Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 21
Apenas duas opções


Notas iniciais do capítulo

Olá, bem não demorei tanto quanto da ultima vez não é mesmo?
Enfim, espero que gostem do capitulo e boa leitura para todos.
Nos vemos lá embaixo.



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James sentiu o momento que foi jogado contra o chão rolando algumas vezes em meio a areia. Deu para perceber que o comensal da morte havia aparatado com ele para uma parte mais afastada da praia, ao longe podia ver ainda os vestígios dos duelos que ainda aconteciam como os flashes de luz e raios bem como a grande marca negra que se misturava ao céu negro ainda havendo os gritos de pessoas de dor ou terror.

Eram dois duelistas da ordem para cada comensal da morte que desesperados com a desvantagem tentavam a todo o custo derrotar seus inimigos. Alguns duelos podia se ver que estavam sendo mais acirrados que outros alguns combatentes já se encontravam feridos, mas para cada um das fênixes que era colocada para baixo mais duas surgiam e aos poucos os duelos iam indo para seu fim.

Ainda tinha a visão clara de algumas pessoas tentando apagar um incêndio que atingira o telhado do chalé das conchas bem como as colinas próximas que ardiam em chamas e se espalhavam rapidamente conforme o vento mudava.

O ruivo se pôs de pé com dificuldade logo apontando sua varinha para o comensal da morte que até então não o atacara, a respiração dele ainda estava alterada e seus olhos ardiam pelas lagrimas que os atingiam e desciam pela sua encosta. Bem como os soluços que pareciam não parar. Não podia ser verdade aquilo por céus porque Fred tinha que ter se metido a entrar no mar se ele o tivesse impedido nada teria acontecido e seu primo não teria sido afogado.

James ergueu sua varinha apontando-a para o comensal que até então parecia estar aguardando que ele se recompusesse. Então retornou com o ex-apanhador investindo nos ataques desta vez sendo necessário que o bruxo das trevas se proteger com feitiços escudos conforme o ruivo avançava com fúria ao seu encontro.

O comensal contra atacava com James desviando dos golpes sendo difícil para ele especialmente quando se encontrava com uma lesão nas costas que o fazia sentir dor para cada movimento que fazia. Foi então que após se jogar no chão para escapar de um feitiço que teve a chance acertá-lo sendo que seu contra-ataque acertou o bruxo o fazendo voar de encontro com uma das rochas que compunham os vários rochedos da praia.

Após o grande som do baque, ele deslizou até o chão caindo enfim de lado na areia parecendo não esta aguentando de dor. James sorriu com a visão enquanto se levantava, mas ao encarar novamente o local onde deveria estar o inimigo não o viu mais ali até que escutou um som de alguém aparatando atrás de si.

Desta vez não ia ser pego despreparado e já se voltou atacando. James se esquivava quase como se fosse uma dança, rodopiava e rolava pelo chão quando não havia tempo para revidar ou se proteger. Então sentiu um feitiço lhe acertando o ombro e sangue lhe escapou em grande quantidade pelo corte da ferida.

James levou a mão ao ferimento e tentou estacar o sangramento então aparatara antes que fosse atacado. Ele ressurgiu no alto do rochedo de joelhos em modo de ataque podendo ver o comensal da morte o encarando a alguns metros de onde estava.

Então em outro momento o comensal não estava mais lá, e sim numa das rochas abaixo de onde James estava e ambos lançaram os feitiços no mesmo instante fazendo-os se chocar e faíscas surgirem. O oponente do ruivo então saltara as rochas até o encontro de James que se surpreendeu com seus movimentos sendo que agora havia pouco espaço para uma luta de feitiços que não fosse letal.

James e o rapaz começaram então o duelo a menos de um metro um do outro, era uma tarefa difícil afinal era necessária uma sincronia com o adversário para poder se proteger de seus ataques o que o ruivo tinha mostrado conseguir apesar de ser uma tarefa nada fácil.

O ruivo não soube de onde veio aquele golpe, só soube na hora em que após uma esquivada de um feitiço em que ele se abaixara então se erguendo e chutando o adversário no abdômen fazendo com que perdesse o equilíbrio e caísse do rochedo de costas contra as rochas abaixo.

Ao se aproximar para olhar, James pode ver o comensal da morte em um estado horrível sobre o conjunto de rochas que haviam aparado sua queda, ele cuspia sangue enquanto as ondas batiam em seu corpo ferido e exausto pela batalha travada.

James aparatou a sua frente e pisou sobre a mão do comensal da morte o impedindo de ataca-lo com sua varinha e ao aumentar a pressão, o bruxo a soltou e ela rodou junto com as ondas de volta para o mar.

Ele pode então olhar para a praia onde notou os comensais da morte batendo retirada, pelo menos alguns deles já que o que havia rendido não iria se juntar aos colegas nunca mais. O rapaz olhou para o bruxo que puxara algo do bolso e no instante seguinte sentiu sua carne sendo perfurado pelo que parecia ser um canivete, James gritou então chutando o rosto do comensal da morte tantas vezes até que ele perdeu a consciência.

_ Incarcerous – ordenou James e da ponta da varinha surgiu à corda que envolveu os pulsos do comensal da morte bem como seus braços – vamos ver o estrago que você e seus amigos causaram – ele repetiu o feitiço nos pés do comensal da morte depois de ter os colocado juntos.

James então aparatara novamente, surgindo novamente no local onde toda aquela batalha se iniciara podendo ver alguns membros da Ordem limpando a marca negra do céu enquanto outros atendiam os feridos os levando para receber tratamentos do lado de fora do chalé das conchas onde Hermione usava um feitiço meteorológico para fazer algumas nuvens derramarem chuva sobre o lugar que parecia não ter sofrido tantos danos apenas o telhado que desabava negro pelo incêndio.

Não havia corpos na praia, apenas de três comensais da morte sendo que um deles se encontrava carbonizado quase não restara nada de suas vestes e sua mascara havia derretido sobre seu rosto. James tentou evitar encara-lo enquanto arrastava seu oponente derrotado pela praia, finalmente sendo notado por Louis que era um dos que limpava o céu mas ao ver o primo deixara a função e fora ampara-lo.

_ James – disse Louis caminhando até primo que parara exausto no lugar, soltando o comensal no chão – você capturou um deles?

_ não foi fácil – confessou James com a voz exausta de cansaço – dá para você me ajudar a carrega-lo? Eu até tentaria, mas não estou aguentando comigo mesmo.

Louis chamou Warren e Teddy que vieram ajudar com o prisioneiro enquanto James era amparado pelo loiro e levado por ele até a frente do Chalé das Conchas onde pode notar estava lotado de pessoas se recuperando. Ao ver o comensal da morte Ron e Salvatore correram ao encontro dos rapazes.

_ levem-no para o porão e o mantenham desacordado precisamos trocar umas palavras com este monte de merda – disse Salvatore erguendo o rosto do inimigo então parecendo levemente admirado pelo estado em que se encontrava – bom trabalho Potter, você não sabe o quanto precisávamos de um destes vivo.

Ron lhe deu uns tapinhas nas costas fazendo o sobrinho formar uma careta na face por ter sido acertado na área em que estava ferido. O auror se desculpou por aquilo antes de deixar que Louis continuasse a levar James para ser tratado em um dos vários leitos improvisados no jardim, o ruivo foi depositado com cuidado em seu lugar sendo imediatamente atendido por Frank que viera ao seu socorro assim que vira o amigo sendo seguido de perto pela namorada.

_ graças a Merlin, nos achamos que você tinha sido levado por um deles – disse Molly aliviada quando viu o primo tentando abraça-lo, mas o ruivo recusou a afastando.

_ fui ferido nas costas e isto esta acabando comigo – disse James sendo então que Frank assentiu para o ruivo lhe ajudando a tirar a camiseta – então como esta?

_ bem feio – confessou Frank então tocando a ferida, inicialmente James recuou ao toque só depois relaxando apesar de ainda estar bastante sensível a área – mas nada que não possamos dar um jeito, Molly vá até sua mãe e diga que preciso da pomada para queimaduras acho que isto pode ajudar a neutralizar a sensibilidade que esta sentindo na área – a ruiva assentiu antes de sair em busca de Audrey – beba isto – o medibruxo já havia aberto um frasco com uma substancia e a dado para o rapaz que virou em um só gole – serve para que você não sinta dor, me diga se tiver sentido uma melhora.

_ um pouco – disse James passando a língua nos lábios limpando o que sobrara da poção enquanto via o amigo usando um feitiço para fechar o corte em seu braço – nos perdemos muitos?

_ Merlin, não ninguém morreu esta noite pelo menos do nosso lado – respondeu Frank ainda não encarando o amigo, pois estava concentrado no corte – não se preocupe...

_ todos estão bem então? – suspirou James aliviado então se lembrando das cenas da batalha e se voltando preocupado para o amigo - Minha mãe? Eu a vi desabando na praia e quanto ao Fred que... – ele foi interrompido pelo medibruxo.

_ acha realmente que se tivesse acontecido algo com eles, você já não teria sido avisado? – disse Frank limpando a feridas na mão do ruivo que havia ficado realmente em péssimo estado depois de seus socos que dera no comensal da morte – deixe-me apenas acabar com você que poderá ir vê-la, certamente que a sua mãe deseja ter você perto dela afinal ficou muito preocupada quando acordou e você não estava por perto ainda mais quando ouviu que você tinha aparatado com um comensal da morte.

James ficou em silencio por um tempo, aquela cena era estranhamente familiar será que era assim que um soldado se sentia ao lutar suas batalhas? Como se uma não mudasse para a outra e mesmo assim houvesse muitas diferenças apesar de tudo ser estranhamente igual. Era confuso, certamente tinha que ser talvez a perda de sangue o estivesse afetando ou fosse a visão que lhe cercava ao seu redor de pessoas feridas recebendo cuidados enquanto outras tentavam arrumar a destruição que fora feito pelos bruxos das trevas.

Sensação estranha de dejavu era aquela afinal da ultima vez também precisara passar por aquilo por conta dos ferimentos apesar de que daquela vez era algo menos grave (pelo menos que pensava afinal não era um especialista para saber disto) e de mais rápida recuperação do que uma perna quebrada. Ele olhou para Frank e sentiu que o rapaz pensava a mesma coisa que ele.

_ aqui está o que me pediu Frank – falou Molly retornando com um pequeno pote que continha a pomada – eu vou ver se ajudo Victoire a cuidar do nosso convidado, não queremos que ele acabe não cooperando ou não podendo cooperar estando naquele estado incapaz de falar porque alguém ferrou com a cara dele.

_ não me culpe, se estivesse em meu lugar teria feito o mesmo – defendeu-se James enquanto a ruiva sorria de canto de lábios antes de sair novamente rumo a casa, o primo lhe seguira até desaparecer pela porta em seguida olhando ao redor para as varias pessoas que ainda eram tratadas.

_ quantos feridos nós tivemos? – disse James e Frank deu de ombros.

_ é difícil dizer, o grau de ferimentos varia – confessou Frank – o que posso garantir é que ninguém precisara ser levado para o St. Mungus desta vez – o rapaz destampara a pomada e começara a passa-la nas costas do ruivo que recuara inicialmente pela ardência que sentira – todos estão bem só precisando de uns cuidados médicos como você uns mais leves que outros é claro, mas posso te garantir que todos saíram inteiros desta.

_ fala como se esperasse outros ataques – disse James olhando para o amigo que lhe sorrira levemente sem encara-lo.

_ se quer saber, acho que entramos em uma guerra e ninguém nos avisou isto sim – disse Frank – eles estão nos atacando porque querem que revidemos a partir do momento que nós começarmos a acordar e pensar que o melhor contra-ataque é uma defesa reforçada talvez pessoas como eu não precisem fazer seu trabalho de remendar aqueles que acabaram sofrendo as consequências.

_ esta dizendo que somos culpados? – perguntou James confuso.

_ não, estou apenas expressando minha opinião sobre a guerra – respondeu Frank – tenho este direito não? Agora, me responda o que esta sentindo com esta tomada que estou passando?

_ é gelado – respondeu James.

_ faz efeito então, ainda bem e se tivermos sorte não ira deixar uma grande cicatriz – disse Frank – agora eu vou precisar de sua ajuda para fazer as bandagens pode ser?

_ claro – falou James – isto vai demorar? Eu realmente preciso ver... – foi interrompido, no entanto quando alguém se aproximava.

_ calma ai, Potter e obedeça as prescrições do nosso medibruxo de plantão – brincou Fred enquanto se aproximava com Dominique ao seu lado – como você esta amigo?

Os dois compartilharam um aperto de mão em que o ruivo pode reparar no estado em que se encontrava o primo. Fred possuía um típico sorriso em seu rosto apesar de aparentar cansaço depois daquela batalha ainda estando com seus cabelos molhados, usando roupas que certamente não eram as que ele estava usando anteriormente e alguns arranhões no pescoço onde o comensal da morte o segurava enquanto tentava afoga-lo.

_ eu que deveria perguntar isto não? – disse James – da ultima vez que vi, você parecia estar morto – e o moreno riu levemente frente a face séria e abalada de Dominique ao seu lado.

_ logo se vê que não me conhecem, acham mesmo que me deixaria ser morto daquela forma quando era tão fácil para mim apenas fingir estar? – disse Fred então recebendo uma cotovelada de Dominique e após soltar um resmungo de incomodo continuou – certo, a verdade é que eu perdi a consciência tudo bem? Entreguei-me e parei de resistir, por sorte esta linda ruiva aqui viu toda a cena e veio ao meu socorro então se estou aqui agradeça a minha salvadora.

_ é muito gentil da sua parte, só que se lembre de que foi Frank que te trouxe de volta com os primeiros socorros e aplicando aquela coisa parecida com um beijo – disse Dominique – qual é o nome mesmo?

_ não interessa o nome, apenas que se o Longbottom pensar novamente na estupida vidinha dele em me dar um beijo ou repetir aquele procedimento pode acreditar que eu vou dar muito mais que um soco nele – disse Fred para o medibruxo que parecia alheio a tudo.

_ tudo bem, da próxima vez então você pode morrer que não vou fazer nada para tentar salva-lo – falou Frank seriamente enquanto passava as bandagens ao redor do tórax de James – seu ingrato desgraçado, meu rosto ainda esta doendo sabia? – o ruivo olhou o amigo e pode notar uma área roxa ao redor da lateral de um de seus olhos.

_ seja mais agradecido – disse Dominique dando uma nova cotovelada em Fred – ele salvou sua vida, e é assim que você o retribui?

_ que seja, olha Frank me desculpe pela ameaça – falou Fred para o amigo que sorriu - sei que era apenas parte de um procedimento alias não havia outro meio para você fazer isto?

_ eu usei magia para tirar a agua de seus pulmões e tentei reanima-lo, mas você não respirava então tive que recorrer ao estilo trouxa – disse Frank – admito que deveria ter pedido para sua namorada fazer respiração boca a boca no meu lugar enquanto eu apenas fazia Reanimação cardiorrespiratória, mas quando vi o tão desesperada ela estava pensei que não poderia me ajudar a menos que se controlasse e não tínhamos tempo.

James estava em silencio escutando tentando não se sentir culpado por tudo aquilo, se tivesse sido mais rápido e impedido aquele comensal da morte de chamar por seus companheiros nada daquilo teria acontecido e não haveria feridos como sua mãe bem como pessoas não teriam quase perdido suas vidas como Fred.

Eles pareceram perceber pois ficaram em silencio enquanto Frank terminava de enfaixar as costas do ruivo e passava a tratar dos cortes em sua mão desta vez com a varinha usando feitiços para fechar os cortes já que não fora magia que causara aquilo.

_ Eu queria ter ficado e te ajudado Fred – confessou James e o moreno lhe lançou um sorriso gentil se agachando de modo a ficar ao seu lado e colocando uma das mãos sobre o ombro do primo.

_ soube que detonou o comensal da morte que me afogou – falou Fred – então, saída que isto já pode tirar todo o peso de culpa que esta sentindo porque sou eu que tenho que agradecer por isto Jay porque você fez algo que eu mesmo gostaria de fazer.

_ ah, que momento mais fofo e vindo do Fred – comentou Dominique – algo realmente admirável – o moreno olhou para a namorada.

_ eu sou um cara fofo – disse Fred – não é de hoje, e você sabe muito bem ou vai negar isto agora? – a ruiva riu enquanto abraçava o namorado pelas costas.

_ nossa, estamos muito sensíveis hoje não é? – disse Dominique e os seus amigos riram levemente do comentário.

_ se você tivesse quase pendurado a varinha da pior forma que há – disse Fred - certamente iria estar assim também querida, então que tal irmos a um lugar mais discreto para você me a ajudar com esse meu mau humor? – lançou um olhar maroto para a ruiva que revirou os olhos então também retribuiu com um sorriso.

_ você se controle estamos na casa dos meus pais – rebateu Dominique com um tom de voz casual – quer quase morrer esta noite novamente?

_ com toda esta confusão acha mesmo que notariam nossa falta? – questionou Fred recebendo um olhar de sobrancelha erguida da ruiva e um aceno de cabeça para os dois rapazes ali perto – eles não contariam a ninguém, certo podemos deixar isto para outro dia se é assim que você quer e também não quero mexer com seu pai sabendo que o temperamento dele não deve estar dos melhores com a aproximação da lua cheia.

_ é isto ai, bom garoto sabia que você aprende rápido – confirmou Dominique rindo enquanto se levantava e seguia sozinha pelos jardins enquanto o moreno ficava para trás.

_ acredite em mim você só começa a dar valor a vida quando percebe o quanto é frágil – sussurrou Fred – ainda mais quando sei que tio Bill já esta bastante irritado por comensais terem tentado destruir sua casa.

_ Fred – chamou Dominique e o moreno assentiu.

_ já estou indo também – disse Fred – até mais pessoal, nos vemos logo.

_ também, dá para acreditar? – disse Frank - um homem não esta seguro nem mesmo no próprio quintal de casa, tivemos sorte que quando os comensais da morte incendiaram a casa do tio de vocês o fogo só se manteve no telhado – ele guardara a varinha nas vestes – pronto, como sente a mão?

_ ótima, nem parece que estava horrível a alguns minutos atrás – confessou James abrindo e fechando os dedos e virando a mão a articulando – sabe, você deveria ir com a gente para a Holanda se eu continuar com esta pré-disposição para ferimentos é bom ter um medibruxo para me tratar de graça por perto.

_ vai sonhando – brincou Frank guardando suas coisas na pequena bandeja que carregava - se isto continuar terei que começar a cobrar de você – se levantou e estendeu a mão para o rapaz se levantar o que o fez com dificuldade por conta das bandagens - eu sei que incomoda, mas você vai se acostumar e isto vai fazer o seu trabalho.

_ obrigado por tudo – disse James – não sei como posso agradecer por isto.

_ somos amigos não? Isto já é pagamento o bastante – respondeu Frank – agora, é melhor você ir acho que quer ver sua mãe não é mesmo? Ela esta lá dentro, se recuperando.

_ obrigado – disse James se voltando e entrando pela porta.

James entrou na casa vendo que havia pessoas ali que o cumprimentaram apesar dele nem fazer questão de parar para uma conversa apenas retribuindo as saudações com acenos de cabeça e poucas palavras antes de seguir até a sala. James encontrou sua mãe deitada sobre o sofá sendo cercada por seu pai que havia sentado ao chão ao seu lado, e por Ron e Hermione que pareciam dar apoio ao outro casal naquele momento.

Harry parecia intacto se não fossem apenas alguns arranhões superficiais e a areia em suas vestes o mesmo podia se dizer dos outros dois apenas de ser evidente que todos ali haviam passado por maus momentos naquela noite e que estavam extremamente concentrados na ruiva que nem perceberam o rapaz entrar.

_ pai – disse James chamando a atenção de Harry que se voltou para o filho e sorriu levemente enquanto o ruivo dava alguns passos então se ajoelhando ao lado do sofá em que estava a mãe.

_ estava preocupado com você James, onde este? – falou Harry demonstrando um pouco de alivio e cansaço na voz – já íamos mandar alguém procura-lo.

_ sinto muito por isto, um dos comensais da morte me levou para mais longe na praia para que pudesse acabar comigo sem interrupções – disse James um pouco nervoso afinal não havia saído do campo de batalha porque desejava e aquele olhar de seu pai era uma acusação afinal o ruivo poderia ter feito algo pelo menos era aquilo que sentia não sabia se estava vendo coisas – não se preocupe, da próxima vez ficarei debaixo da sua asa como deseja que eu faça sempre.

_ James, como pode dizer algo assim? – repreendeu Hermione – entenda que seu pai apenas estava temendo por sua segurança, se acredita que isto é desnecessário, desculpe, mas você realmente não entende nada sobre o que significa ter uma família que é cuidar um do outro.

_ sabe o que poderia ter acontecido esta noite? – questionou Ron - Olhe para sua mãe e me diga se seu pai não esta no direito dele de estar preocupado com você até porque da ultima vez que me lembre de que você não saiu tão bem como nesta noite.

_ por favor, respeitem o estado da minha esposa não quero discussões sem sentido até porque todos nós estamos com os ânimos abalados – disse Harry então olhando para o filho que o encarou de volta – não é ficar debaixo da minha asa que desejo de você, sabe que tenho muita confiança o suficiente para que acredite que não aja um problema que você não consiga resolver sozinho.

_ eu sei é que, não quero que se preocupe tanto comigo pai – disse James – tenho que lutar minhas próprias batalhas e não conseguirei crescer sozinho se continuarem se preocupando comigo.

_ não diga besteiras, eu e sua mãe não nos preocupamos apenas quando você esta em uma batalha contra bruxos das trevas mas sim sempre – disse Harry – desculpe se fiz parecer que ainda vejo você como uma criança, eu sei que não é mais.

_ entendo – concordou James então voltando o olhar para a mãe – como ela esta? – seus dedos acariciaram a face materna então ajeitou os cabelos dela em meio a um carinho – eu vi o momento que ela caiu, o que aconteceu?

_ um comensal da morte lançou nela a maldição de Dolohov – disse Harry então vendo a face preocupada do filho – não se preocupe, sua sogra cuidou dela como pode e conseguiu anular o efeito da magia e consertar os danos que ela causou é claro que Hermione ajudou muito, pois foi ela que identificou os sintomas.

_ fazia tempo que não víamos esta maldição – confessou Ron – não é muito usual onde acha que aquele rapaz aprendeu? – Harry não respondeu talvez porque não soubesse o que dizer.

_ danos internos no corpo do alvo atingido é a consequência deste feitiço, tem certeza de que esta tudo bem com ela que não haverá qualquer sequela? – perguntou James e o moreno assentiu então todos se voltaram para a ruiva que parecia estar despertando.

Ela se moveu um pouco enquanto abria lentamente os olhos e após um tempo se acostumando com a claridade do lugar foi que lançou um sorriso fraco para dois dos homens da sua vida que estavam ali a sua frente. Ginny foi beijada pelo marido nos lábios enquanto James se curvava para abraça-la.

_ como se sente? – perguntou Ron cuidadoso para irmã antes que qualquer outro o fizesse e ela o encarou com um sorriso de canto de lábios.

_ estive apagada por tanto tempo para que o Ron começasse a se tornar um irmão preocupado com meu bem estar? – brincou Ginny fazendo todos rirem inclusive o Weasley que não se sentira ofendido pelo comentário, pelo contrario se curvara para beijar a testa da irmã após aquilo – é eu definitivamente dormi demais.

_ quem vê pensa que eu não sou o melhor irmão que existe – brincou Ron –ainda bem que esta boa o suficiente para já estar fazendo piadas, isto é um grande sinal.

Ginny tentara se sentar, mas estava cansada demais para o faze-lo então retornara a deitar. Harry ajeitou o travesseiro que haviam trazido para dar apoio a sua cabeça enquanto ela parecia um pouco incomodada com aquela situação que se encontrava afinal preferia não ter que precisar de ajuda para algo tão simples como aquilo, mas ela estava agradecida pelo marido lhe fazer aquilo.

– você não esta totalmente recuperada ainda – disse James – não se preocupe, nós vamos cuidar de você até que esteja bom o suficiente o que acredito que não demorara muito.

_ e de você, quem vai cuidar? – falou Ginny notando as ataduras envolvendo o tórax do filho – o que aconteceu para você estar todo enfaixado assim?

_ foi um feitiço das trevas – confessou James e a sua mãe lhe olhou seriamente como se quisesse que prosseguisse – eu não sei o nome disto só que é como uma queimadura na minhas costas, mas o Frank já cuidou disto para mim não precisa ligar para isto.

_ você dos seus irmãos sempre foi o que mais conseguia se machucar – disse Ginny - agradeça isto do seu pai é ele que estava sempre sangrando ou ia parar todo o ano na enfermaria.

_ a parte do papai sempre estar sangrando é algo que realmente ficou estranho – brincou James rindo enquanto se levantava – vou à cozinha pegar alguma coisa para você comer, já volto não se preocupe.

James se levantou e refez o caminho que havia feito, desta vez não havia muitas pessoas ali, pois a maioria já havia ido embora como as varias que já tinham se recuperado o suficiente para aparatar sozinhas. O ruivo procurou nos armários da cozinha acabando por encontrar um pão caseiro junto com uma geleia de ameixas que levou para mesa onde com uma faca começou a preparar o lanche de sua mãe.

O rapaz então percebeu a conversa de duas das outras únicas pessoas que ainda permaneciam naquela parte da casa além deles. Num canto afastado próximo da porta que levava ao porão se encontravam Viktor Krum e Nickollaus Karkaroff conversavam em búlgaro algo que parecia sério pelo modo como gesticulavam e suas expressões faciais. Quando o diretor de Durmstrang se retirou o ruivo se aproximou do moreno que havia se encostado contra a parede parecendo pensativo em algo realmente importante, pois permanecera com a mesma expressão fechada que possuía durante a conversa.

_ Nick – falou James chamando a atenção do rapaz que lhe sorriu enquanto se encaminhava até ele lhe estendendo a mão para um cumprimento que foi aceito.

_ James – disse Nickollaus com seu tom de voz rouco e sem nenhum sotaque – como tem andado? – o ruivo arqueou a sobrancelhas para a pergunta enquanto se afastava um pouco do rapaz e abria os braços para que ele o visse.

_ como acha que tenho andado? – falou James enquanto o rapaz olhava para as ataduras do ruivo e soltava uma curta risada – vejo que você teve mais sorte do que eu durante a batalha.

_ acredite, quando você é um estudante de Durmstrang aprende a ser tão feroz em seus ataques e perspicaz em suas defesas de modo a nem ao menos suar em um duelo – disse Nickollaus - não que vocês sejam ruins, vai por mim já duelei com muitos britânicos que realmente sabiam o que fazer.

_ então, agora é um membro da Ordem? – afirmou James – deve ter adorado o imprevisto que aconteceu esta noite, mas acredite nem todas as nossas reuniões são tão animadas.

_ é, eu espero realmente que não – falou Nickollaus – então, como tem ido as coisas? Soube que abandonou a carreira no quadribol, é uma grande perda que o mundo esportivo sofreu com sua saída porque não foi sentida apenas pelos fãs do Chudley Cannons, mas por muito outros porque você possuía o suficiente mesmo com tão pouco tempo.

_ também foi uma decisão difícil, talvez possa um dia retornar ainda não tenho certeza – disse James se sentando sobre a mesa – mas me diga, o que tem feito ultimamente? Soube que sua banda se separou.

_ é tivemos nossas desavenças, por motivos pessoais que nos levaram a optar por isto e creio que tenha sido a melhor decisão que poderíamos ter tomado porque não havia mais aquele clima para continuar – explicou Nickollaus – e de qualquer forma, não poderia mais dedicar minha vida a apenas isto.

_ entendo que pena – disse James e o rapaz concordou – vocês eram bons, mas se estava dando tanta dor de cabeça foi o melhor que fizeram.

_ eu não me arrependo – confessou Nickollaus dando de ombros e os dois ficaram em silencio por algum tempo.

_ pensei que quando decidisse visitar a Inglaterra iria me mandar cartas avisando – disse James – para falar a verdade, você parou de mandar-me corujas a algum tempo já.

_ as coisas têm sido um pouco complicadas para mim e bem, não estou na verdade apenas de visita e sim morando aqui agora – disse Nickollaus – mas quando soube que havia sofrido na copa mundial te mandei um cartão desejando melhoras apesar de que muita gente deve ter feito isto que aposto que ainda nem viu todos.

_ é bem isto mesmo – riu James – então, se mudou para a Inglaterra? Que ótimo, onde esta morando atualmente? – o sorriso do moreno morreu no mesmo instante e uma face meio tristonha lhe atingiu.

_ num apartamento que pertencia a minha mãe em Liverpool – disse Nickollaus – e o herdei depois de sua morte bem como todos os seus bens e o dinheiro da nossa família – o ruivo se sentiu desconfortável sobre isto afinal nem ao menos sabia da perda que o amigo sofrera.

_ me desculpe, eu não sabia – confessou James – sinto muito, deve estar sendo difícil e foi mal te fazer se lembrar de algo deste tipo.

_ obrigado – disse Nickollaus – acredite em mim, tem sido um tempo complicado para mim e teria sido pior se não tivesse pessoas para me darem apoio.

_ quando que aconteceu? – perguntou James depois percebendo quanto havia sido indelicado – perdão pela intromissão, se não quiser me responder entendo perfeitamente.

_ durante o Massacre de alguns meses atrás na Bulgária – respondeu Nickollaus - minha mãe foi morta quando a torre da imprensa se incendiou e desabou, fizemos uma cerimonia simples a enterrando junto a meu pai no lugar onde ambos se conheceram foi desejo dos dois que fosse assim e eu cumpri.

James ficou em silencio por um tempo, sua mente voou para dois anos atrás quando conhecera a fotografa do Profeta Diário que fora mandada para cobrir a os eventos do Torneio Tribruxo sendo que seu filho era um dos campeões. Alexa Karkaroff havia partido como mais uma das vitimas daquela guerra sem sentido algum.

E ao pensar que naquela noite poderia ser ele, James Potter, a estar velando sua mãe depois daquele ataque que haviam sofrido dos comensais da morte. O ruivo moveu a cabeça discretamente na intensão de afastar tais pensamentos da sua mente então tornando a encarar o rapaz a sua frente.

_ você e Viktor pareciam bastante tensos, algo que possa compartilhar comigo? – perguntou James fazendo o búlgaro parecer um pouco incomodado inicialmente e não muito interessado em responde-lo – tudo bem, apenas achei que seria bom compartilhar se é um assunto que pode vir a servir para a Ordem.

_ me diga, o que sabe sobre o rapaz que você capturou? – questionou Nickollaus e o ruivo o olhou confuso talvez pela mudança abrupta de assunto – já o havia visto antes, talvez no ultimo ataque dos comensais da morte?

_ não, para dizer a verdade nunca o vi antes – disse James parecendo desconfiado – e olha que se tem a idade que aparenta deve ser mais novo do que eu talvez uns dezoito anos então deveria tê-lo conhecido porque não faz tanto tempo assim que deixei Hogwarts – o rapaz sorriu com o comentário fazendo o ruivo franzir ainda mais a testa em confusão – algum problema?

_ ele não tem dezoito anos e sim dezesseis, você não o reconhece porque não estudou no mesmo colégio que ele e isto se deve por um bom motivo que é que aquele garoto lá embaixo é de Durmstrang – disse Nickollaus – isto é claro até se expulso do nosso colégio, não me admira que tenha se unido aos comensais da morte afinal sempre foi um psicopata mesmo quando mais novo porque eu o conheço muito bem.

_ conhece? – perguntou James e o outro assentiu fitando o horizonte pela janela – ele foi seu amigo ou algo assim por acaso?

_ Dragomir Despard Jr. – respondeu Nickollaus – irmão de uma ex-namorada minha dos tempos de escola – colocou as mãos nos bolsos – foi durante meu quarto ano sendo que ele nem mesmo frequentava ainda a escola por não ter idade suficiente, cheguei a frequentar a casa deles e via o quanto insano era e o gosto que sentia pelas artes das trevas e mais tarde em sua vida na criação de feitiços, mas isto meio que deve ao fato do pai do garoto ter sido um comensal da morte que fugiu do seu país após o termino da guerra e ter sido morto alguns anos atrás após reagir à prisão dos aurores do ministério búlgaro bem na frente dos filhos.

_ pensei que a Bulgária tivesse dado anistia para os comensais da morte – falou James se lembrando dos estudos que fizera a respeito daquele assunto para os testes teóricos da prova dos aurores – então, ele não deveria ter sido preso.

_ sim, mas isto não garante que se você cometer algum crime dentro do território búlgaro que as autoridades não terão o prazer de te levar preso e acredite Azkaban nos tempos atuais é muito melhor do que Nurmengard é desde sempre– respondeu Nickollaus – eu sei porque é comum ser feita as excursões para conhecer as instalações da prisão para os quintos anos de Durmstrang.

_ que encantador – brincou James e o rapaz riu levemente – vocês o reconheceram então? – o búlgaro assentiu encarando o ruivo – então, acha que os outros também são da escola de vocês?

_ não duvido, mas o diretor acredita que eu esteja tirando lições precipitadas só que o modo como eles duelavam era tão feroz que me lembrava em muito o clube de duelos durante meus tempos de estudante – disse Nickollaus – se isto for verdade, há um grande problema para ser resolvido como se não houvesse mais suficientes.

Os dois então ouviram um ruído que fez com que James se se interrompe antes mesmo de dizer algo, ocorreu uma troca de olhares que determinou que ambos haviam escutado o som de segundos atrás. James e Nickollaus ficaram em silencio enquanto o ruivo saltava da mesa e o outro se voltava de frente para porta que levava ao porão e escutaram o som de se quebrando seguido por gritos apavorados familiares.

James levou a mão à maçaneta e tentou gira-la inutilmente apenas para perceber que a porta estava trancada, tentou empurra-la novamente e usar um feitiço para destranca-la o que era inútil, pois pareciam ter lançado sobre a porte encantos que impediam a entrada ou saída de pessoas.

_ procure ajuda – falou James entredentes num tom de voz discreto para que apenas o outro rapaz lhe ouvisse sendo que este assentiu e saiu dali rapidamente deixando o ruivo para trás apenas com a porta – seja rápido, podemos não ter muito tempo.

James tomara distancia e começara a se jogar contra a porta acertando ombro em uma tentativa falha de arrombamento sendo que isto se repetiu mais uma e outra se seguindo uma sequencia onde a pressão era cada vez mais forte e seu ombro doía.

Ele se afastou suspirando sentindo toda a dimensão de seu braço dolorido então pegou a varinha e a ergueu pronto para tomar medidas extremas que aquela situação pedia. Ele focalizou e já estava prestes a lançar um feitiço que detonaria com a porta quando sentiu uma mão sobre seu ombro o parando então ao olhar pode perceber que se tratava de seu ex-professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, Salazar Salvatore. Sendo ele um dos que respondera ao pedido de apoio que ele havia pedido que Nickollaus trouxesse, ao lado dele também se encontravam o búlgaro bem como Teddy Lupin sendo que Harry se aproximava ao lado de Ron e Hermione.

_ o que esta acontecendo aqui? – questionou Harry percebendo a face do filho – algum problema que devemos saber? – ele olhou para as pessoas que se encontravam na cozinha.

_ possível fuga – murmurou Salazar – diga-me quem havia sido encarregado de cuidar das feridas do nosso prisioneiro? – ele olhou para todos com seus olhos diferentes buscando uma resposta.

_ Molly e Victoire estavam lá embaixo – respondeu Teddy parecendo preocupado enquanto tentava avançar em direção a porta sendo parado pelo ex-auror.

_ não, eu enfeiticei então sou o único que pode abri-la – respondeu Salazar Salvatore se aproximando e já metendo um chute potente que fez com que as dobradiças se soltassem e a porta se escancarasse.

_ vão vocês preciso buscar algumas pessoas imediatamente – respondeu Hermione se afastando deles que se dirigiam em direção a passagem.

Salazar Salvatore desceu as escadas apressadamente sendo seguido por James e Teddy tendo os outros logo atrás deles foi questão de poucos segundos para que terminassem os degraus e se encontrassem de frente para a cena que ocorria no porão.

O porão era bastante típico sendo que as paredes eram de pedra e havia uma única janelinha retangular em uma das paredes. Havia prateleiras com ferramentas bem como caixas com objetos antigos que a família não mais usava como vassouras e caldeirões velhos sendo que havia varias teias de aranha naquele lugar.

James olhou ao redor, podendo ver a cena que um lampião sobre uma antiga mesa revelava. No centro do porão se encontrava de pé o comensal da morte que possuía Victoire presa contra seu corpo sendo que ainda havia uma varinha certamente da loira apontada para próximo de seu rosto onde podia se ver medo e lagrimas lhe banhando. As duas mãos da mulher estavam envolta da barriga de gestante enquanto de sua boca escapava pedidos para que a soltasse e James sabia que não era por ela que a prima pedia, ou melhor, implorava e sim por seu filho ainda não nascido.

Caída contra a parede do lado do que restara da cadeira que antes mantinha Dragomir preso se encontrava inconsciente Molly cujos cabelos cobriam sua face e ela parecia se mexer em alguns espasmos o que aliviou um pouco a tensão do primo afinal ela estava viva. O ruivo fez menção de dar um passo em direção a prima, mas o comensal notou e gritou algo em seu idioma enquanto afundava a varinha na bochecha de Victoire.

_ Не се доближавайте, освен ако не искате тя да умре (não se aproxime, a menos que desejam que ela morra) – gritou Dragomir Despard Jr. na direção dos que estavam ali presentes - Аз ще я убие, като ако не направи това, което ти заповядвам (eu vou mata-la, assim como vocês se não fizerem o que mando).

_ Това ли искаш? (O que você quer?) – perguntou Nickollaus tentando soar calmo e nada ameaçador o comensal da morte sorriu levemente em direção do rapaz ao perceber que alguém ali lhe entendia.

_ много добра, аз няма да нараня никого, ако си сътрудничат (muito bom, eu não irei machucar ninguém se vocês colaborarem.) – disse Dragomir - Направете път, да ме пусне (abram caminho, deixe-me ir.) Това е всичко, което искам (É tudo o que quero).

_ ele quer que o deixemos ir – traduziu Nickollaus para os outros sendo incontestável um sorrisinho de Salvatore que ainda mantinha a varinha a pronto para um ataque.

_ e se não quisermos deixa-lo ir? – disse Salvatore e isto atraiu um olhar de Teddy em sua direção, o professor estava chocado com a atitude de seu colega com aquela pergunta.

_ ele esta com minha esposa – disse Teddy colocando a mão sobre o braço do ex-auror numa maneira de fazê-lo abaixar a varinha - você não pode simplesmente agir como se isto não importasse olha a proximidade dos dois não se deve arriscar tanto é perigoso.

_ eu sei o que estou fazendo é apenas uma questão de ganhar tempo e saber o melhor momento para agir – falou Salvatore olhando para o metamorfomago que o olhava sem crer na tamanha frieza que o outro agia naquele momento.

_ Защо говорим толкова много? (por que conversam tanto?) – berrou Dragomir - Не го харесвам, млъкни и ме погледни (Não gosto disto, calem a boca e olhe para mim.).

_ Драгомир успокои, ние не правехме нищо друго просто говоря за вашите изисквания. (Se acalme Dragomir, nós não estávamos fazendo nada demais apenas conversando sobre a sua exigência.) – tentou tranquiliza-lo Nickollaus e o comensal soltou uma risadinha nervosa.

_ ментиросо (mentiroso) – cuspiu Dragomir - Наистина ли мислиш, че съм глупак да вярвам в теб? (acha mesmo que sou tolo de acreditar em vocês?).

_ ele acha que estamos mentindo – traduziu Nickollaus - não confia em nós.

_ novidade – disse Ron - seria surpresa se confiasse tão fácil.

_ Ron? – a voz de Hermione soou do comodo acima e os olhares seguiram para a passagem retornando logo depois para o comensal da morte que berrara para que mantivessem a atenção nele já que era o que queria.

_ който ме гледаш (vocês olhem para mim) – ordenou Dragomir - само за мен (apenas para mim) – ele apontara a varinha que brilhava escarlate antes de aproxima-la do rosto de sua refém - в противен случай, аз ще се стопи красивото лице на тази тук (do contrário, vou derreter o rosto lindo desta aqui).

_ O que esta havendo ai? – soou a voz de Bill.

_ fiquem aonde estão não desçam – respondeu Ron autoritariamente – não é necessário entender o que ele diz para saber o que está disposto a fazer.

_ continue falando – ordenou Harry para Nickollaus que assentiu retornando a encarar o comensal da morte.

_ какво можем да направим, за да ви позволи да знаете, че ние сме готови да си сътрудничат? (o que podemos fazer para que você saiba que estamos dispostos a colaborar?) – perguntou Nickollaus e comensal deu alguns passos para trás arrastando Victoire com ele enquanto caminhava até se ver de costas para a parede.

_ тях играят пръчици за мен. точно сега. (mande-os jogar as varinhas para mim. agora.) – ordenou Dragomir - и отстранен (e chutem para longe).

_ joguem as varinhas no chão e chutem para longe – traduziu Nickollaus enquanto todos obedeciam alguns mais hesitantes que outros – видях? Слушаш (viu? obedecemos você).

_ não é tão difícil quanto parece não é mesmo? (Не е толкова трудно, колкото изглежда, не е ли така?) – brincou Dragomir rindo nervosamente.

_ какво друго? (o que mais?) – disse Nickollaus para o comensal da morte.

_ пусни ме (deixe-me ir) – respondeu Dragomir.

_ deem caminho para ele – traduziu Nickollaus e todos trocaram olhares uns com os outros como se aguardassem que alguém fizesse o primeiro movimento.

_ те не са ми се подчиняват (eles não estão me obedecendo) – grunhiu Dragomir - какво е това? (o que é?) Не ценят живота на бременната кучка тук? (Não valorizam a vida da vadiazinha gravida aqui?)

_ Моля, бъдете търпеливи (por favor, tenha paciência) – suplicou Nickollaus então se voltando para os outros – vamos, recuem agora do contrário ele não hesitara em machucá-la.

Os ocupantes do porão se moveram enquanto Dragomir Despard Jr. se encaminhava arrastando a garota a sua frente com uma das mãos a segurando fortemente pelos cabelos dela enquanto a outra mantinha a varinha erguida já se encostando a sua bochecha. Estava próximo dos homens quando uma voz o impediu de continuar.

_ Experliarmus – ordenou Molly que sem que ninguém percebesse havia despertado e mesmo no chão seu feitiço fez efeito desarmando o comensal da morte.

A varinha que o bruxo das trevas usava para fazer as ameaças voou para longe e o irritado o comensal da morte arremessou a loira que mantinha como refém para fora de seu caminho enquanto se jogava desesperadamente no chão em busca de uma das varias varinhas que haviam sido abandonadas por seus donos segundo sua ordem.

Teddy e James foram em direção de Victoire que chorava encolhida em um canto seus gritos de dor eram horríveis ao que se pode perceber a queda havia sido muito bruta para ela que segurava a barriga balbuciando coisas entre soluços.

Nickollaus havia ido em direção de Molly enquanto os três outros cercavam o comensal da morte que havia alcançado uma das varinhas no chão e agora apontava para eles apesar de que por sua expressão parecia não estar em qualquer condição de ameaçar alguém naquele momento.

Hermione e os pais de Victoire desciam as escadas apressadamente já com as varinhas prontas e com elas correram diretamente para onde o comensal da morte se encontrava acuado em um canto tremendo muito desta vez seus oponentes também possuíam varinhas assim como ele.

_ desista já era para você – disse Ron e o comensal da morte o encarou lançando um feitiço em sua direção sendo que o ruivo foi protegido por Hermione.

O que veio a seguir foi um duelo apavorante de um contra seis que fez um show de luzes que iluminou todo o espaço sendo que foi necessário que James e Teddy protegessem Victoire com seus corpos com medo de que ela fosse atingida. Do outro lado do cômodo o ruivo pode ver que Nickollaus fazia o mesmo com Molly que ao que tudo indicava havia sido atingida por um feitiço estupore perdido.

O duelo durou alguns segundos apenas, mas foi impressionante ver um comensal da morte conseguir resistir aos seus oponentes mesmo estando ferido e em desvantagem clara. Até que Dragomir não foi rápido o suficiente para se defender de um feitiço que lhe atingiu na perna abrindo ali um corte enorme que logo fez com que sua perna ficasse banhada com uma coloração rubra.

Ele gritava de dor enquanto caia no chão berrando de dor e dizendo coisas em búlgaro que James não sabia o que poderiam ser. Todos pararam o duelo e olharam chocados para o jovem que se encolhia no chão enquanto uma grande possa de sangue se formava ao seu redor.

Salazar Salvatore se aproximava do rapaz que tremia e se arrastava para longe até a parede onde se encostara novamente. Mesmo acuado Dragomir erguera a varinha e apontara para o ex-auror inutilmente, pois não tinha forças para lançar um feitiço que fosse e aquele simples ato fez o homem rir enquanto o desarmava sem dizer qualquer palavra.

_ sei que certamente não entende uma palavra que eu fale, mas mesmo assim vou te dizer porque você tem que ouvir - disse Salvatore – eu acertei a maldição Sectumsempra bem aqui – ele apontou para corte feito na parte interior de sua coxa – neste lugar passa uma arteira que quando cortada é quase impossível de ser restituída a menos que por magia e tem que ser imediatamente do contrario a hemorragia o matara de uma forma dolorosa.

_ você não pode deixa-lo assim – falou Hermione num tom repreensivo - ele esta sofrendo... – ela parou de falar ao ver o ex-auror se levantando e dando uns passos para trás então apontando a varinha para o comensal da morte.

_ então será rápido – disse Salvatore movendo a varinha e então um raio verde partiu da ponta dela e atingiu o rapaz ferido bem entre os olhos fazendo com que sua cabeça tombasse para o lado e seu corpo escorregasse até que estivesse totalmente no chão – uma morte sem sofrimento, é isto que queria não era?

_ seu monstro – berrou Hermione caminhou até o professor de DCAT - era apenas um garoto e você o matou, como pode fazer isto?

_ não é tão difícil quanto parece – respondeu Salvatore - você se acostuma quando pega o jeito.

Hermione então deu um tapa em seu rosto sendo depois empurrada para longe por Salvatore enquanto se recuperava do golpe e massageava a área que fora atingido. Ron conteve a esposa afinal não era muito bom então Salvatore encarou a todos que o olhavam com um misto de expressões.

_ mamãe... Papai... – murmurou Victoire ao ver os pais que a viram no estado em que se encontrava e andaram até onde a filha estava e os dois ficaram ao seu lado.

Apenas permanecendo o trio encarando o encarava apesar de todos de certa forma manter os olhares sobre o homem que havia acabado de matar alguém a sangue frio e não esboçava qualquer reação sobre isto.

_ era um garoto apenas por fora dentro dele não havia nada que o fizesse ser um isto que acabo de me livrar era uma ameaça – brandiu Salvatore enquanto guardava a varinha - estava armado e não iria se render o desgraçado poderia ter matado Victoire ou qualquer um de nós em um momento oportuno pergunte a ele – indicou James – ele viu do que aquele comensal da morte era capaz se querem saber? Não me arrependo nem um pouco do que fiz.

_ você passou dos limites – falou Ron amargo - sabe o que perdemos com ele estando morto? – o ex-auror riu levemente daquele comentário.

_ Se não fosse aquele idiota seria um de nós, se o deixássemos vivo o que iria acontecer? – falou Salazar Salvatore - Ele iria para uma cela no ministério para ser interrogado e então depois de conseguirem algo dele iria para Azkaban e com toda a certeza haveria uma grande possibilidade dele conseguir fugir não é mesmo? E acham mesmo que isto representaria que nunca o veríamos novamente? Estão errados, ele voltaria afinal olhem para ele lutou bravamente de um modo insano do tipo de alguém que não aceita a derrota. Então ele se vingaria, de vocês ou de mim poderia até atingir um inocente se fosse o caso de nos fazer se sentirmos culpados por tê-lo mantido vivo.

_ todo o dia conforme o tempo passa eu vejo que foi certo ter você fora dos aurores – afirmou Harry - você com toda a certeza não se encaixa com o nosso trabalho nem possui qualquer respeito com a vida.

_ ah, deveria me sentir ofendido? Vê se acorda Potter, estamos em uma guerra não importa se você usa este distintivo ai do ministério ou é apenas um bruxo civil como qualquer outro porque você será atingido e neste momento não pode mostrar fraqueza nem coração mole – disse Salvatore – estamos em uma guerra aqui cada decisão errada custa um grande preço, numa batalha não há outras opções que não seja matar ou morrer e isto apenas determina até onde você esta disposto a ir para alcançar a vitória.

_ precisamos tirar Victoire daqui e levar para o St. Mungus – gritou Teddy desesperado chamando a atenção de todos ali presentes, o metamorfomago havia levantado junto com a esposa tendo o apoio de Bill.

_ eu estou sangrando... – falou entre soluços Victoire ainda mantendo as mãos na barriga – o bebê Teddy... Nós não podemos perdê-lo, não podemos...

_ não iremos – assegurou Teddy - eu prometo para você tudo vai ficar bem, agora eu vou pegá-la no colo para que possamos ir até o andar de cima – ele suspirou – esta pronta? – a loira assentiu sendo em seguida tirada do chão pelo marido que com os pais da moça em seu encalço subiu os degraus da escada até a cozinha.

_ James, me ajude com a Molly – falou Nickollaus e o ruivo caminhou até onde se encontrava a prima desacordada onde a pegou no colo sendo auxiliado pelo moreno.

James já ia seguindo os degraus da escada quando foi parado antes de começar a subi-los por Salazar Salvatore que viera até próximo dele e estendera a mão lhe oferecendo algo que o rapaz identificou como sendo sua varinha que se encontrava suja de sangue.

_ parece que você teve o privilegio de ter tido a sua varinha pega pelo comensal da morte – disse Salvatore enquanto o ruivo a pegava com os dedos da mão livres sendo um pouco complicado já que trazia a prima em seus braços – não se preocupe você pode lava-la que logo não haverá mais nenhum sinal na madeira – ele colocara uma das mãos sobre o ombro do ex-aluno – sei que não concorda com o que fiz, mas um dia entendera.

_ este será um dia que nunca chegara a acontecer – respondeu James antes de começar a subir sendo que o ex-auror tornara a fazer seu caminho para o lado oposto na direção do corpo do comensal da morte.

Com um movimento de varinha Salazar Salvatore fizera o corpo desaparecer sendo que a única coisa que deixara para trás fora um quantidade excessiva de sangue que formava uma poça que com outro feitiço mudo também desaparecera não restando nada ali. O ex-auror então caminhara para próximo do lampião que iluminava o lugar e o apagara ficando totalmente no breu se não fosse a luz da cozinha que trazia luz as escadas pela qual subira tomando seu destino sendo que era uma ultima olhada para o ponto semivisível do canto onde a segundos atrás se encontrava o corpo do garoto que ele matara.


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Notas finais do capítulo

Então, antes de querer saber a opinião de vocês sobre este capitulo quero anunciar uma fic nova minha que adoraria que vocês descem uma olhada até porque acredito que muitos aqui além de fãs de HP são também de HDO/PJO e eu e umas amigas minhas resolvemos fazer um crossover.

Link da nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/451530/The_Legends_of_Hogwarts_-_O_Legado_de_Slytherin/

deem uma chance, e eu adoraria vê-las lá também se fosse possível.

também estou passando o link do blog para que vejam as postagens recentes minhas lá.
http://thefanficsthiago.blogspot.com.br/


Acho que é só o que tinha para falar. Agora sobre o capitulo, deixem a opinião de vocês sobre o que gostaram, se estão ansiosas para o próximo ( acredito que sim) E este tipo de coisa que sempre gosto de ler. Adoro ter o retorno de vocês para com o capitulo.
Bem, até mais.