Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 23
O legado dos Potters


Notas iniciais do capítulo

Então, como vão minhas leitoras.
Primeira postagem de 2014 e creio que seja a ultima antes que voltem minhas aulas.
Boa leitura a todas.



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Albus se sentiu sufocar e respirar com dificuldade. Ele se debatia na cama enquanto suas mãos prendiam-se forte nos lençóis e sua cabeça se movia frenética para os lados então finalmente se viu acordando. Seus olhos se abriram assustados e ele pode respirar em paz mesmo que pesadamente sendo que isto não podia esconder os batimentos acelerados de seu coração.

O garoto se encontrava sentado em sua cama sentindo sua cabeça latejar e suas mãos tremerem quando levou uma delas para o criado-mudo ao lado em busca da varinha. Albus ordenou num sussurro pelo feitiço que acendeu a ponta de sua varinha então iluminando ao seu redor de modo a se certificar de que seus amigos ainda estavam dormindo.

Ele levou as mãos ao cabelo antes de chutar o cobertor com o estandarte da sonserina para longe então pousando os pés no chão e se levantando. Andou até a escrivaninha de onde puxou uma das gavetas para conseguir um pedaço de pergaminho limpo então o depositando sobre os vários rascunhos de musicas ainda em fase de composição.

O barulho que causou fez com que Scorpius soltasse um resmungo e se revirasse no bolo de cobertores e lençóis que formava a sua cama. Albus se certificou de fazer menos barulho enquanto fechou a gaveta e depositou a varinha sobre a escrivaninha para que pudesse ter luz lhe iluminando o pergaminho. Ele então pegou a pena e molha-la no tinteiro começando a escrever.

Levou pouco tempo afinal o que tinha para dizer era simples pouco mais de quatro linhas talvez menos já se podia ser considerado o suficiente o resto poderia ser dito diretamente e não era recomendado de qualquer forma que fosse falado em uma carta.

Então terminado de escrever colocou novamente pena no tinteiro então abriu cuidadosamente a gaveta iluminando seu interior com a varinha então puxando dali um envelope onde anotou o remetente e o nome da pessoa a quem estava dirigida a carta. Dera uma breve lida no que escrevera antes de colocar o pergaminho no envelope e sela-lo com magia.

Então pegara seu roupão e o vestira por sobre o pijama depois de ter calçado seus chinelos. Albus sabia que o que estava para fazer ia contra as regras, mas simplesmente esperava que valesse apena afinal muitas pessoas tinham pesadelos só duvidava que eles fossem realidade como sabia que os dele certamente eram.

O garoto prendeu a varinha entre os dentes enquanto abria seu malão e o vasculhava em busca das coisas que iria precisar para sair do dormitório sem ser visto. Finalmente encontrou no fundo o que buscava, pegado com uma das mãos a capa da invisibilidade e na outra o mapa do maroto então fechando o malão.

Os olhos dele correram pelas camas procurando ver se havia acordado alguém sendo que os únicos sons que escutou eram os suspiros da respiração dos rapazes enquanto dormiam.

Então pegou a carta e se encaminhou até a porta do dormitório em silencio quando girara a maçaneta a abrindo levou um susto ao escutar uma voz atrás de si chamando por seu nome.

_ Albus – falou novamente a voz amaciada pelo sono fazendo que o rapaz se virasse para encarar Lorcan que havia se apoiado nos cotovelos e encarava o amigo com os olhos semicerrados – aonde você esta indo?

_ eu? – sussurrou Albus tentando pensar em uma desculpa por estar saindo de mansinho aquela hora do dormitório – pensei em ir a cozinha pegar alguma coisa para comer.

_ hum... – falou Lorcan era difícil compreender se aquilo significava que acreditava ou não no que havia sido dito tamanha era sua cara que se encontrava dopada pelo sono – não podia esperar pelo café da manhã? Logo amanhece e é maldade acordar os elfos domésticos só para fazer algo para você.

_ bem eu não vou acorda-los lhe garanto isto – disse Albus – e sobre esperar o café da manhã... Acho que isto não vai dar sabe? Estou com fome agora e não sei se posso voltar a dormir sentindo isto.

_ claro – falou Lorcan bocejando – quer que eu vá com você para lhe fazer companhia?

_ não se incomode – disse Albus – não quero que perca o sono por minha causa – ele olhou para os demais colegas de quarto - agora volte a dormir antes que acabemos acordando os outros.

_ tudo bem – disse Lorcan se ajeitando em sua cama e voltando as costas para Albus fazendo com que o moreno suspirasse de alivio e começasse a fechar a porta – boa noite.

_ boa noite – sussurrou Albus enquanto começava a puxar a porta para fecha-la.

_ Albus – falou Lorcan antes que ele a fechasse por completo.

_ diga – falou Albus tentando manter a voz um tom paciente.

_ me trás um pedaço de pudim da cozinha? – pediu Lorcan e o moreno sorriu levemente pelo pedido do amigo – já que você vai lá mesmo.

_ claro... Sem problemas – disse Albus agora pensando que realmente teria que passar na cozinha – agora será que posso ir?

_ e da próxima vez – bocejou Lorcan - coma mais no jantar para que você não sinta fome no meio da noite ou então traga comida para o dormitório só não deixe o Andy saber porque ele não acha isto muito higiênico.

Albus então esperou mais uns segundos pensando que o amigo tinha mais alguma coisa para dizer. Quando comprovou que era só isto fechou a porta, pegou a capa da invisibilidade para se cobrir feito isto tocou o mapa do maroto com a varinha e disse às palavras que revelaram o segredo.

Olhou para o mapa se certificando de que não havia ninguém no salão comunal para então iniciar sua descida pelas escadas rapidamente sem se preocupar se com isto a capa da invisibilidade oscilava conforme dava seus passos rápidos.

Tinha atravessado o salão comunal logo se vendo em frente a parede que começou a se mover para ele. Albus atravessou a passagem que se abriu então seguindo pelo caminho conhecido das masmorras que àquela hora da madruga se mostrava terrivelmente sinistro para alguém que não estivesse acostumado com passeios noturnos como aquele.

Demorou poucos minutos para que ele enfim chegasse ao corujal, sendo que a todo o momento seus olhos se desviavam para o mapa em busca de alguém que pudesse lhe surpreender ou atrapalhar seu caminho. Por sorte não teve problemas enfim terminando de subir as escadas abrindo a porta e a fechando atrás de si cuidadosamente então dando uma ultima olhada no mapa como garantia antes que enfim pudesse tirar a capa e se tornar visível novamente.

Albus se encaminhou pelo espaço da torre das corujas encarando o lugar vendo que eram poucas as aves que haviam se mantido ali. Eram vários poleiros vazios já que àquela hora a maioria das corujas havia saído em caça como era esperado de pássaros com hábitos noturnos. o rapaz seguiu para o espaço que sabia pertencer ao seu animal de estimação torcendo para que ele estivesse ali.

Foi por sorte que Edwin havia acabado de retornar de sua caçada e que terminava de comer o seu camundongo que tinha conseguido ao ver o dono ele deu alguns saltinhos para próximo da entrada de seu espaço que consistia de uma espécie de quadrado oco de madeira como de todas as outras corujas que lhe servia como uma espécie artificial de arvore.

Albus lhe estendera uma das mãos e lhe acariciara as penas fazendo com que ele fechasse os olhos e depois os abrisse quando o carinho terminasse. A coruja das neves então voltou a cabeça para o lado como quem perguntava: o que Albus estaria fazendo ali aquela hora?

_ tenho uma missão para você Edwin – disse Albus estendendo o braço e a coruja se colocara ali.

E com Edwin em seu antebraço, o rapaz caminhara até uma das janelas onde se sentara ali então pegara a carta mostrara para a coruja que batera as asas como quem comemora uma boa noticia e o moreno não pode conter um pequeno riso.

_ sim é uma entrega que tenho para você – falou Albus então a coruja inclinara a cabeça novamente como se estivesse fazendo uma nova questão ou estivesse simplesmente desconfiada – sei que não te dou tantas missões como esta quando estamos aqui na escola e que pode estar estranhando eu estar aqui a esta hora, é apenas que é uma coisa urgente entende? – Edwin batera as asas novamente – sabia que iria aceitar.

A coruja estendera a pata e o rapaz amarrara a carta ali feito isto fez um carinho novamente na coruja recebendo umas picadinhas em seus dedos certamente uma tentativa de retribuir o gesto do dono.

_ sei que vai ser uma longa viagem porque provavelmente ele já estará fora do país quando for recebê-la – disse Albus – Então tome cuidado porque você nunca fez uma viagem tão longa – novas picadinhas e um risinho curto do moreno – é eu sei que você consegue.

A coruja saltou do braço de Albus para a beirada da janela então de lá abriu as asas e alçou voo do corujal. O rapaz ficara alguns poucos segundos o encarando sendo fácil vê-lo por se tratar de um ponto branco na escuridão da noite e assim fez até que não mais pudesse vê-lo.

Ele desencostou e puxou a capa da invisibilidade a jogando sobre si para então se encaminhar até a porta do corujal saindo daquele lugar tendo sua mente longe ainda na carta que dera para ser entregue sendo que a partir daquele momento aguardaria pela resposta.

...

As portas de carvalho do salão principal foram abertas e os quatro sonserinos entraram encontrando o lugar quase vazio que não fosse por algumas poucas pessoas que ainda terminassem seus cafés da manhã antes de seguirem para a aula. Os rapazes conseguiram salvar o que sobrara para trás como algumas torradas e um pouco de chá com bolinhos sendo que nem ao menos se deram ao trabalho de sentar para comer devido ao horário.

_ dá próxima vez lembre-me de fazer os nossos ensaios mais cedo para que não percamos a hora novamente – disse Scorpius então mordendo uma maçã verde enquanto eles se encaminhavam para a sala de transfiguração.

_ ainda bem que é o Teddy que dará a primeira aula – falou Albus enquanto acompanhava os passos do melhor amigo então se interrompendo para que pudesse limpar a boca em um guardanapo - do contrario se fosse o nosso querido professor de defesa contra a arte das trevas, todos nos iriamos ouvir um monte de merdas e teríamos certamente perdido alguns pontos pelo atraso.

Eles finalmente chegaram na sala de aula que se encontrava com a porta aberta e puderam ver seu interior encontrando apenas os alunos sendo que não havia qualquer sinal de que o professor havia chegado. Os alunos conversavam entre si em rodinhas ou então se virando nas carteiras.

Alguns ainda jogavam snap explosivo enquanto outros aproveitavam a oportunidade para copiar lições de seus colegas que tinham se esquecido de fazer ou simplesmente no caso dos mais isolados liam um livro ou edições do Profeta Diário.

_ engraçado, o Teddy não costuma se atrasar – falou Albus atraindo o olhar dos amigos como se estivessem achando um absurdo ele dizer isto – algo de errado?

_ tem certeza de que estávamos falando do mesmo Teddy? – disse Scorpius se encostando contra a passagem da porta - Porque o que conheço tem um histórico de atrasos sabe?

_ nisto devo concordar com o Scorp – disse Lysander – por mais que goste do professor Lupin devemos concordar que ele não é muito eficiente no quesito pontualidade.

_ a mulher dele está gravida, vocês queriam o que? – disse Albus franzindo o cenho – que ele conseguisse por o acaso ignorar isto para que não o afetasse em sua vida profissional.

_ parece que alguém desceu pelo lado errado da vassoura hoje – disse Scorpius – qual é, nós não falamos por mal e você sabe muito bem disto.

_ sim, é que eu apenas não estou em um dia bom – falou Albus passando a mão nos cabelos – mas não iremos falar sobre isto agora esta bem? – ele suspirou e os outros concordaram - certo, bem... pelo menos o Teddy não tinha se atrasado nesta semana.

_ olá rapazes – disse Safira Carrow se aproximando deles sendo que ela possuia alguns livros e pedaços de pergaminhos em mãos – o professor não chegou ainda?

_ não ainda, mas acho que não irá demorar – disse Lysander para a colega de monitoria.

_ tudo bem, isto foi um alivio porque estava pensado que eu ia chegar atrasada e interromper a aula – confessou Safira então se voltando para Lysander – tenho que falar com você, mas eu entendo se não puder agora e estiver ocupado com seus amigos.

_ acho que não há problema algum afinal não estamos falando nada de importante mesmo – disse Lysander e a garota sorriu.

_ maravilha, quero dizer eu tinha pensado em te contar mais tarde só que não estava mais conseguindo me conter – disse Safira parecendo animada – Eu estava falando com o professor Slughorn agora pouco e ele me contou que seremos responsáveis pela decoração do salão principal dá para acreditar nisto?

_ é, realmente estou sem palavras – falou Lysander podia-se notar um pouco de desanimo em sua voz – todo o salão principal, nós seremos responsáveis por decorar aquele lugar e vai ser do tipo sem a ajuda de ninguém?

_ oh, claro que não isto é loucura acho que teremos alguns alunos ajudando ou mesmo que não tenhamos nós dois somos bruxos e a magia pode resolver este problema – disse Safira - até porque estava pensando em falar com alguns elfos domésticos para que nos ajudem com isto.

_ certo então já que acha que podemos fazer isto para mim sem problemas – disse Lysander sorrindo forçadamente.

_ vai ser fácil, se você quer saber já tenho até algumas ideias para como penso que poderia ficar o salão – disse Safira mostrando os livros que possuía nos braços – algumas imagens destes aqui.

_ são muitos livros – notou Lysander ao perceber que deveriam ser muito pesados para a garota conseguir mantê-los muito tempo - você não quer ajuda?

_ se você não se importar – disse Safira então o monitor tirara metade dos livros – sabe... Eu estive olhando alguns e eles poderão nos ajudar é claro que será muito trabalho sendo que sem duvida não iremos terminar em um dia, mas com toda a certeza irá sair.

_ e quando vamos começar? – perguntou Lysander.

_ estava pensando em amanhã já que é sexta-feira e o ministro chegara no inicio próxima semana – disse Safira – mas podemos nos encontrar no salão comunal para planejarmos antes?

_ como quiser e achar melhor – falou Lysander – acho que vou ficar com estes livros para já ir me habituando com o que teremos que fazer.

_ você é um amor mesmo – sorriu Safira olhando para o interior da sala – agora tenho que ir por que acho que minha irmã não deve estar muito feliz por me ver falando com você por tanto tempo.

_ ela devia aceitar que você pode ter amigos que prestam – disse Scorpius fazendo Lysander lhe olhar repreendedor – ah, vai me dizer que por acaso você gosta dos idiotas que ela e a irmã andam? Mesmo a Safira tem que admitir isto.

_ ele tem razão – disse Safira rindo levemente – mas não tenho muito o que fazer porque se comigo por perto ela já não é uma das pessoas mais agradáveis imagina se eu por acaso abandona-la?

_ até mais Safira – falou Lysander que virara as costas se despedindo deles e então entrou na sala de aula sendo que foi inevitável que por alguns segundos os olhares dos quatro ficassem nela enquanto caminhava.

_ faz sentido o que ela disse sobre não abandonar a irmã – falou Lorcan – nunca devemos virar as costas para a família mesmo independente do que façam.

_ não concordo tanto com isto – disse Scorpius – algumas pessoas estão muito perdidas para que não possam ser recuperadas – então se voltara para o monitor que guardava os livros na mochila.

_ por que esta me olhando? – perguntou Lysander agachado enquanto guardava os livros sendo que entre eles acabou encontrando um exemplar do Profeta Diário perdido e o deixara de fora antes de fechar o zíper.

_ é que esta conversa que teve com sua parceira de monitoria me faz lembrar que deveria ser logo direto com a garota e dizer que não estar interessado – falou Scorpius diretamente.

_ ela não esta afim de mim – afirmou Lysander – somos apenas amigos.

_ mesmo assim deveria deixar claro para ela o que sente é apenas amizade – disse Albus - porque devo dizer que a garota parece não estar levando desta maneira.

_ por que não aproveita e segue seu próprio conselho – disse Lysander azedo saindo de perto dos amigos para evitar uma discussão mais uma vez para aquele assunto mesmo que soubesse que talvez eles tivessem razão.

_ o que você quer dizer? – questionou Albus.

_ talvez que já esteja na hora de você parar de se fazer de bobo e encarar a realidade também – disse Lysander que ajeitava a alça da mochila nas costas e se virava caminhando para longe da sala enquanto abria brutamente o Profeta Diário.

_ eu vou atrás dele – disse Lorcan ao ver o irmão virar no corredor então antes que o gêmeo pudesse seguir o moreno ao seu lado lhe impediu.

_ todos nós iremos – afirmou Albus e o loiro assentiu então seguindo em frente sendo acompanhado dos amigos.

Lysander fora encontrado encostado contra um dos corrimões do corredor das escadas moveis quando notou os amigos se aproximando apesar disto não desviara o olhar das paginas do jornal aberto. Os rapazes pararam ao seu lado esperando que ele lhes dissesse algo sendo que ficaram por alguns segundos em silencio até que o monitor os olhasse.

_ pessoal – disse Lysander enquanto acertava os óculos no nariz para então encará-los – vocês precisam... – mas foi interrompido antes que continuasse.

_ não, queremos nos desculpar por pegarmos em seu pé com esta brincadeira sem graça da Safira estar afim de você – falou Scorpius – devia entender que você não tem muito senso de humor para este tipo de coisa.

_ calem a boca e olhem isto aqui – ordenou Lysander estendendo para eles o jornal que foi pego por Albus e os outros dois olharam sobre seus ombros para saber do que se tratava.

Estampado ali havia uma matéria que incluía uma foto da marca negra tirada a distancia e o titulo dizia: “Marca negra aparece no céu e é avistada por trouxas” para então passar o subtítulo rodando em que podia se ler “será a ação de bruxos das trevas ou uma simples brincadeira de alguém que quer aparecer?”.

“Na noite de ontem, dia 1 de outubro foi avisado nos céus do litoral Tinworth, Cornwall o que seria dito por ser a Marca Negra. Todos os bruxos se lembram de que tal marca servia como sinal para os crimes cometidos durante o período em que os tido comensais da morte cometiam seus crimes e de que este símbolo geralmente significava o assassinato de vitimas sendo que tivemos o retorno disto visto no que foi tratado por um ataque liderado por Rodolphus Lestrange no que todos podem lembrar ocorrido naquela noite que ficara conhecida como um dos maiores massacres europeus cujo impacto ainda é sentido com dor pelas pessoas.

Na época foi dito que seria apenas uma ação desesperada de um homem insano que custou milhões de vidas e que teria sido resolvido com sua captura e de outros aliados. Enquanto os que ficaram a solta encontrariam seu fim no mais ou menos tardar dia já que foi assegurado que seria uma das prioridades do escritório de aurores do ministério da magia, segundo as próprias palavras do próprio chefe do aurores o Sr. Harry Potter que como todos temos conhecimento além de um grande profissional tem um grande passado por sua constante luta contra as trevas, mas será que uma lenda como esta estaria preparada para lidar com o que estar por vir?

Até agora tivemos nenhum resultado em vista que ao que tudo indicava aqueles que haviam conseguido escapar da captura ou da morte naquela noite na Bulgária, tinham sumido aos olhos dos aurores até esta ultima noite de ontem, talvez uma esperança surja?

Talvez nossos tão amados e idolatrados aurores consigam em fim valer todo o carinho assim como a confiança que depositamos neles para que possam capturar aqueles que destruíram famílias e devastaram vidas dando descanso ao sentimento de injustiça que há no coração daqueles que perderam algum ente querido. Uma incerteza dolorosa esta que nos atinge.

Infelizmente para mim, um humilde repórter apenas resta esperar para que este fato não seja ignorado como tantos outros vêm sendo afinal o que fazem aqueles que deviam nos proteger que não agem como deviam? Onde esta o tão adorado ministro da magia que não atua de maneira a honrar seu antecessor que foi morto de maneira tão trágica?

Muitos moradores trouxas da proximidade avistaram a marca negra assim como alguns bruxos da região. Acreditamos que isto se deva a uma investigação mais plausível decorrente de que mesmo que não tenha sido confirmada alguma morte ainda ou mesmo que não tenha ocorrido basta levar em consideração outros fatores que poderiam ter vindo a causar a aparição dela. Desaparecimentos de pessoas podem vir a ser noticiados nos próximos dias na região tanto de bruxos ou não. Na melhor das hipóteses seria apenas um bruxo que por razões desconhecidas invocara o feitiço ou mesmo uma ameaça (talvez aviso) de que o mal ainda está à solta.”

Um silêncio devastador ficou entre os quatro após ler aquela noticia enquanto ainda olhavam para a imagem do jornal que retratava a tão famigerada marca que pairava distante no céu noturno e se movia em tons verde esmeralda que refletia nos olhos de Albus. O moreno suspirou e dobrou o jornal o entregando ao gêmeo a sua frente que o aceitou parecendo manter o olhar firme nele como se estivesse esperando do amigo alguma palavra que fosse sobre aquela matéria.

_ acha que isto é verdade? – questionou Lorcan – porque se for... - ele foi interrompido antes que pudesse continuar.

_ existem problemas fora de Hogwarts que desconhecemos – disse Albus – o que acontece fora deste castelo realmente é preocupante porque se não nos afetou ainda não quer dizer que não o fará no futuro.

_ sim – disse Lorcan – e o que faremos a respeito disto? – seus amigos se entre olharam antes de retornar a encara-lo – não me olhem assim como se eu tivesse dito algo que não estivessem pensando.

_ deveríamos fazer uma coisa? – disse Scorpius suspirando - Olhe para nós e veja no que podemos ajudar sendo que estamos aqui dentro em segurança e nem um pouco envolvidos nisto tudo.

_ nem um pouco envolvidos? – falou Lorcan confuso – não pode estar falando sério, ora vamos... Por favor, vocês devem suspeitar porque eles estavam naquela região não é mesmo?

_ o Chalé das Conchas – afirmou Albus – pode ter ocorrido alguma coisa com meus tios só que no jornal não falou nada sobre as vitimas talvez tenha sido apenas uma tentativa frustrada – suas palavras podiam ser positivas só que dava para ver a preocupação em seu tom de voz.

_ devemos ir para a sala – disse Scorpius – talvez após a aula possamos saber mais sobre isto do Teddy se ele quiser nos contar – o rapaz ajeitou a mochila nas costas e se voltou de costas rumo a sala.

Os outros começaram o seguir então percebendo que Lysander havia ficado para trás e se voltaram para encara-lo podendo vê-lo encarar o jornal antes de guarda-lo novamente nas vestes então percebendo o olhar dos amigos sobre si.

_você vem? – perguntou Lorcan ao irmão o fazendo sorrir levemente.

_ e para onde iria? – disse Lysander se aproximando deles - Também tenho que assistir a aula se lembra?

_ então isto significa que aceita nosso pedido de desculpa? – disse Scorpius erguendo a sobrancelha.

_ pode-se dizer que sim apesar de que não concordo com uma coisa que foi dita – falou Lysander acertando os óculos no nariz.

_ oh, sim e o que seria? – ironizou Scorpius – seria por acaso sobre dizermos que sua amiga esta afim de você? – riu levemente daquilo então percebendo que nenhum dos outros fazia o mesmo seu riso morreu - Porque não é assim que você vê as coisas não é?

_ na verdade vocês estão corretos sobre isto – disse Lysander – talvez, só digamos que podemos considerar que possa ser verdade o que eu deveria fazer?

_ seja sincero com ela – disse Lorcan com simplicidade.

_ ótimo Lorcan, realmente é um excelente conselho – falou Lysander sarcástico – a questão é: eu não quero magoa-la ou perder sua amizade que conquistei e valorizo muito.

_ então tente ser simples e sincero que duvido que possa magoa-la – disse Lorcan – se a amizade é verdadeira antes de tudo ela será preservada e nenhum dos dois vai sair ferido.

_ ele está certo – concordou Albus se voltando para o monitor – pelo bem da minha irmã antes que alguma coisa possa vir a acontecer.

_ eu nunca faria nada que pudesse magoar sua irmã – falou Lysander incomodado afinal o seu amigo parecia ainda achar que ele poderia fazer algo contra Lily – como pode pensar uma coisa destas de mim?

_ não estou pensando nada apenas que poderia acontecer e não precisa necessariamente partir de você – respondeu Albus – afinal não precisa ser o homem quem parte para a ação.

_ certo antes que voltemos a discutir por conta das amizades femininas uns dos outros que tal pararmos com isto sim? – propôs Scorpius colocando os braços ao redor dos ombros dos amigos – agora qual é a parte que você não concorda nas nossas desculpas para você? – falou se voltando para Lysander a sua esquerda.

_ é sobre o que você falou sobre a parte do senso de humor porque irei ignorar isto que foi meio que dizer que eu não sou uma pessoa engraçada – disse Lysander.

_ e não é mesmo – sorriu Scorpius antes dos amigos se aproximarem da sala de aula que se mantinha com a porta aberta só que desta vez o professor estava presente.

_ ora vejam quem temos aqui – falou Teddy sorridente aos quatro alunos enquanto sentado na borda de sua mesa – estão atrasados mais do que eu hoje e devo dizer rapazes que isto é um grande feito – os demais alunos riram.

_ sentimos muito pelo atraso – disse Albus – será que poderíamos entrar e assistir ainda a aula professor? – ele se lembrara de não tratar Teddy pelo nome como geralmente fazia já que desta vez todos estavam com a atenção nele e nos amigos.

_ vamos entrem e peguem seus lugares antes que alguém veja que eu deixei – avisou Teddy e os quatro seguiram para as carteiras vagas que lhes pertenciam – como ia dizendo o motivo de ter feito vocês perderem quase vinte minutos de aula se deve a um fato que espero que compreendam afinal não é todo o dia que o professor de vocês se torna pai.

Os alunos da turma compreenderam e logo muitas pessoas começaram a desejar parabéns e puxaram uma salva de palmas e gritos animados afinal era uma ótima noticia. Albus compreendeu o que havia acontecido e sorriu com a noticia de seu mais novo primo havia enfim nascido e naquele momento era um dos mais eufóricos em aplaudir aquilo que havia sido dito.

O moreno estava feliz por Teddy e Victoire sendo que na visita que fariam a Hogsmeade no final do mês agora tinha uma das paradas como sendo na casa da prima e de seu marido para que pudesse conhecer o bebê.

Teddy radiante agradeceu aos seus alunos e puxou das vestes a primeira fotografia do recém-nascido e começara a mostrar entre seus alunos para que o vissem. Albus pode reparar que o garotinho era metamorfomago como o pai tendo como ele em sua idade a incapacidade de controlar seu dom.

Acabado os últimos alunos vendo a fotografia foi que finalmente Teddy iniciou sua aula retomando sua lição sobre desaparição com os alunos de já haviam passado do nível de camundongos a muito tempo e agora experimentavam em coelhos depois de terem passados por outros animais como corvos e sapos.

Segundo dizia o professor em seus momentos de animo que ele esperava que no final do trimestre os alunos estivessem conseguindo fazer desaparecer a si mesmos é claro que deviam tentar isto em sala de aula porque do contrario seria não muito recomendado caso não fizessem corretamente.

O professor de transfiguração andava pela sala instruindo os alunos e os ajudando em suas duvidas ou corrigindo pequenos erros que cometiam. Albus pode perceber a alguns centímetros de distancia na mesa vizinha o tom um pouco incomodado de um de seus amigos que não gostava da visão daqueles animais enjaulados.

_ eles parecem bem tristes não acha? – disse Lorcan deitando em sua mesa encarando o coelho que movia o narizinho como se estivesse farejando o dedo que o bruxo erguera para toca-lo.

_ não pense em solta-los – falou Lysander efetivamente já imaginando as atitudes que o irmão poderia tomar enquanto se voltava para os amigos – querem alguma ajuda? – isto era porque ele conseguira deixar seu coelho transparente como era de se esperar no resultado.

_ estamos bem – respondeu Albus ao lado de Alice que nem ao menos haviam começado ainda por terem prestado atenção nas explicações do professor.

_ nós nos viramos – falou Scorpius sentado atrás dos gêmeos com a prima.

Albus se voltou para olhar o melhor amigo que parecia concentrado no que fazia e acabou por encontrar com o par de olhos de Dakota o olhando, mesmo que disfarçadamente já que a garota fazia carinho no seu coelho que havia recebido para tentar acalma-lo antes de começar o processo de encantamento.

Então notou o rapaz e sorriu para ele fazendo-o ficar desconcertado e desviar os olhos para sua própria gaiola fazendo de conta que não havia percebido aquilo. Alice, no entanto percebera e franzira o cenho tentando manter-se focada no que tinha de fazer.

Só que aquilo era difícil já que há tempos escutava as pessoas comentando sobre a estranha aproximação da sonserina para com seu namorado, a monitora mesmo tivera de tolerar piadinhas de pessoas para ela e isto a irritava só que até que pudesse perceber algo mais claramente não poderia ter certeza afinal poderia estar vendo coisas onde não existiam.

Albus olhou para a namorada podendo notar que ela estava calada demais o que era estranho como se houvesse alguma coisa errada e ele não tivesse notado ainda então tocara a mão dela chamando sua atenção.

_ você esta bem? – falou Albus num tom de voz baixo para não atrapalhar os alunos – aconteceu algo que queira me contar?

_ não – falou Alice sorrindo levemente – por que pergunta isto?

_ esta muito calada – respondeu Albus.

_ estamos no meio de um feitiço complicado Al – falou Alice – a maioria das pessoas esta em silencio agora.

Ele assentiu então voltando e começando a lançar os feitiços o que era complicado quando o coelho parecia ser hiperativo dentro do pequeno espaço da gaiola. Então se voltou para a namorada e viu que ela conseguira começar a fazer o seu desaparecer.

_ como você fez o seu parar quieto? – questionou Albus e a morena lhe olhou então estendendo o que pareciam ser pedaços de algumas folhas ásperas para o seu animal que sem cabeça começara a dar dentadinhas e comer a verdura.

_ toma – disse Alice entregando um pedaço de alface para o rapaz que pegou-o agradecendo em seguida – tinha ali do lado das gaiolas para que pudéssemos usar neles.

_ eu não tinha visto – respondeu Albus então dando batidinhas na gaiola e acenando com a alface para o coelho – obrigado.

_ onde estavam? – sussurrou Alice a pergunta que estava querendo fazer desde que eles haviam chegado à sala.

_ eu e os rapazes estávamos discutindo sobre uma das matérias que saiu no Profeta Diário – respondeu Albus enquanto tentava impedir o seu coelho de roer a sua varinha a tirando de perto das grades.

_ você viu também? – perguntou Alice mesmo já sabendo a resposta.

_ acho que grande parte dos alunos viu – falou Albus – o estranho é que ninguém parece preocupado com o que aconteceu.

_ a maioria deles pensa que é apenas alguém que fez isto para se exibir ou meter medo em trouxas e bruxos – informou Alice fazendo o namorado lhe encarar com a sobrancelha erguida – é eu também fiquei assim quando ouvi ao que parece as pessoas não estão dando muita importância para isto.

_ mas como podem? – questionou Albus - A marca negra foi visualizada da ultima vez em Julho e não foi lá o melhor dos momentos.

_ também não sei lhe dizer – disse Alice - só que são poucos os que realmente ficaram abalados com isto talvez porque desta vez não tenha tido vitimas e eles acreditem ser então falso.

_ que tal menos papo e mais pratica em transfiguração – falou Teddy se metendo entre os dois fazendo-os que o encarassem sem graças – pode ser?

_ desculpe – murmurou Alice e Albus.

_ tudo bem pessoal, só tentem se concentrar e deixem a conversa para mais tarde porque o que estou ensinando é bem importante – disse Teddy dando tapinhas no ombro de Albus antes de prosseguir pela sala de aula.

A aula ia bem até o seu final quando os alunos guardavam seus pertences e se preparavam ara deixar a sala quando todos foram surpreendidos por algo que fez com que curiosamente todas as gaiolas se abrissem.

Os alunos se apressaram para sair da sala enquanto deixavam para trás um professor desesperado e a turma que começava a entrar e via aquela cena sendo que muitos se voluntariam para pegar os coelhos a pedido do professor. Aquilo era um pouco difícil já que alguns já estavam praticamente invisíveis sendo poucos os realmente que haviam dado errado.

Albus bem que se oferecera para ajudar só que o professor não quis que o fizesse e lhe falou para que se apressasse para que não fosse se atrasar para a próxima aula. O moreno acompanhou a namorada até uma das passagens que levava as masmorras então se despedindo dela que fora para ter aula de feitiços enquanto ele desceu para a sala de poções.

Albus chegara tomando seu lugar ao lado de sua parceira enquanto via que o professor já iniciara seu trajeto para fiscalizar as poções. Aquele era o dia em que todos iriam entregar os resultados finais da poção polissuco então as duplas se encontravam em silencio enquanto o professor avaliava a consistência e aparência de cada um e marcava em uma prancheta.

Quando terminado esta etapa pediu que para que fosse dado o teste final que consistia em experimentar a poção com o copo em que bebiam contento o fio de cabelo do outro integrante da dupla.

_ lembre-se – alertou Slughorn – meio copo da polissuco garante trinta minutos de duração o que significa que antes de nossa aula acabar todos já terão retornado ao normal.

O moreno então bebera a poção e sentira a sensação conhecida de antes com a pele borbulhando e se movendo ficando mais lisa conforme seus braços e mãos iam afinando de um modo mais delicado e tomando traços femininos. Logo sentiu o cabelo se alongando e então finalmente se encarou num dos vidros do armário de poções em vez de seu reflexo o que pertencia a Dakota Greengrass o encarando de volta mesmo que esta estivesse em seu lugar e usando suas roupas.

_ impressionante não acha? – disse Dakota chamando atenção do garoto para ela que já se encontrava sobre os efeitos da polissuco – o resultado foi perfeito ainda bem porque eu estava vendo sobre casos em que esta poção deu errado e não foi uma visão muito agradável.

A voz que saia era a da garota, mas a aparência era de Albus o que verdadeiramente era fantástico e realmente o resultado esperado aquela poção. Sendo que a única coisa que realmente fizera o rapaz se sentir um pouco incomodado foi com perceber que as roupas femininas de Hogwarts pareciam não fazer tanta diferença quanto às masculinas que Albus usava apesar de que poderia ser apenas impressão sua.

Albus olhou ao redor e comprovou que todos já haviam ingerido a polissuco apesar de que alguns ainda estavam se transformando talvez por fazer pouco tempo que haviam bebido a poção. Naquele momento o moreno certamente quis poder desviar o olhar porque não era uma visão das mais agradáveis como ver Scorpius ganhar o peso de seu parceiro de poções ao ponto de ficar sufocado em suas vestes ou coisas parecidas como Zabini ganhando os cabelos ruivos e volumosos de Rose e a garota por sua vez adquirindo a altura do rapaz até finalmente a transformação estar completa.

Mais uma vez o professor passou avaliando e anotando os resultados das transformações que em todos os casos estavam perfeitas. Por fim pediu aos alunos que deixassem uma amostra etiquetada com o nome da dupla em sua mesa e em seguida iniciassem uma redação contento as explicações de como fora o processo de criação e as dificuldades que encontraram.

A redação levara o restante da aula e fora em dupla, o que resultou em colaboração de equipe com um dos membros escrevendo enquanto o outro dava ideias e apontava pontos. Os efeitos da poção vieram e se foram embora em trinta minutos o suficiente para que algumas piadinhas fossem feitas entre amigos zoando um ao outro como era esperado.

O pergaminho foi enrolado e deixado sobre a mesa ao toque do sinal que indicava o termino da aula em que os alunos foram liberados e os sonserinos seguiram para a aula de herbologia.

Eles se encaminharam para o lado de fora do castelo em direção às estufas. O dia se encontrava nublado e com a grama úmida abaixo de seus pés enquanto caminhavam.

Albus e os colegas se encaminharam para a estufa três encontrando pelo caminho a turma de terceiranistas da grifinoria e lufa-lufa que retornava da aula como era de costume. Os rapazes cumprimentaram Chloe e Augusta antes de entrarem enfim pela porta da estufa e tomarem seus lugares na bancada.

A atenção de todos se voltou para o professor Longbottom que começou a explicar sobre as plantas com as quais eles lidariam durante aquela aula e os cuidados que precisariam ter.

Quando alguém surgiu na porta da estufa e todos desviaram o olhar para encarar o zelador da escola que estava com o seu gato no colo e uma expressão de desagrado no rosto a se ver encarado por todos aqueles adolescentes.

_ a diretora pediu que o aluno Potter fosse acompanhado até a sala dela – falou Filch e o olhar de todos se voltou para Albus que parecia confuso mas que mesmo assim ficara em pé.

_ oh, sim... – disse Neville – você pode ir Albus não se preocupe com a matéria caso não volte a tempo ficara como tarefa para você.

_ obrigado professor – falou Albus enquanto se dirigia para fora da estufa ainda tirando as luvas de couro de dragão das mãos.

Albus seguira o zelador apesar de se sentir incomodado pelo passo manco de Filch ser deveras vagaroso certamente a idade dele já denunciasse que estava em véspera de se aposentar. Eles seguiram em silencio pelos corredores até finalmente chegarem ao corredor da diretoria enfrente a gárgula que guardava a entrada.

_ Vera Verto – disse Filch o que Albus julgou ser a senha.

O rapaz teve que se conter frente a face carrancuda do zelador ao dizer aquelas palavras que se tratavam de um feitiço de transfiguração de nível de segundo ano afinal devia ser meio humilhante ter conhecimento disto e não poder realiza-lo como era o caso de Filch.

A gárgula começou a se mover sendo que Sir. Norris que continuava nos braços de seu dono acabara por se debater e acabara por escapar por conta do susto que levara com aquilo. Uma escada em caracol começara a surgir do chão até finalmente parar e Albus se aproximou começando então a subir os degraus até chegar a sala da diretora.

Dera umas batidas singelas na porta esperando que alguém lhe desse a permissão para entrar quando não obtivera resposta chamou pela diretora sendo que desta vez escutara uma voz partir de por trás da porta só que não era exatamente a que esperava ouvir.

_ pode entrar – soou uma voz masculina conhecida então a porta se abriu revelando o interior da sala.

Continuava a mesma da ultima vez que estivera ali a única coisa nova eram os rostos das pessoas que se encontravam ali. Seu pai se levantara da poltrona onde estava sentado para recebê-lo e Lily olhara pelo lado do encosto da sua para poder ver o irmão.

_ estávamos esperando por você filho – disse Harry quando viu o filho meio confuso e hesitante andando em direção do pai – por que não se senta? O que temos para conversar é algo que realmente não é muito fácil.

Albus tomara uma poltrona ao lado da que estava a irmã então percebendo a presença de outras pessoas dentro da sala no caso seus tios Hermione e Ron. Os dois notaram o olhar do moreno e o cumprimentaram silenciosamente antes que ele voltasse seu olhar para Harry, o casal se encontrava um pouco afastados de onde os sobrinhos e o amigo estavam.

_ do que se trata? – questionou Albus enquanto se sentava em seu lugar - É sobre a marca negra que apareceu próximo do Chalé das Conchas?

_ como teve conhecimento disto? – perguntou Harry.

_ pelo Profeta Diário – disse Albus - então é sobre isto mesmo?

_ sim é sobre isto que temos a falar – suspirou Harry – achamos que ficariam sabendo e nada mais justo que fosse algum de nós a contar do que qualquer outra pessoa.

_ ao que esta se referindo pai? – perguntou Lily.

Harry então contou sobre o a reunião da Ordem da Fênix que terminara em um ataque que ocorrera na noite passada na praia do Chalé das Conchas. Não escondera sobre o cerco que os comensais da morte haviam feito a mãe deles que acabara por resultar em toda aquela confusão e sobre como sua esposa acabara sendo ferida e que agora se recuperava em casa sobre os cuidados do elfo domestico.

Lily perguntara por James e o pai lhe informara que ele estava bem sendo que já tinha partido para a academia de aurores naquela manhã. Contou que o filho mais velho fora ótimo em seu duelo contra os comensais da morte e que acabara por capturar um que mais tarde acabou por morrer (não especificando mais detalhes além deste).

_ agora Lily será que poderia sair? – pediu Harry – eu gostaria de ter uma conversa a sós com seu irmão – a ruiva se levantou deu um olhar para Albus como se perguntasse se ele sabia alguma coisa do que ia ser falado o que rapaz respondeu com um aceno de cabeça negativo.

Ela não perguntou nada ao pai ou questionou sua decisão porque percebeu que se tratava de algo importante e serio que mesmo para ela não deveria ser de seu conhecimento. O rapaz acompanhou com o olhar enquanto via a irmã saindo da sala e a porta se fechando atrás dela para então se voltar para o pai sentado a sua frente.

_ deve estar se perguntando por que eu estou aqui não é? – disse Harry – sabe não é simplesmente para falar algo sobre um ataque de comensais da morte mesmo que isto seja importante o que temos para tratar agora significa algo que vai realmente afetar a todos nós.

_ do que se refere pai? – perguntou Albus se ajeitando na poltrona.

_ o motivo que fez com que este ataque correria e o que esta por vir caso não tomemos atitudes – falou Harry – e esta com você algo que é a chave para isto tudo.

_ não consigo compreender – disse Albus.

_ é achei que não fosse ser tão fácil – suspirou Harry que se curvou para frente e apoiou os braços nos joelhos - nestes últimos anos este rapaz que vocês dizem ser o líder dos comensais da morte tem procurado reunir todas as três relíquias da morte.

_ e ele já tem dois – apontou Albus – a varinha das varinhas e a pedra da ressurreição – desviou o olhar tentando disfarçar o pensamento que lhe ocorrera que era a compreensão de tudo - isto significa que ele busca a ultima relíquia que é a capa da invisibilidade.

_ talvez você não saiba filho, mas a capa da invisibilidade da nossa família é... – dizia Harry até ser interrompido.

_ é a mesma do conto – disse Albus.

_ a capa da invisibilidade deve ficar segura – disse Harry sentado de frente para o filho do meio – eu sei que o seu irmão a passou para você.

_ está dizendo que eu não saberei cuidar dela direito? – perguntou Albus.

_ não, estou dizendo que para sua segurança deve deixá-la comigo – falou Harry - eu irei guardá-la até que tudo isso passe e você fique novamente em segurança.

_ como você sabe que a capa é a mesma do conto? – questionou Ron - Que me lembre de Harry nunca contou a nenhum de vocês sobre isto.

_ eu sei desde que a ganhei do James porque ele me contou tudo que sabia sobre o passado de nossa família de uma conversa que ele escutou algum tempo atrás – contou Albus.

_ então sabe o que devemos fazer com ela – disse Harry sério.

_ irão destruí-la? – questionou Albus sentindo um aperto no coração ao imaginar que seriam capazes de fazer aquilo com a sua capa da invisibilidade.

_ seu pai falou que íamos apenas guarda-la por que acredita que poderíamos destruí-la? – perguntou Hermione tentando evitar a surpresa.

_ por que seria o mais sensato a se fazer – falou Albus - para impedir que ela caísse nas mãos do líder dos comensais da morte?

_ sim é o mais correto de se fazer, mas não é o que faremos – revelou Harry – porque creio que não seja possível fazer isto.

_ a alguns anos nós descobrimos algumas funções que a capa da invisibilidade do seu pai possuía além de deixar uma pessoa invisível – disse Ron – foi durante uma missão em que o Harry foi atingido enquanto a usava e percebemos que o feitiço simplesmente ricocheteou.

_ ela meio que serve de um escudo que repele ataques independentes do potencial deles – explicou Hermione – mais tarde o Harry pediu para que eu analisasse a capa e conclui que mesmo que fosse tão antiga havia ali muita magia que não importava quanto tempo se passasse continuasse o mesmo o que implica que o seu criador foi uma pessoa muito talentosa.

_ e tamanho poder não pode ser destruído facilmente seja por magia ou de qualquer forma – disse Harry – quem a criou queria ter certeza de que ela não seria destruída tão facilmente.

_ então – falou Albus respirando fundo encarando as mãos antes de voltar a olhar para o pai - o que irá fazer com ela?

_ irei protegê-la em um lugar mais seguro – disse Harry fazendo o filho rir levemente.

_ não há lugar mais seguro do que Hogwarts – falou Albus se encostando à poltrona.

_ acredite Al – falou Ron se aproximando - não teria tanta certeza disto se tivesse vivido o que nós vivemos em nossos anos escolares.

_ não sei onde pretendem esconde-la – disse Albus - mas ela esta mais segura aqui comigo do que em qualquer lugar que possam pensar.

_ por favor, filho eu quero que você compreenda que a capa da invisibilidade não é quem queremos proteger apenas – disse Harry tirando os óculos e os limpando – sua mãe foi atacada porque eles queriam entrar em nossa casa pensando que estava lá dentro e elas a machucaram muito para tentar conseguir isto.

_ eu sei só que eles não conseguiram fazer o mesmo porque ninguém conseguira entrar nesta escola – falou Albus – existem defesas aqui que servem para nossa proteção não há como eles possam ultrapassa-la.

_ há falhas nesta proteção Al – observou Hermione – sempre há sendo que varias delas são as passagens secretas que se bem me lembro de que foram usadas no passado para que alguns comensais da morte entrassem ou se esquecesse de como você foi levado por Rasbatan Lestrange por uma delas durante seu primeiro ano?

_ e Malfoy usou um armário sumidouro para trazer comensais da morte para dentro desta escola no nosso sexto ano – lembrou Ron – então acho que você deve concordar que mesmo que você se sinta seguro não esta realmente porque nunca há um lugar que seja totalmente protegido de todos porque eles vão encontrar um jeito de entrar.

_ sei que pode parecer um pedido difícil filho – disse Harry colocando as mãos no ombro de Albus – mas por mais que tenha se apegado a capa eu esperava que aceitasse.

_ sim, eu me apeguei a capa só que não é isto que me preocupa e sim sobre vocês tirarem ela daqui onde esta em segurança para escondê-la sabe se lá Merlin em que lugar como se eles nunca fossem descobri-la – falou Albus.

_ você não compreende Al – disse Harry - não é na segurança da capa que estou pensando e sim na sua.

_ eles viram atrás dela e você não esta preparado para o que eles podem fazer – falou Ron ao sobrinho – nós pedimos que pense no que pode lhe custar se preferir manter a capa com você.

_ então é uma opção? – questionou Albus encarando o pai.

_ não iriamos tira-la de você – afirmou Harry – sem saber a sua opinião e sem que tivéssemos sua permissão para isto.

_ pense bem Al – falou Hermione delicadamente – vale apena arriscar sua segurança e a das pessoas que são importantes para você apenas para que possa manter algo mesmo que este objeto seja tão especial tem certeza de que vale um preço tão alto?

Albus pensou enquanto batia com as pontas dos dedos contra o braço da poltrona e seus olhos rodavam pela sala da diretora focalizando os quadros presos as paredes estavam completamente vazios se não fossem por dois que observam a tudo em silencio. O rapaz focalizou os seus xarás que mantinham presos seus olhos nele aguardando sua decisão enquanto o antigo mestre de poções de cabelos negros mantinha a testa franzida o outro bruxo de longas barbas brancas sorria ao jovem enquanto acariciava a fênix com a qual fora pintado.

Albus pensou no que estava por vir e nas palavras de sua tia sobre colocar a vida das pessoas importantes para ele em risco. Não poderia aceitar que sua irmã, sua namorada ou seus amigos acabassem por se machucar por conta de uma decisão ruim que tomara. Talvez estivesse pondo seu ponto de vista pessoal a frente do que era certo afinal o que garantia que ele poderia impedir que a capa fosse levada se a mantivesse consigo?

Ele suspirou e encarou o pai que mantinha a feição neutra esperando por sua resposta. Albus se endireitou em seu lugar e olhou rapidamente para os tios antes de finalmente dar sua resposta encarando os olhos idênticos aos seus na sua frente.

_ ela esta no meu malão – disse Albus – preciso busca-la ainda se não se importam em esperar um pouco mais – ele se levantou e se encaminhou sem olhar para trás ou para os lados simplesmente para frente então passando pela porta.

Albus se sentou em sua cama no dormitório vazio tendo em suas mãos a capa da invisibilidade. Seus dedos desciam pelo delicado tecido que mais parecia ser feito de agua por conta da tamanha leveza que possuía ao toque e o rapaz pensou que um simples objeto como aquele poderia significar tanto para que batalhas fossem travadas em busca dele.

Pensou nas lembranças que aquela capa lhe proporcionara durante todos aqueles anos em que fora sua sendo que um dia esperava poder passa-la a seus filhos como um dia seu pai fizera. Certo que seu pai falava que não seria para sempre só que o moreno não via desta forma algo em seu peito dizia que havia alguma coisa errada.

A porta de seu dormitório se abriu, mas o rapaz nem se importara em encarar quem pudesse ser porque estava tão concentrado em seus próprios pensamentos que não se importava com o que acontecia ao seu redor ou quanto tempo ficara ali.

_ sei que é muito difícil fazer sacrifícios como este meu filho – a voz de Harry soara algum lugar as costas de Albus – só que conforme crescemos devemos aprender que é disto que a vida é feita de decisões difíceis que podem ser duras e não concordarmos com elas só que mesmo assim são o certo a se fazer.

_ você veio se certificar que eu entregaria a verdadeira para você? – falou Albus numa voz áspera – parou de confiar em mim de repente é isto?

_ não seja duro comigo Al – suspirou Harry - não há motivo para sentir raiva de mim, eu apenas quero o melhor para você sei que pode parecer difícil agora se desfazer de algo que... – ele foi interrompido.

_ eu entendo – disse Albus – sei que é o certo a se fazer apenas não concordo com isto porque acho que nós estamos dando a eles simplesmente o que desejam ou acha mesmo que não há como eles descobrirem onde você pretende esconder?

_ podemos evitar que descubram – falou Harry – mas é melhor do que eles simplesmente saberem com quem esta e onde podem encontra-la facilmente afinal é de se imaginar que se não esta comigo nem com sua mãe deve de estar com um de meus filhos.

_ e o que irá evitar que eles venham atrás de nós mesmo assim? – questionou Albus enfim encarando o pai – eles podem ainda vir pensando que estão comigo e Lily ou mesmo James.

_ vocês estão seguros – afirmou Harry andando até o filho e sentando ao lado dele na cama – me certifiquei de que nosso pessoal mantivesse os olhos em vocês – o auror passou o braço ao redor dos ombros do rapaz – porque eu acho que não é segredo algum que o que mais preso é pela família que construí e saber que estão protegidos.

_ cuide bem dela – falou Albus estendendo a capa dobrada para o pai que a pegou em mãos e a acariciou com os dedos como o filho estava fazendo.

_ não é o único que teve boas lembranças com esta capa – disse Harry – só que uma coisa que acho que você precisa saber filho é que mesmo que você possa olhar todos os dias para algo e pensar nos momentos bons que passou não significa que não tendo mais isto ou ele estando longe de você que as lembranças também estarão.

_ eu sei – falou Albus sorrindo levemente enquanto o pai se levantava e ele fazia o mesmo – pode pelo menos dizer onde vai guarda-la?

_ não seria muito adequado não é mesmo? – disse Harry sorrindo - Vai que você acaba por acaso a recuperando.

_ como se eu pudesse fazer algo deste tipo – falou Albus.

_ eu não duvido de nada vindo dos meus filhos – afirmou Harry enquanto se distanciava – porque acredito neles e sei que são capazes de fazer tudo que quiserem.

Albus ficou para encarando o pai enquanto este lhe virava as costas e seguia seu caminho até a porta. Chegando lá pode ver o auror se voltando para encara-lo sobre o ombro e com uma pergunta muda fez com que o rapaz se movesse e se encaminhasse para perto dele onde juntos saíram do quarto.

Pai e filho foram juntos até o lado externo do salão comunal para então cada um seguir seu caminho. Quando se voltara para olhar para o pai antes de dobrar em um corredor qual foi a surpresa do sonserino ao não encontra-lo mais ali o que fez o rapaz sorrir ao imaginar que talvez o pai estivesse matando um pouco as saudades de fazer uso da capa.


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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada, obrigado a todas que comentaram porque nós já ultrapassamos os cem comentários e isto é muito importante.
Espero que tenham gostado do capitulo e deixem reviews.