The Doctors And The Rose escrita por Chiye


Capítulo 6
Capítulo 6 - Ela falou com você.


Notas iniciais do capítulo

Postei esse tambem. Dois capitulos novinhos em folha para vocês. u_u
Agora, allon-y! Leiam e digam o que acharam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371040/chapter/6

Estava confortável. Quente, macio... Seu corpo doido não incomodava tanto. Era como se estivesse deitado novamente na casa de John e Rose.
Rose...
Ele abriu os olhos e se levantou, muito depressa. Depressa demais. Estava muito tonto e teve que fazer força para não vomitar. Deitou-se novamente, as mãos pressionando o estomago que doía horrivelmente, como se estivesse em chamas.
--Você está bem?—Era Dora. Ela havia surgido por uma das muitas portas.
O Doutor achou melhor não falar, de modo que apenas concordou com a cabeça. 
--Acho melhor você comer algo, não?—O Doutor apenas negou com a cabeça. –Nem ao menos um chá?—Ele negou novamente, achando mais seguro manter a boca bem fechada.
O que teria acontecido com Rose? Quanto tempo havia se passado? Ele estava achando melhor perguntar a Dora, mas mal abrira a boca, John entrou na sala.
--Acho melhor você não falar, Doc.
O Doutor queria disser para parar de chama-lo de Doc, mas achou melhor continuar com sua política de boca fechada.
--É isso ai, Mantenha boca fechada—Disse John— Aquilo foi veneno de Hagtoo 15, não foi?
O Doutor confirmou com a cabeça.
--Que bom que eu te encontrei. Os killerblasters estavam tentando te dar mais uma dose. Acho que mais uma teria sido fatal, até para você... Esse veneno paralisa órgãos vitais, como o coração. Os corações...
--Rose— Disse O Doutor rapidamente.
--Achei que você soubesse o que houve com ela. –Disse John, parecendo preocupado.
--Não... —O Doutor tentou se levantar novamente—Ela tentou correr... Um deles foi atrás dela... Acho... Talvez a peguem... Ou está lá fora...
--Deite-se— Ordenou John, forçando-o de volta ao sofá. –Ainda tem veneno de Hagtoo em você. É melhor você ficar parado. Não, escute, fique deitado... Doutor fique quieto, por favor.
--Acho melhor eu buscar mais alguns cobertores— Cantarolou Dora, feliz, desaparecendo da sala.
--Precisamos... Salva-la... –Gaguejou O Doutor. –Acho que querem... Usá-la de isca...
Seu estomago revirou horrivelmente e as luzes oscilaram um pouco.
--Doutor, você sabe o que o veneno de Hagtto faz... Pare... —Pediu John, tentando forçar O Doutor a se deitar.
Seu corpo voltara a doer, como se seu sangue fosse fogo. Tudo em sua volta parecia piscar e fugir. Mas não importava... Rose estava presa e se ele não aparecesse, provavelmente iam matá-la e pensar em um plano melhor... Tinha que ir... Mas não pode... Tudo escureceu novamente.
Quando acordou novamente teve certeza que havia passado muito tempo; Seu estomago ainda revirava, mas seu corpo não doía mais. Estava soando embaixo de quatro cobertores, provavelmente colocados por Dora.
Ele se sentou e a primeira coisa que notou foi uma folha de caderno em cima da mesinha de centro. Chamou a atenção porque tinha “Doutor” escrito em letras grandes por giz colorido. Ele esticou o braço e pegou o papel.
“Hey, Doc,
Não sei quando você vai acordar de novo, então deixei esse bilhete. Eu, Dora e Fath saímos para procurar Rose. Nem tente sair daí, a porta está trancada e eu trouxe sua chave de fenda sônica. Eu bem que tentei te avisar: O veneno age com mais força quanto mais você se movimenta. Então eu preparei um antídoto básico: Carboidratos, açucares... Você sabe o resto. Pode ser que se sinta meio estranho, mas é por causa do antídoto. Você sabe... Pois é, descanse um pouco, voltaremos as uma.
John”
O Doutor olhou para o relógio; Eram meio dia e dez. Havia dormido desde o fim da manhã de ontem... Ele se levantou e olhou em volta; Seu sobretudo estava em um cabide. Correu até ele e revirou os bolsos. John não estava brincando, havia mesmo levado a chave sônica. Ele tentou se acalmar. Poderia abrir a porta com um grampo ou qualquer outra coisa.
Abriu uma porta e chegou à cozinha; Revirou tudo até encontrar um clipe de prender papel, que ele desentortou e correu para a porta, agarrando o sobretudo pelo caminho.
Fuçou a fechadura ate abri-la, com um sonoro “click”. Mas ao sair para a neve gelada, parou de súbito. Onde teriam ido? Já a teriam encontrado? Achou que o melhor a se fazer era seguir uma linha reta na direção oposta a casa. Começou andando, lembrando-se do efeito do veneno, mas logo sua ansiedade o venceu e ele estava correndo. Seu corpo começou imediatamente a protestar, mas não como antes; O antídoto de John devia estar dando certo.
Qual seria a chance de acabar esbarrando em Rose ou John? Provavelmente nulas em uma floresta grande como aquela, mas, contrariando todas as expectativas, ele viu, ainda muito longe, John, Dora e Fath, que pareciam três pontinhos de tão longe que estavam.
--Hey!—Berrou, com toda a força que tinha— Hey, John! Dora! Fath! Esperem um segundo...
Depois de quase um minuto correndo e gritando, pareceram ouvi-lo. Ficaram parados enquanto O Doutor chegava até eles, ofegante.
--Você devia ter ficado parado!—Exclamou John, perplexo— Achei que a porta trancada e o veneno deteriam você. Achei que tivesse Juízo...
--Só não crio juízo por que não sei o que ele come. —Respondeu O Doutor, aborrecido.
--Você devia ter ficado deitado, Joe. Por o que seu irmão me explicou, o que aqueles homenzinhos colocaram em você é perigoso.
O Doutor encarou John. A parte do irmão Dora podia ter deduzido sozinha, afinal eram idênticos. Mas contar a ela sobre os killerblasters e o veneno...
--John... Que tal falarmos em particular?
John o seguiu até um ponto mais afastado de Dora e Fath.
--Aquele menino nunca diz nada... –Comentou John, distraído.
--Que história foi aquela de me deixar lá e roubar minha chave sônica?—Disse O Doutor, indo direto ao ponto.
--Achei que você poderia se precipitar. Tentei impedi-lo.
--Sei me virar bem, obrigado. Devolva minha chave de fenda.
John tirou-a do bolso do casaco e a entregou, de cara amarrada.
--Não gosto de ser deixado para trás— Disse O Doutor, se virando para voltar.
--Se você não gosta, e também não.
O Doutor voltou a encarar John. Ele estava parado com as mãos nos bolsos, mas não parecia nada calmo. Parecia irritado.
--Você também me deixou para trás, lembra? Quando estávamos no chalé de Dora.
--Você não estava bem.
--Estava bem o bastante para seguir vocês. E foi o que eu fiz— John jogou as palavras. – Segui vocês. Fui eu quem te achou e impediu o killerblaster de te dar a dose fatal. Eu o trouxe de volta. Devia ficar agradecido.
--Eu não precisava de ajuda. –Replicou O Doutor, mordido.
--Ah, não mesmo, imagine...
--Falou a pessoa que precisa parar para comer e dormir.
Sabia que não devia ter jogado isso na cara de John, que por um segundo ficou sem reação, mas estava ficando realmente irritado.
John sorriu com deboche.
--Pelo menos ninguém morreu por mim. Quantas companheiras já morreram ou coisa pior, hein? Você não é tão maravilhoso assim.
O Doutor sentiu seu rosto queimar de raiva. Tudo o que queria fazer era bater em John, mas se contentou em dizer:
--Pelo menos tenho uma vida interessante.
Aconteceu em menos de um segundo; John partiu para cima do Doutor e meteu-lhe um muro na cara. O Doutor revidou; logo o nariz de John estava sangrando. Trocaram ainda alguns socos e pontapés, furiosos, até ouviram um grito terrível; Um grito conhecido.
--Rose!—Gritaram juntos. O Doutor soltou a frente do casaco de John e eles desataram a correr.
Ela estava em uma clareira. Sem o casaco, tremendo de frio; lagrimas rolavam de seus olhos e logo congelavam. Havia um killerblasters parado em frente ela com m canivete na mão.
--Você já tem dois risquinhos, humana. Pare de gritar se não quiser mais um... –E passou o canivete ameaçadoramente no braço de Rose, onde a manga estava dobrada e O Doutor e John viram dois cortes compridos e finos.
--Rose!—Gritou John, impulsivamente, correndo até ela. E, para a surpresa d’O Doutor, tirou do cinto uma pistola e atirou no killerblaster. O homenzinho cor de vinho tentou lutar, correr, mas foi inútil; A única vantagem da sua espécie era a velocidade. Contorceu-se horrivelmente, enquanto John, ajoelhado em frente a ela totalmente indiferente ao killerblaster, soltava-a, que caiu em seus braços assim que estava livre das cordas. Parecia prestas a desmaiar, estava pálida, tinha os olhos semicerrados e tremia horrivelmente.
O Doutor se aproximou, tirou o, sobretudo e envolveu Rose com ele. John fez o mesmo com o casaco e pegou Rose no colo, sem olhar para John, e começou a correr pela mesma trilha. Um farfalhar atrás de si informava-o que John o estava seguindo. Logo encontraram Dora e Fath, que estavam parados aonde o tinham deixado, comendo torradas com geléia.
--Dora, precisamos do seu chalé outra vez...
--Claro, claro... –Disse a senhora, agarrando a ao de Fath e começando a correr. Era muito ágil para alguém de cabelos brancos.
Seguiram-na sem hesitação e em silêncio. Ela escancarou a porta do chalé que O Doutor havia apenas encostado. O Doutor colocou Rose no sofá com todo o cuidado.
--Vou buscar uma bolsa de água quente. –Disse Fath. Era a primeira vez que O Doutor o ouvia falar.
Logo haviam colocado cobertores e bolsas de água quente e Rose, que parara de tremer, embora ainda parecesse estar sobre os efeitos de sedativos, meio zonza.
Todos a encararam por uns minutos, até ela dizer baixinho, em direção ao teto.
--Você sabe que eu te amo.
E adormeceu.
--Acho que ela falou com você. –Disse John, e saiu do chalé parecendo magoado, deixando O Doutor confuso. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam os comentários. Já teno o proximo escrito, mas vou demorar pra postar... Feel like moffat. Mas depois eu posto. Prometo. :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Doctors And The Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.