Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 14
Como arranjar confusões em um trem


Notas iniciais do capítulo

Não vou dizer muita coisa aqui
nos vemos lá embaixo.



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James saiu do escritório dos aurores, encontrando do lado de fora os primos. Ao que parecia, a ruiva estava muito animada com a entrevista que havia tido que nem mesmo notara a presença do rapaz até que Fred acenou na direção dele o chamando para se juntar a eles.

_ então, como você foi? – disse James para a prima que ergueu seus folhetos que havia recebido assim como o ruivo.

_ passei, sinceramente achei que fosse ser mais difícil – disse Dominique – estava contando para o Fred, a auror que me entrevistou era bastante atenciosa e me fez perder toda aquela tensão que estava antes de chegar aqui.

­_ agora só restam os exames teóricos e físicos – disse Fred e a ruiva revirou os olhos.

_ não fale dos testes tão cedo, eu ainda estou me recuperando da ansiedade da entrevista – disse Dominique bufando – não quero ficar assim tão cedo.

_ ora, vamos não deve ser tão complicado não é mesmo? – disse Fred, naquela altura os três já se encaminhavam em direção dos elevadores onde apenas uma garota esperava ao lado de um deles.

James estava com os pensamentos muito longe. As palavras que Nott havia lhe dito ainda lhe perturbavam ao se lembrar: ao que lhe motiva-se, o dever de proteger alguém que se ama era o que iria manter vivo mesmo que para isto tivesse que se sacrificar. Tecnicamente era isto que o auror havia lhe dito na entrevista, mas o que realmente o fazia querer ser um caçador de bruxos das trevas não parecia nem de perto ser algo daquele tipo.

Ele poderia se sentir egoísta ao imaginar que estava fazendo aquilo por conta de uma vingança pessoal. Apesar de que sabia que lá no fundo era verdade, queria acreditar que fazia aquilo para as pessoas que amava e não por ele mesmo.

_ com licença, mas nós não nos conhecemos por acaso? – disse Dominique despertando o rapaz de seus pensamentos, ao ouvir a pergunta que a prima fizera para a pessoa que se encontrava sentada do outro lado dele.

Ao lado dele se encontrava uma mulher de pele negra em um tom chocolate, seus cabelos eram pretos curtos com tons castanhos meio que se destacando nas pontas e arrepiados em varias direções. Rosto fino e pequeno, olhos cor de bronze derretido e lábios grossos de um jeito que o ruivo poderia definir como sexy, ela possuía uma blusa e um casaco com estampas étnicas africanas e um par de colares de bambu com imagens talhadas, mas certamente o que mais chamava a atenção era haver em uma de suas orelhas um piercing de prata muito parecido com a miniatura de uma flecha a atravessando.

_ não me recordo de conhecê-la – disse a moça olhando pelo canto dos olhos para os três primos, ela possuía uma voz calma e profunda de um jeito muito atraente – nem você – ela se dirigiu ao moreno – mas o amigo de vocês, é um caso bem diferente afinal quem não conhece James Potter? A famosa super estrela do quadribol nacional.

_ parece que você encontrou mais uma fã primo – disse Fred num sussurro com um tom divertido – mas está ai é muito melhor do que os últimos dois, e põe muito melhor nisto.

_ está errado, não sou uma fã dele, mas já o vi jogar – disse a moça – a ultima vez que o fiz, estava em companhia do meu pai e foi a ultima ocasião em que estive com ele em algum momento bom... – ela fez uma pausa então tornando a falar em um tom mais duro, como se estivesse com raiva - isto é claro, antes dele ser assassinado na minha frente – todos eles fizeram um silencio grave enquanto a garota encarava a frente deles onde se encontrava a porta de carvalho do escritório de aurores.

_ seu pai estava no massacre – disse Fred passando a ser mais serio em suas palavras.

_ sinto muito por isto – disse James com pesar na voz.

_ não se preocupe – disse a moça – a morte faz parte da vida, é a única coisa certa não é mesmo? – ela fez uma pausa, apesar de seu tom de voz ainda se mantinha muito seria deixando o clima tenso ao seu redor – só esperava que ele fosse durar mais, que não o tivessem tirado de nos de uma forma tão brusca.

_ você quer ser auror para vingá-lo? – disse Dominique hesitante após alguns segundos de silencio entre eles, a morena olhou para ela e lançou um sorriso de canto dos lábios.

_ creio que isto não possa interessar a você – disse a moça sorrindo levemente fazendo à ruiva se sentir muito desajeitada pelo modo como fora sem tato - não é mesmo queridinha?

_ claro, me desculpe – disse Dominique no mesmo tom que a garota usava – alias, me lembro de onde a conheço – ela abrira um sorriso parecido com o da morena – eu, meu pai e irmão encontramos você após o massacre ocorrido no estádio de quadribol da Bulgária - ela se aproximou da outra garota – você é Adanna Shacklebolt.

 _ correto – disse Adanna – bem, isto nos deixa em uma desvantagem eu creio, apesar de que... Você deve ser a Weasley se não estou enganada este foi o nome que me disseram das pessoas responsáveis por me encontrar.

_ exatamente, eu sou Dominique e este é meu namorado Fred – disse a ruiva enquanto estendia a mão para cumprimentar à morena que encarou o gesto, parecendo indecisa de retribuir ou não – vai nessa, se formos colegas de Academia é bom que sejamos pelo menos agradáveis e respeitosas entre nós...

_ encantada em conhece-la – disse Adanna de um modo polido então voltando seu olhar para o moreno e estendeu a mão que foi aceita pelo garoto.

_ espere, você é a filha do Kingsley?! Mas... – disse Fred se surpreendendo ao reconhecer o rosto da garota – está tão... Diferente da ultima vez que a vimos – ela o encarou diretamente.

_ devo levar isto como um elogio, por acaso¿ - disse Adanna erguendo uma sobrancelha.

_ é que você meio, está muito mais... – disse Fred parando de falar ao perceber o olhar fuzilante que certa ruiva lhe lançava – eu não estava te reconhecendo por conta das roupas, você está muito diferente sem aqueles trajes que estava usando durante a ocasião do velório.

_ isto porque aquelas vestes chamam muita atenção, além do mais não são o tipo de roupa que gosto de vestir – disse Adanna – faz com que eu me sinta mais velha do realmente sou... Pessoalmente, sempre achei desnecessário aquilo tudo... Não preciso de roupas para honrar minha etnia e as origens da minha família – ela então parou fazendo uma pausa parecendo refletir para então retornar – seu sobrenome também é Weasley?

_ sim, é... – disse Fred, ele às vezes se sentia desconfortável quando as pessoas descobriam que ele e Dominique eram primos afinal algumas vezes as reações não eram das melhores então talvez já estivesse esperando algum comentário ou sorriso de desdém que não veio.

_ Ele falava de vocês, meu pai – disse Adanna – disse que Fred Weasley é o nome de um membro da Ordem da Fênix, bem como James Potter também é – ela olhou para o ruivo – e que os dois eram realmente uma grande dupla e que mereciam mais destaque dentro da organização.

_ por estas e outras que vou sentir falta do Kingsley, ele era um bom homem – disse Fred sorrindo levemente com o elogio do falecido ministro.

_ como sabe disto? Não me lembro de alguém alguma vez ter te mencionado como uma das integrantes da Ordem, nem ao menos esteve presente em qualquer reunião – disse James – são informações confidenciais.

_ ele é meu pai, devo dizer que isto meio que me torna uma pessoa adequada de possuir informações exclusivas – disse Adanna – mesmo que papai achasse que eu ainda não estava pronta para ingressar na Ordem, mesmo tendo passado dos vinte anos já há algum tempo.

_ talvez ele quisesse te proteger – disse Dominique, ela não era um membro da Ordem pelos outros ainda a considerarem não estar preparada para atuar, mesmo que soubesse que sua mãe havia pedido para que não a permitissem dentro do grupo o que era injusto já que sua irmã mais velha estava dentro.

_ só que não o pode fazê-lo mais, agora eu tenho de me virar sozinha – disse Adanna – não que esteja achando ruim, pelo contrario, sempre quis esta oportunidade pena que teve que ser nestas circunstancias – a porta do elevador se abriu e a garota começou a caminhar para o lado de fora – nos vemos em breve, se vocês passarem nos próximos testes – aquela frase pareceu deixar a ruiva um pouco ofendida.

_ bem, posso dizer o mesmo para você – disse Dominique num tom de desafio fazendo a morena sorrir levemente.

_ espero vê-los na academia de aurores – disse Adanna antes da porta se fechar e o elevador continuar a subir, desta vez o silencio dominava entre os três primos até que Fred o quebrou.

_ até que é uma garota interessante para você dividir o quarto – disse Fred se dirigindo à namorada – apesar de que, acho que o lugar seria devastado após a primeira noite de vocês duas juntas.

_ calado Fred – disse Dominique dando um tapa no braço dele.

...

Alice se viu sendo abordada por varias pessoas enquanto procurava por seus amigos nas cabines, o que de certa forma começara a incomodá-la depois de um tempo o que fez com que pensasse que deveria ocultar a droga daquela insígnia e só coloca-la quando estivesse no vagão dos monitores. Ela gostara de ter recebido aquele cargo, só não esperava o fato de que isso também teria seus pontos negativos como no caso ter que conviver com o insuportável de Kevin Smith que segundo havia ouvido falar por suas colegas de dormitório fora visto se vangloriando de ter recebido o cargo.

A sua frente iam caminhando sua irmã ao lado de Hugo, ela podia notar que a conversa que estavam tendo era particular já que ambos se encontravam aos cochichos apesar de que ela realmente não se importava com o que a outra lufana poderia estar falando com o rapaz. A única coisa que ela realmente gostava de ver era a proximidade que ambos tinham um com o outro, ao ponto que fizesse com que a garota tivesse algumas suposições que às vezes considerava ridículas afinal não conseguia ver Augusta realmente daquele jeito por qualquer um.

De vez em quando ambos se revezavam para olhar pelas janelas da cabine em busca de alguma vazia ou se estivesse com algum conhecido. Acabando por parar na frente de uma delas em que o ruivo parecia ter reconhecido alguém que estava em seu interior. Augusta se colocou na ponta dos pés para que pudesse alcançar a pequena janelinha redonda, sorrindo e acenando para quem estava em seu interior. Ela se afastara enquanto o corvino colocava a mão na maçaneta para abrir a porta, ambos encararam a monitora a alguns passos afastada deles.

_ nos vamos ficar por aqui – disse Augusta e a irmã assentiu – não se esqueça do que a mamãe falou sobre a reunião com os monitores chefes...

_ claro que não – disse Alice animada, ao que parecia sua irmã começara a aceitar o fato de que agora ela era monitora.

_ Hei Alice... – disse uma voz que ela realmente não estava nem um pouco ansiosa para ouvir – estava mesmo querendo falar com você.

Então não foi surpresa alguma quando se viu sendo abordada por alguém que chamava por seu nome, que logo reconheceu por sendo a voz de seu desprezível parceiro de monitoria. Um garoto alto de tipo atlético se aproximara, possuía um par de olhos cintilantes negros e o cabelo loiro num tom meio acastanhado caiam em uma franja que lhe cobria a testa e seu nariz era fino e empinado que lhe dava um ar superior bem como o sorriso de traços que realçavam sua arrogância.

Kevin Smith, segundo muitas garotas diziam era o tipo de rapaz capaz de tirar o folego de qualquer uma, mas a morena não via qualquer coisa de diferente nele que pudesse lhe chamar sua atenção, certo ele era dotado de boa aparecia o que realmente não importava a mínima quando ele abria a droga da boca para dizer algo.

_ oh, olá... – disse Alice tentando ser simpático, o que era difícil com o modo como aquele garoto lhe olhava, aquilo a estava deixando completamente sem jeito.

_ então, os boatos são verdadeiros – disse Kevin – você é uma monitora, assim como eu... – o loiro indicara seu próprio distintivo preso na gola das vestes de Hogwarts.

_ é... Sim... Eu sou – disse Alice tentando ignorar o tom que ele usava, algo como se aquilo fosse alguma espécie de flerte.

_ interessante – disse Kevin – bem parece que vamos ter muito tempo juntos um com o outro – e abriu ainda mais o sorriso, como se a ideia fosse a melhor possível, não podendo perceber que a morena que lhe lançou um sorriso que mais parecia uma careta reprimida.

Augusta e Hugo tentavam esconder as risadas atrás dela, o que fez com que ambos fossem notados pelo lufano que se virou para eles de cenho franzido como se incomodado com o fato de poder ser o que estava causando os risos daqueles dois terceiristas. Talvez percebendo o olhar da colega, a morena virou-se em direção da irmã e do amigo que pareciam se divertir com a situação em que ela se encontrava.

_ então, o que há de tão engraçado? - disse Kevin seriamente fazendo os dois se calarem automaticamente pelo tom duro em que ele se dirigira aos dois.

_ nada que seja da sua conta Smith – disse Hugo num tom de desdém o que fez o lufano franzir a testa emburrado com a atitude do ruivo.

_ creio que, seja da minha conta sim Weasley e se fosse você controlaria esta sua estupida boca quando se dirigisse a mim – disse Kevin apontando para o pedaço de metal reluzente preso a capa – isto meio que deveria te fazer ter um pouco de respeito por mim.

_ acorda para a realidade Smith, você nem sequer pode ser considerado um monitor ainda – disse Hugo de um modo relaxado como se não fosse nada demais, mas dava para sentir um pouco de sua acidez nas palavras – então, por que não faz um favor para todos nós e abaixa um pouco este seu ego antes que seja sufocado por ele?

_ como você ousa... – disse Kevin dava para ver que ele estava espumando de raiva, e teria partido para cima do ruivo se não tivesse um autocontrole considerável bom.

_ então, acho que vamos ficar nesta cabine – disse Augusta ainda com um tom divertido na voz - convidaríamos você para ficar com a gente, mas creio que quer passar um tempo a mais com seu amigo não é mesmo?

_ temos que ir – disse Kevin seriamente sem tirar os olhos do ruivo que naquele momento se encontrava encostado na porta da cabine - para o vagão dos monitores para receber nossas instruções.

_ posso deixar minhas coisas por aqui? – disse Alice à irmã que assentira enquanto Hugo se aproximava para pegar o malão dela – e se vocês virem algum dos outros, digam a eles onde estou.

_ claro – disse Augusta abrindo a porta entrando sendo seguida pelo ruivo que lançara um olhar desdenhoso em direção a Smith que bufou irritado com a atitude dele.

Do lado de dentro da cabine os dois amigos caíram nas gargalhadas, deixando as bagagens no chão de qualquer jeito fazendo com que a única ocupante do lugar antes deles entrarem olhasse ambos com uma feição questionadora como se perguntasse se ambos haviam enlouquecido de repente.

_ qual é o problema de vocês dois? Parecem dois dementes – disse Lucy fechando o livro que anteriormente estava lendo.

_ Merlin, você precisava ver o que seu primo acaba de aprontar – disse Augusta apertando a barriga que já começava a doer.

_ o que ele fez desta vez? – disse Lucy para a amiga.

_ conta para ela – disse Augusta ainda gargalhando enquanto se sentava num dos bancos de uma vez – vamos, diga... Eu não consigo parar de rir ao me lembrar da cara daquele idiota.

­_ que idiota? – disse Lucy confusa e começando a ficar irritada por estar sendo deixada de fora de repente, não que ela realmente se importasse afinal sempre era deixada de lado por aqueles dois na maioria das vezes.

_ Kevin Smith – disse Hugo parando aos poucos de rir, parecendo cansado enquanto se jogava no acento ao lado da morena e a ruiva ergueu a sobrancelha como se estivesse pedindo mais detalhes – eu meio que comecei a machucá-lo onde mais dói que é naquele ego infernal que ele possui...

_ você não deveria ter feito isto, nunca teve problemas com o Smith antes é uma péssima ideia – disse Lucy seriamente tornando a abrir seu livro – ainda mais agora que ele é monitor.

_ você o escutou falando a respeito? – disse Augusta.

_ é, meio que ouvi ele se exibindo para cima de alguns segudanistas da sonserina que estavam fazendo bagunça em um dos vagões – disse Lucy – às vezes meio que me penso como posso estar na mesma casa e ano que essas crianças idiotas.

_ falou a senhorita maturidade a flor da pele – disse Augusta sarcástica.

_ bem que eu percebi que seus peitos estão começando a crescer - disse Hugo rindo – não, espere esta não é você... Continua sendo a mesma magrela sem curvas do ano passado – o rapaz então recebeu um grande tapa na nuca dado pela a lufana ao seu lado que o olhava irritada.

_ isto não é algo gentil de se dizer – disse Augusta – quando que vai começar a evoluir e perder esta sua sensibilidade de Trasgo, porque francamente Weasley... Você é um verdadeiro idiota às vezes.

_ ela sabe que não falei por mal – disse Hugo rindo levemente.

_ não liga para isto Guta, eu convivo com este idiota do meu primo desde que nasci então meio que aprendi a não ligar para o que sai da boca dele – disse Lucy tornando a abrir o livro – no geral, é um bando de besteiras.

_ mas devo concordar com a Lucy, que a suas atitudes às vezes são de alguém que não pensa muito bem – disse Augusta – tente ter mais juízo da próxima vez antes que se machuque gravemente por conta de sua personalidade tagarela.

_ vou tentar – disse Hugo dando de ombros.

_ é muito serio isto Hugs – disse Augusta irritada pela falta de interesse do amigo – se não for por você então faça por mim.

O ruivo a encarou com a sobrancelha arqueada, imaginando desde quando ela passara a ficar tão preocupada com o seu bem estar. E por alguns instantes pode ver o brilho em seus olhos de alguém que realmente estava sendo sincero naquele momento.

_ por você? – disse Hugo engasgando com as palavras.

_ é você sabe, por nós... E pelo que nós dois temos juntos  – disse Augusta tentando se recompor na sua posição tradicional que sempre possuía e ele ergueu as sobrancelhas num olhar confuso – pelos nossos negócios juntos Weasley, odiaria perder galeões apenas porque meu colega de trabalho simplesmente decidiu pegar uma detenção ou estar internado na ala hospitalar simplesmente por ter provocado alguém que não devia.

_ não se preocupe, vou me controlar – disse Hugo – apenas odeio o jeito daquele Smith, ele é tão insuportável quanto qualquer sonserino... Acho que o chapéu devia estar bêbado quando o colocou na sua casa.

_ assim como deveria estar com você afinal, é incrível alguém do seu tipo estar na Ravenclaw – disse Lucy seriamente olhando para o primo – afinal você tem muita coragem e burrice dignas de um grifinorio Hugo... Surpreendo-me de não ter ido para aquela casa.

_ obrigado pelo elogio eu acho – disse Hugo – mas deveria dizer a mesma coisa a seu respeito, afinal você está numa casa que não se enquadra muito no seu perfil, certo que você tem este jeito cheio de personalidade maligna e sombria... Mas duvido que seja inteiramente má.

_ e desde quando é preciso ser má para estar na sonserina? Por Merlin, é um pensamento tão antiquado – disse Lucy bufando irritada, enquanto abria novamente seu livro.

_ o que você me falou momentos atrás não valeu de nada? – disse Augusta suspirando.

_ ela é da família, acredito que eu possa alfinetá-la sem correr o risco de ir para a ala hospitalar – disse Hugo se esticando no banco espreguiçando enquanto encarava a paisagem passar pela janela.

_ ai que você se engana – disse Lucy num ar misterioso.

_ acho que deveríamos começar logo Guta – disse Hugo - os nossos clientes devem estar nos aguardando.

_ é, você tem razão – disse Augusta enquanto começava a chutar a perna do garoto – então levanta esta seu traseiro gordo e se leve para fora da cabine para que eu possa trocar de roupa.

_ eu não me importaria de ficar – disse Hugo sorrindo, mas a morena já estava de pé com uma feição um tanto raivosa e estranhamente corada – você deveria conseguir distinguir quando eu estou brincando – enquanto se levantava e saia da cabine fechando a porta atrás de si.

_ e acho que você também não iria se importar se ele ficasse – disse Lucy sussurrando com um sorriso de canto dos lábios fazendo a lufana revirar os olhos e bufar com o comentário.

Alice pode notar alguns risos vindos de trás da porta e suspirou com isto, era claro a quem pertenciam e ela sabia muito bem de quem estavam rindo. Kevin Smith ignorou aquilo, tornando a ter a mesma postura exibida de antes para cima dela. Eles começaram a caminhar lado a lado pelo corredor, e mesmo que não encarasse o garoto a lufana podia sentir seus olhos sobre o corpo dela.

_ ainda não acredito como a sua irmã pode sair com alguém tão desprezível e ignorante feito aquele Weasley – disse Kevin com raiva colocando as mãos nos bolsos.

_ ele não é assim, e você sabe que esta falando da boca para fora – disse Alice tentando não agir com grosseria, o que era difícil perto de alguém feito aquele garoto – além do mais, eles não estão saindo... Ele e a Augusta são apenas amigos até onde eu sei.

_ ainda bem, pelo menos sua irmã tem um pouco de juízo na cabeça – disse Kevin um pouco mais calmo – porque francamente... – ele se calou, soltando um pequeno riso nervoso.

_ acha que temos chances no quadribol este ano? – disse Alice querendo mudar logo de assunto antes que o garoto tocasse no ponto que ela não iria querer ouvir.

_ se tirassem o Morgan da capitania do time, talvez... – disse Kevin, e a moreno decidiu não dizer nada – sabe teríamos tido a chance de passar pela grifinoria o ano passado, se não fosse pelo fato de que treinamos demais e estávamos cansados no dia do jogo por conta de um treino feito nas vésperas.

_ eu acho que ele fez um bom trabalho – disse Alice tentando defender-lo, mesmo que não fossem amigos muito próximos, ela certamente gostava de Morgan e não queria ver alguém como o idiota do Smith o insultando daquela forma.

_ oh, claro... Isso explica porque ainda estamos em nosso jejum de vitórias – disse Kevin – mas o seu problema, é que realmente não consegue enxergar as coisas com clareza.

_ e você consegue? – disse Alice erguendo a sobrancelha questionadora.

_ mas é claro, eu sou um dos jogadores do time se esqueceu? – disse Kevin - Estou por dentro, e sei o que digo quando falo que o Macmillan não merece o cargo que possui – as vezes acho que deveria ser capitão.

“Só às vezes? Admita de uma vez Smith que você trocaria sua varinha por mais um titulo de importância” pensou a lufana que foi esperta o bastante para não expor sua opinião a verdade era que Kevin era o tipo de pessoa que gostava da fama e de receber a atenção de pessoas enquanto as rebaixava cada vez mais. Ela suspirou, afinal estava demorando que chegasse o momento em que ele começasse a se vangloriar e se exibir de coisas que muitas vezes ele nem ao menos havia feito.

_ é, acredito que comigo o time teria uma melhor chance, pelo menos conseguiríamos derrotar a grifinoria que comparado aos outros times cujo único jogador que presta é o apanhador aquele tal de Grimes, e nem é porque ele é bom e sim por conta da vassoura dele que é a melhor da serie firebolt que lançaram o ano passado – disse Kevin – meu pai vai me mandar uma no meu aniversario, que vai ser antes do inicio da temporada de quadribol o que para mim vai ser otimo... Quem sabe com o meu desempenho não impressiono o Professor Lupin e ele me coloca como capitão?

_ não sei, acho pouco provável – disse Alice – nunca um capitão foi trocado antes, não desta forma pelo menos... Eu acho.

_ quem sabe, eu não seja o primeiro – disse Kevin sorrindo – o que definitivamente poder acontecer, sabe? É um bom período para minha família... Certamente que você soube de que foi o meu pai que capturou o Lestrange não é mesmo?

_ é, acho que ouvi alguma coisa assim no radio – disse Alice desconcertada, ela não gostava de pensar naquele comensal da morte, não depois de saber por seu pai que ele era o responsável por seus avós estarem no St. Mungus naquele estado.

_ Acredita que fomos visitados pelo ministro em pessoa que nos entregou a Ordem de Merlin, saiu até uma foto num exemplar do Profeta – disse Kevin continuando a tagarelar como se fosse ele mesmo que tivesse capturado o comensal da morte – certamente uma das melhores matérias que aquele jornal publicou, estava na primeira pagina... Eu até te mostraria, mas esta no meu malão.

_ que ótimo – disse Alice não sabendo ao certo o que falar.

_ ótimo? É incrível isso sim, meu pai capturou o líder dos comensais da morte – disse Kevin - algo que nem mesmo o Potter e Weasley fracassaram, e olha que todos julgam ser o que move os aurores...

_ não é bem algo muito heróico, não é mesmo? – disse Alice incerta, só não queria ouvir-lo falando mal do pai e tio de seu namorado - Afinal seu pai já o encontrou inconsciente, foi meio que tropeçar na sorte.

_ o que quer dizer com isto? – disse Kevin rindo nervosamente – meu pai não teve de lutar, é verdade, mas creio que se o Lestrange estivesse em boas condições... De qualquer forma, ele teria sido capturado.

_ não duvido disto – disse Alice apesar de ser difícil de imaginar alguém como o pai de Smith, sendo capaz de derrotar um comensal da morte dos mais experientes – então... Hã... Você ficou surpreso de ser escolhido para o cargo? – não era das melhores perguntas, mas serviria para mudar de assunto mesmo que fosse drasticamente.

_ não, eu já esperava por isto – disse Kevin – mas, não posso deixar de dizer que fiquei muito feliz em saber que você será a minha parceira de monitoria.

Alice engoliu em seco ao pensar como iriam ser as noites tendo que perambular pelos corredores de Hogwarts ao lado de alguém como aquele garoto, ela silenciosamente torcia para que as rondas pudessem ser feitas com os monitores de outras casas. Porque ela não merecia aquilo, não era justo ter que agüentar alguém assim pelos próximos dois anos.

Hugo se encontrava encostado ao lado da porta da cabine, quando a porta se abriu e de lá saiu à morena já vestindo seus devidos trajes de lufana. Augusta havia meio que alterado poucas coisas em seu uniforme para aquele ano como ter subido a bainha da saia para um palmo acima do joelho e usar meias arrastão pretas com suas botas de couro de dragão no lugar dos tradicionais sapatos pretos.

_ espero que seu pai saiba destas suas alterações no uniforme – disse Hugo rindo – do contrario ele vai pirar – ela sorriu, o que certamente queria dizer que o velho professor Herbologia teria uma surpresa quando a filha caçula chegasse a escola.

_ vai trocar de roupa para podermos ir – disse Augusta saindo da cabine sendo acompanhada de Lucy enquanto o ruivo entrava, saindo alguns poucos momentos depois já devidamente trocado com seu uniforme um pouco surrado e vestido com um tanto de desleixo e a gravata azul e bronze pendendo de um jeito torto e frouxo no pescoço.

_ bem, acredito que possamos ir – disse Hugo enquanto jogava uma mochila por sobre o ombro enquanto entregava a bolsa para a lufana que a pegou.

_ sabem se vão demorar? – disse Lucy fazendo os dois a encararem.

_ se quiser, pode vir com a gente – disse Augusta sorrindo levemente.

_ só que os galeões ainda continuaram sendo nossos – disse Hugo – só para deixar claro – a ruiva revirou os olhos para o comentário quem nem ao menos se dignou a responder, ignorando-o.

_ não, não quero participar de algo tão sujo que pode ocasionar na minha expulsão – disse Lucy – mas desejo boa sorte a vocês dois.

_ obrigado por isto – disse Augusta e a ruiva lançara o que seria a sombra de um sorriso antes de fechar a porta da cabine, deixando apenas os dois nos corredores - então, por aonde quer ir? – falou se virando para o ruivo.

Desde seu segundo ano, o ruivo vinha trabalhando em um pequeno negocio dentro das dimensões de Hogwarts algo que certamente iria deixar sua mãe chocada caso descobrisse, a verdade era que Hugo vinha oferecendo-se para fazer os trabalhos e deveres de casa dos alunos em troca de alguns galeões. De inicio era pouco, algo como apenas exercer o serviço para seus colegas de quarto ou primaristas desesperados por conta dos vários trabalhos que de repente se viam obrigado a fazerem. Quando fora descoberto por Augusta foi diferente do que esperava, não o repreendeu ou ficou irritada acabando por oferecer ajuda o que veio muito a calhar.

Graças a ela o corvino expandira seus clientes saindo das dimensões de sua casa e logo ambos eram parceiros que dividiam igualmente o lucro que ganhavam. A lufana tinha uma alma empreendedora, estabelecendo uma tabela de preços e prazos de acordo com matéria, além de ter um olho clinico para identificar clientes em potencial.  

_ acho que vou seguir para frente do trem, vi o Jordan por lá – disse Hugo ajeitando a alça da mochila – acho que posso aproveitar a chance e cobrá-lo por aquele serviço que fizemos a ele no ano passado e que ainda esta nos devendo o pagamento.

_ Perfeito – disse Augusta sorrindo levemente antes de voltar as costas para o ruivo – nos vemos antes de chegarmos a estação – os dois seguiram em direções opostas.

 Alice estava ali sentada, aguardando as instruções que seriam dadas pelos monitores chefes. O vagão dos monitores era certamente bastante elegante e confortável, havia poltronas aconchegantes em tons carmim, nas paredes estavam expostos os brasões das quatro casas bem como fotos dos monitores espalhados em quadros. E uma mesa de mogno negro com dez cadeiras e para sua surpresa parecia conter um lanche preparado para eles havendo desde frutas a guloseimas e ainda havia uma vitrola com um conjunto de discos que tocavam ao som de bandas bruxas do momento. 

Ela se sentiu aliviada com o fato de seu parceiro de monitoria ter a deixado em paz ao ter ido conversar com os monitores-chefes. Com isto, ela ficara livre para andar pela sala e olhar melhor o lugar. Então finalmente encontrando entre os retratos na parede aquele que procurava.

Alice olhara para o retrato da turma de 95 podendo ver sua mãe aos quinze anos ao lado de seu amigo Ernie Macmillan sorrindo para a câmera, ainda pode identificar os pais de Rose sendo que enquanto Hermione parecia radiante com a sua escolha, Ron parecia extremamente desconfortável talvez por ser obrigado a tirar uma fotografia ao lado de Draco que lembrava seu filho em alguns detalhes.

Havia ainda os outros monitores, como a monitora da sonserina que lembrava alguém conhecido que não sabia quem poderia ser e o casal da corvinal era formado por uma garota indiana e um garoto de cabelos castanhos escuros que ela sabia serem Padma Davies e Antony Goldstein por seu pai ter amizade com ambos por serem antigos membros da Armada de Dumbledore.

Então aconteceu da porta do vagão se abrir, e entrar por ela o casal de monitores que ainda faltava. O monitor-chefe automaticamente cortara o que quer que Kevin Smith ia dizendo naquele momento e anunciou que todos se reunissem a mesa.

E mais uma vez a morena teve que se sentar ao lado de seu parceiro, mas por sorte do seu lado direito se sentou Lysander que sorriu para ela e por mais natural que parecesse dava para notar que estava um pouco desconcertado com algo talvez fosse à garota oriental sentada do lado esquerdo do sonserino que parecia não desgrudar os olhos dele.

Depois de um discurso do monitor chefe sobre a importância do cargo que eles possuíam e de que deveriam honrar suas insígnias sendo que fora apenas estas coisas que a lufana entendera, pois em grande parte estivera distraída tentando evitar o olhar de Smith sobre ela. A monitora chefe então conduziu um juramento, e então houve a fotografia.  Alice estava tentada a escapar de seu parceiro de monitoria, se espremendo para ficar entre Lysander e sua parceira o que não deu muito certo já que Kevin ficou atrás dela e o que mais a incomodou foi notar que ele fitava seu decote.

Então sem pensar dera uma cotovelada baixa que acertou o lufano bem entre as pernas o fazendo reprimir um grito e contorcer a face numa careta bem no momento em que a maquina disparou e a fotografia foi tirada.

As horas já haviam se passado há algum tempo, a noite lá fora já havia dado seus sinais com as pequenas estrelas brilhantes no céu. Albus agora olhava para o tabuleiro de xadrez bruxo concentrado tentando saber o melhor momento para escapar da rainha branca de Rose sem que se colocasse diretamente em risco com seu bispo e cavalo.

O sonserino tentava ignorar o sorriso de vitória quase ganha que a prima possuía ao vê-lo ali há quase cinco minutos olhando para a armadilha perfeita que ela havia traçado no tabuleiro. Lily observava o jogo com uma face de tedio, ela não conseguia ver graça em algo como aquilo poderia ser emocionante ver as peças destruindo umas as outras só que depois de um tempo perdia um pouco da emoção a menos que estivesse jogando com Lysander, com ele as coisas sempre eram interessantes.

 A corvina sentia falta dele porque aquela era a primeira vez que viajava sem ele por perto. Bem que ela poderia conversar com algum dos outros ocupantes da cabine, mas Chloe e Lorcan haviam adormecido depois de um tempo, ainda sentados no banco do trem com ela caindo contra seu peito e o gato alaranjado e felpudo dela se aconchegando no colo do garoto.

Acabou por ter que se contentar em ficar prestando atenção em mais um massacre que estava por vir o que fazia a ruiva pensar que seu irmão só poderia gostar de perder, pois sempre insistia em jogar contra Rose. Lily estava fazendo comentários animados para cada movimento da grifinoria e zoando o irmão por conta das peças que perdia, o que ela tornara a fazer quando a torre negra de Albus fora destruída pelo bispo branco.

_ sabe, não sei o porquê de você ainda insistir nisso – disse Lily rindo levemente do irmão que removia sua torre despedaçada para fora do tabuleiro a juntando com as outras peças destruídas – você sabe que não tem chance.

_ não é pela vitória em si – disse Albus resmungando, ele estava fazendo aquilo apenas para ocupar um pouco a cabeça até que chegasse a estação, o moreno então usou um dos seus peões para destruir o bispo que acabara com sua torre a momentos atrás.

_ xeque – disse Rose sorrindo enquanto posicionava o cavalo branco em frente ao rei de Albus, a peça do garoto começou a tremer com aquele movimento.

_ mas, como você... – disse Albus olhando espantado até perceber o ato falho que fizera ao mover aquela peça na ultima jogada, era o peão uma das defesas do rei.

Algumas batidas leves na porta da cabine anunciaram a chegada da senhora do carrinho de doces que olhou amavelmente para os adolescentes que se apressaram em se levantar para comprar algumas guloseimas.

_ o que vão querer do carrinho queridos? – disse a senhora enquanto os tres adolescentes se aproximavam.

_ vejamos – disse Rose olhando indecisa para os doces a sua frente - eu gostaria de alguns suspiros borbulhantes, delicias gasosas e sapos de chocolate...talvez uma varinha de alcaçuz também – a vendedora pareceu espantada com o apetite da garota, mas pareceu saber disfarçar enquanto a ruiva tirava alguns galeões para pagar o que havia comprado. 

_ eu quero caldeirões de chocolate – disse Albus enquanto pegava quatro pacotes enquanto se virava para a irmã – o que você vai querer?

_ apenas uma varinha de alcaçuz – disse Lily então se voltando para dentro da cabine encarando os amigos adormecidos – deveríamos acorda-los para ver se querem algo?

_ podemos comprar algo para eles – disse Albus – eu sei que o Lorcan adora feijõezinhos de todos os sabores e sapos de chocolate, então me vê um de cada.

_ Chloe gosta tortinhas de abobora – disse Lily sorrindo enquanto pegava alguns destes doces enquanto o irmão pagava a vendedora.

O sonserino puxou a sua bolsa de pelo de briba do interior do casaco enquanto tirava algumas moedas de ouro e prata que estava prestes a entregar para a bruxa, mas antes que pudesse fazer acabou por se interrompido por uma garota que se aproximara.

_ com licença – disse a garota para quem o moreno olhou, então não pode conter a surpresa acabando por deixar as moedas irem ao chão tilintando contra o carpete.

_ você deixou seu dinheiro cair – disse a vendedora com um tom de voz gentil, o garoto resmungou qualquer coisa se agachando para pegar então sendo acompanhado pela recém-chegada.

Era aquela a mesma garota que havia encontrado no Beco Diagonal há algumas semanas, a mesma que o chamara pelo nome e agia como se o conhecesse. Ela vestia as vestes de sonserina, mas o rapaz nunca a havia visto na escola antes.  Albus a olhava pelo canto dos olhos enquanto pegava as moedas, acabando por alguns instantes o olhar de ambos se cruzarem um com o outro logo depois das mãos dos dois se tocarem por pouco mais de dez segundos.

A garota se ergueu ao mesmo tempo em que ele, com o pequeno azar que o rapaz acabou batendo a cabeça no carrinho dos doces contorcendo a face em uma careta enquanto pensava uma serie e palavras que foi cuidadoso o bastante para não dizê-las em um tom audível.

_ cuidado querido, você está bem? – disse a vendedora dos doces num tom preocupado, ao que o garoto simplesmente lhe lançou um aceno positivo.

_ aqui está, sabe para o melhor apanhador da sonserina em cem anos, você tem uma mão bastante frouxa – disse a morena sorrindo enquanto estendia o dinheiro para o rapaz que ainda esfregava a nuca e olhava para a garota com um olhar de confusão.

_ deveria levar isto como uma ofensa? – disse Albus erguendo a sobrancelha.

_ não leve para o lado pessoal – disse a garota sorrindo – pensei que tivesse um senso de humor melhor do que isto – o moreno sorriu, ela agia de uma maneira estranhamente familiar que o fazia não conseguir ficar irritado, só não sabia quem poderia ser.

_ acredite, você não diria que eu tenho mão frouxa se me visse em campo – disse Albus guardando a bolsa de briba no interior das vestes novamente. 

 _ bem, estamos indo para Hogwarts então suponho que vá ver seu talento em breve – disse a garota enquanto ele entregava o dinheiro para a vendedora – desculpe, senhora mas eu gostaria de um desses se não for muito incomodo – ela apontou para uma barra de doce de abobora com amêndoas acabando por pega-la e ir procurar o dinheiro nas vestes – droga, acho que ficou no meu malão...se você puder esperar.

_ sinto muito querida, mas tenho que prosseguir – disse a vendedora – qualquer coisa estarei lá na frente com o maquinista – ela ia pegar a barra das mãos da garota quando o sonserino interveio.

_ eu pago – disse Albus puxando mais um par de sicles que havia recebido de troco então se virando para a garota – você me paga quando chegarmos a Hogwarts.

_ obrigado Al, você é realmente muito gentil como me disseram – disse a garota sorrindo levemente – seus pais o educaram bem – um pigarreio fez ambos desviarem os olhares para alguém que ainda permanecia ali vendo a cena toda.

Albus se perguntou mentalmente porque ele estava se sentindo tão estranho por saber que todo aquele tempo sua irmã estivera ali o observando e que expressão estranha era aquela que possuía em seu rosto. Ao perceber que havia sido notada, a ruiva se desencostou da parede e descruzou os braços. Então Lily se colocou entre o irmão e a garota estranha, ela estava realmente incomodada com aquela situação, pois podia ser que a lerdeza de Albus o impedisse de ver certas coisas como o fato de estar recebendo um flerte de alguém e ser tonto demais para ceder ao charme de qualquer uma.

_ desculpe a intromissão – disse Lily tentando ser a mais delicada possível - mas quem é você afinal? – a ruiva sentiu as mãos do irmão sendo colocadas em seus ombros, como se quisesse se certificar de que ela não fosse fazer nada.

_ parece que você os encontrou – disse uma voz então o som de alguns passos foi escutado a esquerda, e logo a frente deles se encontrava um rosto familiar a todos.

Scorpius já trajava as vestes escolares naquele momento e caminhara no seu tradicional jeito elegante até o lado da garota onde colocou um de seus braços ao redor dos ombros dela. Ela o olhou por alguns segundos e ambos tiveram um contato visual e só o desviaram quando tiveram uma espécie de entendimento mudo entre eles.

_ acho que vocês já conheceram minha prima – disse Scorpius sorrindo enquanto bagunçava os cabelos da garota que lhe dava uma leve cotovelada murmurando algo que pareceu ser uma ameaça para que ele parasse.

_ ela é sua prima? – disseram os dois quase ao mesmo tempo.

_ sim – disse a garota confirmando enquanto erguia a mão para cumprimentar a ruiva que ainda possuía uma face de choque – você deve ser Lily, e até onde sei você é irmã do Al.

_ sim, eu sou - disse Lily retornando ao normal então lançando um olhar do loiro e novamente para a garota, certamente buscando alguma semelhança entre os dois acabando por certamente desistir disto segundos depois – então, vocês vão vir para a nossa cabine? – a ruiva se livrou das mãos do irmão sobre seus ombros então se encaminhando para a porta - Ela esta mais vazia do que de costume, e mesmo se tivesse ainda assim teria espaço para o Scorpius é claro... Sendo que acho que você também é bem vinda entre nós.

_ claro – disse Scorpius então olhando para a prima – Dakota, você fica aqui e tenta se enturmar com meus amigos, vou voltar para a nossa cabine e para pegar as nossas coisas.

_ eu vou te ajudar – disse Albus automaticamente seguindo o amigo pelo corredor.

As duas entraram na cabine encontrando uma ruiva com um sapo de chocolate na boca, o bicho ainda se debatia quando a garota lhe arrancara a cabeça com os dentes ao ver a morena a sua frente. Dakota sorriu tentando ser gentil se sentando num banco oposto ao das primas estando do lado de um casal de loiros adormecidos.

_ ela e o Scorpius estão de mudança para cá – disse Lily respondendo o olhar questionador da prima que ainda mastigava, então a grifinoria encarou a garota a sua frente lhe lançando um olhar indecifrável.

_ então, quem são eles? – disse Dakota tentando puxar assunto, apontando para os outros ocupantes da cabine que ainda não conhecia.

_ Lorcan e Chloe – disse Lily agora se tocando que nem precisara se apresentar a momentos atrás - a proposito como você me conhece?

_ bem, você pareceu em varias fotos em publicações de revistas e jornais bruxos ao lado de sua família é quase impossível não conhecer um dos Potters – disse Dakota – acredito que o nome de vocês é conhecido em toda a parte do mundo.

_ é, deve ser... – disse Lily ficando sem graça, mas soube disfarçar bem, a verdade era que odiava essa fama que sua família tinha e saber que todos os conheciam mesmo as pessoas que nunca viram era algo realmente estranho de se pensar.

_ falando nisto, de onde exatamente você é? – disse Rose seriamente.

_ eu e minha mãe viajamos muito, não somos de um lugar fixo sabem? – disse Dakota enquanto abria sua barra de chocolate – por conta disso nunca frequentei uma escola de verdade.

_ sua mãe trabalha em que exatamente? – disse Rose, dando uma ênfase a mais na palavra exatamente como se não fosse aceitar uma resposta vaga.

_ é um assunto complicado isto, nem sei que nome que eu posso dar aquilo que ela faz – disse Dakota dando uma mordida em seu chocolate e enquanto mastigava pode notar uma troca de olhares entre as duas ruivas, aquilo era extremamente irritante - então, vocês estão em corvinal e grifinoria não é? Eu fiquei em sonserina, fui selecionada a algumas semanas atrás quando a propria diretora McGonagall foi a nossa casa e colocou o chapeu em minha cabeça.

_ emocionante – disse Rose num tom entediado – entao, o seu primo falou de nós não é? Porque o que é mais engraçado é que nós nunca ouvimos falar de você.

_ bem, isto você vai ter que perguntar a ele o porque de esconder a minha existência – disse Dakota – acredite, mesmo eu estou bastante surpresa com isto – ela deu uma outra mordida em sua barra e após mastigar e engolir continuou – mas, sim eu ouvi falar de vocês – ela olhou para o loiro ao seu lado - Lorcan Scamander é amigo do Scorpius pelo que sei, e tem um irmão gêmeo chamado Lysander que são grandes amigos de meu primo junto com o Al.  

_ sim, isto é verdade – disse Rose olhando ainda desconfiada para a garota – o Lysander é o namorado da Lily – a ruiva ao seu lado fez um leve aceno confirmando –não está aqui porque ele foi eleito monitor e teve que ir para a orientação.

_ e a outra que está faltando, é a Alice que está ausente pelo mesmo motivo – disse Lily – ela é a namorada do meu irmão Albus – ela deu ênfase a palavra namorada e ao nome do moreno da sonserina como se quisesse deixar algo bem claro para a recém-chegada.

Não demorou muito para chegarem até a cabine que Scorpius e sua prima estavam ocupando, ela ficava apenas a um vagão de distancia. No caminho todo, os dois mantiveram um silencio perturbador. Eles finalmente chegaram e após o fechar a porta atrás de si, o moreno pode encontrar o amigo já recolhendo as bagagens de dentro do bagageiro.

_ ela é adorável – disse Scorpius sorrindo por cima do ombro enquanto pegava uma gaiola com um furão certamente de sua prima.

_ é... Realmente adorável – disse Albus em um tom irônico enquanto pegava a gaiola e colocava no chão então indo começar a ajudar o amigo, retirando a vassoura dele que se encontrava no bagageiro tendo que subir no banco para isto – mas por que nós nunca fomos apresentados a ela antes?

_ sabia que as perguntas fossem começar – disse Scorpius suspirando enquanto pousava um malão ao lado da gaiola assustando o furão que mostrou os dentes pequeninos e afiados – entenda Al, que não posso lhe contar nada sobre ela agora.

_ por que não? – disse Albus enquanto tentava alcançar o malão do amigo que estava no fundo do bagageiro começando a puxa-lo, pois parecia preso – sabe que pode confiar em mim – ele finalmente conseguira pousando a bagagem no chão e encarando o amigo.

_ não é questão de confiança Al, não entenda mal... Sabe que confio muito em você – disse Scorpius suspirando enquanto puxava algo do fundo do bagageiro que para a surpresa do moreno era uma caixa imensa e preta que logo foi reconhecido como sendo um suporte em que certamente havia um violão – é que isto é simplesmente um assunto pessoal.

_ tudo bem – disse Albus, ele não iria insistir naquilo porque sabia que caso o melhor amigo se sentisse a vontade ele iria compartilhar o segredo por detrás da prima com ele - eu já a conhecia... – ele fez uma pausa enquanto o rapaz se sentava a sua frente - nos encontramos antes no Beco Diagonal.

_ primeiro no Gringotes em seguida no Floreios e Borrões – disse Scorpius – sim, eu já sabia porque ela me contou isto.

_ ela me conhecia como? – disse Albus se sentando na poltrona encarando o amigo seriamente fazendo o loiro erguer a sobrancelha para a questão que tinha uma resposta um tanto obvia.

_ fotos é claro, ela viu umas quando esteve hospedada lá em casa – disse Scorpius - e antes que pergunte, ela foi embora antes de recomeçarmos os ensaios da banda.

_ por que você não me contou que ela iria estudar em Hogwarts? – disse Albus então tornava a ficar de pé assim como o loiro – acho que você não iria deixar passar algo assim de proposito não? E por que não mencionou que ela tinha te contado que nos vimos...

_ hei, sossega um pouco sua veia de interrogador ai Potter – disse Scorpius rindo – a verdade, é que não queria que você ficasse ansioso como está agora.

_ por que eu estaria ansioso afinal? – disse Albus cruzando os braços – ela é apenas a sua prima, não há nada demais nela.

_ qual é, você não percebeu? – disse Scorpius.

_ não sei o que você quer dizer – disse Albus - eu deveria perceber alguma coisa?

_ às vezes me pergunto se você se faz de lerdo – disse Scorpius revirando os olhos - não pode ser que você não perceba o obvio – ele bufou ao perceber que o amigo parecia ainda não ter compreendido – esquece, mas a razão principal que me levou a não contar a ninguém é que não queria causar um alvoroço antes do tempo.

_ isso parece não ter funcionado muito bem, pois só piorou as coisas agora que todos sabem que ela existe – disse Albus – grande surpresa para todos nós, nesta você se superou Scorp.

_ eu não posso lhe dizer muitas coisas sobre a Dakota, mas tem algo que você precisa saber quem sabe isto te faça entender o motivo de eu evitar falar sobre ela para todos – disse Scorpius suspirando – eu e ela meio que tivemos algo no passado.

_ passado, espere... – disse Albus surpreso com o próprio pensamento - você traiu a Rose com sua prima? – o loiro o olhou espantado pelo que havia acabado de ouvir antes de começar a engasgar com o riso que se formava em sua garganta.

_ o que? Não, qual é Al – disse Scorpius rindo com a frase do amigo – foi antes de eu e a Rose estarmos juntos... Para ser sincero nem sei se posso considerar o que tivemos como algo realmente sério afinal nós éramos duas crianças na época – ele controlou o riso para que pudesse prosseguir – a verdade é que...

Um ruído interrompeu o que o loiro estava prestes a dizer, ambos olharam na direção da porta parecia que alguma coisa estava ocorrendo nos corredores do lado de fora. O moreno seguiu o amigo no momento em que ele abriu a porta da cabine e saiu, o que encontraram no corredor foi realmente inesperado. Um amontoado de pessoas se encontrava em um pequeno circulo e ao se aproximar Albus pode reconhecer uma cabeleira ruiva no centro do grupo.

Hugo Weasley se encontrava cercado por três comensais da morte, um deles o estava prendendo contra a parede com braço prensado fortemente contra sua garganta enquanto outro apontava a varinha para ele e um terceiro possuía uma mochila certamente do ruivo em mãos.

_ ora, vamos Weasley não tem nada demais nosso pedido – disse Peter Parkinson com sua varinha soltando algumas faíscas contra o rosto sardento do corvino – o que há demais nisto.

_ o que está fazendo com meu primo, seu idiota – disse Albus se aproximando do grupo acabando por chamar a atenção do sonserino que desviou o olhar e a varinha do rosto do ruivo que ainda possuía os olhos fechados.

Albus buscou a varinha nas vestes, mas antes que pudesse perceber tanto ele quanto seu melhor amigo tinham sido atingidos por um feitiço, agora estando presos ao teto e não conseguiam se mexer mais. O moreno olhou raiva para o septanista a baixo de si que riu apontando a varinha para eles com um sorriso brincalhão.

_ mais sorte da próxima vez – disse Peter sorrindo enquanto dava alguns tapinhas na face do apanhador da sonserina, por conta do teto baixo isto não era algo difícil de se fazer.

Peter Parkinson era um septanista da sonserina, o moreno o conhecia por ser claramente uma versão mais velha do seu primo Zack se não fosse apenas poucas mudanças na fisionomia. Cabelos negros penteados em um topete estilo mauricinho, rosto pequeno de feições normais se não fosse pelo nariz achatado. Ele era um aluno que fora expulso de Durmstrang na metade de seu sexto ano e que desde que ingressara na nova escola havia conquistado o cargo de líder de um pequeno grupo de seguidores.  

_ Agora, a resposta para sua pergunta é bem simples, nós estávamos apenas tendo uma conversa civilizada com ele, isto é claro se ele não fosse burro o bastante para ser grosseiro comigo e meus amigos – disse Peter dando de ombros.

_ me solte – disse Hugo com dificuldade fazendo o garoto que o segurava rir.

_ hei, vocês retornem para a suas cabines agora – disse o rapaz que prendia o corvino ao ver pelo canto dos olhos algumas pessoas assustadas, olhando para eles pelas frestas da porta o que aconteceu a seguir foi uma serie de portas sendo trancadas.

Ninguém ousava desafiar nenhum daqueles garotos e isto tinha um bom motivo. Especialmente porque o garoto que imobilizava o ruivo se chamava Conan Rookwood. O garoto era de porte atlético, cabelo ondulado castanho, com nariz grande e olhos negros que possuíam um estranho brilho como se o fato de o garoto que prendia começar a ficar roxo pela falta de ar o alegrasse. Ele era sobrinho de Augusto Rookwood, o comensal da morte que fora responsável pela explosão que havia matado tio Fred. Existia um boato de que o pai dele também fora um seguidor das trevas e que não fora para Azkaban por falta de provas, e que ensinara o filho magia negra.

_ você é um grande de um covarde de merda, sabia disto Parkinson? – disse Scorpius irritado, aquele era o irmão de sua namorada e mesmo que não fosse um grande fã de Hugo a ideia de deixa-lo na mão daqueles três estava fora de questão – três contra um, isto não é justo.

_ isso não precisaria ser assim se este imbecil colabora-se – disse Peter, então se virando para o garoto que ainda segurava a mochila que havia pegado do corvino, ao que parecia o rapaz estava a revistando em busca de algo – alguma coisa interessante ai Yaxley?

_ só um monte de pergaminhos – disse o outro septanista – esse pirralho está fazendo dinheiro certamente, mas não tem nada aqui que eu encontrei. 

Daimos Yaxley era um garoto de estrutura magra e esguia, sua pele era pálida e possuía um corte de cabelo um tanto estranho com os lados da cabeça raspados e uma franja caída sobre sua testa em diagonal meio que ocultando um de seus olhos cinzentos enquanto a parte de trás estava presa em uma trança. O rapaz virara a mochila derrubando tudo no chão, o que fez o ruivo começar a resmungar e soltar certamente sabia o que estava para acontecer.

_ impressionante – disse Peter – e pensar que tudo isso se transforma em galeões com tanta facilidade, você está com sorte Weasley – ele se voltou para Hugo – eu queria apenas saber se você poderia sei lá, prestar seus serviços para mim... Mas acho que vou ficar com seus galeões desta vez e te fazer ter algum prejuízo – ele indicou os pergaminhos no chão e o loiro a sua frente assentiu apontando a varinha para os pedaços de papel espalhados que num estalo começaram a pegar fogo.

Hugo tivera um grito reprimido na garganta ainda bloqueada pelo braço do garoto que o segurava, o seu primo pode ver inutilmente o ruivo se debatendo para se libertar quando Peter se aproximou e começou a revista-lo encontrando num dos bolsos da capa uma bolsa pesada de moedas. Rindo assim como os outros, Parkinson mostrou seu trofeu para o colega loiro que se afastou da pequena fogueira que havia acabado de criar no centro do corredor.

Foi então que tudo ocorreu muito rápido. Hugo mordeu o braço de Rookwood com tanta força que o garoto urrou dando alguns passos para trás que foi o suficiente para que o corvino tivesse tempo de dar um chute contra seu abdômen que o fez tropeçar e esbarrar em Peter. O corvino então meteu a mão no interior das vestes do sonserino que havia derrubado tirando dali a sua varinha e a apontando para o outro que já estava tentando se levantar.

_ eu fico com isto – disse Hugo que foi rápido em pegar a sua bolsa negra das mãos de Peter e chutar a varinha do garoto na direção do fogo, mas por pouco ela não foi atingida pelas chamas.

_ muito bem Weasley, que tal dar uma ajudinha... – disse Scorpius, mas o ruivo já havia desaparecido pela porta do vagão sem nem ao menos olhar para os dois o que fez o rosto do loiro começar a se avermelhar em raiva – bastardo nojento, ele nos deixou para trás numa situação destas.

_ vamos conseguir nos livrar desta – disse Albus esperançoso.

_ o que estão esperando – disse Peter se levantando, dando um chute leve em Rookwood para que ele se levantar-se sendo que o garoto ainda possuía uma das mãos sobre a mordida que recebera – vão, andem vá atrás dele antes que ele se perca de vista – falou empurrando Yaxley em direção da porta por onde o outro colega já havia desaparecido.

Peter caminhou até onde estava sua varinha e a pegou, acabou por soltar um gritinho um tanto feminino enquanto passava a varinha de uma mão para a outra. A cena acabou por fazer os dois quintanistas presos ao teto rirem, atraindo um olhar mortal do rapaz que já possuía a varinha firme na mão ao que tudo indicara já havia esfriado um pouco.

_ quente demais para você Parkinson? – disse Albus desdenhoso sendo acompanhado por uma gargalhada escandalosa do loiro ao seu lado.

_ ora, vamos continue seu ato podre de malabarismo – disse Scorpius sarcasticamente – estava tão hilariante, acho que com um pouco de treino já dá para você fugir com o circo se quiser.

Peter grunhiu de raiva, e apontou a varinha para os garotos que pararam de rir naquele mesmo instante ao verem o olhar maldoso do rapaz mais velho. Então um brilho partiu da varinha na direção de ambos.

_ nos vemos em Hogwarts – disse Peter formalmente antes de se retirar, seguindo pelo mesmo caminho que os amigos haviam ido.

Aos poucos as portas das cabines foram se abrindo e as pessoas começaram a fitar os dois sonserinos presos ao teto.  Naquele momento em outra parte do trem, um ruivo assustado se jogava dentro de uma das cabines do trem surpreendendo suas ocupantes quando o rapaz usou a varinha para bloquear a porta com um feitiço e com um sinal mandou que elas ficassem em silencio no mesmo instante que foi escutado as vozes e passos apressados de pessoas correndo pelo corredor do lado de fora. 


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