Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 2
Sua Majestade o Rei Caspian


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, e meninos (se tiver algum por aí)! Mais um capítulo fresquinho escrito com muito carinho pra voces! Espero que gostem, e achem divertido esse capítulo! Tá um pouco fofo eu diria, primeiro encontro da Alice com Caspian! Espero que gostem! Veijos



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Assim que chegam ao castelo, Alice é imediatamente levada ao encontro do rei. Quando passa pelas duas grandes portas da grande sala onde o rei já esperava afoito, Alice vê aquele homem muito bem vestido, de cabelos longos, e barba por fazer vir imediatamente em sua direção e abrir os braços logo a puxando para perto de si e abraçando-a com força:

– Alice! –diz ele apertando-a contra si. – Onde esteve? Fiquei preocupado! –ele afasta apenas o corpo e sorri.

– A rainha estava na floresta! –responde Edmundo. – Agora está segura! Se me permite, eu gostaria de me retirar para um banho majestade! –ele encara o rei com um sorriso.

– Claro meu amigo! –o rei toca seu ombro. – Está dispensado! E muito obrigado!

Edmundo pede licença ao rei e a Alice, e logo se retira. Assim que as portas se fecham, o rei toma Alice pela cintura, aproximando-a de si, e tocando seu rosto com a palma de uma das mãos, ficando com o rosto dele quase colado ao dela, e diz:

– Senti sua falta! –ele sorri e se inclina para beijá-la.

– Oh! –ela arregala os olhos e se desvencilha dos abraços do rei. – Espere um segundo! Precisamos conversar majestade...

– Alice! –ele sorri com um brilho perfeito nos seus olhos castanho escuro. – Não me diga que ainda está zangada por conta da nossa briga? –ele se aproxima enquanto Alice fica mais nervosa. – Eu sinto muito meu amor! Não devia ter sido tão rude... –ele toca novamente a cintura de Alice que caminha para trás até sentir seu traseiro tocar a mesa. – Estava tomado de ciúmes! Perdoe-me! –ele sorri e aproxima os lábios dos dela.

Alice arregala os olhos mais uma vez, vendo aquele homem insistindo em beijá-la mesmo sem saber quem ela era, e novamente se afasta do rei, desviando dos lábios dele que a procuravam.

– Não! –ela dá alguns passos e para do outro lado da mesa.

– Ora Alice, deixe-me beijá-la! Não faz sentido ficarmos brigados por uma coisa tão tola... –reclama o rei.

– Você não entende! Eu não sou a Alice, pelo menos não a sua Alice. –ela tenta explicar, mas ele continua seguindo-a em passos lentos.

– Deixe de bobagens! –ele ri e se aproxima puxando-a pela mão. – Claro que você é minha Alice! Minha rainha! Agora me deixe beijá-la! Pare de me torturar! –ele sorri cheio de malicia pronto para colar seus lábios aos dela.

– Não! –ela se solta e corre para o meio da mesa. – Caramba! Você parece um polvo cheio de braços! E quer saber? –vendo que ele não a ouviria. – Sim! Eu estou zangada, eu estou muito zangada, e... –ela olha para os lados. – Quero ir para meu quarto agora.

– O seu quarto é o meu quarto Alice! –o rei a encara. – Pare com isso!

– Então providencie outro quarto onde eu possa passar a noite, longe de você... –diz a garota cheia de arrogância. – Deve ter outro quarto nesse lugar enorme não tem? –diz confusa.

– Tudo bem... –ele respira fundo e concorda. – Vou dar um tempo pra você se acalmar...

O rei se afasta e caminha em direção a uma corda grande pendurada no topo do castelo, e a puxa. Alguns minutos depois, duas empregadas surgem à porta e perguntam qual o desejo do rei.

– Mirabel, Lecádia! –diz o rei se dirigindo a ambas. – Levem a rainha até um dos quartos do castelo. –ele olha para Alice. – Deixem que ela escolha em qual deles passará a noite...

– Sim majestade! –respondem em coro.

As mulheres se aproximam de Alice, que não consegue tirar a expressão de surpresa, e de confusão do rosto. O rei a observa com a expressão tranquila, e compreensiva enquanto se senta sobre a beirada da mesa, e apanha uma maça de uma bandeja e morde-a. Alice sacode a cabeça, e segue com as duas empregadas até a porta interior do castelo e ambas seguem rumo ao longo corredor, iluminado por chamas de lamparinas fixadas a parede, a cada quatro passos. Quando chegam ao quarto mais distante do quarto do rei, Alice é deixada sozinha, e então respira aliviada...

– Céus! –ela gira com ambas as mãos sobre os cabelos. – Por que todos aqui pensam que eu sou a rainha? –ela olha para a cama que parecia confortável e se senta sobre a mesma. – Talvez eu esteja dormindo, e não consigo despertar. –a garota morde o lábio inferior. – Talvez se eu dormir aqui consiga acordar em Londres! –ela se joga sobre a cama. –Mesmo que isso não tenha o menor sentido. –ela ri.

Alice fecha os olhos tentando adormecer, como se isso pudesse levá-la de volta para Londres. Mas no fim, tudo que ela consegue é realmente pegar no sono sobre aqueles lençóis macios, e o confortável leito.


...


Na manhã seguinte, Alice desperta ronronando como um gatinho, enquanto sente alguém acariciar seu cabelo. Ela encolhe os joelhos, e toca o queixo com ambos os punhos, e diz de olhos fechados:

– Bom dia papai! –ela sorri.

– Papai? –ela ouve aquela voz grave e abre os olhos.

– Você? –Alice dá um pulo da cama ao se deparar novamente com o rei. – Você não dá uma trégua não? –a garota se levanta rapidamente e pula para o lado oposto da cama.

– Bom dia pra você também minha rainha! –ele ri continuando recostado a cabeceira da cama.

– Bom dia! Seja lá como for que você se chame...

– Caspian! –ele responde mesmo achando absurdo. – Esqueceu meu nome da noite para o dia? –ele ri.

– Não posso esquecer algo que eu sequer sei! –ela cruza os braços.

– Estamos casados há dois anos e não sabe meu nome? –Caspian sorri achando que sua esposa estava apenas fazendo mais uma de suas adoráveis brincadeiras.

– Dois anos? –Alice fica pasma. – Me casei com você com quinze anos?

– Dezesseis! –o sorriso constante do rei começava a incomodar Alice. – Esqueceu que já tem quase dezoito anos? Aliás, ainda não disse o que vai querer no dia do seu aniversario!

– Acordar desse sonho de muito mau gosto seria bom... –ela se senta na beira dos pés da cama.

Caspian sobe de joelhos no colchão e engatinha até sua rainha, ou melhor, até Alice, e toca os cabelos dela que cobriam seus ombros. Depois deposita um beijo suave no pescoço da garota que imediatamente se arrepia inteira ao sentir a barba dele roçar na sua pele. Alice se levanta ficando um pouco corada e o encara dizendo:

– Caspian! Escute-me... –ele se senta na cama com os pés no chão e observa-a. – Eu não sou a sua rainha! Meu nome é Alice, mas eu vim de Londres. Cai em um buraco e vim parar aqui...

Caspian:

– Já faz algum tempo que não fala de Londres! –ele sorri irritantemente como um perfeito cavalheiro.

– Bom então você sabe de onde eu venho?

– Sim, claro que eu sei!

– Ótimo! Já é alguma coisa...

– Alice, sabe que não me incomodo em participar das suas brincadeiras. –ele se levanta e ela dá um passo atrás. – Mas... Já chega! Tá perdendo a graça...

– Não é brincadeira... Eu não deveria estar aqui... –diz desesperada.

– Chega Alice... –dessa vez o rei falava sério. – Não faz sentido você continuar usando a sua imaginação para me evitar. Se estiver brava comigo por causa da nossa discussão, então vamos falar sobre isso, mas, por favor, pare de fingir que é outra pessoa...

– Você não quer me escutar... –ela sacode a cabeça em negação depois se vira em direção à porta. – Eu vou embora...

– Pra onde vai?

– Procurar um caminho de volta pra casa... –ela abre a porta e sai do quarto.

– Alice... – Caspian revira os olhos e a segue. – Espere Alice...

– Olha, eu adoraria ficar aqui brincando de casinha com você, mas eu preciso voltar pra casa... –diz ela enquanto anda pelo corredor. – Pode ficar aí com seu sorriso perfeito. –ela sacode as mãos.

– Você está em casa Alice... –Caspian para na frente de Alice.

– Não, não estou. Você deveria me ajudar a encontrar o caminho de volta, e depois procurar a sua verdadeira rainha, por que eu não sou quem você pensa que eu sou... –Alice desvia dele e continua a avançar pelo corredor. – Além do mais, eu tenho compromissos. Leopold deve estar a minha espera...

– Leopold? Então isso é por causa dele?

– Sabe quem é Leopold? –Alice para e volta alguns passos.

– E não foi exatamente por causa disso que brigamos? –ele diz como se aquilo fosse familiar pra ela.

– Não entendi!

– Outra manhã, você acordou dizendo esse nome. Quando perguntei você disse que não sabia de quem se tratava. Então depois de muita insistência da minha parte, finalmente você confessou que ele era seu noivo... –Caspian estava um pouco irritado. – E depois disse que estava infeliz...

– Estava infeliz por que estava noiva de Leopold ou por que me casei com você?

– Foi exatamente o que perguntei, e você não respondeu. Então discutimos, e você fugiu...

– Agora eu to mesmo muito confusa... –Alice sentiu algo lhe incomodar o estômago e tocou a barriga com ambas as mãos.

– Você deve estar é com fome. –diz ficando mais calmo. – Ainda não fez seu desjejum, e já passa da hora... Dormiu até um pouco mais tarde, do que de costume... Venha, vou pedir que sirvam seu café... –Caspian relaxa e se aproxima de Alice segurando sua mão e conduzindo-a rumo ao corredor.

Assim que chegam a sala do jantar, Alice avista aquela mesa enorme e alongada, coberta apenas por mil delicias. Bolos, tortas, pães quentinhos recém-trazidos da aldeia, assim como frutas frescas de todos os tipos. Caspian se aproxima, e puxa a cadeira próxima a cabeceira.

– Sente-se ao meu lado! –ele sorri sem mostrar os dentes.

– Você é só mais uma prova de que esse lugar não existe... –ela toca a borda da mesa enquanto o olha perto da cadeira.

– Por que diz isso?

– Você é gentil, educado, atencioso. –ela pensou em dizer bonito, mas não queria parecer atirada, mesmo que ele fosse apenas “fruto da sua imaginação”. – E apesar se ser um pouco grudento e pelo que me parece, ciumento também... Parece um bom marido.

– Obrigado! –ele ergue as sobrancelhas. – Vou tomar isso como um elogio, e ignorar a palavra: “grudento”. –ele se afasta assim que Alice senta-se e segue até sua cadeira na ponta da mesa.

Alice sorri, percebendo o esforço que Caspian fazia para ser gentil com ela, mesmo diante das contrariedades impostas por si. A garota baixa sua cabeça e começa a se servir afinal estava faminta, e sua fome era como a fome dos sonhos. Quase impossível de ser saciada.


Continua...


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Mereço mais de três reviews?!!! No terceiro capítulo eu vou explicar como e porque ela foi parar em Nárnia, e também farei a primeira aparição de Aslan! Beijos (nos vemos nos comentarios)