Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 16
Contratempos de Volta as Aulas


Notas iniciais do capítulo

Hei minhas leitoras, como vocês estão queridas?
Bem, capitulo quente terminado de ser escrito para vocês.
Espero que gostem do que vão ler.
Nos vemos lá embaixo.



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As mesas começaram a se agitar conforme as pessoas se moviam para fora do salão, Albus pode trocar um rápido olhar com sua namorada que chamava os alunos do primeiro ano de sua casa. Lysander parecia estar fazendo a mesma coisa tendo Safira Carrow ao seu lado ambos tomavam a frente dos novatos que se dirigiam para fora do salão principal sendo que tanto a sonserina quanto a lufa-lufa seguiram pelo mesmo corredor por um tempo rumo aos andares baixos sendo que as outras duas caras rumaram para suas torres através das escadas.

Então chegou a um ponto que finalmente a lufa-lufa deixou de acompanhar a casa verde e prata, seguindo pelo corredor das cozinhas enquanto a sonserina continuava a descer cada vez mais rumo às masmorras. O caminho para as o salão comunal era sombrio, podiam perceber os primeiranistas parecerem receosos de caminhar por aquele corredor apenas iluminado por tochas de chamas verdes em suportes de latão nas paredes. Eles então chegaram a entrada que era guardada pela armadura negra e ambos os monitores pararam um de cada lado.

_ por favor, novatos façam um circulo ao redor sim? – disse Lysander percebendo que a maioria ainda conversava entre si não dando muita atenção para o rapaz.

_ silencio – disse Safira apontando a varinha para a garganta, sua voz silenciou todos ao seu redor – muito bem – sua voz já estava no tom normal - prestem atenção ao que temos que dizer é importante caso não nos ouçam vocês correram o risco de dormir para o lado de fora do salão comunal qualquer noite destas.

_ a entrada se encontra atrás desta parede, para entrar é simples observem – disse Lysander ignorando o fato de sua parceira de monitoria ter usado novamente o feitiço sonurus para se dirigir aos primeiranistas aquilo poderia criar uma imagem ruim dela, mas não iria falar para ela aquilo naquele momento – o nosso salão comunal se encontra atrás desta parede, ela é guardada por esta armadura que pertenceu a um dos filhos de Salazar Slytherin e ela é enfeitiçada magicamente para proteger qualquer um que não seja reconhecido como um membro da nossa casa e tente entrar.

_ como ele sabe quando era outra pessoa que não é da sonserina? – disse um primeiranista com uma voz esganiçada e erguendo a mão para chamar atenção.

_ ele vai atacar alguém que não for da nossa casa, é isto que está dizendo? – disse outra primeiranista com o tom de voz assustado.

_ não, é claro que não – disse Safira – bem pelo menos nunca aconteceu nada do tipo, mas creio que se alguém forçasse a entrada... Eu diria quem sabe, não é mesmo? – ela riu levemente – calma, é brincadeira, queira prosseguir com a explicação.

_ pois bem, a passagem foi alterada depois da segunda guerra bruxa para a que temos atualmente – disse Lysander – antes era apenas uma parede lisa, nada, além disto – ele então se voltara para encarar a armadura – mas o que realmente interessa é como vocês podem entrar que é algo realmente bastante simples – ele se voltara para os primeiranista então colocou a mão sobre o escudo com o brasão da casa – a mão de vocês deve impulsionar o escudo um pouco para trás e vocês devem dizer a senha que neste caso é ofidioglota - A parede fez um ruído e começou a se mover primeiro alguns centímetros para frente então se arrastava para o lado esquerdo - entre, não se sintam acanhados.

O salão comunal da sonserina continuava o mesmo de sempre, estava localizado abaixo do lago negro de Hogwarts sendo que pelos belos vitrais podiam se ver a lula gigante e alguns sereianos nadando e acenando para os recém-chegados. Albus sorriu da cara de espanto e exclamações dos novatos apontando para as criaturas magicas que ainda saudavam antes de desaparecer de vista.

Grandes esferas penduradas no teto iluminavam dando um ar misterioso ao salão comunal, com suas poltronas e sofás verdes escuros com almofadas prateadas de seda. Nas paredes as tapeçarias medievais decoravam os grandes feitos dos sonserinos passados além de mesas de estudos para os alunos e um par de passagens com escadas que levavam aos dormitórios. Os veteranos iam subindo para os dormitórios, permanecente poucos além dos monitores no salão comunal em companhia dos primeiranistas.

_ atenção todos vocês – disse Safira chamando a atenção dos alunos sem que fosse necessário o feitiço para ampliar a voz – há algumas coisas que gostaríamos de dizer antes que todos vocês se dirigissem aos seus dormitórios.

_ primeiramente todos sejam bem vindos, eu sou o monitor Lysander Scamander e esta é minha parceira a monitora Safira Carrow – disse o gêmeo – devo dizer que estou muito contente em recebê-los em sonserina – ele começou a andar, gesticulando – nosso emblema é a serpente, famosa por sua astucia e tida como vilã por muitos em historias o que em minha opinião não tem muito haver por se tratar de um animal magnifico que apenas ataca quando esta em perigo ou para se alimentar de forma que não é muito diferente das outras criaturas da natureza apenas incompreendido como muitos de nós muitas vezes somos.

_ ele é bom – disse Dakota sussurrando para os rapazes que estavam em sua frente, ambos manearam a cabeça positivamente.

_ ele deve ter ensaiado por dias – disse Scorpius para a prima.

_ é improviso, tenho certeza disto – disse Lorcan seguro de suas palavras.

_ como puderam notar nossas cores são verdes esmeralda e prata, e nosso salão comunal se encontram atrás daquela passagem que como puderam perceber somente se abre quando é pressionado o escudo e dito a senha – disse Lysander – sobre a senha, é importante dizer a vocês que ela muda a cada quinzena e vocês podem encontrar as palavras chaves fixadas naquele mural.

_ espero que tenham gostado do nosso salão comunal – disse Safira indicando ao redor com seus braços – é em minha opinião elegante e confortável, não faço a mínima ideia de como são os outros salões, mas duvido que eles tenham a mesma bela visão que nos do lago de Hogwarts – ela indicara as janelas – é uma vista para as suas profundas aguas sendo que possamos ver as criaturas fantásticas que existem no lago sendo que geralmente eles aparecem todo o primeiro dia de aula no caso dos sereianos e apenas neste dia enquanto a lula gigante, nós podemos vê-la com mais frequência... É como estar no interior de um naufrágio subaquático – ela então se voltou para o seu parceiro de monitoria que a observava – sendo que acredito que podemos considerar este um dos melhores lugares por conta das ondas relaxantes que trazem um clima tranquilo e talvez deva dizer... Romântico – ela sorrira então voltando a encarar os novatos quando percebera o quanto o loiro ficara sem ação por aquelas palavras.

_ certamente vocês notaram o fantasma flutuando sobre nossa mesa do salão principal, seu nome é Barão Sangrento e é o guardião de nossa casa – disse Lysander tentando retornar ao seu discurso apesar de perceber os risinhos de algumas das crianças certamente pelo fato de que ele certamente corara – tente fazer amizade com ele, vá por mim é algo realmente agradável, pois ouvi dizer que ele é um ótimo ouvinte e se pegar intimidade ele pode concordar em assustar as pessoas para você e claro, é uma boa forma de conseguir evitar o Pirraça, que é o poltergeistda escola que consegue ser um pé-no-saco na maioria das vezes... O nosso fantasma é o único que ele realmente teme.

_ e uma bela dica para iniciar a amizade é que vocês não perguntem como ele se tornou tão sangrento daquela forma – disse Safira – vai por mim, não é uma visão muito agradável ver seu rosto sombrio e meio sinistro te encarando.

_ bem, acredito que ajam algumas coisas que se deva saber sobre a sonserina, e outras que devem ser esquecidos – disse Lysander - acredito que devemos começar desfazendo alguns mitos sobre nossa casa.

_ alguns rumores que você deve ter ouvido da nossa sonserina certamente é de que todos que aqui estamos acabamos ou estamos envolvidos em Arte das Trevas – disse Safira – ou que você só recebera o respeito que merece se possuir puro sangue ou tiver algum familiar que fez algo grandioso... O que devo dizer é que vocês não devem dar ouvidos para este papo todo que certamente irão vir de outras casas concorrentes.

_ essa fama não nos faz justiça, sim é verdade que nossa casa tende tradicionalmente em possuir um grande numero de bruxos e bruxas que já seguiram por estes caminhos errados bem como muitos dizem que membros da sonserina costumam vir de uma grande linhagem de sangue magico sendo atualmente quase raro já que muitos dos alunos atuais possuem pelo menos um dos pais trouxas – disse Lysander – ou ambos... O que me leva a salientar que como monitor não irei permitir qualquer espécie de preconceito seja entre nós ou com membros de outras casas por conta do status sanguíneo ou por qualquer outra ofensa que possa vir a ocorrer.

_ foi dito bastante sobre o que não somos até agora, então falaremos sobrem o que nós somos – disse Safira – somos a casa mais legal e mais mordaz na casa, existe um antigo ditado em nossa casa que diz “um sonserino deve sempre fazer o máximo mesmo o impossível para se tornar o melhor naquilo que é bom” simplesmente, quer dizer que nossa ambição nos leva a expectativa de sempre querermos nos superar e crescer mais... Somos vencedores, em busca de conquistar nosso lugar ao sol – ela indicou as paredes – por estas paredes, neste salão comunal passaram mentes de pessoas brilhantes... Bruxos que mudaram o mundo e foram grandiosos porque a ambição e sua astucia bem como o fato de terem sangue-frio para conseguir isto não importando os meios era o que os levaram a entrar para historia... E isto eles aprenderam aqui em nossa casa – ela olhou para cada um deles – Merlin foi um de nós, sim aquele mesmo que todos consideram um dos maiores bruxos se não o maior de todos os tempos foi um sonserino...

_ grandes nomes realmente estiveram presentes em nossa casa, mas lembre-se que cada um de nós tem seu devido valor e devemos nos esforçar para que venhamos a crescer e nunca nos comparar com aqueles do passado e não tentar alcançar ou superar a sua grandeza e sim criar expectativas próprias – disse Lysander – pois esta sim leva à verdadeira gloria e honra que cada um aqui busca.

_ até porque nós somos especiais meus caros, saibam disto sempre – disse Safira - Por que, você sabe o que Salazar Slytherin procurava em seus alunos escolhidos? As sementes da grandeza. Você foi escolhido por esta casa porque tem o potencial para ser ótimo, no sentido literal da palavra. Certo, você pode ver uma dupla de pessoas no Salão Comunal que talvez não pareçam destinadas a algo especial. Bom, guarde isso para você. Se o Chapéu Seletor os colocou aqui, há algo de bom neles, não se esqueça disso... Grandezas vêm de maneiras diferentes, bem como gloria e honra propriamente dita.

_ foi bom que minha parceira de monitoria falasse a respeito de ditados sobre nossa casa, pois isto me lembrou de um fato bastante peculiar – disse Lysander chamando a atenção de todos – possuímos um imenso respeito e companheirismo com os nossos colegas estudantes... O professor Slughorn, nosso diretor de casa nos falou uma vez e devo repetir “um sonserino nunca abandona um sonserino” e isto é verdade, não importa os problemas que possa vir a ter com qualquer outro membro das casas concorrentes, sempre terá colegas ao seu socorro em qualquer circunstancia – ele fez uma pequena pausa antes de prosseguir - os corredores de Hogwarts são perigosos em especial para nós, pois existem em outras casas pessoas que certamente adorariam pegar primeiranistas desprevenidos de modo que aconselho a vocês que andem em grupos para evitar surpresas desagradáveis.

_ diferente das outras casas que não podemos dizer a mesma coisa – disse Safira – como a corvinal que apesar de serem os maiores nerds deste castelo, eles também são famosos por ajudar apenas e somente apenas um ou outro dos seus colegas de casa a tirar notas altas e isto é o máximo de companheirismo que você pode encontrar entre eles... Já que a maioria no geral é feita de pessoas individualistas – ela olhou para o monitor que parecia geralmente sentido por aqueles comentários, afinal sua namorada era daquela casa – enquanto nos sonserinos, sempre teremos um ao outro – e sorriu, fazendo o loiro realmente ficar incomodado, pois podia esta começando a perceber que talvez sua ruiva tivesse razão para ter ciúmes da garota – nós todos somos apenas um, somos a elite de Slytherin e este é nosso maior orgulho.

_ mas é claro que não devemos julgar boatos ou mesmo generalizar os membros da casa, como cada um de nós em nosso particular temos características e personalidades diferentes é a mesma coisa com os alunos de outras casas – disse Lysander – por isto devo dizer que a amizade inter-casas é apoiado pois ajuda a fortalecer ligações além de ser de grande ajuda conhecer e ter amigos de outras casas principalmente quando é comum termos aulas duplas.

_ mas claro que sim, um fato curioso é que nós costumamos nos dar bem com corvinais, sei o que disse a respeito deles agora pouco, mas devem se lembrar de que eles são a casa mais próxima de nós em valores e personalidade que qualquer outra – disse Safira – claro, que ficaram sabendo mais cedo ou mais tarde de nossa rixa com os grifinorios e que alguns ainda afirmam que sonserina e grifinoria são como os dois lados de um mesmo galeão o que pessoalmente acho que somos mais parecidos do que gostaríamos o que certamente é o que mais faz com que eles desgostem de nós.

_ isto é tudo, agora vão direto para seus dormitórios e tenham uma boa noite de sono – disse Lysander – será um grande dia amanhã para todos.

Houve vários murmúrios e sussurros dos alunos antes que eles começassem a se dissipar seguindo cada um para sua devida escada, garotos a esquerda e garotas a direita. Ao se despedir dos alunos, os monitores puderam perceber um pequeno grupo de quintanistas que permaneciam no salão e os aplaudiam depois do belo discurso que haviam feito.

_ não notei vocês, achei que já tinham subido para o dormitório – disse Lysander meio sem jeito quando se aproximava dos amigos que aumentavam as palmas e gritavam seu nome – silencio, por Merlin querem acordar toda a masmorra?

_ qual é o problema, você tem vergonha da gente é isto? – disse Scorpius após um grande urro que Lysander silenciara com a mão em sua boca que ele removera prontamente – nós, seus amigos, seus melhores amigos e mesmo assim se sente envergonhado porque estamos simplesmente felizes por você garoto-monitor.

_ eu só não quero as pessoas reclamando da baderna de vocês – disse Lysander seriamente – e não me chame assim Scorp...

_ ou vai me colocar em uma detenção por acaso? – disse Scorpius erguendo uma sobrancelha com ar questionador.

_ não que eu não tenha vontade – disse Lysander – mas seria injusto e eu não poderia de qualquer forma – ele colocou a mão nos bolsos e olhara ao redor da sala como quem havia dito qualquer coisa sem importância.

_ bom saber, deveria desconfiar que iria ficar ainda mais tenso para brincadeiras com você depois que recebeu esta coisa – disse Scorpius apontando para a insígnia brilhante no peito do amigo.

_ eles acertaram dando o distintivo para você – disse Albus sorrindo levemente – só não vá mudar por conta dele, odiaríamos que isto acontecesse.

_ estamos tão orgulhosos de você – disse Lorcan abraçando o irmão – aquele discurso foi incrível, você nasceu para ser monitor tenho certeza.

_ não foi nada demais Lorcan – disse Lysander um pouco encabulado.

_ não diria assim – disse Safira – você mandou muito bem, fiquei realmente impressionada – ela sorriu fazendo o rapaz se sentir sem jeito talvez por notar que ela ainda estava ali.

_ oh, bem... Obrigado – disse Lysander um pouco hesitante.

_ você também foi bem – disse Dakota para a garota que sorriu simpática para a morena um pouco confusa, talvez por não conhece-la o que não passou despercebida – acho que seremos colegas de quarto.

_ me falaram mesmo que havia uma garota nova no quinto ano, então é você – disse Safira a cumprimentando – então onde estudava antes de vir para cá?

_ em casa – disse Dakota simplesmente podendo perceber um olhar diferente na garota por alguns segundos antes que ela sorrisse.

_ que coincidência, eu também – disse Safira – meus pais me educaram e a minha irmã até nosso terceiro ano em casa só que nosso padrinho acabou por convencê-los que seria melhor que estudássemos em uma escola de verdade.

_ legal – disse Dakota sorrindo.

_ parece que você encontrou alguém que possa ser sua amiga – disse Scorpius à prima que lhe dirigira um olhar animado, era bom perceber que ela podia se adaptar sozinha.

_ bem, se ela quiser minha amizade – disse Safira num tom de voz brincalhão, dando de ombros.

_ se você vai conseguir me aguentar – disse Dakota no mesmo tom – quem sabe não podemos nos dar bem.

_ é quem sabe – disse Safira sorrindo levemente.

_ então você me mostra nosso quarto – disse Dakota - acho que estou com medo de entrar em uma porta errada sabe.

_ na verdade, é bem fácil de saber qual é – disse Safira – venha, vou te mostrar – ela apontara para a escada e a garota começara a subir.

Enquanto caminhava e subia os degraus, pode se notar um gingado nos quadris da garota como de uma forma quase que hipnotizante. Albus se sentiu atraído não podendo desviar os olhos, e quase tivera um choque quando ela se voltou para o grupo de garotos, os encarando por de cima do ombro.

­ _ nos vemos amanhã – disse Dakota aos rapazes – boa noite – ela então encarara Albus sorrira para ele antes de desaparecer para o andar superior.

_ até mais Lysander – disse Safira então se aproximando e o abraçando o que realmente surpreendeu o rapaz ainda mais quando ela lhe deu um beijo no rosto – tenha uma boa noite.

_ para você também – disse Lysander numa voz esganiçada, então pigarreara – para você também, nos vemos amanhã – falara com o tom de voz normal.

_ boa noite para vocês também galera – disse Safira antes de subir saltitante cada um dos degraus, podia se notar que seu rosto estava um pouco corado.

Quando ela desaparecera nos degraus, o loiro se voltara para os amigos com um olhar serio em seu rosto e então sussurrou o que certamente soou como a pior ameaça que alguém já havia feito a eles um dia.

_ não falem nada, ou irei rever meu conceito sobre dar detenções aos meus amigos – disse Lysander antes de seguir em direção das escadas sendo seguido pelos amigos em silencio até o dormitório.

Eles abriram a porta do dormitório e cada um foi para sua devida cama após trocar as vestes que usavam por pijamas. Albus repousou sua cabeça no travesseiro e conseguiu dormir quase que instantaneamente e não foi diferente com seus colegas de quarto que também pareciam estar cansados.

Na manhã seguinte o moreno foi o ultimo a acordar, ele se levantara lentamente fitando os rapazes que terminavam de se arrumar. Scorpius colocava as calças e ainda estava sem camisa e com o cabelo molhado do banho, Lysander dava o nó na gravata enfrente ao espelho, enquanto seu irmão estava completamente arrumado deitado de costas na cama e fitando o tento de pernas cruzadas.

_ hei, olha só não precisamos jogar um balde de agua fria para acordá-lo - disse Scorpius – vá escovar os dentes e dá um jeito nessa cara antes de descermos ou vai assustar as pessoas no café da manhã.

_ está bom mãe – disse Albus sarcástico antes de se levantar e se arrastando até o banheiro já desabotoando a camisa do pijama que usava.

_ nos vemos na mesa, não demore em descer do contrario vai perder o café da manhã – disse Lysander olhando por sobre o ombro para o moreno que assentiu antes de fechar a porta do banheiro.

Albus tomara um banho rápido se enxugando um pouco no banheiro antes de ir para o quarto se trocar, ao entrar no quarto se deparou com alguém ali. Lorcan ainda fitava o teto distraído, com o pensamento longe. O moreno olhou para o amigo de modo curioso, antes de seguir para sua cama e começar a se vestir com o uniforme às vezes olhando para o rapaz para se certificar de que ele não estava olhando.

_ não se preocupe Al, não estou olhando para você se trocando – disse Lorcan surpreendendo o amigo – na verdade, posso estar aqui, mas não é aqui que gostaria de estar.

_ saudade do seu pai? – disse Albus arriscando adivinhar o que o loirinho estava pensando, no geral era difícil, pois Lorcan tinha uma estranha maneira de agir que às vezes não conseguia ser decifrado.

_ não é outra coisa – disse Lorcan com a voz distante – estou tentando encontrar a melhor maneira de agir hoje – ele voltara seu olhar para o moreno que terminava de abotoar a camisa já com a gravata jogada nos ombros.

_ algo que talvez, eu possa lhe ajudar? – disse Albus enquanto amarrava o cadarço dos sapatos – somos amigos, sabe que pode contar comigo.

_ é sobre a Chloe – disse Lorcan suspirando de um modo triste - nós brigamos ontem.

_ entendo, sinto muito por isto – disse Albus tentando disfarçar a surpresa – isso explica porque vocês pareciam tão estranhos ontem um com o outro – ele andou até a cama do rapaz se sentando aos seus pés – mas sobre o que foi a briga? Vocês nunca brigaram antes que eu saiba.

_ um garoto – disse Lorcan – o nome dele é Sean Finnigan, ele é amigo dela e eu fiquei com um pouco de ciúmes da relação dos dois – ele olhou para o moreno, Albus podia notar em seu olhar que ele estava arrependido – agora eu sei que o modo como agi foi errado.

_ por que não diz isto a ela? – disse Albus – ela vai entender que foi apenas um erro seu, que está arrependido de ter feito – o loiro ficou em silencio voltando a fitar o teto como se pudesse ver através dele.

_ eu vou fazer – disse Lorcan ainda olhando para o alto - só que eu estive pensando sobre a nossa relação, eu percebi que tem coisas dela que desconheço e se o fato de não tiver contado sobre o Sean é porque houve algo a mais que não queria que eu soubesse.

_ você se sentir assim é normal, só não deixe a desconfiança acabar com o que vocês tem de bom – disse Albus se surpreendendo com suas próprias palavras mas sabendo disfarçar – entenda que estão se conhecendo ainda, eu mesmo não conheço a Alice o suficiente e nós nos conhecemos desde os cinco anos.

_ obrigado Al – disse Lorcan olhando para o amigo – você é bom em dar conselhos.

_ disponha – disse Albus sorrindo levemente antes de se levantar e pegar a mochila – então, está preparado para ir ou vai ficar por aqui? – ele já se levantara da cama e se encaminhava para a porta do quarto.

_ já estou indo – disse Lorcan pegando seu sapo no aquário e o colocando no bolso das vestes bem como pegando a mochila e a jogando por sobre o ombro.

Eles desceram para o salão comunal que se encontrava vazio e passaram para a parede seguindo pelos corredores das masmorras até a escadaria que levava para o andar superior. Logo cruzaram as portas de carvalho do salão principal e puderam ver Scorpius acenando para eles da mesa da sonserina, o moreno olhou para o outro lado do salão, no entanto para encontrar certa lufana sentada ao lado das colegas de quarto.

_ pode ir indo Lorcan, logo eu vou ao encontro de vocês – disse Albus seguindo em direção da mesa da namorada, sonserino chegou por detrás da garota a abraçando.

_ bom dia – disse Alice sorriu enquanto se voltava para ele lhe dando um singelo beijo que fez as garotas ao redor dela soltarem alguns risinhos – quer se sentar? – ele se acomodou então no espaço que havia ao seu lado no banco.

_ bom dia querida – disse Albus então se curvando e pegando uma torrada de seu prato em meio a protestos dela – senti sua falta ontem na cabine, não é a mesma coisa sem você lá.

_ eu entendo, mas é minha função agora – disse Alice – devia ficar feliz por mim – ela passava geleia na torrada antes de dar uma mordida – sabe que ser monitora é algo que eu sempre quis.

_ eu não estou criticando, é apenas que... – disse Albus se aproximando dela e sussurrando em seu ouvido – apenas que eu senti falta de passar a viagem deitado em seu colo enquanto você faz cafuné em mim, senti falta do seu cheiro e de poder estar ao seu lado... – ela abriu um sorriso então lhe dando um beijo de verdade, intenso o suficiente para fazer as garotas ao redor soltarem gritinhos de incentivo.

_ hei, vão se pegar em outro lugar tem gente que quer comer aqui – disse Augusta ao lado da irmã, fazendo com que os lufanos ao redor soltassem risadas.

_ ela tem razão – disse Alice e o rapaz a olhou com um olhar triste – não faça esta cara, nos vemos na aula – ela dera um gole em seu suco de abobora – aposto que vamos ter aulas duplas este ano.

_ o que acha de eu tomar café aqui com vocês hoje? – disse Albus sorrindo levemente ao que a garota retribuiu, mas maneou a cabeça negativamente.

_ nem pensar – disse Alice – é contra as regras.

_ regra mais estupida – disse Albus – não devíamos se obrigados a sentar em mesas diferentes, poderíamos sentar onde quiséssemos.

_ diga isto para os professores, quem sabe eles não vão mudar uma tradição que remonta a época dos fundadores apenas para que você possa dar uns beijos na sua namorada durante as refeições – disse uma voz atrás do moreno, que ao se virar deparara-se com Kevin Smith o olhando seriamente – agora, se levante e cai fora da minha mesa.

_ seu nome está escrito nela por acaso Smith? – disse Augusta – porque me diga onde que eu sinceramente não consigo ver.

_ o que está esperando? – disse Kevin Smith – ou prefere perder alguns pontos antes mesmo da sua casa ganhar algum?

_ você não pode tirar pontos mesmo sendo monitor – disse Alice seriamente – isto está além de nossas funções.

_ vai realmente deixar a sua garota defender você, logo se vê que tinha mesmo que estar na sonserina – disse Kevin fazendo o rapaz se erguer ficando frente a frente com ele.

_ não faça nenhuma besteira – disse Alice segurando a manga da camisa do namorado que dera alguns passos para trás.

_ não quero confusão para o primeiro dia – disse Albus ajeitando a mochila no ombro então se abaixou para dar um ultimo beijo na morena antes de seguir até a sua mesa sem olhar para trás.

Ao se aproximar o suficiente da mesa da sonserina pode perceber que os seus amigos o estavam observando. Albus se sentara ao lado de seus amigos na mesa do café da manhã, já puxando um prato de torradas e passando manteiga em algumas delas antes de levar a boca e mastigar.

_ sabe, você tem muita paciência – disse Scorpius – eu no seu lugar teria dado um soco bem dado naquele idiota do Smith – ele se servia com uma xicara de café, do bule escapava uma fumaça distinta que desparecia rápido.

_ é por isto que você consegue uma detenção facilmente na primeira semana senão no primeiro dia – disse Lysander partindo sua omelete e levando uma garfada à boca – ainda me lembro de como há dois anos você fez uma serpente atacar o Zabini.

_ hei, ele mereceu não se esqueça disto – disse Scorpius antes de dar um gole em sua xicara de café – de qualquer forma, não é sobre mim e sim sobre o perdedor do Smith querendo dar uma de folgado para cima do Al.

_ e você acha que eu estou bem com isto? – disse Albus – tive que me controlar, e só fiz isto porque a Alice pediu do contrario ele teria saído correndo para a enfermaria a essas horas para que Madame Pomfrey revertesse a azaração que eu ia jogar nele.

_ pense bem, ele é monitor então mesmo que a Alice não esteja por perto... – disse Lysander, mas foi interrompido antes de terminar a frase.

_ espere ai, esta falando para o Al abaixar a bola só porque aquele imbecil tem um negocio de metal idiota pendurado na gola da capa? – disse Scorpius rindo secamente – quer realmente que ele deixe passar algo assim?

_ sim, isto seria o certo a fazer – disse Lysander com uma face de que era obvio então se virando para o moreno – você não quer causar problemas para ela não é? Afinal você estava na mesa apenas por conta da Alice, então de certa forma ela seria a culpada e por Merlin, vocês iam brigar por algo tão idiota...

_ eu sei, não precisa continuar com o sermão – disse Albus mastigando as torradas – foi apenas coisa de momento, não se preocupe não pretendo fazer nenhuma besteira.

_ os horários – disse Lorcan retornando a mesa e entregando para os rapazes alguns pedaços de pergaminho que havia pegado com o professor Slughorn – é uma boa manhã que vamos ter.

_ transfiguração, dois períodos de poções e herbologia antes do almoço... – disse Lysander então se voltando para Scorpius – e poções é aula dupla com a grifinoria.

_ maravilha, assim eu posso sentar com ela enquanto recebo ajuda dela para não derreter meu caldeirão – disse Scorpius então lendo o horário - só que depois do almoço temos historia da magia e adivinhação.

_ por Merlin, duas aulas inúteis é isto que é... – disse Albus - Binns tentando matar a sala de tedio e aquela doida da Trelawney predizendo nossos futuros sangrentos com membros mutilados e mortes violentas.

_ deveríamos estar acostumados – disse Lorcan dando de ombros.

_ se aula do Binns fosse a ultima eu nem mesmo ia para o dormitório, ia ficar apagado na sala de aula mesmo se vocês não me arrastassem – disse Scorpius fazendo os amigos rir enquanto eles deixavam a mesa seguindo para fora do salão principal.

_ podem ir, tenho meu trabalho para fazer – disse indicando o distintivo e seguindo para próximo de onde Safira estava com o grupo de primeiranistas que levariam até a primeira aula.

Eles chegaram à sala de transfiguração, Teddy Lupin ainda não havia chegado e havia uma grande surpresa para o moreno que era encontrar a turma do quinto ano da lufa-lufa ali. Os três se encaminharam para seus respectivos lugares na frente, aquela era a melhor matéria de todos eles e o professor era de longe um dos favoritos deles. Não demorou muito para que Lysander entrasse e estivesse em seu lugar ao lado de seu irmão.

Logo Dakota Greengrass entrou acompanhada das gêmeas Carrow e por uma estranha razão ela não parecia estar muito animada por conta da sua expressão seria e um pouco mal humorada. Ela se sentou atrás de Scorpius e Albus enquanto as outras duas garotas foram para o fundo da sala.

_ aquela vadia desgraçada – disse Dakota fazendo os garotos a encararem se voltando para ela – nunca pensei que fosse me sentir tão irritada com alguém que eu mal conheço.

_ de quem você esta falando? – disse Albus interessado, então a morena fez um sinal para a cabeça indicando as duas garotas que haviam acabado de entrar ao seu lado – pensei que gostasse da Safira.

_ ela é um doce, o problema é que ela é irmã daquela idiota – disse Dakota enquanto puxava seu material da bolsa – nem dá para acreditar que elas são da mesma família se não fossem gêmeas.

_ Jade realmente não tem nada haver com a irmã – disse uma voz atrás deles e então perceberam que vinha de Eldred Nott que não havia tirado os olhos do livro, no entanto ao seu lado Zack Zabini rabiscava qualquer coisa num pedaço de pergaminho – mas mesmo assim eu não cortaria ligações com ela, e tentaria ser gentil afinal ela é sua colega de quarto eu presumo?

_ sim, ela é – disse Dakota impressionada por estar recebendo conselhos de um desconhecido – eu não estava planejando fazer isto, não quero parecer grosseira apesar de que aquela garota tenha agido daquela forma com algumas pessoas a caminho daqui.

_ tente guardar para si o máximo possível, se ela souber que não aprova o que faz isto pode trazer problemas para você – disse Eldred e a morena assentiu – a proposito, é bom revela Dakota – naquele momento ela o reconheceu.

_ digo o mesmo Eldred – disse Dakota sorrindo para o garoto antes de se voltar para frente para encarar o olhar espantado de Scorpius e Albus que nunca antes haviam visto aquele garoto falar com qualquer pessoa que não fosse o Zabini ao seu lado.

Alice logo chegou se sentando em outra fileira de carteiras bem ao lado do namorado que sorriu para ela enquanto ela ajeitava as coisas sobre a mesa. A lufana cumprimentou os amigos então se voltou para o moreno já imaginando a pergunta que ele ia fazer.

_ o primeiro ano ia ter adivinhação, você sabe o quanto que aquela escada é distante não é? – disse Alice fazendo o moreno assentir então se voltando para o loiro ao seu lado.

_ você troca de lugar com a Alice para que possamos sentar juntos? – disse Albus e dando de ombros Scorpius se levantou e foi para a outra carteira enquanto uma lufana se aproximava tomando seu lugar ao lado do namorado.

Não demorou muito e Teddy entrou na sala, ele possuía uma cara abatida, a roupa amarrotada e os cabelos castanhos. O professor de transfiguração andou até a sala depositando sua maleta sobre a mesa e se sentando na quina de frente para a classe.

_ boa manhã para todos – disse Teddy – menos para mim que tive que acordar às três da manhã, pegar uma chave de portal porque minha mulher gravida estava com desejo por batatas fritas de um restaurante na França – ele sorriu enquanto as pessoas na sala começaram a rir – riem podem rir, um dia será a vez de vocês passarem por isto... Agora, vamos falar de assuntos sérios que não envolvem a vida profissional do professor afinal isto não irá cair nos NOM’S que todos vocês terão que prestar este ano letivo.

Houve um som de suspiros mútuos de desanimo da maioria da sala com a lembrança dos tão temidos exames enquanto outros simplesmente murmuravam ou resmungavam coisas. Não era todo mundo que podia ser bom em transfiguração, pensou Albus antes que o professor mandasse a sala acalmar os ânimos.

_ ora, vamos ninguém nunca morreu por conta de fazer estas provas – disse Teddy – mas é claro que sobre passar neles é outra historia – ele se levantara começando a andar em frente da sala - vocês não podem passar nos exames sem se aplicarem seriamente ao estudo e à prática. Não vejo razão alguma para alguém nesta classe deixar de passar no N.O.M. de Transfiguração, se trabalhar como deve – e então encara toda a sala – vocês foram à primeira classe que eu tenho ensinado desde o inicio em Hogwarts, e eu sei que fiz um ótimo trabalho com vocês então não me provem o contrario.

Teddy sorrira para seus alunos antes de puxar a varinha e aponta-la para o quadro negro. Os nomes dos feitiços, bem como as instruções de como segurar a varinha e os movimentos que deveriam ser feitos foi feito com giz flutuante na lousa.

_ Então... Hoje vamos começar a estudar osFeitiços de Desaparição ou feitiço de Desilusão – disse Teddy – alguém poderia me dizer, o que este feitiço faz e porque é chamado assim? – varias mãos ergueram-se no ar – Sr. Scamander...

_ feitiço de desaparição ou desilusão tem o efeito de mudar a tonalidade de cores de um objeto ou pessoa de modo que fique transparente podendo assim ficar camuflado ao ambiente ao seu redor – disse Lysander – muitos criadores de capas da invisibilidade utilizam este feitiço potencializado no tecido de modo que dure mais, mas ainda sim é temporário.

_ bela explicação, ainda adiantou algo que eu ia acrescentar ao falar das capas – disse Teddy orgulhoso – cinco pontos para a sonserina, agora há algo que deveriam saber sobre estes feitiços – ele olhou ao redor na sala, para se certificar de que todos estavam lhe dando atenção o que realmente estava acontecendo - São mais fáceis do que os Conjuratórios, que normalmente vocês não experimentariam até os N.I.E.M.s, mas estão incluídos entre as mágicas mais difíceis que serão exigidas nos N.O.M.s.

Teddy tinha toda razão ao falar que os feitiços eram difíceis. Mesmo Albus teve dificuldade em usar o feitiço de desilusão no camundongo que havia ganhado para praticar, no final da aula ele conseguira fazer desaparecer apenas o rabo do roedor o que fazia daquela aula a pior que tivera em transfiguração. Scorpius tinha sido um pouco pior ao fazer apenas os bigodes de seu rato branco desaparecer, Lorcan desaparecera com apenas as orelhas enquanto Alice conseguira ser um pouquinho melhor desaparecendo com a cabeça inteira.

Por outro lado, Lysander fez desaparecer, com êxito o seu, na quarta tentativa, ganhando mais dez pontos para a sonserina. Dakota conseguira na sexta de modo surpreendente arrecadando mais dez pontos para a casa verde e prata.

Foram os únicos que não recebeu dever de casa; todos os outros receberam ordem de praticar o feitiço e se preparar para uma nova tentativa com os camundongos que foram etiquetados e colocados na gaiola com o nome dos alunos, para que eles dessem continuidade na quarta-feira. Eles saíram da aula de transfiguração e foram para as masmorras, Albus se despediu de Alice com um beijo quando ela seguiu para a aula de feitiços.

Uma fila de alunos da grifinoria e sonserina aguardava do lado de fora da sala do mestre de poções. Rose conversava com suas colegas de casa que nem percebeu quando os sonserinos se aproximaram dela e quando o fez eles já estavam atrás de si com Scorpius a assustando e fazendo com que ela batesse em seu namorado com um exemplar de Mil Ervas e Fungos.

Scorpius riu em meio aos gemidos causados pelas investidas da garota contra eles, até que ela se cansou e ele ficou massageando o braço. A ruiva se mostrava vermelha de vergonha pelo gritinho que havia soltado por conta do susto.

_ nossa ruiva – disse Scorpius – você esta bem fraquinha ultimamente, deveria cuidar disto mais tarde sabia ou vai acabar indo parar na enfermaria.

_ o que você sugere que eu faça afinal Malfoy? – disse Rose se fazendo de zangada.

_ ai fica ao seu gosto, eu daria passada na cozinha para roubar alguma coisa depois do jantar – disse Scorpius dando de ombros – sabe como é, você precisa manter a forma Weasley ninguém gosta das garotas magricelas – ele dera um cutucão na cintura da garota que lhe dera um tapa.

Albus sorriu discretamente, aquilo só podia ser um código dos dois afinal não podiam assumir o relacionamento ainda afinal se havia algo que se espalhava rápido em Hogwarts eram as fofocas e tudo que menos queriam era uma carta sendo mandada para Ron sobre o novo namorado de sua filha.

Quando as dobradiças da porta rangeram revelando o rosto alegre de bigode de morsa de Slughorn que saudou seus alunos abrindo espaço para que eles entrassem e se acomodassem em seus lugares. Nesta aula, Albus e Scorpius sentariam juntos na mesma mesa que Dakota e Rose ficando de frente para elas.

Os gêmeos pegaram uma mesa próxima com Dylan Thomas e Sean Finnigan de frente para eles. O professor Então andou pela sala, mais especificamente para os membros de seu clube particular, o Clube do Slug que somente possuía os estudantes mais promissores a terem sucesso futuramente após o termino dos estudos.

_ Albus, meu rapaz – disse Slughorn as costas ao lado do moreno quando ele estava pegando seu caldeirão e o depositando sobre a mesa – com foram as férias?

_ boas – disse Albus e o professor continuou ali como se esperasse que ele fosse dizer mais alguma coisa – e quanto ao senhor? – falou em um tom educado.

_ ah, foram ótimas... Apesar de que eu passei trabalhando, aprimorando os meus talentos em poções apesar de ser um mestre devo continuar a estudar e inovar – disse Slughorn – meu sobrinho-neto havia me convidado para ir a Copa Mundial de Quadribol, por sorte tive de recusar, ou há esta hora vocês estariam com um professor novo porque este velho corpo certamente que não aguenta mais uma batalha sequer.

_ o senhor é brilhante, não creio que possa ser tão fácil cair desta forma – disse Rose e o professor lhe olhou agradecido.

_ e suas férias como foram Gran... – disse Slughorn então percebendo o erro que iria cometer - Weasley, como suas férias foram? Alias você não esteve conosco ano passado não é? Esteve na França de Intercambio, ainda bem que retornou estava sentindo falta de uma das minhas melhores alunas.

_ obrigado professor – disse Rose sem jeito pelo elogio – as férias foram ótimas, e apesar de ter achado ótimo os ensinos em Beauxbatons nada se compara a estar novamente em Hogwarts é aqui o lugar a que pertenço.

_ é muito bom ouvir isto Rose – disse Slughorn sorrindo então olhando para o resto da mesa – você é a aluna nova de que fui informado não é mesmo? – ele apontou para Dakota que assentiu – pois seja bem vinda senhorita...

_ Dakota Greengrass senhor – disse a morena sorrindo e assentindo para o mestre de poções que abriu o sorriso ao ouvir a pronuncia de seu sobrenome.

_ uma Greengrass, ora pensei que a família estivesse extinta – disse Slughorn rindo levemente – você é filha de quem?

_ Daphne – disse Dakota e os olhos do professor agora brilhavam mais do que nunca.

_ ela era uma excelente aluna, muito promissora e talentosa – disse Slughorn – espero que tenha herdado o talento dela para poções.

_ bem, creio que isto o senhor é que terá que me dizer – disse Dakota soltando um sorrisinho incomodado com a pergunta.

_ creio que será brilhante – disse Slughorn – se me permitem, tenho que começar minha aula – e se dirigiu para frente da sala chamando a atenção dos alunos que permaneciam em conversas banais sobre quaisquer assuntos para que se calassem.

_ ele nem ao menos falou com você Scorpius – disse Dakota sussurrando para o primo - era quase como se você nem estivesse aqui, por que ele fez isto?

_ ah, não sei... Talvez porque eu não faça parte da prateleira dele – disse Scorpius em um tom sarcástico – e se fosse você, me prepararia priminha, pois o jeito com que ele ficou animado com você certamente que será convidada para o clubinho.

­_Antes de começarmos a aula de hoje — disse o professor, caminhando imponente até a escrivaninha e correndo os olhos pelos alunos — acho oportuno lembrar a todos que em junho próximo prestarão um importante exame, no qual provarão o quanto aprenderam sobre a composição e o uso das poções mágicas... Eu espero que obtenham no mínimo um "Excede as Expectativas" no seu N.O.M. do contrario este será o ultimo ano que eu virei a ensina-los – ele começou a andar de um lado para o outro encarando seus alunos – mas não se desesperem antes do tempo ainda teremos um ano inteiro para que se esforcem para melhorar e persistam... Se lembrem de que poções não possui segredo algum basta seguir as instruções necessárias à risca que obterá o resultado esperado – ele parou na sua mesa e se sentou puxando um pergaminho de uma das gavetas e colocando um par de óculos de leitura – este mês iremos trabalhar na poção polissuco considerada uma das mais dificilíssimas de fazer e um bom teste para minha classe do quinto ano e para tal tarefa serão divididos em duplas que eu irei escolher.

Houve manifestações de discórdia, em parte pela rivalidade entre as casas ali presentes afinal grifinorios e sonserinos eram raras as exceções daqueles que se dão bem. Slughorn então começou a tentar controlar a sala dizendo para que os alunos se acalmassem para que ele pudesse prosseguir, mas era difícil de acontecer depois daquela revelação. Até que ele jogara um feitiço silenciador que calou a todos que estavam discordando da decisão de Slughorn.

_ eu devo dizer que estou desapontado com a reação de vocês, esperava algo mais maduro e que se tratando da preparação para os NOM’S um pouco mais de respeito de ambas as partes – disse Slughorn com um tom serio para os estudantes – muito bem, eu escolhi as duplas de modo aleatório, então vocês terão que trabalhar com quem eu decidi não importando se são da sua casa ou não além do mais quem sabe não acabo com esta velha rixa de cobras e leões? Ou quem sabe vocês não acabam com membros da sua própria casa se tiverem sorte – ele endireitara os óculos e se voltou para encarar o pergaminho – se juntem a suas duplas assim que começar a chama-los, vamos lá então: Creevey e Grimes... - dois grifinorios vibraram em silencio em seus devidos lugares, então Colin se levantou e se encaminhou para junto do garoto.

Albus continuou vendo os nomes sendo chamados e pessoas se levantando animadas ou com faces de que queriam morrer ou matar as suas duplas. Slughorn continuava nem ao menos olhando para ver se os alunos estavam realmente trocando.

_ Bulstrode e Thomas - Dylan olhou para a garota sonserina mal encarada antes de se levantar de má vontade e ir sentar ao seu lado.

_ Valentine e Nott – Faith reprimiu um gritinho animado se levantando e indo sentar ao lado do sonserino que parecia indiferente.

_ Pearkes e Wood – dois grifinorios vibraram lado a lado.

_ Jordan e Higgs – duas garotas de casas diferentes se olharam com faces de nojo.

_ Springs e Summers – Flora e outra garota da grifinoria sorriram uma para a outra e trocaram de lugar.

_ Malfoy e Goyle – o loiro se levantou de seu lugar em choque.

_ é o que? – disse Scorpius gritando surpreso e num tom como se tivesse acabado de ouvir o cumulo do absurdo então tornando a se sentar parecendo muito abalado com a noticia – não pode estar certo isto Slughorn, poderia rever, por favor...

_ eu sei o que fiz Malfoy, tome seu lugar sim? – disse Slughorn e após alguns minutos o loiro se levantou resmungando e foi em direção a mesa onde o grandalhão da sonserina se encontrava – continuando, Finnigan e Scamander...

_ qual de nós – disse Lorcan indicando ele e o irmão, por uma estranha razão ele esperava que fosse Lysander a ser a dupla de Sean apesar de que não teve esta sorte.

_ o senhor mesmo, o seu irmão fara dupla com a senhorita Safira Carrow – disse Slughorn e a monitora caminhou até a mesa de seu parceiro e se sentou a sua frente – vejamos, a outra Carrow ficara com Wilkes – as duas garotas da sonserina estavam uma ao lado da outra nem se mexeram – Potter e Greengrass...

Albus não pode evitar amaldiçoar o professor mentalmente, ele esperava ter a sorte de ter como dupla sua prima Rose que de longe era uma das melhores na classe de poções. No entanto quando viu a garota a sua frente lhe sorrindo não pode deixar de retribuir o sorriso de modo gentil.

_ isto vai ser ótimo – disse Dakota – pelo menos caímos com pessoas com quem temos já alguma afinidade – o moreno pareceu sem jeito, talvez porque diferente do que a garota poderia pensar os dois não eram tão próximos assim nem ao menos se conheciam.

_ na verdade, eu não sei se posso considera-la uma pessoa com quem tenho afinidade – disse Albus e pode perceber que havia dito algo sem pensar, como a garota pareceu ter seu sorriso morrendo aos poucos no rosto – quero dizer, pelo menos por enquanto pois depois que nos conhecemos melhor quem sabe não possamos ser amigos de verdade?

_ é quem sabe – disse Dakota sorrindo novamente, desta vez de um jeito mais leve então abrindo o livro de poções e começando a procurar algo certamente à parte que falava sobre a polissuco.

O professor terminou de formar as duplas, com o encerramento sendo feito com os dois últimos alunos de casas diferentes que haviam permanecidos sozinhos. No caso Rose Weasley se surpreendeu quando se viu tendo que fazer dupla com Zack Zabini. O moreno se sentou ao lado de Albus que o encarou seriamente como se esperasse que ele fosse dizer qualquer coisa, mas ao contrario ele apenas se sentou ali em silencio sem nem ao menos encarar o colega.

_ muito bem, todos com suas devidas duplas não é mesmo? – disse Slughorn se levantando da sua mesa – excelente, então vamos começar o trabalho... Mas antes algumas perguntas para exclarecer algumas duvidas que alguns alunos possam ter aqueles que souberem podem responder: qual é o efeito desta poção? – algumas mãos se levantaram no ar, sendo a maioria de sonserinos com apenas uma garota ruiva que fora rápida ao bastante para erguer seu braço primeiro – senhor Potter... – o professor sorriu ao dizer o nome de seu aluno, fazendo seus bigodes se curvar em seu rosto com isto.

_ transformar uma pessoa em outra temporariamente – disse Albus tentando ser direto, nada que fosse muito técnico ou dito ao pé da letra do que estava dos livros apenas algo que fosse ser considerado aceito.

_ e seu tempo de duração? – disse Slughorn e o moreno ficou pensando por alguns segundos até dar a resposta.

_ isso varia de acordo com a quantidade ingerida, um copo equivale a uma hora – disse Albus e pode ver que o professor parecia satisfeito com a resposta.

_ correto, cinco pontos para a sonserina – disse Slughorn então prosseguindo andando entre as mesas dos alunos.

_ parece que finalmente abriu seus livros neste verão não é Potter? – disse Zack casualmente e o rapaz encarou o colega ao seu lado com um olhar frio, que espécie de comentário era aquele? O que queria insinuar afinal? Mas decidiu por apenas sorrir e assentir.

_ na verdade, eu já tinha ouvido falar desta poção antes – disse Albus, se lembrando de quando ele tivera uma experiência com aquela poção uma vez ao se tornar seu irmão – meu pai me contou dela uma vez.

_ a poção polissuco é para uso restrito humano – disse Slughorn pondo um fim na conversa dos dois colegas que voltaram a atenção para ouvi-lo - de forma que serve apenas para pessoas, não é recomendado para uso de semi-humanos e de modo algum pode ser usado com animais do contrario haverá um verdadeiro desastre no resultado...agora, o que é necessário para que a poção possa transformar uma pessoa em outra, seu ingrediente principal para que seja um sucesso?

_ um pedaço da pessoa em que deseja se transformar – disse Rose já com a mão erguida – um fio de cabelo é mais recomendado e usado, mas também pode ser usada uma gota de sangue, pedaço de unha ou de pele.

_ correto Weasley, cinco pontos para a grifinoria – disse Slughorn então andando até a frente da sala – agora o que esperam para começar o trabalho, lembre-se que esta poção será metade da nota de vocês neste trimestre.

Os livros foram então abertos e as duplas começaram a trabalhar. Os ingredientes estavam no armário do professor que disponibilizou aos seus alunos, e as duplas trabalharam seriamente tentando pelo menos ter um inicio promissor na poção. Logo nem deu para perceber o tempo passar, Albus e Dakota ainda estavam bastante entretidos com a poção que nem ao menos pareceram perceber que já havia tocado o sinal anunciando o termino da aula.

Albus se levantara, recolhendo as suas coisas podendo notar que apenas os dois ainda se mantinham sentados. Dakota recolheu uma amostra do resultado da poção colocou em um pequeno frasco e escreveu na etiqueta o nome da dupla para poder entregar ao professor. Então caminharam para a saída onde seus amigos já o aguardavam, quando estavam prestes a sair ouviram o professor chamar.

_ senhor Malfoy, será que poderia permanecer mais um instante? – disse Slughorn fazendo o loiro erguer a sobrancelha com uma expressão de confusão, mas assentiu caminhando até próxima a mesa do professor enquanto seus amigos se dirigiam para as próximas aulas.

Eles se encaminharam para o lado de fora do castelo em direção as estufas, o céu se encontrava cinzento e um vento cortava os ares fazendo a grama verdejante oscilar. Albus e os colegas se encaminharam para a estufa três encontrando pelo caminho a turma de terceiranistas da grifinoria e lufa-lufa que retornava da aula. O moreno havia se voltado para Lorcan, para dizer alguma referente ao que o professor de poções queria em manter o Scorpius, mas o loirinho havia desaparecido de repente. Ele buscou o rapaz com os olhos o encontrando há alguns metros de distancia caminhando rapidamente para tentar alcançar um grupo de garotas que se distanciava

Albus notou que uma das garotas era Chloe e que ao lado dela estava Augusta Longbottom e outras que ele desconhecia quem poderia ser. Lorcan trocou algumas palavras com a loira, antes que cada um retornasse a seguir os caminhos opostos.

_ vamos nos falar quando estivermos na hora de almoço – disse Lorcan sorrindo quando ele e os rapazes já estavam entrando na estufa – espero que tudo ocorra bem.

A estufa três era como todas as outras estufas de Hogwarts cada qual com seu devido nível de periculosidade. Sendo que a estufa sete estava às plantas mais inofensivas e a de numero um se encontrava com as mais perigosas. Havia balcões compridos de madeira no centro da estufa com bancos de pernas longas para os alunos se sentarem, vasos de plantas em prateleiras laterais e no chão o que tornava cada passo que devia ser dado de modo cuidadoso para não afetarem os espécimes nem se machucarem. Albus notou que haviam tido mais uma aula dupla, o que já era esperado já que desde o primeiro ano eles dividiam as aulas de herbologia com alguma outra casa neste caso a corvinal era a escolhida.

_ bom dia rapazes – disse Neville sorrindo para os três sonserinos que haviam acabado de passar pela entrada e os rapazes retribuíram o cumprimento.

_ bom dia professor Longbottom – disseram Albus e Lysander. Lorcan estava distraído com algo que nem ao menos havia notado a saudação que havia recebido de Neville.

_ Oh... Bom dia tio Nev – disse Lorcan e o professor sorriu para o cumprimento enquanto Lysander dera uma cotovelada no irmão.

_ respeito Lorcan... Não estamos em casa para que você o chame assim – disse Lysander num sussurro – deve chama-lo como todos os outros professores, em sinal de respeito.

_ é estranho, nos o conhecemos desde que éramos crianças e acho que ele não se importa com isto – disse Lorcan e os três se encaminharam para seus lugares numa parte afastada do balcão sendo que Dakota não sentaria com eles, pois o lugar em que sentara primeiro fora ocupado com as gêmeas Carrow ao seu redor.

Neville começou a aula falando dos exames como todos os outros professores, mas não fez algo realmente profundo apenas o necessário. Ele então falou sobre as plantas que iriam trabalhar naquela aula que já se encontravam sobre a mesa na frente de cada um deles. Uma planta verde de tamanho mediano e de caule grosso entrelaçado de onde nasciam poucas folhas com características em forma de bico de algum pássaro como uma águia.

_ Geranium Fanged – disse Neville Longbottom indicando um vaso com a planta sobre sua mesa – antes de começarmos a trabalhar, coloquem as luvas de couro de dragão para se protegerem.

_ proteger do que? – disse Artêmis Jones olhando seriamente para a planta como se duvidasse que ela pudesse fazer algum mal para ela.

_ essa planta possui um sistema de defesa bastante pratico caso algo se aproxime dela será atacado por sua feroz mordida – disse Neville demonstrando colocando uma pequena pá de jardinagem próxima das folhas em bico de águia e a cutucando fazendo com que a planta abocanhasse raivosa e que os alunos tivessem a visão dos dentes afiados no interior da boca vegetal – veem?

_ legal – disse Lorcan impressionado.

_ E para lidar com isto além das luvas, iremos utilizar esta poção paralisante – disse Neville e ele mostrou um borrifador com uma solução roxa – devem aplica-la de forma que a planta fique com movimentos mais lentos e vocês possam extrair o dente da boca delas que quando moídos são objetos bastante utilizados em poções domesticas e para o cozimento de alguns pratos exóticos, agora observem como vocês irão fazer.

Neville demonstrou de forma clara como cada um deles deveria atuar e logo em seguida os alunos começaram a trabalhar, primeiro deveriam pulverizar a poção paralisante e então dar uma leve pancadinha do bico de folhas da planta que abriria deixando os dentes à mostra então com uma pinça puxar o dente de forma firme porem delicado o bastante para não ferir o espécime.

_ desculpe-me pelo atraso professor – disse Scorpius chegando atrasado a estufa e entregando um pedaço de pergaminho a Neville que certamente trazia a justificativa por estar chegando naquele horário – Slughorn precisava ter uma conversa comigo.

_ entendo senhor Malfoy, pode ir se sentar – disse Neville guardando o pergaminho e indicando o balcão para o seu aluno e ele fora se sentar ao lado dos amigos.

Scorpius nada disse sobre a conversa particular que tivera com Slughorn. Apenas possuía um belo sorriso no rosto algo que realmente fez o moreno ao seu lado que sempre achou que o melhor amigo se estressava fácil com um professor como o de poções. Ele observou o que os outros faziam e imitou o gesto, borrifou a poção pegou a pinça e bateu no bico de folhas da planta, mas cometera um erro realmente estupido de não usar luvas de couro de dragão e a boca da planta se fechou sobre sua mão.

Albus e o restante da estufa olharam para o loiro quando ele começou a gritar. O moreno ao seu lado estava assustado ao ver gotinhas de sangue pingar dos dentes da planta sobre o balcão então o professor de Herbologia surgiu atrás deles para ajudar.

_ não se mexa Malfoy, nem tente puxar sua mão do contrario vai ser pior – disse Neville tão assustado quanto seu aluno, então puxou a varinha das vestes e com um feitiço mudo cortou o caule da planta que morreu instantaneamente afrouxando um pouco a mordida o suficiente para que o professor abrisse a boca e tirasse a mão de seu aluno que possuía buraquinhos pequenos por onde escava sangue.

_ como pude ser tão idiota – disse Scorpius entredentes encarando seu machucado com os olhos estreitos enquanto o professor fazia uma bandagem improvisada.

_ vai ficar tudo bem Malfoy eu lhe garanto apenas explique para Madame Pomfrey que ela saberá o que fazer – disse Neville que puxara um lenço das vestes e envolvera a mão ferida do loiro - Potter leve-o para a enfermaria.

_ sim senhor – disse Albus saindo ao lado do amigo da estufa.

O caminho até a enfermaria fora silencioso, o lenço branco que envolvia a mão de Scorpius começara a ganhar uma coloração vermelha de modo que eles sem perceberem aumentaram os passos em direção à enfermaria. Madame Pomfrey estava cuidando de alguns primeiranistas que haviam sofrido azarações, um possuía o rosto cheio de furúnculos enquanto outra parecia ter sido atingida pelo feitiço que fez chifres crescerem em sua testa.

_ sente-se ali senhor Malfoy já atendo o senhor – disse Madame Pomfrey enquanto tocava a testa da garota chorosa da corvinal fazendo seu chifre ir diminuindo aos poucos – se acalme querida, já está desaparecendo não vê? – ela pegou um espelho e mostrou para ela que não havia mais nenhum indicio da azaração que ela sofrera.

Ela saiu passando pelos dois quintanistas que se dirigiram para um dos leitos e se sentaram ali esperando pela curandeira que cuidava do garoto lufano e seus furúnculos que desapareceram com uma poção que ele ingeriu.

_ Eu simplesmente odeio o primeiro dia de aula – disse Madame Pomfrey resmungando consigo mesma – parece que os alunos mais velhos gostam de se aproveitar da situação para azarar os novatos como se fosse algo divertido e então resta para quem arrumar as coisas...logico que para mim, mas não estou reclamando longe disto apenas queria que um primeiro dia fosse mais tranquilo.

_ Madame Pomfrey – disse Albus hesitante e a curandeira virou seus olhos para encara-los parecendo um pouco sem jeito de alunos terem a ouvido resmungando mas soube disfarçar a expressão – será que poderia ajuda-lo?

_ claro que posso – disse Madame Pomfrey se aproximando e vendo a mão ferida do loiro – eu me perguntava quanto tempo iriam demorar em aparecer por aqui, e a temporada daquela barbárie nem começou ainda.

_ quadribol que a senhora se refere – disse Albus, mas a bruxa nem respondera apenas desenrolou o lenço para ver o ferimento.

_ o que temos aqui? – disse Madame Pomfrey encarando a mão que parecia começar a inchar – Geranium Fanged, eu suponho? Já vi isto antes... Deveria estar usando luvas garoto – ela se voltara para o loiro que revirou os olhos e resmungou algo como se soubesse disto - Merlin... Pelo menos seus dedos estão todos ai, por sorte usou o borrifador fazendo com que a planta não estivesse com sua força total do contrario teria que fazer um enxerto magico de dedos perdidos.

_ ele vai ficar bom? – disse Albus preocupado com o amigo.

_ claro que vai – disse Madame Pomfrey como se tivesse ficado ofendida com a pergunta - nada uma poção para conter a inflamação bem como um feitiço para fechar os cortes – a bruxa puxou a varinha e começou a curar os pequenos buraquinhos feitos pela planta – quer que deixe as cicatrizes? Sei que vocês rapazes adoram marcas como estas em seus corpos.

_ não obrigado – disse Scorpius – sinto a área da mordida um pouco dormente.

_ é o inchaço – disse Madame Pomfrey – a poção vai acabar com isto, já volto com ela e a outra que você vai ter que tomar – e saiu deixando os dois sozinhos.

_ foi bastante estupido isto tudo não? Deveria ter percebido que todos estavam de luvas era por uma boa razão – disse Scorpius movendo a mão com dificuldade – mas isto não faz a mínima diferença agora.

_ por quê? – disse Albus confuso.

_ você sabe que a maioria das minhas conversas particulares com os professores nunca é algo bom, mas desta vez foi – disse Scorpius animado – você nem imagina o que o Slughorn tinha para me dizer.

_ não, mas pela sua cara parece ser algo bom – disse Albus arqueando a sobrancelha – e eu esperava que você compartilhasse com seus amigos.

_ eu vou ser o capitão da sonserina este ano – disse Scorpius animado fazendo o moreno ficar estático com aquela noticia que havia sido mais chocante do que uma planta mordendo a mão do loiro a sua frente.

Albus se lembrara do campeonato do ano passado. Raven Skeeter abandonara a escola nas férias antes do time ir para a final e como era ela a capitã a sonserina ficou meio desfocada sem uma liderança que acabou por ser assumido por Rokato Yanthoshi. Ele assumira por iniciativa o cargo se mostrando um bom profissional fazendo com que eles tivessem a chance de chegar bem perto de ganhar apenas perdendo para a corvinal por pouco sendo quase certo que ele iria ser oficialmente eleito para aquela função no ano seguinte.

O moreno havia se esquecido de que sem Yan aquele ano qualquer um deles poderia ser capitão. Os três mais antigos no time no caso ele, Scorpius ou Lorcan, mas agora recebendo aquela noticia assim tão de repente não podia deixar de estar surpreso e, além disto, dentro dele havia algo lá rugindo em amargura pela noticia.

_ parabéns – disse Albus sorrindo fracamente – isto é muita responsabilidade.

_ É, eu sei... – disse Scorpius – por isto demorei, o professor Slughorn quer que ganhemos a taça de quadribol este ano e eu estava discutindo com ele sobre a reserva do campo para o treino e conseguimos com a McGonagall o melhor horário.

Madame Pomfrey retornou com as poções entregando para o loiro que virou em um só gole garganta abaixo seguida de uma careta pelo gosto horrível que tinha. Ele fitou a curandeira com a face retorcida ainda.

_ entregue isto ao professor da próxima aula Potter – disse Madame Pomfrey, ela entregara um pedaço de pergaminho amarelo para o moreno – ai está explicando o motivo de seu atraso e o fato de Malfoy não comparecer, ele estará dispensado pelo resto do dia hoje.

_ sim senhora – disse Albus guardando no bolso.

_ então podemos ir para o salão principal? Estou com muita fome, e preciso tomar algo para tirar este gosto horrível de poção da minha boca – disse Scorpius e a curandeira negou com um gesto de cabeça.

_ preciso ver a poção esta fazendo seu trabalho, do contrario terá que tomar outra dose – disse Madame Pomfrey fazendo o loiro resmungar algo para si mesmo.

Albus se despediu do amigo e saiu da enfermaria seguindo para o salão principal. Seus pensamentos estavam a mil, a noticia de que Scorpius agora era capitão da sonserina parecia tão impressionante e algo que ele nunca havia pensado antes de o próprio loiro dizer.

Albus fechou a cara e se encostou a parede depois que saiu do corredor da enfermaria, como aquilo havia acontecido afinal? Se tivesse se lembrado de que o capitão iria ser escolhido é logico que esperaria que fosse ser ele. Talvez lá no fundo ele tivesse aquela expectativa secreta de ser um dia aquele que iria ser o escolhido para esta função.

Está errado. Não devia ser assim, você deveria ter sido o escolhido para ser capitão. Você não Scorpius, afinal a maioria dos jogos que venceram havia sido por sua conta. Esta voz soava quase que urrando furiosa em sua mente.

Onde estaria a sonserina sem as capturas surpreendentes que ele fazia sempre que o jogo estava acirrado, ele sozinho fazia diferença no time não importava o que os outros diziam ou faziam sempre seria o apanhador a mudar o jogo e sua função era tão importante que a captura do pomo dava fim na partida.

Você deve tomar o que é seu por direito. Dizia uma voz em sua mente, ele sentiu seus dedos se fecharem em punhos enquanto continuava a caminhar pelo corredor vazio. É o seu cargo, você é o capitão... É você que merece liderar o time, o que eles seriam sem você afinal?

Albus percebeu que ele não havia ido para o salão principal, estava em outro lugar do castelo em outros corredores que dava para os jardins. O moreno começou a andar por ali, o tempo ainda parecia cinzento com o vento soprando um pouco mais forte e o rapaz se encaminhava com as mãos no bolso ao redor do lago até chegar próximo ao píer e se sentar ali sobre a plataforma de madeira com as pernas encolhidas junto ao corpo.

O que era aquilo que estava acontecendo? Ele deveria estar feliz pelo amigo. Sim, ele não conseguira o cargo, mas não queria dizer que deveria se sentir daquela forma como se houvesse sido traído por Scorpius sendo que o loiro não tinha culpa de nada.

Ele olhou para seu reflexo no lago, ele parecia raivoso. Seus olhos pareciam acesos com um brilho ameaçador não natural dele e aquilo lhe fez desviar os olhos para o céu e o arredor como a orla da floresta proibida e a cabana de Hagrid ao longe.

Então olhou para trás, encarando a arvore onde há cinco anos ele e os amigos haviam se sentado em uma ocasião sem aulas. Onde Albus e Scorpius haviam brincado de cavaleiros com gravetos fazendo o papel de espadas. Fora um bom momento com seus amigos, todos se divertiram naquela tarde no lago sem qualquer espécie de preocupação em suas cabeças. E dentro dele algo pareceu morrer, e ele sabia que aquele sentimento só poderia ser uma indicação de que a culpa se aproximava.

Será que ele era assim tão arrogante ao ponto de sentir tanta inveja de algo que poderia ter sido de qualquer um? Poderia ter sido ele, e se fosse tinha certeza de que seus amigos iriam estar felizes pela conquista. Como ele deveria estar por seu melhor amigo.

Então se lembrou do primeiro ano quando ambos haviam acabado de entrar para o time ao lado de Lorcan. Scorpius confessara que sonhara em ser capitão um dia e fazer seu pai orgulhoso. Aquilo fez com que despertasse, e um sentimento de culpa viesse.

Scorpius estivera todo o momento ao seu lado. Ele e os gêmeos eram uma equipe, deveriam ficar sempre ao lado um dos outros e darem apoio que precisassem. Era isso que fazia os amigos de verdade, não se achar melhor que eles definitivamente Albus sabia que não era.

Ele estava com vergonha. Sentia-se sujo, não era Albus que havia sido traído era o contrario. Por que pensara aquilo então? O que havia de errado acontecendo com ele? O moreno se levantou deslizou os dedos pelo cabelo então encarando o lago. Sua expressão abatida de arrependimento, mas ao fundo atrás de seu ombro havia uma sombra como se alguém estivesse de pé atrás de si. Ao olhar para trás não havia ninguém ali, ele estava sozinho.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam até aqui?
Espero que tenham gostado, e deixem comentários ( se possível, compatíveis em tamanho com o capitulo sim?).

Ah, feliz dia da leitura (12 de outubro) espero que tenham gostado do meu presente para vocês.

Adoraria que vocês lessem e comentassem estas minhas outras fics pode ser? Se gostam de NTEH, acho que posso faze-las gostar das outras coisas que escrevo. Elas são de HP também.

http://fanfiction.com.br/historia/414063/The_Marauders_Era_All_Have_Dirty_Secrets/

http://fanfiction.com.br/historia/423766/Thoughts_After_The_Full_Moon/

http://fanfiction.com.br/historia/423783/When_Blood_Speaks_Stronger/

Bem, é isto. Nos vemos no próximo capitulo que acho que será sobre o James. Até mais.