Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 1
Sua Majestade a Rainha Alice


Notas iniciais do capítulo

Olá amiguinhos e amiguinhas! Devem estar se perguntando de onde tirei a ideia para esta fic, bem, é simples, eu pensei: E se Alice encontrasse Nárnia e não o pais das maravilhas? Aí pensei nas duas historias, e decidi unir as mesmas! E ta ai o resultado! Este é apenas o primeiro capítulo e espero que gostem! Por favor comentem, e ajudem a fazer a vida de uma humilde escritora mais alegre! Bjus



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371164/chapter/1

Já era noite, e chovia. As janelas do quarto batiam por conta da força do vento, e em sua cama a pequena Alice dormia perdida em seus sonhos... Lá estava ela em pé naquela praia, diante de três homens, um rato e um leão. De repente o ultimo voltou seus olhos a ela e disse com sua voz majestosa:

- É chegada a hora de sua partida!

- Poderei voltar algum dia? –pergunta a pequena menina.

- Você já alcançou toda a sabedoria que este mundo poderia lhe dar!

Sua voz mansa, e seu semblante feliz e calmo, mostrava toda sua magnificência. A pequena Alice sorri, e caminha em direção ao rato colocando-se de joelhos diante do mesmo:

- Vou sentir sua falta! –diz a garota.

- Também sentirei a sua, majestade! –responde o rato.

A menina envolve o pequeno rato em seus braços, depois se levanta e caminha até o garoto de cabelos e olhos negros e diz:

- Obrigado por ter cuidado de mim!

- Só estava fazendo meu trabalho! –ele sorri.

Eles se abraçam também, de uma maneira gentil e carinhosa. E em seguida Alice se dirige a outro menino, de cabelos loiros e olhos azuis. Diante dele ela sorri e diz:

- Você foi um ótimo amigo!

- Vai se lembrar de mim? –disse ele com um sorriso triste.

- Sempre!

Alice sorri segurando as mãos do garoto. Depois se afasta e caminha em direção ao ultimo, que era também o mais velho. Este tinha cabelos longos, e barba por fazer, e parecia um pouco mais triste do que os demais. Também foi mais difícil para a pequena Alice se despedir dele. Logo suas lágrimas tomaram conta de seu rosto delicado, e ela se lançou nos braços dele o abraçando com força:

- Eu vou vê-lo de novo? –disse ela ao se afastar.

- Eu espero que sim! –ele tentou sorrir, mas estava tão triste quanto a pequena.

Alice deu alguns passos, e se afastou de todos, não querendo partir, então uma fenda foi aberta entre o mar a pequena menina seguiu por ela, apenas parando por um instante e dando adeus a todos.

...

A pequena menina de doze anos desperta em sua cama, sem entender por que tinha sempre o mesmo sonho a cada ano que ficava mais velha. Ela se levanta e segue até a sala onde seu pai lia um livro diante da fogueira. Ao ver a filha em pé diante da porta, ele retira os óculos e diz sorrindo:

- Teve outra vez aquele sonho querida?

- Sim papai... –a menina andou até o pai e sentou-se no colo do mesmo. – Por que isso sempre acontece quando se aproxima meu aniversário?

- Talvez voce seja especial! Talvez exista algo, em algum lugar esperando para ser descoberto por voce!

- Acha mesmo papai? –seus olhinhos brilharam.

- Tudo é possível meu anjo!

A garotinha se aconchega no colo do pai, enquanto ele volta a ler seu livro. Depois acaba adormecendo.

...

Seis anos depois

Alice e a mãe viajam em um automóvel com destino a residência de um amigo da família. A garotinha se tornou uma bela jovem de cabelos longos e cacheados. Mas ainda guardava alguns segredos de menina:

- Mamãe! Acha normal uma pessoa ter sempre o mesmo sonho? –pergunta curiosa.

- Não sei querida! –a mãe desconversa. – Ajeite suas meias...

- Talvez papai soubesse responder. – Alice olha pela janela com olhar triste.

- Seu pai não está mais conosco... Você sabe disso.

- Eu sei...

- Prometa que vai se comportar!

- Prometo!

...

Assim que chegam a residência do Lord Grant Whitebkaider, as damas são recebidas pela Condessa e esposa do Lord, Lilian que não era nada agradável.

 - Estão atrasadas. –disse em tom rude. – Alice, Leopold está a sua espera para a dança... Vá encontrá-lo.

- Sim condessa! –ela se afasta e procura o filho da condessa.

- Sinto muito pelo atraso condessa! –se desculpa Rose Mary.

- Já devia ter me acostumado com seus atrasos. –a condessa se vira e deixa a mãe de Alice.

- Perdoe a minha esposa! –diz Grant ao se aproximar. – Ela está nervosa, planeja esta festa há semanas!

- Eu entendo Lord Grant!

Ao passar por alguns convidados, Alice é surpreendida por Leopold que logo a agarra pela mão e a conduz para o centro do jardim principal onde os pares iniciam a dança.

- Pensei que teria que iniciar sozinho a dança. –reclama o moço de cabelos ruivos e bem penteados.

- Sinto muito Leopold!

- Não se desculpe apenas não se atrase outra vez. –responde com todo seu ar orgulhoso.

Enquanto era conduzida durante a dança por entre os demais convidados, a jovem Alice não conseguia conter seu riso, o que chamou atenção de Leopold o deixando desconfiado:

- Ora! Do que está rindo?

- Estava imaginando as moças vestindo trajes masculinos, assim como os rapazes com roupas femininas! –ela sorri como uma moleca.

- Ora! Não imagine bobagens... Continue dançando e não me envergonhe. –ele ergue seu queixo mostrando-se indiferente.

Quando a musica cessou, Alice pediu licença a Leopold e correu pelo jardim a procura de suas amigas, as gêmeas Doroti e Dorotéia. Logo as encontrando juntas, de braços dados perto das flores:

- Voce já sabe? –diz Doroti.

- Ele te contou? –segue Dorotéia.

- O que? –pergunta Alice.

- Sobre o pedido. – Doroti.

- Que ele fará. – Dorotéia.

- Que pedido? – Alice.

- Não desconfia? – Doroti.

- Nem imagina? – Dorotéia.

- Não! –Alice ri. – Mas aposto que me dirão!

- Nem pensar! – Doroti ri.

- Sem chance! –Dorotéia ri.

- Vamos! Contem logo ou direi a mãe de vocês que costumam nadar nuas no lago Green Wood!

- Ele pedirá sua mão... –Doroti.

- Em noivado. –Dorotéia.

- O que? –Alice arregala os olhos.

Logo a irmã mais velha de Alice se aproxima e a afasta das gêmeas, lhe carregando às pressas em direção as mesas do jardim.

- Ora! Essas linguarudas, não deviam ter te contado... –diz Sarah. – Era surpresa.

- Você sabia?

- Por que acha que a condessa organizou esta festa? –Sarah sorri.

- Mas eu...

A atenção de Alice foi dirigida para os arbustos por onde um pequeno e ligeiro coelho branco passava as pressas seguindo rumo aos fundos do jardim.

- Você viu aquele coelho? –pergunta Alice sorridente.

- Não vi nada!

- Espere aqui... – Alice se afasta com um sorriso sapeca no rosto.

- Alice deixe o coelho...

- Eu já volto. –responde a garota já correndo na outra direção.

Alice segue o pequeno animal até que o encontra próximo a uma arvore comendo um pouco de grama. Quando se aproxima devagar, tomando cuidado para não afugentá-lo, Alice percebe que entre as raízes daquela grande árvore havia um grande buraco. Curiosa, ela se ajoelha diante do mesmo, e leva suas mãos as bordas, se inclinando para ver o que tinha lá dentro, mas acaba escorregando e cai. Seu corpo despenca no vácuo, enquanto ela grita por socorro, até que finalmente, depois de um longo tempo apenas caindo, ela para a alguns centímetros da grama ficado no ar logo em seguida caindo e tocando o chão.

- Ai! –ela sente um espinho lhe cravar na palma da mão e senta-se para retirá-lo.

Vindo pelas suas costas, um pequeno animal de pelo marrom se aproxima, e lhe espeta com algo, fazendo com que Alice se vire e o encare.

- Fique onde está, e não mova um dedo sequer! –ameaça o rato empunhando uma espada minúscula.

- Você é um rato falante? –pergunta Alice espantada.

- Ora! Por que ninguém encontra algo menos obvio para dizer quando me vê? – resmunga o pequeno.

- Porque é um pouco estranho, você não acha? –a garota franze a testa.

- Você é a estranha aqui, agora fique de pé! –ele a cutuca novamente com sua lâmina.

- Por Aslam! –ouve-se a voz de um rapaz que se aproxima. – O que está fazendo Ripchip? –diz o garoto de cabelos curtos e escuros.

- Encontrei uma invasora! –responde o rato.

- Não sou uma invasora. –reclama Alice ao ficar de pé.

- Ela não é invasora Ripchip! –riu o garoto. – É a rainha!

- Rainha? –Alice diz surpresa.

- Não Edmundo! –responde o rato. – Esta não pode ser a rainha Alice. Apenas se parece com ela...

- Espere! Meu nome é Alice. Mas não sou nenhuma rainha!

- Sim! Você é! –responde Edmundo.

- Tem certeza? –questiona Ripchip. – O rei ficará desapontado se levarmos a rainha errada até ele...

- Rei? –diz Alice. – Do que estão falando?

- Você logo verá majestade! –responde Edmundo segurando sua mão.

Alice segue caminho com aqueles dois estranhos, sem entender nada, enquanto eles discutiam sobre ela ser ou não a rainha certa. Até que finalmente a garota decide se manifestar no meio daquela confusão, parando na metade do caminho:

- Espere! Ou vocês dois são loucos, ou eu estou dormindo. Então vou me beliscar e logo ambos sumirão.

Alice fecha os olhos, dá um beliscão bem forte em seu próprio braço, depois sorri e abre os olhos devagar vendo os dois a encarando com um ponto de interrogação nas suas testas.

- Por que ainda estão aqui? –pergunta ela.

- Ih! Essa aí é doidinha! –resmunga Ripchip.

- Isso não é um sonho! –sorri Edmundo. – Nós somos reais!

- Mas se quiser tentar de novo, eu posso ferir você com minha espada! –diz o rato.

- Ripchip? –repreende Edmundo.

- Foi só uma ideia!

- Por favor, majestade! Precisamos voltar para o castelo, antes que anoiteça... –segue Edmundo.

- Mas eu preciso voltar pra festa. Leopold me pedirá em noivado... –responde Alice ainda mais confusa e perdida.

- Noivado? –diz o rato.

-Noivado? –pergunta Ed.

- Sim, noivado... –responde Alice.

- O rei não vai gostar nadinha de saber disso. –Ripchip embainha sua espada.

- Majestade, a senhora já é casada! –explica Edmundo.

- Como é que é? –questiona a garota.

- Com o rei.

- Do que tá falando? Eu não sou casada, nem tenho dezoito anos ainda... –ela corrige.

- Sim! Completará dezoito anos daqui dois dias! –mais uma vez Edmundo sorri.

- A rainha, completará dezoito anos Edmundo. –corrige o rato.

- Ela é a rainha Ripchip... –repreende Ed.

- Tudo bem! –Alice ri. – Isso é mesmo um sonho. E eu já deveria ter acordado. Devo estar dormindo em baixo daquela arvore. –ela leva as mãos à cabeça. – Mas porque ninguém me acorda?

 - Lá vamos nós de novo... –diz Rip revirando os pequenos olhos.

- Majestade, o rei ficará preocupado se não estivermos no castelo antes do ultimo canto da coruja... –segue Edmundo.

- Tudo bem! –ela sorri. – Eu irei com vocês, e assim que seu rei me vir, dirá a vocês que estão loucos...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Interessante? Fofo demais? Chato demais? Legal? Interessante? vamos la, não me deixem imaginar sozinha, comentem! Nos vemos no proximo capitulo que pretendo postar assim que receber pelo menos tres comnetartios para este cap! Bjus