…“Need you to keep me from falling apart I'll always hold on 'cause you make me strong”…

Ultimo Dia.

Ah Los Angeles, como eu vou sentir sua falta! Falta desse calor, dessas praias, desses rostos bronzeados, dessas pessoas maravilhosas, desse brilho, dessas luzes, dessa intensidade. Acordamos bem cedo, pois no dia anterior dormimos até as cinco da tarde, depois de uma caminhada longa pela praia com Liam até amanhecer. Queríamos aproveitar esse dia como se fosse o ultimo, o que realmente era. Era por volta de oito horas quando chegamos ao Píer de Santa Mônica, acho que é o lugar mais perfeito que eu já conheci em toda a vida. Entramos pelo Norte da praia, tinha um imenso portal e depois varias lojas, que visitaríamos com calma mais tarde. Josh correu com Amanda no colo em direção ao mar, até que caíram na areia, deixando todos rindo. Harold e Anna estavam comigo e Liam enquanto esperávamos Josh e Amanda voltarem. Aquela sensação da areia fofa e gelada nos pés era a melhor coisa dali. Então entramos naquela plataforma que fica um pouco acima do mar. A vista era incrível, dava para ver a praia inteira, e quanto mais para dentro do mar você fosse, mais linda ficava a visão. Todos nos posicionamos para uma foto. Entreguei minha câmera a uma mulher que passava, e quando enfim a foto iria ser batida, um forte vento bateu, fazendo o cabelo de todos ficaram ao ar e todos sorriram com as roupas mais soltinhas no corpo, os cabelos ao vento. A foto ficou linda. Enfim chegamos então ao Pacific Park. Como eu sonhava em visitar esse lugar! Entramos e a primeira coisa que fizemos foi ir ao bate-bate e claro toda aquela gargalhada como em finais de filmes, toda aquela alegria por estar com os amigos em um lugar diferente. Depois fomos naqueles carrinhos que ficam suspensos no ar girando a toda velocidade. Harold foi comigo, o que me rendeu boas risada já que toda hora ele ameaçava vomitar, e quando saímos ele estava tão tonto que se jogou como uma estrela no chão o que rendeu boas fotos e boas risadas. E então fomos ao barco Vicking, Harold quis nos matar dizendo “ Se vocês querem me matar, atirem! Só não me faça vomitar até morrer” Mas mesmo assim ele foi, pediu para ficar na ponta caso precisa-se vomitar, e eu ri, ri muito. E enfim fomos a montanha russa, tiramos boas fotos de La de cima! Eu e Liam fomos no primeiro carrinho e ele ainda gravou nos dois gritando, sim, ele também gritava o que me fez rir ainda mais. As fotos na montanha russa também ficaram incríveis. O grupo todo reunido em uma única foto, que estava incrível. Fomos então à roda gigante, todo aquele romantismo sempre, e a visão ainda era maravilhosa, mas nós queríamos ir de noite também. E então acabamos essa parte indo no elevador, e Liam fez alguma piadinha sobre: “Olha nós no topo da torre de novo”. Fizemos uma pausa para lanches, comemos sanduíches, pizzas e até tacos! E de sobremesa churros, parecíamos um bando de crianças rindo a beira da praia em um parque de diversões. Era incrível. Então voltamos a nossa diversão. Começamos com um jogo de basquete e apostamos quem iria marcar mais pontos. Josh ganhou essa e ainda pegou um urso gigantesco para Amanda, mas ele o deixou na loja garantindo buscá-lo depois. Eu ganhei um chaveiro escrito Pacific Pier, assim como Liam. Depois fomos para aquele jogo de atirar bolinhas na plaquinha, e essa eu ganhei, pura sorte! Jogamos todos os jogos e ainda saímos com muitos prêmios, porem os deixamos nos armários do parque, não dava para levar tudo aquilo nas mãos por um dia. Era por volta de uma hora quando apostamos corrida na parede de escalada, eu ganhei de Liam, e ele ganhou na segunda. Enfim, estávamos todos cansados, e paramos na frente do parque, para comer mais alguns petiscos, pegamos mais churros, tortas e algodão doce. E ficamos ali até por volta de umas 4 horas da tarde. Então havia aquele passeio num enorme ônibus vermelho estilo Londres, e para matar a saudade, fizemos um tour maravilhoso nele. Quando voltamos seguimos até o fim da praia onde havia uma loja anunciando o fim da famosa “Rote 66” e é obvio que fizemos mais compras. Acho que tudo que eu não havia gastado eu estava gastando naquele passeio. Era por volta de quase sete da noite quando enfim chegamos a escola de trapézio. Havia uma fila gigantesca mas por sorte um enorme grupo saiu nos deixando a duas pessoas do trapézio.

–Olha, eu nem cambalhota sei dar, você realmente acha que eu vou conseguir virar mortais no ar?- Harold dizia encostado em uma barra.

–Harold, é por isso que você está em uma ESCOLA. Para aprender. –Liam disse e todos caímos na risada.

–Quero ver vocês explicando para meus pais o porque de eu estar todo quebrado e engessado. –Ele disse e virou os olhos, provocando mais gargalhadas. E aquela experiência no trapézio foi a coisa mais engraçada que me aconteceu naquela viagem. Levei diversos tombos, arrastei Harold, Josh e Liam para diversos tombos junto comigo. Ganhei vários roxos, mas foi incrível! Fechamos a noite então com uma sessão de rock a beira mar, com um publico incrível e uns petiscos maravilhosos. Ficamos ali até por volta de nove horas da noite. Apenas escutando boa musica, com comidas, bebidas, amigos e fotos, além de lembranças incríveis de nossas risadas.

Saimos dali e começamos a andar na orla da praia, todos devidamente comportados até então. Eu abraçada com Liam, Harold com Anna e Josh com Amanda. Andavamos em silencio apenas com o som da musica acústica sendo tocada por toda a orla e o som das ondas se quebrando perto de nós, e algumas vezes uma troca de palavras entre os casais.

–Vamos apostar uma corrida?- Josh disse.

–Corrida?- Harrold perguntou.

–Sim! Vamos todos correr até o mar e nos jogarmos nas ondas dessa praia perfeita. –Ele disse entusiasmado.

–Sério?- Amanda perguntou.

–Sério! É nosso ultimo dia em Los Angeles, vamos embora amanhã e nós não fizemos nenhuma loucura!- Ele disse.

–Ah fizemos sim. –Anna respondeu e nós rimos.

–Sério galera! Vamos fazer isso juntos! Vai ficar pra sempre em nossas memórias!- Ele disse.

–Quem vê pensa que não termos mais memórias e essa é nossa ultima saída. –Harold disse.

–Nunca se sabe. –Liam se manifestou. –Eu topo.

–Eu to dentro. Afinal podemos ter mais memórias, mas não uma segunda chance como essa. To dentro. –Conclui.

–E ai, os três chatinhos vão ficar de fora dessa? –Josh questionou e todos ficaram calados.

–Jess tem como colocar timer na câmera? –Liam perguntou.

–Sim, posso colocar 100 disparos seguidos até. Vai dar tipo uns 5 minutos disparando fotos.

–Eu tiro. –Disse um cara se aproximando do grupo. Bem vestido com um carrinho nas mãos. –Sou fotografo do Pier, seria interessante fotografar vocês se me permitem.

–Acho que o deixamos fazer isso. –Josh riu.

–Tenho um cartão de memória sobrando. –Eu disse e revirei a bolsa e entreguei o cartão. –Assim posso ficar com as fotos também.

–Minha câmera tem entrada para dois cartões, assim posso ficar com as fotos também.- O cara tinha um sorriso maravilhoso, além dos olhos azuis.

–Otimo. –Eu sorri.

Me afastei um pouco e deixei minhas coisas em um guarda sol que estava o material desse fotografo, assim que fiz esse movimento todos também fizeram.

Nos posicionamos em uma reta um ao lado do outro.

–Preparar. Apontar. Vai!- Josh gritou.

E assim todos saímos correndo em direção ao mar, e assim que eu estava chegando bem perto da água de alguma maneira Liam me pegou no colo e entrou comigo na água com tudo! Aquela sensação de corpo quente em contato com a água gelada era inicialmente a pior sensação mas se depois vem um beijo de Liam Cartter passa a ser a melhor sensação do mundo. Olhei para o lado e estavam todos jogando água em nós, e falando “finalmente, finalmente, vocês precisam assumir isso!” Acabamos sorrindo e iniciando uma guerra de água, o fotografo estava mais perto, e tinha um sorriso nos lábios.

Depois de muito tempo brincando, tirando fotos saímos da água.

–Obrigada pelas fotos! –Eu disse pegando meu cartão de memória e conferindo as fotos em minha própria câmera.

–Que isso. Vocês não são daqui são?- Ele perguntou.

–Não. Londres. –Liam disse me abraçando.

–Entendi. Já fiz alguns trabalhos em Londres, é maravilhoso.

–Claro que é. –Liam sorriu.

–Enfim, obrigado pela oportunidade.

–Nós que agradecemos. –Eu disse. –Qual seu nome?

–Dylan. Dylan Beck. E o seu?

–Liam Cartter. –Liam entrou na minha frente.

–Jessica Thompson. –Eu disse e olhei severamente para Liam.

–Bem obrigado pela oportunidade, boa viagem. –E ele saiu andando.

–Vish... pintou um ciuminho ai hein. –Josh disse se jogando na areia.

–Cale a boca Josh. –Liam disse.

–Liam!- Eu disse correndo até ele. –Tá doido?- EU disse o olhando.

–Ele tava dando em cima de você na minha frente!

–Ele perguntou meu nome!

–E se ofereceu pra tirar fotos! E ainda ficou com as suas fotos La!

–Com as nossas fotos!

–Que se dane.

–Liam!- Segurei seu rosto. –Eu te amo cara.

–Para. –Ele puxou o rosto.

–Liam!- Puxei seu rosto de volta. –Eu TE AMO.

–Sua besta. –Ele me deu um selinho. –Te odeio. Não tem como levar um ciúme a sério. Te amo pequena.

–Ridiculo você. –Eu o beijei.

Saimos andando e andamos novamente toda a praia, rindo conversando, nos beijando... Até que pegamos um taxi e voltamos para o hotel por volta de três da manhã.

–Estou exausta! –Me joguei de costas na cama com tudo e Liam tirou relegio, carteira celular e foi colocando em cima da bancada, e se sentou a beira da cama.

–O que foi? Parece preocupado. –Eu disse me sentando de frente pra ele.

–Não é nada. –Ele disse.

Só por você falar que não é nada, tem alguma coisa. Fala o que está te incomodando.

–Eu não queria que essa viagem acabasse. Eu queria ficar aqui para sempre, eu e você, sem ninguém pra nos repreender, não precisaríamos fingir para ninguém, poderíamos ser eu e você, ser nós.

–Eu to contigo nesse plano maluco lembra? Nós vamos conseguir.

–Eu sei! Mas eu não sei quanto tempo isso vai demorar, e eu não quero que você me espere. Você me esperaria Jess?

–Há uns tempos atrás eu diria que não, pois eu gostaria de voltar a Ashford. Mas agora que eu conheci vocês, VOCÊ, meu ponto seguro, eu espero a vida.

–Nós sabemos que não é assim Jess. Você tem planos e objetivos, não vai ficar esperando a vida toda por alguém que está obcecado por um plano.

–Então largue esse plano e venha ser feliz comigo!

–Eu já fui longe demais Jess...

–É eu sei. Mas estou contigo. Disso você pode ter a absoluta certeza.

–E o que faremos quando chegarmos em Londres? Esqueceremos tudo?

–Claro que não. Apenas fingiremos que não nos falamos. Como nós fomos, nós voltamos.

–Mas e os outros alunos? Eles viram eu e você Jess!

–Cara, você está mais preocupado que eu, e você se esqueceu que eu sou o alvo dessa menina doida? É a minha vida que corre risco e eu estou super de boa. Sossega Liam!

–Eu te amo.

–“Para”

–Olha pra mim! Eu te amo.

–“Sua besta, te odeio. Não tem como levar um ciúme a sério. Te amo pequeno” –Ele riu.

–“Ridicula” –Ele me beijou e nos rimos.

–Posso tomar um banho antes? –Eu disse sorrindo.

–Podiamos tomar juntos. –Ele sorriu e começou a gargalhar assim que viu minha cara.

–idiota. –Eu sai andando para o banheiro.

Enquanto tirava o condicionador do cabelo Liam abriu a porta do banheiro.

–LIAM!- Eu disse me escondendo atrás da parte fumê do vidro. –SAI!

–Como se eu não tivesse visto nada disso daí antes. –Ele gargalhou.

–Seu idiota! Sai daqui!- Eu taquei um sabonete nele. –Sai Cartter!

–Sai?- Ele disse ficando de frente para o vidro. –É nossa ultima noite juntos e você me pede pra sair?- Ele tinha um sorriso lindo que fazia meu corpo se arrepiar dos pés a cabeça.

–Sai Cartter...

–Eu te amo. – Ele disse e saiu da frente do Box. Quando eu vi ele se afastando um arrepio tomou conta de mim, abri a porta do banheiro e chamei seu nome, ignorando em seguida o olhar dele por meu corpo, mas mesmo assim ele conseguiu em seguida manter seu olhar em meus olhos.

–Eu te amo seu idiota. –Eu disse e ele andou em minha direção me segurando firmemente pela cintura, e beijando minha boca e em seguida meu pescoço. Tirei sua camiseta e ele se desfez das calças ficando apenas de cueca diante meu corpo. Ele então levantou meu corpo e me colocou de volta contra a parede do Box, deixando que a água cobrisse nossos corpos.

–Isso é estranho. –Eu disse e ele parou os beijos e me olhou. –Mas eu gostei. –Ele sorriu.

Continuamos assim aos beijos, amassos e coisinhas adicionais até que eu sai, e ele por fim terminou seu banho, e em seguida se deitando comigo.

–Sabe. –Eu estava deitada em seu peito e ele fazia cafuné em mim. –Amanhã a gente vai sair oito horas da noite, vamos chegar as duas da tarde em Londres, eu queria fazer uma coisa.

–Que coisa? –Ele disse olhando no fundo de meus olhos.

–Bem, parece loucura vindo de mim, mas eu queria fazer uma tatuagem que tem no Studio aqui do lado do hotel, eu andei vendo e eu paguei duas tatuagens.

–Duas? Vai ter coragem de fazer duas?- Ele disse indignado.

–Uma minha e uma sua seu idiota. –Eu disse com toda a delicadeza possível e ele gargalhou.

–Esteja preparada para sofrer de dor. –Ele disse. –Mas eu topo sim.

–Já tive dores piores caso não se lembre.

–Jess...

–Tá, eu paro de falar disso.

–Seus tios vão me matar.

–Eu sei. Vão me matar também. Mas nada como a órfã rebelde para amenizar as coisas. –Eu disse rindo e ele soltou um risinho.

–Sabe, eu não gosto que fale assim. –Ele me olhou sério. –Você nunca usou o que te aconteceu para se sair de uma situação, isso é coisa da Lohana, e até era coisa de Tyra.

–Eu to brincando. Desculpa.

–Saimos amanhã cedo, sete horas te quero de pé, tatuagem não é tão rápido quanto pensa. –Ele me deu um selinho e apagou a televisão, dormindo abraçado comigo como sempre.

–Mas vai doer muito? –Eu disse enquanto caminhávamos para a sala.

–Depende, não sei como você é para dor, mas para mim arde um pouco.

–Eu vou primeiro.

–certeza Jess?

–melhor acabar com isso logo, se eu ver você fazendo eu vou desistir. –Eu dizia e ele gargalhava.

–Por aqui. – O homem me mostrou uma cadeira, bem maior que a de um dentista e um tanto mais confortável, forrada por um plástico grosso.

–Onde vai fazer? – ele perguntou me fitando.

–Eu pensava em fazer um pouco abaixo do tornozelo. –Apontei o local e ele concordou.

–Que cor?

–Preta mesmo. –Eu disse enquanto suava frio e via Liam prender um riso. –Pode rir seu imbecil, eu não ligo. –Eu disse e ele soltou a maior gargalhada.

–Sua cara está impagável! –Ele disse e não se controlava de rir, provocou risos em mim e no próprio tatuador.

–Bem vamos lá. –O homem disse e eu respirei fundo.

Após uns 30 minutos e uma sessão de fotos de Liam Cartter em seu celular, tirando fotos ridículas minhas, finalmente eu acabei com aquilo. E a dor... ai, a dor ela a melhor e a pior dor do mundo. Eu havia feito uma tatuagem com as iniciais: LA e logo em baixo 2013. Eram letras bem pequenininhas de no maximo 5 cm, junto com a própria data. Foi a vez de liam fazer a dele, e ele fez no mesmo local para minha surpresa. Ele terminou a tatuagem em 15 minutos já que não teve de parar porque estava com dor. Em seguida ele pegou um papel foi até o computador e imprimiu a seguinte frase: “Only time Will tell...” e mandou tatuar em seu pulso direito. Gautatem feita, eu e Liam saímos para almoçar em um restaurante ali perto.

–Você ainda não me explicou essa tatuagem e nem a tatuagem que você já tinha. Eu adoraria explicações. –Disse apoiando a cabeça nas mãos como uma criança.

–A antiga do “Everything I ever wanted, but nothing that I’ll ever need”, é mais assim, existem coisas que quero, mas eu já tenho o essencial que é minha família, e amigos. E essa que eu acabei de fazer é sobre nós.

–Nós?- Perguntei.

–Sim, no momento só o tempo vai dizer o que será de nós, e eu conto que esse tempo seja curto. E assim que acabar eu farei uma tatuagem dizendo: “And the time Said”.

Meus olhos lacrimejaram, eu amava esse cara mais que tudo.

–Me deu até vontade de fazer mais uma, mas a dor é demais pra eu fazer. –Eu disse e colei nossas testas e ele soltou uma risada gostosa.

–“Embarque vôo Londres em 5 minutos portão 9”

–E lá vamos nós. –Ele segurou minhas mãos e entramos no avião, ocupando 3 poltronas.

–Eu vou guardar essa viagem para sempre. –Eu disse enquanto ficava apenas de meias.

–Claro que vai. Você teve a bela idéia de fazer uma tatuagem. –Ele disse e controlou o riso.

–Idiota. Tô falando sério. – Eu sorri para ele. –A gente não sabe qual vai ser a próxima vez que vamos estar assim, digo, juntos mesmo. E vai ser cada vez mais difícil a gente se encontrar. Mas continuamos conversando por celular, vou até mudar seu nome para “MAIL”, seu nome ao contrario. –Ele riu e fechou os olhos.

–Você não existe Jessica. –Ele me beijou.

–Preciso te confessar uma coisa. –Eu disse virando meu corpo todo para ele, olhando no fundo de seus olhos.

–Confesse. –Ele parecia me desafiar com o tom de sua voz.

–Dormir com você foi a coisa mais emocionante desde o dia que eu cheguei em Londres. –Eu sussurrei e ele gargalhou em seguida.

–Posso te confessar um coisa também Jess?

–Pode.

–Dormir com você foi a melhor coisa que eu já fiz da minha vida até agora.- Ele deu um largo sorriso.

–Lar. –Josh disse pisando em Londres e beijando o chão, ele estava meio verde.

–Josh, cara você está bem? –Harrold disse e Liam se aproximou.

–Relaxa eu só preciso vomi...- ele lavou um vaso de planta que estava bem a sua frente.

Eu e Liam saímos separados do desembarque, eu sai com Harold, Josh e Amanda e Liam estava bem mais para o fundo. Meu coração se apertava a cada passo que eu dava para longe dele.

–Jessica!- Georgia correu em minha direção e eu me sentei no chão para abraça-la. –Eu tava com saudades! –Peguei ela no colo e fui andando em direção aos meus tios e Elliot.

–Elliot! –Eu soltei minha bolsa e voei ao redor de seu pescoço. –Porra que saudades.

–Também estava prima!-Ele disse me dando um beijo na testa. –Aproveitou muito?

–Com certeza!- Vi Liam passar ao nosso lado e acenar para Elliot, houve uma pequena troca de olhares entre eu e ele, mas nada que ninguém percebesse.

–Liam querido. –Tess o chamou. –Você vai com a gente.

–Que?- Ele parou espantado. –Por quê?

–Eric... –meu tio começou.

–O que tem Eric? Cadê minha mãe Bruce?- Ele olhava desesperado e eu queria abraça-lo.

–Eles viajaram pra York. –Bruce disse e Liam suspirou aliviado, mas a tensão de seus olhos não sumia.

–Por que?- Ele perguntou.

–Seus pais são padrinhos de uma menina lá não são? –Tess perguntou.

–Sim, padrinhos da Lizzie. –Ele disse.

–Os pais dela morreram em um acidente dois dias atrás. Você ganhou uma irmã Liam. –Bruce colocou as mãos no ombro de Liam, e eu notei que Liam havia ficado um pouco tonto.

–Quantos anos ela tem? –Ele perguntou passando as mãos pesadas pelos cabelos.

–5. –Bruce respondeu e Liam se sentou no chão.

–Vem bro, vamos embora. –Elliot o levantou pelo braço e jogou a mochila de Liam em seu ombro.

Entramos no carro e Elliot foi entre eu e Liam. Cheguei em casa e subi para meu quarto larguei minhas malas no chão e fui até o quarto de Ewan que brincava no chão e deu aquele sorriso de bebê ao me ver, e depois ao quarto de Chloe que dormia pesado.

O quarto de hospedes estava em reforma, Elliot dormiria em meu quarto e Liam no quarto dele. Estavamos eu Elliot e Liam na sala contando sobre a viagem, e claro que contávamos coisas diferentes para não parecer que andamos colados todos os dias, e Elliot parecia bem convencido com nossa historia.

–CAMPAINHA! –A empregada berrou.

–Eu atendo!- Elliot correu até a porta e Liam me lançou um olhar, como se precisasse falar comigo.

–Sai da frente. –Escutamos saltos estalando vindo em direção a sala.

–Sabia que estaria aqui. Todos já sabem que você vai ganhar uma irmã, seus pais foram noticia no noticiário da tarde. –Lohana entrou na sala sem o menor pudor, usando uma saia cor de rosa, botas pretas de salto e uma blusa desfiada branca e preta, e claro não podemos esquecer da maneira frenética com que ela mastigava aquela droga de chiclete.

–Okay... –Liam continuou sentado no sofá.

–Eu achei uma falta de educação você ter embarcado depois que eu fui barrada e você não fez nada para impedir!

–Queria que eu fizesse o que? Foi você que causou toda essa confusão!- Liam ficou de pé. –Não tem como eu concertar suas burradas sempre Hanna!

–É por isso que eu estou aqui. –Ela disse e se encostou na pilastra. –Qualquer um que me abandone nas condições que eu estava...

–Em que condições você estava? Você mentiu, você sabia das conseqüências. – Ele disse sério cruzando os braços.

–Eu fui humilhada!

–Por opção. Se você não tivesse mentindo sobre a passagem, e falsificado as assinaturas, você não precisaria ter passado por isso.

–Isso não vem ao caso agora Cartter. Estou aqui para falar que durante esse seus dias fora eu encontrei alguém melhor. O Mark o co -capitão que irá disputar com você o cargo de capitão mês que vem, ele é meu novo namorado agora. Espero que você se conforme, sei que é difícil me perder.

–Lohana, como assim?- Ele perguntou assustado. O plano, seria o fim do plano.

–Se conforme Cartter, agora está livre para namorar quem quiser. –Ela olhou para mim. – Eu e Mark estamos super felizes juntos, espero que não me incomode mais. Mas a verdade é que eu encontrei alguém melhor. Beijo.

Ela saiu da sala estalando a bola de chiclete e pisando forte com o salto fino no piso de mármore.

–Mas que porra foi essa? –Elliot disse fechando a porta.

–O plano, acabou. –Ele se sentou no sofá.

–Liam...- Eu comecei.

–Tanto esforço para nada!- Ele elevou a voz. – Tantos erros pra no fim acabar assim? – Ele passava as mãos pelo cabelo freneticamente como se fosse arranca-los.

Então se levantou abriu a porta e saiu correndo, eu e Elliot corremos até a porta achando que ele iria atrás de Lohana, mas na verdade ele foi pro sentindo contrario, ele apenas estava correndo para esfriar a cabeça.

Ela não abriria mão de um dos caras mais cobiçados do colégio, não dessa maneira, não por parte dela. Existia alguma coisa por trás disso. E eu tinha que descobrir o que era. É a vez de eu fazer o meu próprio plano.