saímos do seu prédio e eu espero por ela para conduzir o nosso caminho o qual fazemos em silêncio, mas não é um silêncio constrangedor nem nada, é um tipo bom de silêncio, como se apenas a lembrança de que o outro estava lá bastasse, chegamos ao nosso destino e sentamos em um banco e olhamos para frente por um tempo, o parque está tranquilo, algumas poucas pessoas fazendo a sua corrida matinal e outras correndo para não se atrasarem para o trabalho, apenas um dia normal na maior cidade do mundo.

“Então você acredita que os fuzileiros mortos não são escolhidos ao acaso ou que isso seria um crime de ódio a corporação de uma forma geral.” Ela me pergunta olhando diretamente para mim.

“Acredito que isso está sendo feita de uma forma que leve a esse pensamento, mas tenho certeza que é pontual e é direcionado apenas para minha equipe, estamos muito perto que conseguir as provas que precisamos para acabar com uma organização que vem financiando ataques terroristas e conflitos cada vez mais sangrentos ao redor do mundo, uma organização que tem lucrado muito com as mortes de muitos civis e militares, acho que essa é a forma deles tentarem me coagir.” Eu digo olhando para frente antes de tomar um gole do meu café. “E eu irei pegá-los Stella, não irei mais perder nenhum membro da minha equipe, eu não posso perder mais ninguém.” Digo totalmente sério enquanto a imagem de Meg surge na minha mente e eu sei que nunca irei me perdoar se eu deixar algo acontecer a ela. Olho para Stella que está me olhando de forma desconfiada.

“Alguém especial em mente?” Ela pergunta com algum receio.

“Toda a minha equipe é especial e importante para mim Stella, assim como eu imagino que seja a sua para você.” Respondo não querendo contar muito da minha vida para ela ainda, e ela acena lentamente, indicando que ela sabe que eu não estou contando tudo.

“E Ivanov é o chefe dessa organização?” Ela pergunta voltando ao assunto inicial.

“Estou atrás dele por alguns anos agora, já conseguimos desarticular alguns dos seus núcleos menores, os que são usados como fachadas, mas não temos nada concreto para possa nos ligar a ele, ele é um homem muito inteligente, sabe muito bem camuflar e esconder seus rastros, mas eu vou pegá-lo, ele tem que errar eventualmente e eu estarei lá para prendê-lo. Ele é um sociopata Stella, por isso me preocupo com essa aproximação que ele quer ter com você, ele despreza as obrigações sociais e não tem nenhuma consideração com os sentimentos dos outros, ele tem um egocentrismo exageradamente patológico e...”

“Suas emoções são superficiais, teatrais e falsas, tem um pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, baixo limiar para descarga de agressão, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento. São pessoas geralmente cínicas, incapazes de manter uma relação leal e duradoura, manipuladoras, e incapazes de amar. Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolorosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e, decididamente, nunca são capazes de se corrigirem.” Ela termina com um pequeno tremor na voz e limpa uma lágrima antes que ela realmente caia e eu me xingo mentalmente por ser tão sem tato com esse assunto. “Acredite eu sei como eles são. Você poderia dizer que eu tenho uma certa experiência com o tipo.” Ela diz com uma risada amarga, e sinto meu coração quebrar quando a vejo tentar se manter forte na minha frente. “Eles são altamente sedutores e conseguem envolver e cegar as pessoas que estão por perto, Frankie era assim.” Ela diz sem olhar para mim.

“Stella me desculpe, eu deveria ter dito isso de outra forma ou não ter dito nada.” Eu digo e ela me olha antes de tocar no meu rosto e me dar um sorriso triste.

“Não é sua culpa se eu tenho um dedo podre Mac.” Ela diz rindo tristemente, mas eu não acho graça principalmente quando vejo a dor e medo em seus olhos. “Ele era tão sedutor e educado no começo e tão envolvente que eu não vi os sinais, e olhando agora friamente eu me pergunto como pude ser tão cega, porque eles estavam lá piscando para mim e...”

“Você não pode e não deve se culpar por isso Stell e definitivamente você não tem que me contar sobre isso.” Eu digo para ela, mas sei que é um pedido egoísta como eu apenas não posso vê-la se machucar assim.

“Eu quero e acho que preciso também, pense nisso como uma troca de informações confidenciais, você me contou a sua e agora eu estou retribuindo, mas se você não quiser ouvir tudo bem eu...”

“Eu não quero te ver sofrendo, eu não quero que você se machuque mais do que você já tem, principalmente se for porque você acha que me deve algo.” Eu digo e sem perceber acaricio o seu rosto e ela fecha os olhos no meu toque.

“Mas eu quero te contar, mesmo com medo que você irá pensar menos de mim quando eu terminar.”

“Isso nunca será possível, nada que você diga ou faça pode mudar a ideia de mulher forte e incrível que eu tenho de você.” Eu digo e ela sorri para mim. “Mas se você quer me contar, se é importante para você então é importante para mim e eu prometo que por mais doloroso que seja escutar eu irei.” Eu digo e vejo quando lágrimas se formam em seus olhos e pela primeira vez ela não tem medo de deixar sua guarda baixa e deixa as lágrimas rolarem pelo seu rosto e eu cuidadosamente enxugo uma por uma, até que ela se vira para frente e fica calada por um tempo, como se estivesse vendo um filme passar na sua frente, então ela começa a falar, mas é como se ela estive em transe.

“Nos conhecemos em uma exposição de artes, ele era o artista da noite e era muito bom realmente, ele se apresentou e começamos a conversar, quando percebi só tínhamos nós dois na galeria e eu realmente tinha me divertido como não fazia a um tempo, trocamos telefones e saímos para jantar algumas vezes, ele sempre foi um cavalheiro nunca forçou nada e aos poucos eu deixei que meus muros fossem abaixando, e isso me cegou, me impediu de ver a verdade, de ver os sinais, ele me ligava várias vezes por dia e eu achava doce que ele se preocupasse, mas agora eu vejo que era uma forma dele me controlar, uma vez pedi sua ajuda em um caso e foi quando meu time o conheceu e como sempre ele foi muito charmoso, todos gostaram dele e isso me fez baixar definitivamente toda a minha guarda... Não que eu os culpe, claro que não, como eles poderiam ver algo se eu que estava dentro não era capaz de ver, discutimos uma vez quando estávamos juntos e eu fui chamada para uma cena, se eu estivesse alerta, definitivamente meu sensor iria disparar nesse momento, mas eu não estava então acreditei que ele apenas estava sentindo a minha falta, ele me pediu desculpas depois de forma encantadora e então me deu um presente, uma escultura que ele mesmo tinha feito e me explicou o que era, e eu pensei que tudo estava bem, nessa noite estava em casa sozinha e por curiosidade fui pesquisar sobre o que ele me contou e então percebi que era o meu sobrenome ao contrário e que havia um site e quando acessei ele... ele tinha nos filmado e postado lá, me senti tão suja, tão usada, tive asco de mim mesma.” Ela para por um tempo tentando controlar suas emoções e por mais que eu queira consolá-la sei que ela precisa colocar tudo para fora, então eu apenas espero pacientemente que ela continue. “Eu me afastei dele, não respondia seus telefonemas ou mensagens e pensei que ele tinha entendido que tudo havia acabado, mas eu não pensei nem por um momento que ele era um doente, que isso não se tratava de sentimentos, mas de controle, eu era a sua massa de modelar, eu era apenas um capricho dele, ele não se importava comigo ou com o que eu sentia, nunca se importou, mas eu me sentia segura porque ele não sabia onde eu morava ou assim eu pensava e um dia eu apenas cheguei em casa para encontrá-lo lá, bom você já pode imaginar que ele não aceitou bem a rejeição, ele me bateu, me amarrou e me arrastou até o banheiro onde me deixou e eu sabia que eu tinha que tentar sair de lá ou seria o meu fim, porque ele iria me matar, consegui me livrar das cordas, mas não sem ganhar algumas cicatrizes e tentei pegar a minha arma, mas ele foi mais rápido e quando ele a apontou para mim, pensei até que era meio poético aquilo, morrer pela minha própria arma, então ele não se lembrou de tirar a trava e foi a minha oportunidade, tomei a arma dele destravei e atirei e então lembro de acordar com o Don me chamando freneticamente e depois no hospital, onde um novo capítulo desse pesadelo começou, eu me vi como a vítima, fui tratada como eu devo ter tratado tantas mulheres antes, apenas como um caso, um número, uma estatística, fui mais uma vez invadida, mas tive sorte de ter meus amigos ao meu lado porque não sei se teria conseguido superar isso sem eles.” Ela termina e olha para suas mãos que estão um pouco tremulas e eu as seguro a fazendo olhar para mim.

“Claro que você teria superado isso, talvez levasse mais tempo, mas você iria eventualmente, você é uma mulher incrível Stella Bonasera, eu nunca conheci alguém como você antes.”

“Você não precisa mentir para me fazer sentir melhor Mac.”

“Não estou mentindo, você enfrentou o seu demônio e o venceu e não apenas naquele dia, mas todos os dias quando você não permite que isso, que ele vença você, quando você não permite que isso dite quem você é, porque você é mais do que isso, é mais do que ele ou o que ele fez para você, você é uma mulher fantástica Stella, quem me encanta e me fascina mais a cada segundo que passo ao seu lado.” Eu digo a ela e mais uma vez agindo por impulso o que parecer ser normal toda vez que estou com ela eu me aproximo lentamente dando a ela a oportunidade de se afastar se ela quiser, mas ela não faz e os nossos lábios se encontram suavemente, na verdade eles estão mal se tocando em tudo, mas é possível sentir toda a eletricidade que está passando por eles antes que finalmente meus dedos se perdem em seus cachos e eu estou passando a minha língua por seus lábios pedindo permissão para entrar o que ela me concede e nossas línguas se encontram não em uma luta por domínio, mas em uma dança que dançamos juntos, onde exploramos a boca um do outro, sinto o gosto forte de café e não seu se é meu café ou o seu café e isso me encanta porque é como se fosse nosso e ficamos assim perdidos nesse momento, entregue ao mesmo sentimento, e não percebemos que em algum ponto desse parque alguém está tirando fotos de nós dois juntos nos beijando.


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Notas finais do capítulo

Entao foi muito meloso, ou emocional? Desculpa ter relatado todo o calvario da Stell c Frankie, ja q todas devem ter visto isso na série, mas como nessa fic o Mac nao estava lá achei q ele tinha q ouvir isso da Stell e q ela tinha q contar isso p ele, p terminar de exorcizar esse fantasma do seu passado. Oq vcs acham q irá acontecer agora?
Gente eu estava revendo um filme q eu adoro com uma cena tao romantica q eu pensei q tenho q fazer algo parecido c isso nessa fic e essa cena nao sai da minha cabeça entao logo vcs verao provavelmente uma das cenas mas melosas q eu ja escrevi, nao se preocupem irei avisar quando chegar a hora é só p deixar vcs curiosas lol. bjsss e pf revisem.